Para Freud, a contratransferência define-se por ser a transferência do analista em relação ao paciente ou a resposta do analista à transferência do paciente, ou seja, a reação emocional, controlada, consciente e adequada do terapeuta ao paciente. A contratransferência é um importante instrumento de diagnóstico terapêutico, que informa o analista do mundo interno do paciente.
Transferência e contratransferência são conceitos centrais na compreensão da relação terapêutica nas diversas vertentes da psicanálise. Cunhados por Sigmund Freud, criador da teoria psicanalítica, os termos transferência e contratransferência foram empregados de maneira diferente pela Psicoterapia Analítica Funcional.
A transferência seria um mecanismo de resistência que se manifesta pela tentativa de impedir que a análise continue. Em resumo, neste primeiro entendimento, a finalidade inconsciente da atitude transferencial seria, ao tirar o psicanalista de sua função, tornar o prosseguimento da análise impossível.
A contratransferência, na psicanálise freudiana, é compreendida como o “conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência deste” (LAPLANCHE & PONTALIS, 2001, p. 102), que, segundo Freud, seria um obstáculo à analise que deveria ser neutralizado e superado.
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