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O que é extraterritorialidade?

💡 10 Respostas

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Natalia Nascimento

É a aplicação das leis brasileiras aos crimes cometidos fora do território nacional. Divide-se em a) incondicionada que não depende de condições. Além dessas hipóteses, previstas no art. 7.º, I, do CP, a Lei 9.455/97 (que definiu os crimes de tortura no Brasil) prevê outra hipótese de extraterritorialidade incondicionada (art. 2.º “O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira”); b) condicionada que depende das condições descritas no art. 7.º, § 2.º, letras abcd e e, e § 3.º, do Código Penal.

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Estudante PD

O princípio da extraterritorialidade menciona a aplicação da lei penal brasileira no exterior. Esse princípio pode ser encontrado no artigo no artigo 7º do Código penal que dispõe:

   Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 

        I - os crimes: 

        a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 

        b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 

        c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 

        d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 

        II - os crimes:  

        a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 

        b) praticados por brasileiro; 

        c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 

        § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

        § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 

        a) entrar o agente no território nacional; 

        b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 

        c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

        d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 

        e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 

        a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 

        b) houve requisição do Ministro da Justiça. 

Essa extraterritorialidade pode ser incondicionada ou condicionada. A incondicionada está prevista no artigo 7º inciso I do Código Penal e menciona que a lei brasileira será aplicada ao fato cometido no exterior ainda que o agente seja absolvido nesse lugar. Já a condicionada disposta no artigo 7º inciso II do Código Penal menciona que a lei penal brasileira poderá ser aplicada aos fatos ocorridos no exterior desde que alguns requisitos sejam preenchidos. Eles são: 1 - entrar o agente no território nacional; 2 - ser o fato punível também no país em que foi praticado; 3 - estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 4 - não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;  5 - não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

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Ana Caroline Oliveira

Extraterritorialidade em direito internacional é o estado de ser isento da jurisdição da lei local, geralmente como resultado de negociações diplomáticas.[1] A extraterritorialidade também pode ser aplicada a lugares físicos, tais como embaixadas estrangeiras, bases militares de países estrangeiros ou escritórios das Nações Unidas.

Pela extraterritorialidade, um prédio ou terreno em um país estrangeiro é considerado como uma extensão do próprio país, como no caso de embaixadas, consulados, bases militares e em certos aspectos navios. Na verdade, não envolve a conversão para todos os fins deste território como uma extensão do próprio país, mas é livre para fins jurisdicionais da aplicação da lei do país em que está localizado.

Por esta definição, para os fins legais esses locais estão isentos da lei do Estado em cujo território ou águas se encontram, sendo apenas obrigados a cumprir a legislação de seu país de origem ou internacional ou a de aceitação mútua.[2]

Os três casos mais comuns e internacionalmente aceites referem-se às pessoas e bens de estados e entidades soberanas estrangeiras, embaixadores e outros agentes diplomáticos, navios oficiais em águas estrangeiras.
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