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Como o Rei De Gana Chegou ao Poder ?

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Juliano Pinto de Souza

O Reino de Gana ficava na região oeste da África, na área que compreende hoje o Mali e o sul da Mauritânia, alcançou seu ápice entre os séculos VII e XI. Através da captação dos recursos naturais, principalmente ouro e metais preciosos dos territórios dominados pelo reino, transformou-se na principal autoridade econômica da região.

O Reino Ganense foi fundado no século IV. Quando se encontrava em ascensão política e econômica, no século X, foi dominado pelos soninques, que estenderam o poder de Gana sobre as regiões auríferas do Senegal - da curva do rio Níger ao deserto do Saara. Essa dominação durou quase um século, enquanto isso os povos que ali viviam eram obrigados a pagar tributos sobre o comércio de mercadorias e a produção de metais preciosos. Por conta desse comércio, ocorriam constantes ataques nômades nas regiões, com isso os soninques se organizaram politicamente e formaram um poderoso exército.

O poder do rei de Gana provinha da enorme quantidade de ouro produzida em seu reino. Este monopólio permitiu aos Soninques construir e manter enormes cidades, além de uma capital com uma população estimada entre 15.000 e 20.000 habitantes. A produção do ouro era usada, também, para desenvolver outras atividades econômicas, tais como a tecelagem, a ferraria e a produção agrícola.

As cidades mais importantes comercialmente e politicamente a partir do século XI eram Kumbi Saleh (capital), 340 km ao norte da atual Bamako, no Mali. Outra grande cidade foi Audagoste. Com a concorrência de outras potências no comércio do ouro, o Reino de Gana começou a declinar.

Em nome do Islamismo, os berberes, da dinastia dos almorávidas, vindos do Magrebe, atacaram e conquistaram Kumbi Saleh, rompendo a unidade do reino que a partir de então ficou dividido numa parte Norte muçulmana, comandada pelos almorávidas, e uma parte Sul, comandada pelos soninques, onde se refugiaram os não muçulmanos.

O Reino de Gana recusou-se a se converter ao Islã. E assim o reino mergulhou em lutas tribais até o século XII, quando os últimos territórios ganenses foram incorporados ao Reino de Mali.

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Jhonatan Melo

Golpe de estado
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Jonathan Batista

Império do Gana, Reino do Gana ou Império de Uagadu foi um antigo império que dominou a África Ocidental durante a Idade Média. Se localizava entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal, muitos quilômetros ao norte do atual país chamado Gana.[1]

O Império não tinha nome então passou a ser chamado de Gana (que significa "chefe guerreiro") o qual na verdade era o título do líder desse Império. Foi provavelmente fundado durante a década de 300, desde essa data até 770, os seus primeiros governantes constituíram a dinastia dos Magas, uma família berbere, apesar de o povo seu súdito ser constituído por negros das tribos soninquês.[2] Em 770, os Magas foram derrubados pelos soninquês, e o império expandiu-se grandemente sob o domínio de Caia Magã Cissé, que foi rei cerca de 790.

Nessa altura, o Império do Gana começou a adquirir uma reputação de ser uma terra de ouro. Atingiu o máximo da sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção dos Árabes.[3] Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos Almorávidas berberes subiu ao poder, embora não o tenha conservado durante muito tempo. O império entrou em declínio e, em 1240, foi destruído pelo império do Mali.[4]

Os soninquês habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-magas. Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (berberes). A região de Gana tornou-se, com o tempo, uma área de intenso comércio.[5] Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-magas, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região.[1] Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
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