Nesta modalidade de obrigação, o devedor obriga-se a dar, entregar ou restituir coisa específica, certa, determinada. E assim, o credor não está obrigado a receber outra coisa senão aquela descrita no título da obrigação. Nesse sentido, clara é a dicção do art. 313 do CC/2002: “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”. Aplica-se, também, para as obrigações de dar coisa certa, o princípio jurídico de que o acessório segue o principal (acessorium sequitur principale) ou princípio da gravitação jurídica. Dessa forma, não resultando o contrário do título ou das circunstâncias do caso, o devedor não poderá se negar a dar ao credor aqueles bens que, sem integrar a coisa principal, secundam-na por acessoriedade (art. 233 do CC/2002).
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