custos: fixos ou variáveis; diretos ou indiretos ou despesas: fixas ou variáveis.

Você está ao final de seu estágio em uma indústria siderúrgica multinacional brasileira da qual lhe falamos no capítulo anterior.

Seu chefe imediato, o contabilista sênior Sr. Antônio Pedro, após te orientar a respeito das classificações de custos como fixos, variáveis, diretos e indiretos, bem como a respeito de despesas fixas e variáveis, determinou como uma de suas últimas atividades de seu estágio que você realize a correta classificação dos custos que lhe foram apresentados como custos: fixos ou variáveis; diretos ou indiretos ou despesas: fixas ou variáveis.

Os custos e despesas ocorridos e apresentados a você foram:

    I.Consumo de energia na produção;

   II.Consumo de matéria-prima;

  III.Depreciação de máquinas da produção;

  IV.Salários da supervisão da fábrica;

   V.Salários da administração;

  VI.Consumo de energia do escritório;

 VII.Depreciação de equipamentos do escritório; e

VIII. Salários da supervisão da administração.

Definição e exemplos de custos diretos e indiretos:

Será direto todo o custo, no caso industrial, que puder ser apropriado diretamente aos produtos. Nesse caso, podemos exemplificar as matérias-primas consumidas na produção, a mão de obra utilizada diretamente no processo produtivo, dentre outros. Já no caso dos custos indiretos, estes não têm condições de serem mensurados de forma objetiva e, dessa maneira, a distribuição desse custo indireto se dá arbitrariamente ou por estimativa.

Podemos exemplificar como custo indireto a mão de obra que, mesmo ligada ao processo produtivo, não é aplicada diretamente ao produto, como: manutenção, programação e controle. A mão de obra da supervisão e chefia da fábrica também é custo indireto. Não confundam os valores pagos aos funcionários administrativos, aos chefes e supervisores de outras áreas como custos indiretos, pois, nesses casos, não são custos, e sim despesas, já que não estão relacionados ao processo produtivo de indústria.

Outro exemplo interessante é a energia elétrica no processo produtivo. Como não conseguimos mensurar a sua utilização por cada máquina e quanto é utilizado por cada produto, temos que ratear o consumo geral por algum critério de rateio arbitrário. Logo, é realizada uma apropriação indireta. No processo produtivo, a depreciação pelas mesmas considerações do consumo da energia elétrica é geralmente classificada como custo indireto.