O métod o nat ura l do métod o deste autor é a i déi a de que tod os são d otados
da mesma nat ure za humana , embora tenha m i nte li gênci as di ferentes , u ma ve z que
a di versi dad e de i nteligê nci as é a penas um excesso o u u ma defi ci ênci a da
i nteligê nci a, ha rmo nia e xi ste nte na huma ni d ade. O temp o p a ra reme di ar esses
excessos e ins ufi ci ênci as ocor re q ua ndo as i nte li gê nci as sã o no vas.
O trabal ho de C ome nius é um pa radig ma de conheci me nto sobre a educação
de crianças e jove ns , utiliza ndo para i sso um luga r privi le gi ad o: a escola. S ua ob ra
i magi nati va , a Magia D i d áti ca, escri ta entre 162 8 e 1 632, apresenta co mo
caracter ís tic as fu ndame ntai s d a esco la moderna : - a co ns tr ução da i nfâ ncia mo der na
como fo r ma de pe dago gi a dessa i nfâ ncia po r mei o d a ed ucação forma l, p oi s a té
então as cria nças fo ram tratadas ad ultos .
Isso fari a uma aliança e nt re a fam íli a e a escola atra vés da qua l a cria nça
seria li b ertada da i nfl uê nci a d a ó rbi ta da fam íli a na órbita da e scola, ha veri a uma
manei ra de organi zar a t ra nsmi ssão d e co nheci mento ba sead o em método de
ensi no si m ultâne o de a gr upame nto d e alunos e - cons tr ução d e um l ugar de
educador, p rofesso r , reser vad o para ad ul to s co m co nheci me nto leg íti mo . Mas de ve -
se enfa ti za r q ue a c ri ança preparada pe la d i dá ti ca de C omeni us esta ria preparada
para a vi da em o utro mundo, o A lé m, i sto é , q ue a educação, seg und o o autor, é o
caminho d a sa lvação d o homem ca ído. O te mpo presente era uma expecta ti va
momentâ nea e a nsio sa da vi da e te r na. P orta nto , ele di sse que a educação é
uni ve rsal , na medi da em q ue de ve a ti ngi r todos os home ns, poi s todos de vem ser
salvos do p ecad o e cair .
A finalidade da e ducação cr istã
C omenius (2006, p . 29) afirma q ue " a educação é a cu ra para a corr upção da
huma ni d ade" . Isso si gnifica q ue o a uto r d o d esen ho di dático consi dero u a e d uca ção
como um meio efeti vo de m udar a socie dad e.
Assi m, para C o meni us, a educaçã o não pode atingi r este o bjetivo sem as
segui ntes t r íade s de p receitos i n terdepe nd entes: educação , mo rali dad e e pied ade .
Pa ra ele, o homem de ve adq ui ri r o con heci mento de tod as a s coi sas, dominar as
coi sas e trazer-se d e vol ta a si mesmo, levar co nsi g o todas a s coi sas p ara D eus,
que é a fo nte de todas as coisas (C O MEN IUS, 200 6, p .5 5) . .
Neste ponto, o ho me m que é cond uzid o po r e ste tri pé , a b ase da sua vi d a
presente e f utura, é cons ti t uído: "Q ua nto mai s traba l hamos nes ta vi d a para a
educação, a vi r t ude, a pi e dad e, mai s nos aproxi ma mos do fi m " . (COME N IUS, 2 006 ,
p.56).
No enta nto , e nte ndemos q ue na co ncep ção de C omeni us, a mora li da de é a
arte de forma r os cost umes f u ndame ntai s, porq ue para ele o home m é uma i magem
de Deus, preci sando se r ve rdadei rame nte trei nado p ara se r um homem .
Para i sso, C omenius (2006 , pp . 26 3 -270) mostra que o homem de ve ap rende r
as vi rtude s: pr udê nci a, temp era nça, força e j usti ça. A lém di sso, de vemo s a prend e r a
cultiva r virt udes po r mei o d e ações e não a pe nas pa la vras. E sse e nsi name nto deve
começar ced o, e tamb é m é f unção dos precepto re s d ar e xemplo s d e vi da co nfiando
nas e scrit u ras, ma nte ndo as cri anças em más companhi as e di sci p li na ndo -as para
se defend e re m co nt ra os ma us cost u mes. .
A pi e dade de C o meni us si gnifica o coração d o homem i mbuído do se nso
correto de fé e reli gi ã o, de spertando no homem o d esejo de buscar a D e us em todos
os luga res, para " segui r o nd e q uer q ue te nha estado e pa ra desfr utar" ( C OME N IUS
2006, p.270).
