A indústria suplementar quer que você acredite que sim. Há milhares de
argumentos utilizados, indo desde "velocidade de absorção" a "não
conseguimos ingerir todos os nutrientes necessários durante o dia". Outros
induzem a auto medicação, sugerindo melhora hormonal, no perfil lipidico
ou mesmo no imunológico..
Mesmo demonstrando resultados com evidências científicas, vemos que tais suplementos foram utilizados principalmente em pessoas hospitalizadas ou diagnosticadas com grandes déficits, utilizando a suplementação como forma de recuperação junto à alimentação até que o uso suplementar não seja mais necessário. Tais estudos não servem como evidências para prática
135
clinica e prescrição dos mesmos, já que boa parte do que utilizam suplementos são atletas sem problemas de saúde. Resumindo, pessoas saudáveis não necessitam de suplementação.
Outro fator a favor da alimentação é a resposta do trago digestório ao alimento, produzindo enzimas digestivas, respostas hormonais dando saciedade, motilidade gastrointestinale diversos fitoquímicos não encontrados em formas suplementares.
Obviamente, a ingestão de suplementos não pode ser totalmente descartada. Individuos com alta demanda energética, sem tempo para se alimentarem corretamente durante uma rotina corrida e/ou com obrigações sociais podem utilizar alguns suplementos para suprir tal necessidade. Individuos vegetarianos com dietas hiperproteicas e hipoglicídicas (baixas em carboidratos) também podem necessitar de suplementação.
Enfim, os exemplos são inúmeros mas a regra é apenas uma: o suplemento só é necessário quando o alimento não pode estar presente. Substituir por substituir acreditando em resultados melhores é, além de desperdicio de dinheiro, criar a ilusão de que ingerindo tal substância, será ela a responsável pelo seu objetivo.
Compartilhar