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Qual a concepção de Justiça para Platão e Aristóteles?

💡 2 Respostas

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Eduardo Fernandes

Não sei o tipo de resposta que espera. Pode ser um tanto complexa para um nível de graduação uma explanação completa, que, ainda, corre o risco de ser incompreendida. Ao fim desta resposta deixarei um link com um resumo sobre o tema e vou seguir esse resumo pois achei bem sincrético, embora incompleto. Trarei um pouco de Aquino para ajudar no entendimento, pois este autor está intimamente ligado (discursivamente) a Platão e Aristóteles.

No mais, acho que você pode desenvolver a justiça de Platão com sua posição epistemica (que pode ser parcialmente entendida pelo mito da caverna) e a noção de polis. Ao fim, pode-se dizer que Platão busca desenvolver noções de bem comum que posteriormente serão aproveitadas por Aristóteles e aperfeiçoadas por Tomás de Aquino.

De Platão surge uma noção de justiça pessoal e social. A pessoal pode ser vista com a submissão do homem à razão na sua busca em sair da carverna, mas não é só isso. Essa noção de justiça pessoal é o que fundamentará a noção de Aristoteles sobre a potencia humana e o desenvolvimento dos bens humanos básico que serão aperfeiçoados por Aquino pela linha da razoabilidade prática. De outra ponta, a justiça social é a justiça política, onde busca-se estabelecer noções de um bem comum e uma harmonia do entre homem e sociedade. Esta justiça social é trabalhada pela linha do bem comum da polis, que depois também é aperfeiçoado por Aristóteles e Aquino, tanto para desenvolver noções de bem comum, quanto para elaborar planos ideias de polis e de seu funcionamento político. 

Quando se passa para Aristóteles, vê-se como ele foi o pai do desenvolvimento lógico do jusnaturalismo e de forma indereta a toda a noção não-positivista de justiça. Aristóteles elabora questões de proporcionalidade e igualdade na sua concepção de justiça, bem como visões de equidade que é a base filosófica da aplicação principiológica hoje. A visão da igualdade hoje, "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medidade de sua desigualdade", é, antes de tudo, uma construção aristotélica.

Temos a noção da distinção entre o Justo Total e o Justo Particular, mas não acho que seja cobrado isso por ser um tema de dificil manuseio para um devido desenvolvimento.

Em Aristóteles há um desenvolvimento robusto na noção de que leis gerais não podem cumprir a justiça, pois essa se opera em caso a caso, pela análise de justiça. Em outra ponta, Aristóteles também toma como justa tanto a justiça da análise da realidade (natural; physis), quanto a justiça da lei escrita (nomos). A lei escrita é importante para o bom funcionamento da polis, e esta busca o máximo de conformidade com a lei natural, embora, mesmo contrária à lei da natureza, não há perda da qualidade de justiça. 

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Eduardo Fernandes

Tinha me esquecido do link:

https://jus.com.br/artigos/38717/a-concepcao-de-justica-em-platao-e-aristoteles

Bons estudos! Qualquer dúvida em filosofia do direito é só chamar.

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