Os escravos dispunham de poucos recur-
sos políticos, mas não desconheciam os
mecanismos das relações mais amplas de
poder. No Brasil da segunda metade do sécu-
lo XIX eles identificaram rapidamente as
brechas abertas pelo tímido liberalismo vi-
gente e freqüentemente levaram seus senho-
res aos tribunais em defesa de direitos garan-
tidos em lei (95). Mas ao longo da longa his-
tória da escravidão, tiveram pouco ou ne-
nhum acesso às leis do Estado. Entretanto
não se acomodaram. Inventaram estratégias
para negociar no dia-a-dia melhores condi-
ções de vida com os senhores, e quando não
encontraram espaço para a negociação, e
perceberam condições favoráveis, eles se re-
belaram individualmente ou se uniram na
revolta, fazendo política com uma linguagem
própria, ou com a linguagem do branco filtra-
da por seus interesses. Embora fossem derro-
tados na maioria das vezes, os escravos re-
beldes marcariam limites além dos quais seus
opressores não seriam obedecidos. Hoje, eles
inspiram o povo negro do Brasil em suas
lutas pela cidadania plena
Dessa maneira. podemos ainda inferir que o autor dá um sentido de evolução brasileira baseada na indagação que faz no texto, em que se afirma por um caráter inicial da colonização. Logo, possuir isso em vista é compreender o essencial deste quadro que se apresenta em princípios do século passado, e que se faz necessário analisar mis profundamente.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta.
História do Brasil Colonial
•ESTÁCIO
História do Brasil Colonial
•ESTÁCIO
Compartilhar