Moral é individual, interna, pertence à conduta individual da pessoa, ao seu consciente ou inconsciente, ao seu íntimo, enquanto o Direito representa sempre uma alteridade, uma relação jurídica, uma norma de agir dotada de sanção e coerção, projetando-se, portanto, externamente.
Podemos dizer que o Direito é bilateral, enquanto que a moral é unilateral: isso porque, no Direito, existem a concessão de direitos/garantias e obrigações; enquanto que na moral há somente a imposição de deveres.
O Direito é externalizado, enquanto que a moral é interiorizada: isso se dá porque o Direito cuida das condutas dos indivíduos, das atitudes externalizadas dos indivíduos; já a moral atua no campo da consciência, visando evitar, justamente, que as condutas contrárias às normas sejam externalizadas.
Na moral, as pessoas decidem aderir a uma regra de maneira autônoma, enquanto que no direito essas normas são impostas.
No que tange a coercibilidade: uma das características mais notórias do Direito é, justamente, a coercibilidade, ou seja, caso as normas não sejam respeitadas pode haver uma penalidade imposta pela força estatal. Enquanto que para a moral não há coerção, ou seja, não há uma punição estatal caso uma moral não seja cumprida.
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