Os corantes para esfregaços sanguíneos são uma mistura de corantes de características neutras, dependentes do pH da solução corante. Em quais condições estes corantes mudam o seu pH conforme os componentes nucleares ou citoplasmáticos? Quais as colorações que identificam os componentes celulares?
Os corantes químicos apresentam determinados radicais ácidos ou básicos que apresentam afinidade para certas estruturas ácidas ou básicas dos tecidos. Estes radicais possuem cor que permite a identificação de determinadas estruturas celulares. Os corantes usados em hematologia são compostos principalmente de: hematoxilina, corante básico que tem afinidade aos radicais ácidos presentes nos tecidos, são também chamados de acidófilos; eosina, corante ácido que tem afinidade por radicais básicos dos tecidos, são também chamados basófilos. O núcleo das células, os quais contêm DNA (substâncias ácidas), são basofílicos, e, portanto, coram-se pela hematoxilina (de cor roxa); e o citoplasma, onde as substâncias são básicas, é acidófilo, e cora-se pela eosina (de cor rosa). As colorações mais usadas em hematologia são as colorações panóticas, ou colorações segundo Romanowsky: Giemsa, Wright, May Grunwald, May Grunwald-Giensa, Wright-Giemsa, Leishman. As colorações de Romanowsky basicamente contêm azul de metileno (ou produtos de oxidação, como Azure B) e eosina B ou eosina Y. Eles são considerados corantes policromáticos, ou seja, apresentam múltiplas cores quando aplicados aos elementos celulares.
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