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gostaria de saber sobre controle de constitucionalidade

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luiz felipe oliveira

controle de constitucionalidade caracteriza-se, em princípio, como um mecanismo de correção presente em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de verificação da conformidade de um ato (lei, decreto etc.) em relação à Constituição.

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Gustavo Arruda

deve ser dessa forma controle de constitucionalidade caracteriza-se, em princípio, como um mecanismo de correção presente em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de verificação da conformidade de um ato (lei, decreto etc.) em relação à Constituição.

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Júnior Oliveira

Controle de Constitucionalidade é o mecanismo de verificação da constitucionalidade de determinada lei ou ato normativo, devendo ser verificada e corrigida qualquer eventual lesão de direitos fundamentais previstos na Constituição, com vistas à preservação da supremacia da Constituição em relação a possíveis arbitrariedades emanadas do legislador.

É de se observar que, em que pese competir tipicamente ao Judiciário a verificação da adequação de determinada norma às regras previstas na Constituição, tanto o Legislativo quanto o Executivo são autorizados a realizar tal controle.

Ao Judiciário cabe o controle de constitucionalidade de lei ou ato normativo depois de sua promulgação; isto é, o Poder Judiciário deve atuar no controle repressivo. De outro lado, tanto o Executivo quanto o Legislativo deverão realizar o controle de constitucionalidade de projetos de leis e decretos, devendo fazê-lo de forma preventiva.

O controle repressivo do Judiciário se dá no exercício de sua função típica, expurgando do ordenamento jurídicos as leis que violem a Constituição. Já o controle preventivo, exercido antes da entrada em vigor da lei, deverá ser exercido tanto pelo Legislativo (comissões de constituição e justiça) quanto pelo Executivo, representado pelo poder de veto.

Esse controle se faz necessário porque nenhuma lei ou ato normativo pode subsistir se contrário à Constituição. Vale dizer: lei inconstitucional é nula de pleno direito, de modo que todos os Poderes são incumbidos de garantir que atos normativos inválidos sejam postos à sociedade.

O controle de constitucionalidade pode ser exercido de forma preventiva ou repressiva:

1. CONTROLE PREVENTIVO

1.1 - Poder Legislativo

O controle preventivo de constitucionalidade se dá ainda da fase de projeto da lei, isto é, antes da sua publicação.
Esse tipo de controle se dá tipicamente pelos poderes Legislativo e Executivo, sendo excepcionalmente realizado pelo Poder Judiciário.

O exame da constitucionalidade dos projetos de lei se dá, no Legislativo, quando da submissão deles à Comissão de Constituição e Justiça, que, após análise, apresenta parecer pelo prosseguimento ou não do projeto. Caso o parecer seja negativo, o projeto será considerado rejeitado, sendo encaminhado ao arquivo. Excepcionalmente, em caso de identificação de inconstitucionalidade parcial do projeto, a CCJ pode emendá-lo, sanando o vício. 

Ainda que aprovado pela CCJ, o Plenário da Casa legislativa também exerce o controle preventivo de constitucionalidade, quando dos debates parlamentares.

1.2 - Poder Executivo

O Chefe do Poder Executivo também realiza o controle preventivo de constitucionalidade, exercido por meio do poder de veto dos projetos. O veto do Chefe do Executivo pode ser jurídico, ao identificar vício de inconstitucionalidade, ou político, em razão do interesse público.

2 - Poder Judiciário

Exercido excepcionalmente, e em questões pontuais, o Judiciário pode promover o controle preventivo de constitucionalidade quando provocado a analisar projeto de lei que viole diretamente alguma regra constitucional relativa aos projetos de lei, como é o caso de PL que tenda abolir direito ou garantia fundamental, ou qualquer outra cláusula pétrea, conforme expressamente disposto no art. 60, CF:

Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Essa atuação judicial é excepcional porque a deliberação de projetos e o processo legislativo são questões internas do Poder Legislativo, somente podendo ser caso de interferência jurisdicional em hipóteses específicas, sob pena de violação do Princípio da Separação dos Poderes.

Além dessa, outra possibilidade de intervenção judicial é o julgamento de Mandado de Segurança impetrado por parlamentar que identifique a violação do processo legislativo hígido. Isso porque os membros do parlamento tem direito subjetivo ao devido processo legislativo, de modo que qualquer violação a esse mandamento desafia a impetração de MS exclusivamente pelo parlamentar.

2. CONTROLE REPRESSIVO

2.1 – Poder Legislativo

O Controle Repressivo de Constitucionalidade, realizado após a publicação da lei, ainda que em vacatio legis. De forma excepcional, pode o Poder Legislativo exercer o controle repressivo de constitucionalidade em duas hipóteses:

a) Quando o Congresso Nacional susta atos do Executivo que extrapolem seu poder regulamentar, nos termos do art. 49, V, CRFB/1988:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

 

b) Rejeição de medida provisória por vício de inconstitucionalidade.

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.

Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso Nacional disciplinar às relações jurídicas delas decorrentes.

2.2 – Poder Judiciário

Tipicamente, compete ao Poder Judiciário realizar o controle repressivo de constitucionalidade. Esse controle pode ser feito de forma:

a) difusa, por todos os órgãos jurisdicionais quando provocados por qualquer ação judicial que julgue um caso concreto. 

No controle difuso, a declaração de constitucionalidade produz efeitos apenas entre as partes.

Especificamente em relação aos tribunais, a Constituição Federal prevê no seu artigo 97 a denominada reserva de plenário ou cláusula full bench:

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público

b) concentrada, por meio de um processo específico e objetivo (levado ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal ou dos Órgãos Especiais dos Tribunais de Justiça) em que se discuta a constitucionalidade de uma lei ou ato normativo abstratamente. Por não haver partes processuais (apenas há falar em legitimados), não são aplicáveis os institutos da suspeição e do impedimentopois ausente o caráter subjetivo da demanda.

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