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O que é matriz de insumo produto?

💡 6 Respostas

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Gabi ela

descrevem os fluxos entre as diferentes atividades econômicas e os fatores primários, auxiliando assim, na análise das relações produtivas da economia.

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Guilherme Alcântara

economia, um modelo de input-output usa uma representação em matriz da economia de um país ou região, para prever o impacto de alterações numa indústria sobre as outras e dos consumidores, governo e fornecedores estrangeiros sobre a economia. Wassily Leontief (1906 - 1999) é creditado com o desenvolvimento desta análise. François Quesnay desenvolveu uma versão mais simples desta técnica chamada Tableau ÉconomiqueKarl Marx também inspirou esse modelo ao trabalhar com sua clássica representação de uma economia fechada em dois setores. Leontief ganhou o prémio Nobel da economia pelo seu desenvolvimento desse modelo.

E, em essência, o trabalho de Léon Walras Elementos de economia pura sobre a teoria do equilíbrio geral é um precursor e a generalização do conceito de Leontief. A contribuição de Leontief foi conseguir simplificar os resultados de Walras de forma a poder ser implementado empiricamente. A International Input-Output Association dedica-se ao avanço do conhecimento nesta área, incluindo "melhorias nos dados básicos; conhecimentos teóricos e modelagem; e aplicações (tradicionais e novas) das técnicas de input-output.

Input-output retrata as relações intersectoriais de uma economia. Mostra como o output de um setor é o input para outro setor. Leontief organizou esta informação sob a forma de uma matriz. Um determinado input é normalmente enumerado na coluna um setor e os seus outputs são enumeradas na sua linha correspondente. Este formato mostra, portanto,as relações de dependência de cada setorcom os restantes da economia, enquanto cliente e fornecedor.

Cada coluna da matriz input-output retrata o valor monetário de insumos de uma indústria e cada linha representa o valor das saídas de um setor.

Suponha que há três indústrias. A coluna 1 informa o valor de insumos para o setor 1 das indústrias 1, 2 e 3. As colunas 2 e 3, fazem o mesmo para essas indústrias. A linha 1 informa o valor das saídas da indústria 1 para os sectores industriais 1, 2 e 3. As linhas 2 e 3 fazam o mesmo para as outras indústrias.

Ao passo que a maioria dos usos da análise input-output foca-se num conjunto de matrizes de trocas intersectoriais, o atual foco da análise do ponto de vista da maioria dos organismos estatísticos nacionais, que produzem as tabelas, é a avaliação do desempenho do produto interno bruto. Por isso, as tabelas de input-output são uma parte instrumental das contas nacionais. Como sugerido acima, a tabela de input-output central relata apenas os bens intermediários e serviços que são trocados entre indústrias. Mas uma matriz de vetores linha, normalmente alinhados abaixo dessa matriz, registam entradas não-industriais da indústria, tais como pagamentos pelo trabalho; impostos indiretos de negócios; dividendos, juros e rendas; consumo de capital (depreciação); outros rendimentos relacionados com propriedade (como sejam os lucros); e as compras de fornecedores estrangeiros (importações). Ao nível nacional, embora excluir as importações depois de somadas é chamado de "origem do produto bruto" ou "produto interno bruto por indústria." Outra matriz de vetores coluna é chamada "procura final" ou "produto bruto consumido". Isso exibe as colunas das despesas pelas famílias, governos, alterações nos estoques do setor, investimento, bem como as exportações líquidas. (Ver também produto interno bruto). Em qualquer caso, empregando os resultados de um censo económico que pede a vendas, folhas de pagamento de salários e serviços/equipamentos/materiais de entrada de cada estabelecimento, os organismos estatísticos conseguem previsões dos lucros ao nível das indústrias usando a matriz de input-output como uma espécie de quadro de contabilização de partidas dobradas.

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Leonardo Katsumi

A matriz de insumo-produto (MIP) é oficialmente elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é utilizado para a análise de vários setores da economia. A análise de insumo-produto é um modelo analítico desenvolvido por Wassily Leontief no final dos anos 1930. Seu propósito é o de analisar a interdependência dos setores em uma economia. Os conceitos estabelecidos por Leontief são componentes-chave de diversos tipos de análise econômica, e a análise insumo produto é um dos métodos mais aplicados em economia (MILLER e BLAIR, 2009).

