Leia atentamente o texto:
"Poéticos e filosóficos que se sentissem ao contemplar as paisagens circundantes, não poderiam sofrer incitamento – ainda que aptos a recebê-lo – capaz de os levar às profundidades dos grandes poetas ingleses, que encontraram na natureza uam fonte mais pura de inspiração. Pois a natureza significava fuga, paz e restauração da energia nervosa para o atribulado Wordsworth, para o atormentado Shelley ou para Byron, que se cansara do mundo; e, pouco importa a maneira como possam ter explicado sua ligação com ela, a experiência de fugir ao convívio humano liberou para êles uma energia criadora que lhes vitalizou a linguagem, conferindo-lhe características novas de sensibilidade e sugestão. Mas para os americanos criados no campo, aos quais as vacas a mugirem recordavam muitas vêzes tarefas diárias, a natureza não ostentava valores psicológicos como êsses. Era um símbolo popular, bastante amplo para que o tomassem e usassem, sem perceber o modo como vinha começando a revigorar os símbolos verbais do romantismo inglês. Ao cruzar o Atlântico, ruma a um nôvo ambiente cultural, sofreu mudança no mar e se tornou algo artificial, em vez de vivo"
(HOWARD, Leon. A literatura norte-americana. São Paulo: Cultrix, 1960, p. 59.)
Tendo lido o texto, atente-se para as afirmações, julgando-as verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) O Romantismo inglês chegou ao novo mundo ainda vazio de correlações culturais e sociais com aquela nação, e os autores tiveram de adaptá-lo à sua vida.
( ) O valor psicológico da natureza foi dimensionado pelos símbolos românticos, e não pela geografia ou período temporal no qual se desenvolveu.
( ) Se o Romantismo pregava a fuga da civilização, o Realismo incentivava a vida industrial como forma de realização literária.
( ) Durante seu período de adaptação às novas terras, o Romantismo tornou-se artificial até que novas relações com a sua estética pudessem ser traçadas na literatura nacional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas:
5)
Leia atentamente o texto:
"James foi também um grande teórico da ficção. Se você quiser estudar o ponto de vista, o recurso técnico primordial do romancista, o que determina a relação do narrador com a história, deverá começar pelos prefácios escritos por ele para a edição de suas obras completas. Grande parte das teorias modernas sobre o ponto de vista, na crítica anglo-saxônica, vem daí.
Segundo James, o romance tem que ter coerência interna, tem que dar a ilusão de realidade. A história deve ser filtrada por uma inteligência central e dar a impressão de narrar-se a si mesma. Para ele, as longas interferências dos narradores oniscientes vitorianos quebravam a ilusão de realidade do romance e o tornavam menos dramático, menos intenso.
A partir de James, o romance inglês está aparelhado, mais do que nunca, para lidar com os conflitos interiores. É com ele também que o gênero toma de vez a trilha preconizada por George Eliot e se coloca firme e conscientemente entre as grandes expressões da arte literária."
(CEVASCO, Maria Elisa; SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da literatura inglesa. São Pauloa: Ática, 1985, p. 69.)
Tendo lido o texto, atente-se para as afirmações:
I) A fuga externa para a natureza característica ao Romantismo dá lugar à fuga interna – para dentro de si mesmo – através do Realismo que focava nos conflitos internos e subjetivos.
II) Para James, o narrador onisciente é a única forma de narrar os conflitos internos das personagens, caso contrário, dependemos de sua fala tomar conhecimento.
III) A coerência interna e a ilusão de realidade postuladas por James são as duas principais características do Realismo norte-americano.
IV) A imparcialidade narrativa excluí as postulações de James – enquanto teórico da literatura –, pois conflita com a reflexão interna.
É correto o que se afirma em:
Alternativas:
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