Amortização é o ato de reduzir uma dívida fazendo pagamentos periódicos, de modo a quitar os débitos aos poucos. O pagamento da amortização é calculado com base em um planejamento, que pode ser dos juros do valor devido, do reembolso do valor devido ou dos dois juntos. Cada parcela da amortização tem como referência o total financiado, somando-se os impostos, juros e outras taxas.
Quando um empréstimo é realizado, a amortização pode ser calculada utilizando os seguintes sistemas:
No SAC, ou Sistema de Amortização Constante, as parcelas a serem pagas vão reduzindo com o passar do tempo, até que toda a dívida seja quitada. Este modelo é bastante comum nos financiamentos de imóveis, em que o prazo de pagamento é mais longo.
Diferente do Sistema SAC, no Price as parcelas são fixas. É o modelo mais utilizado na maioria dos empréstimos bancários e financiamentos, em que cada parcela contém os juros e a amortização.
Se você fizer um empréstimo no banco pelo Sistema Price, por mais que todas as parcelas pagas sejam iguais, no início você estará pagando uma maior porcentagem de juros do que do valor financiado propriamente dito. Com o passar do tempo, os juros vão baixando e, então, você passa a pagar uma maior porcentagem do valor emprestado e menos juros.
De forma resumida, veja quais são as principais diferenças entre as tabelas SAC e Price:
Divida o valor total financiado pelo número de meses em que as parcelas serão pagas.
Exemplo: 400 mil reais / 120 meses = R$ 3.333,33 (amortização)
Para saber qual será o valor de cada parcela, some a taxa de juros mensal. Aqui vamos utilizar 0,68%.
Parcela 1: 3.333,33 + 0,68%*400.000 = 6.053,33;
Parcela 2: 3.333,33 + 0,68%*(400.000 – 1 x 3.333,33) = 6.053,33;
Parcela 3: 3.333,33 + 0,68%*(400.000 – 2 x 3.333,33) = 6.008,00.
Continuando assim até chegar a última parcela a ser paga.
Durante todo o período em que as parcelas forem pagas, a amortização vai ser sempre a mesma. O que vai fazer com que as parcelas reduzam são os juros.
Para calcular o valor das parcelas a serem pagas, temos que dividir o valor total da dívida pelo número de meses que foi acordado que ela seria paga. Essa valor constituirá o primeiro componente da parcela e será a amortização de fato da dívida. O segundo componente será os juros, que incidirão sobre a quantia que ainda é devida. A cada mês os juros incidirão sobre o montante inicial devido subtraído do valor das amortizações já pagas, de forma que o juros, e consequentemente a parcela, diminuem ao longo do tempo. Note que a amortização, porém, é constante.
Vamos fazer um exemplo prático. Se uma pessoa contrai uma dívida de 1000 reais a ser paga em 10 meses, com juros de \(1\%\) ao mês, as respectivas parcelas serão:
1ª parcela: \(\dfrac{1000}{100}+\) \(0,01 \cdot 1000 = 100+10 = 110\)
2ª parcela: \(\dfrac{1000}{100}+\) \(0,01 \cdot (1000- 1 \cdot 100) = 100+ (0,01 \cdot 900) = 100+9 = 109\)
3ª parcela: \(\dfrac{1000}{100}+\) \(0,01 \cdot (1000- 2 \cdot 100) = 100+ (0,01 \cdot 800) = 100+8 = 108\).
E assim por diante.
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