Na teoria da asserção, o julgador deve encarar, prima facie, que as alegações do autor são verdadeiras, de modo a determinar o prosseguimento do processo. Assim, não está fazendo um julgamento do mérito ou as condições da ação propriamente, mas encarando os fatos como hipoteticamente verdadeiro, o que não impedirá (nem pode) o desenvolvimento regular do processo, com respeito ao contraditório e à ampla defesa.
Assim, exemplificando, se José narra na petição inicial que contratiu obrigação de pagar por serviço prestado pela empresa Alfa e que adimpliu todas as suas obrigações, mas foi indenvidamente negativado junto aos órgãos de proteção de crédito, o juiz aceitará os fatos como inicialmente verdadeiros para verificar, dentre outras questões, a legitimidade passiva.
Se os fatos trazidos por José são encarados como verdadeiros, pode o juiz verificar que a empresa Alfa seria legitimada, devendo ser citada, o que não ocorreria se, a despeito do exposto, José ajuizasse a ação em fase da empresa Beta.
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