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Lena Lois (2010, p. 58) defende que "a leitura do mundo funciona como uma sequência de fotos. Algumas, nós desprezamos; para outras, dedicamos um olhar prolongado. Acontece que tanto o fotógrafo quanto o leitor precisam de uma certa liberdade para circularem pelas cenas, elegerem as prediletas, excluírem as que não emocionam e se aprimorarem na arte de traduzir o mundo." De acordo com o texto estudado, no tocante à analogia entre o leitor e o fotógrafo e as duas situações que podem acontecer na escola, é CORRETO afirmar que:

a) Muitas vezes, em sala de aula, ocorre uma situação de aprisionamento do fotógrafo/leitor pelo desejo do professor que, como é de costume, escolhe a atividade que será desenvolvida, determinando as leituras que serão feitas e as "fotos" que serão tiradas.

b) Na situação em que "o fotógrafo/leitor é aprisionado pelo desejo do professor", é o aluno quem define o enquadre, o zoom, as distâncias e o número de fotografias, assim como sugere as perguntas sobre o texto, a compreensão deste, suas "possíveis" interpretações.

c) Na situação em que "o fotógrafo/leitor não sabe o que fazer com a ausência de regras", os alunos (na condição de fotógrafos/leitores), no momento de apresentarem algo ao grupo, sentem-se seguros para expor seus argumentos, apresentando ideias coerentes e organização do pensamento.

d) Na situação em que "o fotógrafo/leitor é aprisionado pelo desejo do professor", mesmo sem a possibilidade de tirar várias fotos, circular por vários textos, para descobrir mundos distintos e constatar por onde caminham suas identificações, o leitor pode desenvolver o senso crítico.

e) Na situação em que "o fotógrafo/leitor não sabe o que fazer com a ausência de regras", constata-se que o fotógrafo/leitor se desenvolve bem, mesmo na ausência de regras, pois para um fotógrafo ou um leitor que procuram o prazer na arte escolhida, uma liberdade sem precedentes é fundamental.