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Discorra sobre o processo histórico de incorporação da “alienação parental”:

como um conceito jurídico-legislativo no ordenamento brasileiro e sobre os aspectos relevantes da sua configuração no direito positivo.

💡 2 Respostas

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Paduan Seta Advocacia

Em resumo, a Alienação Parental ocorre quando o pai ou a mãe, normalmente divorciados ou separados, influenciam ou manipulam um de seus filhos, seja criança ou adolescente, a ter uma percepção equivocada ou até mesmo se afastar de um de seus genitores.

A preocupação jurídica se deu por conta dos problemas graves que a alienação parental pode causar em crianças e/ou adolescentes, principalmente relativos ao injusto afastamento do seu pai ou de sua mãe.

Em 2010, entrou em vigor a Lei da Alienação Parental (Lei nº 12.318, de 2010). Assim, foi dada maior atenção ao assunto, sendo que o artigo 2º previu o que é considerado como alienação parental, inclusive dando exemplos:

Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 

Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  

I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade

II - dificultar o exercício da autoridade parental; 

III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor

IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 

V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 

VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 

VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.

 

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Juliana Rodrigues de Souza

A Alienação Parental se refere a uma situação que ocorre normalmente nas relações familiares, após o término da vida conjugal, quando a mãe, o pai ou o responsável manipulam a criança e/ou o adolescente, a fim de romper os laços afetivos com um dos genitores.

No Brasil, a questão tornou-se mais debatida com a promulgação da Lei nº 12.318/2010, em 26 de agosto de 2010, que dispõe sobre a Alienação Parental, pois figura como mais um instrumento a ser utilizado na proteção da criança e do adolescente. 

Esta lei passa a exigir maior atenção dos pais, da família, do Estado e dos profissionais que atuam na área da infância e juventude, na medida em que apresenta um conceito de alienação parental, enumera as condutas tipificadas como alienação parental, caracteriza alienador e alienado e indica as medidas aptas a coibir ou atenuar seus efeitos no desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos.


Fonte: 
SOUZA, Juliana Rodrigues de. Alienação parental sob a perspectiva do direito à convivência familiar. Leme, SP, Mundo Jurídico, 2017.

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