A MIP é composta por um sistema quantitativo com diversas variáveis e transações entre produção, distribuição e consumo, com linhas e colunas que medem as perturbações de cada setor com os demais (LEONTIEF, 1983). Os valores são dispostos em uma tabela que desempenha duas funções em separado: descreve a relação entre as indústrias e setores, entre os insumos e os produtos e mede o impacto de perturbações autônomas sobre a produção e a renda. Os dados são dispostos de maneira a permitir inter-relações econômicas sob a forma de entradas e saídas ou compras e vendas (RICHARDSON, 1978).

O modelo de insumo-produto é uma ferramenta matemática de mensuração dos efeitos prospectivos e retrospectivos de uma atividade econômica. Sua importância para o desenvolvimento regional consiste na capacidade de identificar eficazmente os setores chaves (HIRSCHMAN, 1983). Para Moretto (2000) o método é uma importante ferramenta de planejamento econômico, além de ser um instrumento que auxilia na tomada de decisões de um grande número de países.

Guilhoto (2004) explica que os multiplicadores são índices que incorporam os efeitos diretos e indiretos, e servem para medir como um choque na demanda impactaria a economia. Enquanto os multiplicadores do tipo I incluem apenas os efeitos diretos (sobre o próprio setor) e indiretos (sobre os demais setores), os multiplicadores do tipo II incluem efeitos diretos, indiretos e induzidos. Conforme Tosta et. al, (2004), os Multiplicadores da Produção, do Emprego e da Renda são usualmente utilizados para quantificar os impactos de alterações exógenas sobre atividades selecionadas da economia, podendo ser divididos em multiplicadores do Tipo I e do Tipo II. A diferença é que o de Tipo II considera o consumo das famílias, e suas remunerações, de forma endógena.

Diferente do índice de ligação, que é uma fotografia da economia, os multiplicadores são instrumentos de avaliação dos efeitos causados por uma alteração das variáveis. Altos índices de ligação para trás sugerem altos multiplicadores, porém, estes índices têm valores e significados distintos.

Os índices de ligações para trás indicam o que cada setor demanda dos demais (poder de dispersão), os índices para frente mostram o quanto cada setor é demandado pelos demais (sensibilidade da dispersão) (FIGUEIREDO et. al, 2011). Existem três critérios básicos para a determinação dos setores-chave para o crescimento de uma economia, o primeiro, proposto por Rasmussen-Hirschman, considera como setores-chave aqueles que apresentam pelo menos um dos índices de ligação acima de 1, o segundo, apresentado por McGilvray (1977), considera um setor como chave aquele que apresentar ambos os índices maiores do que 1, simultaneamente. Já para Guilhoto (1995), um setor é considerado chave para economia quando suas ligações são maiores que a média dos demais setores.

A Matriz de Contabilidade Social (MSC) é um sistema de dados que captura as interdependências existentes no sistema econômico de um país em um determinado período de tempo. A agregação ou desagregação feita, pode ser usada para verificar quais os setores-chave de uma economia, os fluxos inter-regionais de uma região. A Matriz também pode ser usada para calcular os impactos exógenos das exportações, dos gastos do governo e capital (THORBECKE, 1998).

A MIP fornece as relações intersetoriais e as informações sobre o consumo intermediário, a demanda final das instituições, o valor adicionado das atividades e os impostos indiretos. Nas contas nacionais são obtidas as demais informações para gerar a MCS. A MCS é um importante instrumento de análise econômica, pois captura as interdependências entre os diversos setores institucionais, igualando as receitas e despesas para cada um de seus componentes (FOCHEZATTO, 2005).

Para Pyatt e Round (1985) e Sadoulet e De Janvry (1995), a MCS reflete as transações de uma economia em um determinado período de tempo, representando e analisando as relações econômicas e as intervenções na economia. De acordo com o nível de desagregação utilizado a MCS permite a análise do todo e de apenas um setor.

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