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Sistema trifasico de aplicação de pena?

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Denise Costa

Direito penal 2
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Sérgio Schrapett

Aplicação da pena (dosimetria da pena):
Dosimetria da pena é o cálculo feito para definir qual pena será imposta a uma pessoa em decorrência da prática de um crime.
1ª fase: pena-base. Fundada nas circunstâncias do art. 59/CP:

I. Culpabilidade: é o grau de reprovação da conduta em face das características pessoais do agente e do crime;

II. Antecedentes: são as boas e as más condutas da vida do agente; até 05 (cinco) anos após o término do cumprimento da pena ocorrerá a reincidência e, após esse lapso, as condenações por este havidas serão tidas como maus antecedentes;

III. Conduta social: é a conduta do agente no meio em que vive (família, trabalho etc.);

IV. Personalidade: são as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade. Nada mais é que o perfil psicológico e moral; V. Motivos do crime: são os fatores que levaram o agente a praticar o delito, sendo certo que se o motivo constituir agravante ou atenuante, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta fase, sob pena de configuração do bis in idem;

VI. Circunstâncias do crime: refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão do modus operandi (instrumentos do crime, tempo de sua duração, objeto material, local da infração etc.);

VII. Consequências do crime: é a intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática delituosa;

VIII. Comportamento da vítima: é analisado se a vítima de alguma forma estimulou ou influenciou negativamente a conduta do agente, caso em que a pena será abrandada.

2ª fase: pena provisória:

I. Agravantes, expressos em lei (art. 61/CP);

II. Atenuantes, por analogia in bonam partem (art. 65 e 66/CP).

3ª fase: pena definitiva. Causa de aumento e diminuição da pena. Exemplo: art. 16 (arrependimento posterior), art. 121 (homicídio simples, matar alguém), § 4º e 6º e art. 129 (lesão corporal), §7º.

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Rebeca Reboucas

O Código Penal adotou o critério trifásico para a fixação da pena, ou seja, o juiz, ao apreciar o caso concreto, quando for decidir a pena a ser imposta ao réu, deverá passar por 03 (três) fases: a primeira, em que se incumbirá de fixar a pena-base; a segunda, em que fará a apuração das circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por fim, a terceira e última fase, que se encarregará da aplicação das causas de aumento e diminuição da pena para que, ao final, chegue ao total de pena que deverá ser cumprida pelo réu.

A fixação do quantum da pena servirá para o juiz fixar o regime inicial de seu cumprimento obedecendo as regras do artigo 33 do CP (regimes fechado, semi-aberto e aberto) bem como para decidir sobre a concessão do sursis e sobre a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ou multa.

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