João promove ação revisão contratual em face da Caixa Econômica Federal, visando o reconhecimento da abusividade dos juros remuneratórios fixados em patamar superior a 12% ano ano.
Na inicial informa o autor que todas as provas seguem anexadas, bem como, expressamente, dispensa a produção de outras provas em fase específica de instrução.
O servidor processante abre conclusão ao magistrado que, ao analisar a petição inicial, julga liminarmente improcedente o pedido por contrariar acórdão proferido pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos, além da Súmula 382 do mesmo Tribunal.
Os autos retornam da conclusão e para a surpresa do servidor veio sentenciado e não com determinação de citação e/ou intimação e designação de audiência de conciliação ou mediação.
Imediantamente o servidor suscita dúvida ao magistrado, pois acredita ter sido a sentença proferida de modo equivocado, vez que a relação jurídica procesual sequer foi aperfeiçoada, ou seja, o réu sequer foi citado.
Na condição de magistrado, como esclareceria a dúvida suscitada pelo servidor?
Explique se foi correta a conduta processual e indique os fundamentos jurídicos aplicáveis.
Sendo assim, como já consignado, entrou-se em cometimento de erro de fato ao asseverar que o declarante do nascimento fora o marido, quando, na verdade, constata-se, pelas certidões anexadas aos autos, que foi o investigado, fato sintomático e consentâneo com as premissas da sentença do Juízo.
Mais do que isso, a Turma placitou óptica do Tribunal de Justiça sobre a inviabilidade de ter-se o reconhecimento tácito da paternidade, menosprezando a norma do artigo 363, inciso III, do Código Civil, reveladora da possibilidade de os filhos ilegítimos intentarem ação de investigação para reconhecimento da filiação "se existir escrito daquele a quem se atribui a paternidade reconhecendo-a expressamente".
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