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Como foi o avanço da comunicação na história da humanidade ?

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Maria Das Dores

30/10/2012 07h37 - Atualizado em 30/10/2012 09h17

Professor de história explica como se deu o avanço da comunicação

Capacidade de se comunicar diferencia seres humanos de outros animais.

Surgimento dos jornais e da TV também é lembrado por Manoel Affonso.

Do G1 PE

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Das tábuas de argila aos tablets. Celulares e computadores conectados com o mundo. O avanço da comunicação é o tema da aula de história do projeto educação desta terça-feira (30).

Somos seres humanos e o que nos diferencia dos outros animais é uma capacidade simples e, ao mesmo tempo, complexa: a de se comunicar. "Para se comunicar o homem usa a linguagem, que é uma possibilidade humana ímpar. A certa altura da sua evolução ele cria uma representação gráfica da sua linguagem, o que nós chamamos de escrita. Ela vai permitir que ele transmita os valores, suas normas, através de fábulas, mitos, lendas e parábolas. O homem vai transmitir isso de uma forma mais rápida, precisa e cada vez mais ele vai compor a sua sociedade, a sua cultura, e permitirá eventualmente uma troca, um diálogo entre as diversas culturas formando a chamada idade antiga”, diz o professor de história geral Manoel Affonso.

A representação gráfica dessa linguagem surgiu no quarto milênio antes de Cristo. “Quando o império romano entra em degradação e com ele tudo que representava, que era a própria idade antiga, nós teremos um milênio de um profundo abatimento na palavra escrita porque a escrita restringiu-se aos mosteiros medievais e a parte do clero. Até que no século 15 uma pequena revolução que continua até hoje vai aparecer: a invenção da imprensa, dos tipos móveis de Gutenberg, onde os usos livres serão possíveis e a partir do uso livre o conhecimento desenclausura-se dos mosteiros e das universidades incipientes e vai às ruas, isso é uma grande revolução”, ensina Affonso.

saiba mais

O professor fala sobre a formação do público leitor. “Um século e meio depois dessa revolução, nós teremos um desdobramento que é a chegada do aparecimento dos jornais. A democratização do conhecimento, ou seja, o saber estendido às ruas é um problema para as forças absolutistas. Exatamente vai se formar na massa que lia um suporte ideológico aos movimentos de ruptura do sistema absolutista e com ele de toda a idade moderna", explica o professor.

É nesse contexto que acontece a Revolução Industrial. "Com a Revolução Industrial nós vamos ter um notável avanço na tecnologia. E essa tecnologia vai permitir experiências no ramo do eletromagnetismo e com isso nós teremos duas pequenas grandes revoluções: o advento do telégrafo, que vai enviar mensagem entre dois pontos pra longa distância, através dos impulsos, mas teremos também, um pouco depois, no final do século 18, o rádio. E agora o rádio leva a voz da mesma forma. A voz chega ao analfabeto", comenta Affonso.

No início do século 20 surgiu o cinema e na década de 1920, a televisão. "A informação que era passada com voz vai receber o acréscimo do gesto, da imagem e vai se tornar muito mais profunda. É nesse momento no século 20 que nós teremos a Segunda Guerra Mundial e depois um fenômeno conhecido como Guerra Fria, que dizem que era um confronto indireto, mas era cruel de qualquer forma porque um conjunto de pequenas guerras não declaradas fará com que a comunicação informativa ceda à comunicação propagandística e aí a televisão vai ser um instrumento de propaganda de um bloco antagônico em detrimento do outro. Eles vão desenvolver uma exibição tão forte que irão gerar uma corrida espacial com propaganda, só que essa corrida espacial traz, a partir 1964, o lançamento dos satélites geoestacionários", afirma o professor.

Em 1964 começou uma nova fase na história da comunicação. Foram colocados em órbita os primeiros satélites capazes de se comunicar com antenas fixas aqui na terra. Isso possibilitou o avanço da telefonia, a comunicação ficou mais rápida, a informação começou a circular pelo mundo. Esses satélites permitiram que, a partir da década de 90, começasse a viver em uma nova era, a da rede de alcance mundial, a era da internet.


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marcelo jose

Das tábuas de argila aos tablets. Celulares e computadores conectados com o mundo. O avanço da comunicação é o tema da aula de história do projeto educação desta terça-feira (30).

