Maria do Bairro ingressou com uma ação de cobrança contra Soraya Montenegro, para um receber um valor que esta lhe devia. No dia da audiência de conciliação, Maria do Bairro percebe que o juiz e a parte contrária, Soraya Montenegro, conversam com bastante entusiasmo, conversando sobre viagens que farão juntos com suas famílias e demonstrando serrem pessoas bastante próximas.
Com base nesta situação, existe algum princípio que seja aplicável, para garantir que Maria do Bairro não seja prejudicada? Explique e fundamente.
O princípio da imparcialidade do juiz decorre da Constituição Federal de 1988, que veda o juízo ou tribunal de exceção, na forma do artigo 5º, XXXVII, garantindo que o processo e a sentença sejam conduzidos pela autoridade competente que sempre será determinada por regras estabelecidas anteriormente ao fato sob julgamento, como se percebe pela leitura do artigo 5º, LIII.
A imparcialidade do juiz consiste na ausência de vínculos subjetivos com o processo, mantendo-se o julgador distante o necessário para conduzi-lo com isenção.
Maria do bairro deve alegar que a proximidade entre Soraya e o juiz pode ferir o princípio da isonomia e da imparcialidade do juiz, pressuposto para que a relação processual se instaure validamente, estando amparada, em ambos os casos pelo CPC e pela própria Constituição, segue a letra da lei:
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
(Princípios do Processo Civil/CPC)
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Teoria Geral do Processo
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