ESPERMA ALTERADO. A maconha altera a produção de espermatozoides e tem impacto na fertilidade do homem, aponta uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) que ainda está em andamento. Segundo o urologista Jorge Hallak, coordenador da Unidade de Toxicologia Reprodutiva e de Andrologia da USP, com o consumo de maconha, os espermatozoides mudam de formato e perdem a mobilidade, dificultando a fecundação. "Basta consumir a droga uma vez por semana para ocorrer a alteração dos gametas", alerta o médico, que acompanha um grupo de usuários de maconha há sete anos. Uma linha de pesquisa parecida tem sido desenvolvida pela Universidade Queen, de Belfast, na Irlanda do Norte. Os pesquisadores examinaram o efeito da THC -a substância ativa da maconha- no esperma e verificaram que, além de dificultar a chegada do sêmen ao oócito, a maconha prejudica outras funções do esperma, como a habilidade de romper a camada protetora do oócito. (Fonte: Folha de SP – Equilíbrio, 19/11/2009).Assinale a alternativa que indica o nome da camada protetora do oócito: *
1 ponto
composta pela zona pelúcida, camada mais externa e pela corona radiata, camada mais interna
b) composta pela zona pelúcida, camada mais externa e pelo acrossomo, camada mais interna
c) composta pela corona radiata, camada mais externa e pela zona pelúcida, camada mais interna
d) composta pela corona radiata, camada mais externa e pelo acrossomo, camada mais interna
e) composta pelo acrossomo, camada mais externa e pela zona pelúcida, camada mais interna
LETRA B
Também chamada de fertilização, a fecundação é a fusão que ocorre entre os núcleos dos gametas (espermatozoide e óvulo), com a consequente formação do zigoto. É importante lembrar que o gameta masculino penetra apenas nos gametas das fêmeas da mesma espécie, pois há proteínas presentes nas membranas dos dois gametas que se encaixam umas nas outras, proporcionando a interação entre eles.
Os óvulos das fêmeas são recobertos por camadas de células foliculares ovarianas (que denominamos envelope vitelínico ou zona pelúcida),que têm a função de nutrir o ovócito durante o seu desenvolvimento no folículo e são consideradas como um revestimento protetor do gameta feminino.
Quando próximo de um óvulo, o espermatozoide nada em direção a ele e o cerca, enfiando-se entre os espaços das células foliculares, até conseguir atingir a zona pelúcida, onde um dos componentes do envoltório ovular, a glicoproteína ZP3, se liga ao espermatozoide, induzindo o seu acrossoma a liberar as enzimas que facilitam a penetração do gameta no óvulo. A partir da ação da enzima contida no acrossoma, abre-se um canal na zona pelúcida por onde o espermatozoide entra, atingindo a membrana plasmática do óvulo.
A membrana plasmática do espermatozoide dos mamíferos apresenta proteínas chamadas fertilizinas que se associam às proteínas receptoras presentes na membrana plasmática do óvulo. Quando ocorre interação das proteínas dos dois gametas, as membranas deles se fundem, gerando uma alteração na permeabilidade da membrana do óvulo a íons Na+ e K+. Essa alteração provoca uma despolarização que se propaga por toda a superfície do óvulo, impedindo que outros espermatozoides o fecundem.
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