Todas as coi sas de ve m co nvergi r em D eus, pensame n to , lo uvo r e amor; A lém
di sso, a ra zão para a vid a huma na é adorar a D e us. P ara e xtra i r a p i eda de,
C omenius (2006 , p.272) a prese nta três fo ntes na di dática d a Magna : o te xto b íbli co,
que e m s ua co ncepção é sagrado , o m undo e nós mesmo s.
As fontes s ão as Sagradas Es c rituras , o m undo e
nós m esm os , ou s eja, a pala vra de Deus , s uas
obras e nos s o s entim ento interior. D as Es c rituras
haurem a c onsc iência e o am or de Deus . Q ue,
depois , a partir do m undo e da s ábia c ontem plaç ão
das admiráveis obras divinas nele exis tentes
s ejam os c onduz idos para um s entim ento de
piedade.
C omenius (2006 , p . 27 3) ainda p ropõe um mé to do pa ra ha urirmos a
pi edade:
O m odo de haurir a pied ade d es s as fontes é
trípl ic e: Medi tação, Prece e Tent aç ão. Es s as três
c ois as faz em o teólogo, c omo afirm a M. Lutero ,
m as tam bém s ão ess ênc ias para faz er o c ristão. A
Me ditação é a ref lexão c ont ínua, ac urada e devot a
s obre as obras , as palavras e os dons de D eus [...]
A prec e é a tensão freqüe nte e c ont ín ua em direção
a Deus e s úplic a por s ua m is eric órdia, para que nos
am pare e guie c om s eu Es pírito. A tentaç ão, enfim,
c ons is te no freqüente tente ar, nos s o e alhei o, dos
progress os que realiz amos na piedad e; aqu i
tam bém c abem , a s eu m odo, as tentaç ões
humanas , diabólic as e divinas.
C omo o ensi no da mo rali dad e, a pi e dade deve se r i nc uti d o de sde a
i nfâ nci a, é i mpor ta nte e nsi nar as c ri anças a i déi a de q ue e les não estão lá p a ra a
vi da presente , mas p ara se preparar para entra r na di gni da de eterno e se preparar
adeq uadamente (C OMEN IUS, 2006 , 2 75) .
Po rtanto, C ome ni us e nfati zo u a i mpor tâ nci a de ensi na r a e nsi nar todas a s
coi sas gradual mente e sucessi vame nte , seg ui ndo o próprio c urso da nat u reza .
Na concepção d e C omeni us, o ensi no deve estar mai s p róxi mo da reali d ade
da criança de acordo com sua faixa e tári a e d o ensi no d i reto pa ra que a cria nça
aprenda coi sas simple s (co ncre tas) às coisas comple xas.
D e acordo com C omenius, as esco las não de ve m s ufocar o e sp írito de
estuda ntes a lta mente compete nte s a pre nder sem ca usar co nfusão no se nti d o de
que "aq ue les que p restar a te nção a coi sas di fere ntes tê m me nos se nsibi li d ade a
cada um deles" (C omeni us de 2006 a apre ndi zagem não se tor na signi ficati va .
A preocupação d e e nsinar qualq uer méto do de e nsino será g rad ualme n te
perfei ta se você p reparar os ho mens não ape nas para a ci ênci a, mas ta mbém
para a vi da pi ed os a. C omeni us (2006: 2 27) d i z que " nada é apre ndi do ap enas
para a escola , mas p ara a vid a, então q ua ndo você va i p ara a e scola , tudo nã o é
levado embora" .
C om o p ressupo s to de uma ação grad ual no desenvo l vi me nto huma no ,
C omenius propõe a o rganização escolar de acordo com o desenvo l vi mento f ísi co
do i ndi víd uo até os 24 a nos, di vi di d o em q ua tro etapas de sei s a nos cad a. E sta
di stri bui çã o se gui ria os n íve i s e ducaci onai s na seg uin te ordem : crec he, esco la
ve r nac ular e escola lati na o u gi nási o e acad emia.
Na práti c a e ducati va de C omenius , todos d evem te r acesso à ed ucação
porque ele vê o homem como a cri at ura mai s e splê ndi da já cria da e co mo tal deve
ser ensi nado: " Todo s têm a tarefa de treina r home ns, ed ucá - los sobre s ua
di gni da de e exce lê ncia , pa ra q ue procurem di reci onar se us esforço s p ara esse fi m
supremo ”(C O ME N IUS , 2 006, 42 ) .
Esse resumo fala muito bem de sua pergunta.Espero ter ajudado
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