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Quais as diferenças entre Métodos de diagnostico tradicional de citologia oncológica vaginal métodos modernos existentes ?

Métodos de diagnostico tradicional de citologia oncológica vaginal X métodos modernos existentes de diagnósticos também em citologia.

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Pâmela Medeiros

Métodos de diagnostico tradicional de citologia oncológica vaginal

X

Métodos modernos existentes de diagnósticos também em citologia.

 

Os estudos iniciais de Papanicolaou tinham como alvo esfregaços vaginais de animais de laboratório e posteriormente de mulheres, objetivando conhecer os efeitos hormonais sobre a mucosa vaginal. No decorrer das suas pesquisas, o encontro acidental de células malignas despertou-lhe a atenção, antevendo a possibilidade de a mesma técnica ser empregada na rotina do diagnóstico precoce do câncer cervical. Em 1928, Papanicolaou publicou um artigo sobre os resultados do seu trabalho, intitulado “Novo diagnóstico de câncer”. No final desse artigo, ele previu: “Uma compreensão melhor e uma análise mais precisa do problema do câncer com certeza resultarão da aplicação deste método. É possível que sejam desenvolvidas técnicas análogas para o reconhecimento de câncer em outros órgãos”. Na ocasião o seu trabalho não sensibilizou o meio acadêmico, em parte devido à falta de dados estatísticos na pesquisa.

Outro marco importante para o desenvolvimento da citopatologia foi a modificação da técnica de colheita das amostras citológicas, que passou a utilizar uma espátula (espátula de Ayre) para raspar diretamente as células do colo. A espátula foi especialmente projetada para esse fim e foi desenvolvida pelo médico canadense Ernest Ayre, na década de 1940. Ainda hoje utilizamos o modelo proposto por Ayre, em substituição à colheita das secreções vaginais espontâneas, preconizada pioneiramente por Papanicolaou. A descamação celular podia ser de dois tipos: espontânea ou natural e artificial. Como exemplos de descamação natural, temos a urina e o escarro. Na descamação artificial, as células são removidas com a utilização de algum instrumento.As amostras citológicas são obtidas através do raspado da ectocérvice e do escovado da endocérvice, utilizando-se a espátula de Ayre e a “escovinha”, respectivamente. As células viáveis que são traumaticamente esfoliadas, são menores e com menor grau de maturação que as células descamadas naturalmente.

A espátula foi especialmente projetada para esse fim e foi desenvolvidacomo já dito, pelo médico canadense Ernest Ayre, na década de 1940, método utilizado ainda hoje. O sucesso do teste de Papanicolaou se deve fundamentalmente a seu baixo custo, sua simplicidade técnica e eficácia diagnóstica, sendo introduzido numa época em que o câncer de colo uterino representava a principal causa de morte relacionada ao câncer em mulheres nos Estados Unidos.

O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se os casos de câncer da pele não melanoma (INCA, 2011). Impulsionado pelo Programa Viva Mulher, criado em 1996, o controle do câncer do colo do útero foi considerado prioridade na Política Nacional de Atenção Oncológica (BRASIL, 2005) e no Pacto pela Saúde (BRASIL, 2006), sendo reafirmado como prioridade do governo em 2011, por meio do Plano Nacional de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero, que contempla, em um dos seus eixos, a garantia de qualidade do exame citopatológico.

A realização periódica do exame citopatológico continua sendo a estratégia mais adotada e mais eficiente no rastreamento do câncer do colo do útero. É aconselhável a realização do exame de Papanicolaou a partir do início da atividade sexual. Contudo, no âmbito da saúde pública, considerando principalmente a questão do custo-benefício, há regulamentações específi cas. De acordo com as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero pelo MS/Inca, de 2011, o exame deve ser priorizado para mulheres com atividade sexual e idade entre 25 e 60 anos.

Em pacientes que apresentam lesões pré-cancerosas, o seguimento citológico será semestral. Após o tratamento da lesão e depois de dois exames citológicos com resultados negativos, a paciente passa a realizar o teste de Papanicolaou a intervalos anuais, a cada três anos.

As seguintes orientações devem ser fornecidas às pacientes antes da colheita das amostras citológicas:

• Não estar menstruada.

• Não realizar duchas vaginais e não usar drogas intravaginais (creme, óvulo) nas 48 horas que antecedem o exame.

• Abstinência sexual nas 48 horas que antecedem o exame.



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Estudante PD

Desde o teste de Papanicolaou convencional, o grande avanço com a descoberta do papel do HPV na carcinogênese cervical e condicionou a ciência a buscar um metodo de coleta que possibilitasse a pesquisa pelo virus, alem da morfologia celular que é feita em lamina de citologia. Asssim, há decadas temos métods de citologia em meio liquido ou eja, ao inves de colher em esparula o material do colo e fazer um esfregaço, a coleta é feita e dispersamos o conteudo dentro de um frasnco com liqido que preerva caracteristica moleculares e morfológicas do mateiral biologia. Chegnado ao laboratorio ha uma maquina (processador) que pode gerar a partir deste líquido uma lamina para ser corada e o material residual ou anteriromente aliquitado se presta a testes como genotipagem ou captura hibrida para HPV, por ex. Assim a citologia em meio liquido já ganha destaque. Além disso, por ser um metodo em camada mais homogenea d que a lamina convencional as ferramentas de automação do rastreamento/screening/escrutínio funcionam muito melhor no meio liqudo , em regra. Assim, surgiram tambem há decadas metodos que automatizam e digitalizam as laminas e auxiliam na analise. Mais recente, nos últimos anos, temos o uso da inteligencia artificial que atua com grande robustez ja em uso no mercado mundial para aumentar acuracia, agilizar fluxo, arquivar os casos sem depender de espaço fisico, permitir telecitologia - trabalho remoto, mesmo que seja em um outro país, além de ferramenta preciosa de ensino e discussao de casos mais desafiadores. Para alem da morfologia há tambem testes imunocitoquimicos, como o estudo de dupla coloração por p16 e ki67 (o que é mutuammente excludente em uma célula normal), advento que também nos ajuda a aumentar as chances de estratificação de risco caso a caso

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