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ARGUIÇÃO DE FALSIDADE

Quando a parte junta documento falso nos autos, e por sua vez a parte contrária  argue a falsidade, caso a parte retire o documento, conforme permite o CPC, poderá induzir  que havia de fato a falsidade?

💡 8 Respostas

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Sérgio Schrapett

O artigo 430 do Novo CPC acentua que a falsidade deve ser suscitada pelo réu na contestação, pelo autor na réplica, no prazo de 15 dias, contados a partir da intimação da juntada dos documentos aos autos.

O parágrafo único do mesmo artigo 430 informa que a arguição de falsidade deve ser resolvida incidentalmente, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, como autoriza o inciso II do artigo 19 também do Novo CPC:

“Art. 430.  A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.

Parágrafo único.  Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.

Art. 19.  O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

II – da autenticidade ou da falsidade de documento.”

Por sua vez, o artigo 431 do Novo CPC determina que a arguição de falsidade deve estar devidamente fundamentada com a exposição dos motivos da pretensão e quais os meios com que provará o alegado.

 

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G rodrigues

Nos termos do parágrafo único do art. 432 do CPC "Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento (supostamente falso) concordar em retirá-lo.".  Inicialmente, convém ressaltar que a parte que juntou documento alegado falso pela parte contrária não pode desentranhá-lo de ofício, sem o consentimento da parte contrária. Vide decisão do TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70066277203 RS (TJ-RS) Jurisprudência•Data de publicação: 17/11/2015.

Havendo concordância, a retirada de tal documento faz com que não exista mais nos autos como prova, não havendo, portanto, qualquer consequência jurídica para a parte que fez a juntada de tal documento, inclusive a indução de que tal documento era, de fato, falso, uma vez que não foi feito exame pericial obrigatório quando se alega falsidade documental.

Nesse sentido o art. 371 do CPC 2015: “O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento”.

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Roseane Vicente

Sim. No momento que retirou o documento ele acabou deixando claro que tinha algo errado no referido documento, portanto, para ele não sofrer as penalidades aplicáveis ao caso e ainda, para tentar fazer uso de outras teses de defesa que porventura tenha arguido, deixou para lá o tal documento.

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