A lei trata cada caso separadamente. Homicídio culposo: O exemplo do motorista imprudente, que mata por acidente, mas sem intenção de matar. Mas se ele é reconhecido como o infrator, então o crime é julgado como homicídio culposo.
Homicídio qualificado: Quando alguém mata e recebe dinheiro, ou por discriminação racial, sexual ou religiosa, entre outros.
Homicídio culposo § 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos.
Aumento de pena § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
Logo, não há a qualificadora, o que há é uma causa de aumento de pena a incidir na terceira fase do sistema trifásico de aplicação da pena.
Observe, na modalidade qualificada o próprio preceito secundário muda, de modo que a pena base parte deste, e não do cominado à modalidade comum do delito. Veja:
Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Logo, no homicídio qualificado a pena-base a ser considerada na primeira fase da aplicação da pena é 12 anos, sobre a qual passarão a incidir nesta fase as circunstâncias judiciais do art. 59; em seguida as agravantes e atenuantes na segunda fase; e só por fim as causas de aumento e diminuição de pena na terceira fase.
Desse modo, não há "homicídio culposo qualificado", até porque qualificadoras subjetivas sequer se compatibilizariam com o homicídio culposo tendo em vista a ausência de intencionalidade, e qualificadoras objetivas não passariam de um aumento (objetivo) na responsabilização do indivíduo, que não se coaduna com a individualização da pena.
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