A preocupação com a gestão ambiental como hoje conhecemos se deu aproximadamente na década de 1960, quando finalmente as empresas começaram a vislumbrar os possíveis problemas relacionados à escassez de matérias-primas num futuro próximo. Uma das primeiras obras a tratar diretamente do assunto foi o livro “Silent Spring” (Primavera Silenciosa, em tradução livre), de Rachel Carson, lançado em 1962. O texto alerta para os efeitos negativos dos agrotóxicos sobre o ambiente, além de demonstrar os efeitos do DDT (diclorodifeniltricloroetano, o primeiro pesticida moderno) na natureza.
A partir daí, o mundo começou a se voltar a questões da produção ambiental com diversos eventos marcantes, como a I Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, na Suécia, em 1972, onde foi assinado o Tratado de Estocolmo (que previa o banimento de 12 poluentes tóxicos mais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública); a II Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, realizada no Brasil e vindo a ser conhecida como Rio’92; e a assinatura do Tratado de Quioto, em 1997, cujo principal objetivo era fazer com que alguns países reduzissem seus níveis de emissões de dióxido de carbono, metano e mais alguns gases.
No Brasil, os antecedentes do ambientalismo são ainda mais antigos, datando de 1958, período da criação da Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza.
Segundo Tinoco (2004, p.109:) “Gestão ambiental é o sistema que inclui atividades de planejamento, responsabilidades, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. É o que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades”. “A gestão ambiental abrange uma vasta gama de questões, inclusive aquelas com implicações estratégicas e competitivas.
A demonstração de um processo bem-sucedido de implementação desta norma pode ser utilizada por uma organização para assegurar às partes interessadas que ela possui um sistema de gestão ambiental apropriado em funcionamento”. (ISO 14001, p.v) .
Antonius (1999) apud., Tinoco (2004) conceitua o gerenciamento ambiental como a integração de sistemas e programas organizacionais que permitam:
1. Controle e redução dos impactos no meio ambiente, devido às operações ou produtos;
2. Cumprimento de leis e normas ambientais;
3. Desenvolvimento e uso de tecnologias apropriadas para minimizar resíduos industriais;
4. Monitoramento e avaliação dos processos e parâmetros ambientais;
5. Eliminação ou redução dos riscos ao meio ambiente e ao homem;
6. Utilização de tecnologias limpas, visando minimizar os gastos e materiais;
7. Melhoria do relacionamento entre a comunidade e o governo;
8. Antecipação de questões ambientais que possam causar problemas ao meio ambiente e, particularmente, à saúde humana.
Tinoco (2004) divide a Gestão Ambiental de acordo com a tabela abaixo, na qual observa-se que as diferentes gestões se intercalam e são interdependentes, sendo necessário neste caso observar a necessidade da verificação de impactos e sua administração.
Gestão de processos Gestão de resultados Gestão de sustentabilidade Gestão de plano ambiental Exploração de recursos Emissões gasosas Qualidade do ar Políticas e compromisso Transformação de recursos Efluentes líquidos Qualidade da água Política ambiental Acondicionamento de recursos Resíduos sólidos Qualidade dos solos Conformidade legal Transporte de recursos Particulados Abundancia e diversidade da flora Objetivos e metas Aplicação e uso de recursos Odores Abundância e diversidade da fauna Programa ambiental Quadro de riscos ambientais Ruídos e vibrações Qualidade de vida do ser humano Projetos ambientais Situação de emergência Iluminação Imagem institucional Ações corretivas e preventivas Fonte: Adaptada pelo autor de MACEDO (1994) apud., TINOCO (2004, p.110-111)
De acordo com Barbiere (2006, p.21): “Qualquer proposta de Gestão Ambiental inclui no mínimo três dimensões, a saber: (1) a dimensão espacial que concerne à área na qual se espera que as ações de gestão tenham eficácia; (2) a dimensão temática que delimita as questões ambientais às quais as ações se destinam; e (3) a dimensão institucional relativa aos agentes que tomaram iniciativas na gestão”. A proposta de Gestão ambiental está diretament
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