O direito de posse é um direito sui generis, ele não é classificado como direito real e consiste numa relação de pessoa e coisa, fundada na vontade do possuidor, criando mera relação de fato, é a exteriorização do direito de propriedade.
Os direitos reais estão especificados no art. 1.225 do CC e são:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso;
XIII - a laje.
Direitos reais: são direitos que incidem sobre coisas, móveis, imóveis ou imateriais, que são titularizados por determinada pessoa e oponíveis erga omnes. Dentre eles, podemos citar a propriedade, que é o direito de gozar, reivindicar, usar e dispor sobre determinada coisa e a posse, que é o direito de exercer uma ou algumas dentre as faculdades da propriedade.
Posse: no Brasil, adotamos a teoria objetiva de Ihering, segundo a posse é aquela que ocorre quando há não apenas o contato físico entre o sujeito e a coisa, mas um verdadeiro comportamento de dono, exercendo poder direto, administrando, dentre outros. Assim, posse é uma situação fática que determinado indivíduo possui sobre a coisa em razão de uma relação socioeconômica específica.
A teoria subjetiva da posse é aquela que exige a presença de dois requisitos para haver posse: corpus + animus domini.
Corpus é o contato efetivo do possuidor com a coisa possuída ou ao menos a possibilidade de haver esse contato.
Animus domini é a intenção que o possuidor tem de ter a coisa como sua.
Na teoria objetiva, para haver posse é necessário que o indivíduo aja como se fosse proprietário da coisa, ou seja, dê a aparência de proprietário. Neste caso já estará configurada a posse. É a experiência do corpus, do contato ou possibilidade de contato e como age perante a coisa.
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