Uma visão pessoal de John Kenneth Galbraith. O capítulo 5 (Lenin e a Grande Ruptura) aborda as Grandes Guerras Mundiais, o período nela envolvido e o avanço de Lenin na Rússia. Na Primeira Guerra Mundial houve o colapso dos sistemas políticos e sociais, perdendo as certezas milenares sobre as ideologias, a fé e as convicções: era a Era da Incerteza, iniciada na Europa Ocidental, causada pelas desordens, revoluções e conflitos. Para Marx, a guerra é o desfecho da rivalidade dos capitalismos, não como reivindicação dos comandados, mas sim com a disputa de interesse dos comandantes. Nesse período, acentuaram-se as reuniões e manifestações sindicais contra as guerras, que tirariam dinheiro dos impostos para o setor bélico. Mas ao contrário do esperado, o operariado uniu-se em prol da causa nacional. Simultaneamente, Lenin, com o lema “paz, pão e terra”, mobilizou as tropas e os camponeses a seu favor, instituindo a revolução contra o Czar, os outros governantes e o capitalismo: Era necessária a união dos trabalhadores mundiais. Para o autor, a grande falha de Lenin consistiu em não ver a complexidade da economia socialista, com complexos problemas de planejamento e administração. “Nos anos que antecederam 1914, o dinheiro fora uma das grandes certezas da vida. Ele era bom e eterno. Depois de 1914, nunca mais foi o mesmo”.
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