Hannah Arendt, em sua obra "Eichmann em Jerusalém", descreve o mal como ato corriqueiro, normal, banal ao observar e analisar o contexto dos atos de Adolf Eichmann durante o regime nazista, detalhados em seu julgamento no Tribunal Distrital de Jerusalém em abril de 1961. Como Arendt explica a banalidade do mal?
O conceito de “Banalidade do Mal”, aprofundado por Hannah Arendt no livro “Eichmann em Jerusalém”, trouxe-lhe as críticas da comunidade judaica e também a polémica que ainda se mantém. O livro surgiu na sequência do julgamento em Jerusalém de Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, e que a filósofa acompanhou para a revista “The New Yorker”. Nesta obra a filósofa defende que, em resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque aceitam e cumprem ordens sem questionar. Eichmann, um dos responsáveis pela solução final, não é olhado como um monstro, mas apenas como um funcionário zeloso que foi incapaz de resistir às ordens que recebeu.
O mal torna-se assim banal. Este livro foi ainda criticado porque Arendt também deu exemplos de judeus e instituições judaicas que se submeteram aos nazis ou cumpriram as suas diretivas sem questionar.
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