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Quais os indicadores reprodutivos mais utilizados no mercado atualmente?

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Irah Bentes

1-) Taxa de detecção de cio:

Se você adota o procedimento de detecção de cio, deve ter o compromisso de fazer bem feito. A meta para esse índice é de 60-70% de detecção de cio, e se sua taxa cair para menos de 40%, há aqui um grande motivo de preocupação. Nesse contexto, é importante conferir se há algum funcionário passando de 20 a 30 minutos, 3 vezes ao dia, para checar a presença de vacas no cio e avaliar a possibilidade de novo treinamento para essa tarefa.


2-) Número de dias para o primeiro serviço:

Esse parâmetro indica quanto tempo você leva para identificar o primeiro cio pós-parto. Para determinar o número de dias ideal para o primeiro serviço, recomenda-se adicionar 11 dias ao período voluntário de espera (PVE) de cada fazenda. A meta para o número de dias para o primeiro serviço é de 75 dias pós-parto; quando esse tempo é superior a 75 dias, é preciso fazer as seguintes checagens:


  a) se a detecção do cio está sendo realizada adequadamente

 b) se está havendo perdas muito pronunciadas no escore de condição corporal.


3-) Taxa de concepção:

Esse indicador mostra a acurácia na identificação de cios, a correta inseminação e a fertilidade das vacas. O principal objetivo é o alcance do maior número de vacas prenhas, tendo como meta obter 55% no primeiro serviço (apesar de ousada, é totalmente atingível). Para os demais serviços, a meta de taxa na concepção é de 50%. Na hipótese de ambas as taxas apresentarem índices menores que 30%, algumas das seguintes ações devem ser tomadas:


*Revisar seu programa de inseminação artificial: checar se os inseminadores foram bem treinados, se o sêmen foi descongelado e manipulado corretamente e se suas vacas estão sendo manejadas com calma antes e depois da inseminação.


*Checar os intervalos entre as coberturas ou inseminações, com o intuito de evitar mortalidade embrionária precoce.


*Testar os níveis de progesterona no leite: os níveis caem quando as vacas estão no cio. Vacas com alta concentração do hormônio - acima de 1-2 ng/ml - não estavam no cio e nem deveriam ter sido inseminadas.


*Examinar os níveis de nitrogênio ureico no leite (NUL): se os níveis estão acima de 18 mg/dl pode estar havendo proteína bruta demasiada na dieta ou uma falta de carboidrato fermentescível na dieta. E esse excesso de nitrogênio ureico pode tornar o ambiente uterino um pouco hostil ou não favorável para a fixação do embrião recém-formado.


*Avaliar a incidência de problemas reprodutivos no rebanho: checar a porcentagem de partos com distocia, partos com retenção de placenta e casos de metrite. E também, consultar um médico veterinário para avaliar a porcentagem de cistos ovarianos no rebanho.


*Revisar o programa de vacinação: é fundamental saber se algumas doenças infecciosas podem estar ocorrendo e comprometendo essa taxa de concepção.


4-) Taxa de prenhez:

Esse é uma das taxas mais importante para análise de índices zootécnicos pelos profissionais que se dedicam ao estudo de reprodução. O que a define é a quantidade de vacas elegíveis a ficarem prenhas de fato ficaram prenhas em determinado período de tempo. Vacas elegíveis são vacas vazias que superaram o período voluntário de espera. Essa taxa pode ser estimada ao multiplicar a taxa de detecção de cio x taxa de concepção. A meta são taxas superiores a 22-25%, sendo que índices menores que 12-15% merecem intervenção imediata.


5-) Dias abertos (ou período de serviço) e intervalo de partos:

O período de serviço é definido como o número de dias entre o parto e a próxima cobertura de sucesso (momento de início de uma nova gestação. O período de serviço ideal pode variar de 50 a 150 dias. Para o intervalo entre partos, é esperado um espaço de 13 a 14 meses em rebanhos de alta produção. Muitos estudiosos consideram que este intervalo pode chegar até 18 meses. As vantagens desse longo período seriam: menor número de dias em período seco, menor número de dias sob risco de problemas em vacas recém-paridas e melhor fertilidade nos momentos de inseminação. Contudo, longos intervalos também apresentam desvantagens, como: o menor número de bezerras (o que, consequentemente, vai gerar dificuldade na reposição de fêmeas no plantel) e redução na quantidade de leite produzido por dia.


6-) Dias secos ou período seco:

É o número de dias entre a secagem e a próxima parição. A meta recomendada, tradicionalmente, é de 60 dias; contudo, 40 dias pode ser um bom prazo. Afinal, é sempre necessário lembrar que o custo de alimentação de uma vaca seca por dia é de R$4,00 a R$5,00. E quando uma vaca demora para ser reinseminada e sua produção de leite diminui muito, os produtores tendem a secá-la antes dos 60 dias recomendados por padrão.


7-) Descarte por falhas reprodutivas

No estado do Paraná, o maior fator de descarte de vacas é por falhas durante a reprodução. Contudo, a meta ideal de descarte por esse motivo não deveria exceder 1/3 do número total de descartes no rebanho. É preciso averiguar alguns pontos para entender a baixa fertilidade do rebanho, entre eles: alta consanguinidade, genética que está sendo utilizada (fertilidade do sêmen), técnica de inseminação artificial usada, estresse calórico, sanidade geral, limitações nutricionais, ambiente uterino e alta produção de leite.

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