Em 2006, MÁRIO DE ANDRADE1 se apresentou à Igreja São Pedro São Paulo como sacerdote da Congregação Salesiano e conseguiu enganar a Diocese de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo – ele afirmou que havia atuado em outras igrejas e o documento provando que ele havia sido ordenado após o término do seminário não foi exigido. Devido à deficiência de padres na paróquia, celebrou missas, casamentos e batizados por dois anos. Os valores que recebeu por cada sacramento celebrado, somados aos empréstimos que contraiu em proveito próprio e que nunca foram pagos, pois usou como garantia deles seu posto na Igreja, chegaram a mais de R$ 200 mil. Depois de descoberta a fraude, foi processado e condenado pela prática de estelionato (CP, art. 171), à pena privativa de liberdade de 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão (TJSP - Apelação nº 0057560-95.2010.8.26.0050). Considerando a primariedade e as condições pessoais do réu, sobre quem não recaíram outros fatos desabonadores, e as circunstâncias objetivas do crime, a pena privativa de liberdade aplicada poderá ser substituída por pena restritiva de direitos? Explique.
Se o acusado não estiver sendo processado ou acusado por algum outro crime, o Ministério Público ao oferecer a denúncia poderá propor a suspensão do processo por dois ou quatro anos, sendo que nessa ocasião o réu não será processado. No caso, se o criminoso for primário e o juízo for considerado de pequeno valor, poderá ser aplicada a pena do furto privilegiado. Nesse caso, o delegado de polícia não poderá arbitrar fiança para esse tipo de delito.
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