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Como funciona a prescrição no direito penal?

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Vanessa Braga

Resumo:  O presente artigo visa analisar as diferentes formas de prescrição existentes no direito Penal Brasileiro, bem como suas aplicações, causas e interrupções nos processos criminais, além dos diversos usos desta para o ius puniendi estatal.
Palavras- Chaves: Prescrição,  Estado, Punibilidade
Abstract: This article aims to analyze the different forms of existing prescription in the Brazilian Penal law and its applications, and causes disruptions in criminal cases, in addition to several uses this to ius puniendi state.
Key-words: Prescription, State Punish
INTRODUÇÃO
A Prescrição se caracteriza pela  perda do direito de punir do Estado pelo transcurso do tempo. Conforme  o artigo 61 do Código de Processo Penal, a prescrição deverá ser determinada de ofício, pelo juiz, ou por provocação das partes em qualquer fase do processo.
                   Pode-se conceituar a prescrição como sendo a forma de extinção de punibilidade do agente pela perda da pretensão de punir o sujeito ativo do delito ou de executar essa punição, ante o decurso do prazo legal, pela inércia do Estado. Ou, nas palavras de Fernando Capez a “perda do direito-poder-dever de punir pelo Estado em face do não exercício da pretensão punitiva (interesse em aplicar a pena) ou da pretensão executória (interesse de executá-la) durante certo tempo” (2007, p. 572).

                  No direito penal, o tema é tratado no artigo 107, IV; e também nos artigos 109 a 119 do Código Penal - CP (1940). O Código Penal  trata da prescrição da pretensão punitiva (art. 109 CP), da prescrição da pretensão de executória (art. 110 CP), da prescrição superveniente ou intercorrente (art. 110 §1°CP) e por fim da prescrição retroativa. A primeira ocorre antes do trânsito em julgado da sentença e as demais depois do transito em julgado da sentença condenatória. Diversos doutrinadores consideram a existência de somente duas espécies, a saber: a prescrição da pretensão punitiva e a prescrição da pretensão executória, sendo as demais derivadas destas. Nestes termos o presente trabalho tratar-se-á da prescrição no direito penal, será estudado os tipos de prescrição, bem como, alguns prazos prescricionais levando-se em conta sua grande importância na seara do direito penal.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
                   A primeira a ser tratada será a prescrição da pretensão punitiva.   A prescrição da pretensão punitiva é regida pelo artigo 109 do Código Penal. É através dela que se verifica se o crime cometido pode (se for denunciado dentro do prazo legalmente definido) ou não ser punido pelo Estado. Ela é também chamada de prescrição da ação penal, pois no caso do não cumprimento do prazo, a ação não poderá ser proposta. Sua verificação é feita antes do trânsito em julgado da sentença, ou seja, antes da sentença condenatória se tornar definitiva. O Estado é titular da pretensão punitiva, sendo o único que pode exigir do Poder Judiciário a prestação jurisdicional pedida na acusação.
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Estudante PD

A prescrição é a perda da pretensão punitiva ou executória estatal, isto é, o Estado perde o direito de punir em virtude da passagem do lapso temporal de acordo com a lei. Se não existisse a prescrição o indivíduo viveria receoso, haja vista que, mesmo passando grande lapso temporal ele ainda poderia ser preso e condenado. É bom ressaltar que o ordenamento jurídico nacional possui crimes imprescritíveis como o racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático segundo a Constituição Federal de 1988.

A prescrição extingue a punibilidade do indivíduo. Os prazos prescricionais estão previstos no artigo 109 do Código Penal que dispõe: 

  Art. 109.  A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 

        I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

        II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;

        III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;

        IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;

        V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;

        VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 

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