Somos seres humanos e o que nos diferencia dos outros animais é uma capacidade simples e, ao mesmo tempo, complexa: a de se comunicar. "Para se comunicar o homem usa a linguagem, que é uma possibilidade humana ímpar. A certa altura da sua evolução ele cria uma representação gráfica da sua linguagem, o que nós chamamos de escrita. Ela vai permitir que ele transmita os valores, suas normas, através de fábulas, mitos, lendas e parábolas. O homem vai transmitir isso de uma forma mais rápida, precisa e cada vez mais ele vai compor a sua sociedade, a sua cultura, e permitirá eventualmente uma troca, um diálogo entre as diversas culturas formando a chamada idade antiga”, diz o professor de história geral Manoel Affonso.

A representação gráfica dessa linguagem surgiu no quarto milênio antes de Cristo. “Quando o império romano entra em degradação e com ele tudo que representava, que era a própria idade antiga, nós teremos um milênio de um profundo abatimento na palavra escrita porque a escrita restringiu-se aos mosteiros medievais e a parte do clero. Até que no século 15 uma pequena revolução que continua até hoje vai aparecer: a invenção da imprensa, dos tipos móveis de Gutenberg, onde os usos livres serão possíveis e a partir do uso livre o conhecimento desenclausura-se dos mosteiros e das universidades incipientes e vai às ruas, isso é uma grande revolução”, ensina Affonso.

saiba mais

O professor fala sobre a formação do público leitor. “Um século e meio depois dessa revolução, nós teremos um desdobramento que é a chegada do aparecimento dos jornais. A democratização do conhecimento, ou seja, o saber estendido às ruas é um problema para as forças absolutistas. Exatamente vai se formar na massa que lia um suporte ideológico aos movimentos de ruptura do sistema absolutista e com ele de toda a idade moderna", explica o professor.

É nesse contexto que acontece a Revolução Industrial. "Com a Revolução Industrial nós vamos ter um notável avanço na tecnologia. E essa tecnologia vai permitir experiências no ramo do eletromagnetismo e com isso nós teremos duas pequenas grandes revoluções: o advento do telégrafo, que vai enviar mensagem entre dois pontos pra longa distância, através dos impulsos, mas teremos também, um pouco depois, no final do século 18, o rádio. E agora o rádio leva a voz da mesma forma. A voz chega ao analfabeto", comenta Affonso.

No início do século 20 surgiu o cinema e na década de 1920, a televisão. "A informação que era passada com voz vai receber o acréscimo do gesto, da imagem e vai se tornar muito mais profunda. É nesse momento no século 20 que nós teremos a Segunda Guerra Mundial e depois um fenômeno conhecido como Guerra Fria, que dizem que era um confronto indireto, mas era cruel de qualquer forma porque um conjunto de pequenas guerras não declaradas fará com que a comunicação informativa ceda à comunicação propagandística e aí a televisão vai ser um instrumento de propaganda de um bloco antagônico em detrimento do outro. Eles vão desenvolver uma exibição tão forte que irão gerar uma corrida espacial com propaganda, só que essa corrida espacial traz, a partir 1964, o lançamento dos satélites geoestacionários", afirma o professor.

Em 1964 começou uma nova fase na história da comunicação. Foram colocados em órbita os primeiros satélites capazes de se comunicar com antenas fixas aqui na terra. Isso possibilitou o avanço da telefonia, a comunicação ficou mais rápida, a informação começou a circular pelo mundo. Esses satélites permitiram que, a partir da década de 90, começasse a viver em uma nova era, a da rede de alcance mundial, a era da internet.

"O que é a internet? De repente nós teremos um conglomerado de computadores interligados, através de países. Nós teremos o mundo inteiro unido através da busca de uma informação que pode ser acessada, trazendo um conjunto de blocos informativos, que vão permitir o que nós conhecemos hoje como navegação", conta o professor.

Partimos da tábua de argila e hoje chegamos ao tablet. Estamos constantemente plugados a portais de conhecimento, a possibilidades inimagináveis. "A comunicação sedimentou as bases do domínio do homem sobre todos os outros animais, na medida em que o grito foi substituído pela voz. O grito da leoa é escutado a 10 quilômetros, mas não é nada em relação ao poder mundial", ressalta Manoel Affonso.

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