Dentre as discussões filosóficas existentes, uma das que mais ganha destaque e que é mais recorrente é a ética. Ela é assunto desde o surgimento da Filosofia e sempre muito utilizada para criar referenciais de existência no mundo e sustentar argumentos. No entanto, para ser mais específico, ela se divide em outros três ramos: ética aplicada, ética normativa e metaética. Recentemente, a metaética tem recebido crescente atenção dos filósofos acadêmicos. Ela é o ramo da ética que procura entender a natureza das propriedades éticas, dos enunciados, das atitudes e dos juízos. De forma mais clara, a metaética questiona as razões da ética, levantando questões sobre o que é o bem e como definir o que é bom ou mau, por exemplo.
Uma teoria moral pode se relacionar de três maneiras diferentes com o ceticismo. Para verificar a presença do ceticismo em uma teoria moral ou verificar se uma teoria se opõe ao ceticismo, requer-se que os argumentos apresentados pela teoria moral em questão sejam avaliados para se constatar se são caracteristicamente céticos ou opostos a ele. Contudo, para verificar se uma teoria moral é construída tendo o ceticismo como seu fundamento, é preciso dispor de um modelo de ceticismo moral que possa ser usado como referencial para comparação. Ou seja, para avaliar se uma teoria moral baseia seus fundamentos no ceticismo (e não se restringe a este apenas como método de desenvolvimento de argumentos), é necessário dispor de outra teoria moral reconhecidamente cética que será usada como modelo de comparação com a teoria a ser avaliada.
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