Joaquim foi condenado pelo Tribunal do Júri pelo feminicídio de sua esposa Filomena. O crime ocorreu quando Joaquim, tendo retornado mais cedo para casa depois do trabalho, flagrou a esposa em ato de infidelidade conjugal, pegou seu revolver e lhe desferiu um tiro letal, tendo o amante conseguido fugir pela janela.
Nos debates plenários, a defesa, calcada em prova testemunhal, demonstrou que Joaquim agiu dominado pela violenta emoção causada pelo flagrante da infidelidade conjugal.
A acusação defendeu, entretanto, a incidência das qualificadoras do feminicídio e da futilidade, pois, para o ministério público, o crime se deu em contexto de violência doméstica e em razão de ciúmes.
O Conselho de Sentença reconheceu ambas as qualificadoras. Afastou a causa de aumento de pena.
Na 1ª fase da dosimetria da pena o Juiz Presidente utilizou o feminicídio como circunstância qualificadora, partindo de 12 anos. Utilizou a futilidade (ciúmes) e os maus antecedentes (processo em andamento por embriaguez ao volante) para acrescentar dois sextos à pena base, chegando a 16 anos.
Na segunda fase da dosimetria, considerou a confissão, estabelecendo a pena intermediária de 15 anos e 6 meses.
Ausentes causas de aumento e diminuição, estabeleceu a pena definitiva em 15 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Em atendimento ao art. 492, I, e, do CPP, determinou a expedição de mandado de prisão contra Joaquim, que foi recolhido à penitenciária.
Você é procurado por Joaquim no dia seguinte à realização do julgamento.*
QUESTÕES
1. CABE RECURSO? QUAL?
2. CABERIA EFEITO SUSPENSIVO DA DECISÃO DE CONDENAÇÃO, DE MODO QUE A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA NÃO TIVESSE INÍCIO? EM QUE HIPÓTESES?
3. SERIA POSSÍVEL AFASTAR A FUTILIDADE E ASSIM REDUZIR A PENA?
4. SERIA POSSÍVEL AFASTAR O MAU ANTECEDENTE E ASSIM REDUZIR A PENA?
5. SERIA POSSÍVEL O RECONHECIMENTO DA PRIVILEGIADORA E, ASSIM, REDUZIR A PENA?
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