Bancários fazem paralisação contra o PL 4330 Os bancários das principais cidades do país fizeram paralisações, nesta quinta-feira (4/6), pela rejeição do Projeto de Lei 4330. No Rio de Janeiro pararam as agências das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Em seguida, a categoria participou de um ato público no Largo dos Bancários, com a particiação de representantes de sindicatos de bancários de outras cidades fluminenses e da federação do RJ/ES. Do protesto participaram muitas outras categorias, com paralisações e manifestações, como parte do Dia Nacional de Luta contra o PL 4330. A mobilização foi convocado pela CUT, demais centrais sindicais e pela Contraf-CUT pela rejeição do Projeto de Lei 4330. "O projeto acaba com o enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proíbe a tercerização em atividade-fim, e, se aprovado, o PL precariza ainda mais as relações de trabalho, podendo, inclusive, acabar com a categoria, tanto no setor público quanto no privado", alertou o presidente do Sindicato, Almir Aguiar. Pressão força negociação O projeto abre as portas para a terceirização de todos os setores de qualquer empresa, inclusive os bancos, tendo como consequência a extinção de categorias inteiras. De autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), a proposta seria votada no dia 9, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC). Mas foi adiada devido à mobilização de bancários e outras categorias, em todo o país, sendo fechado um acordo, neste sentido, entre governo, parlamentares e as centrais sindicais, nesta quinta-feira (4/6). Foi aberto um processo efetivo de negociação. O Secretário de Relações de Trabalho da CUT/RJ, Marcello Azevedo, frisou, no entanto, que as mobilizações agendadas para todo o país e para a capital federal estão mantidas. "Não aceitaremos nenhuma extinção de direitos impostos aos trabalhadores para enriquecer ainda mais os patrões. A pressão tem que continuar", afirmou. A primeira reunião de negociação quadripartite para discutir o PL 4330 será realizada nesta sexta-feira, 5, na Secretaria Geral da Presidência da República. Depois de muito debate, foi decidida a formação de um grupo de trabalho composto por 3 trabalhadores, 3 parlamentares, 3 representantes do governo e 3 empresários, que vão se reunir nos dias 5, 8 e 9 para negociar alterações no PL 4330. Na tarde do dia 9, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego), os parlamentares, empresários e os dirigentes sindicais vão avaliar se as negociações estão avançando. Tanto parlamentares quanto empresários fizeram questão de afirmar que, caso não haja consenso até esta data, o PL será votado na CCJ no dia 10. Caso as negociações avancem, a votação pode ser adiada novamente por um período maior até que as partes cheguem a um acordo. "A orientação da Contraf-CUT é manter as mobilizações nos dias 9 e 10, em Brasília", explicou o dirigeente. Risco O projeto ainda corre o risco de ser aprovado. Caso isso aconteça, a proposta segue para o Senado, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados. Para impedir que isto aconteça, além das paralisações e manifestações nacionais, as centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos vão realizar manifestações na segunda-feira, dia 8, em Brasília, e uma mobilização maior ainda, no dia 9, ocupando o Congresso Nacional. O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro estará presente. Remeta a seguinte mensagem para os membros da CCJC: "Se aprovar o PL 4330, fazendo perder meu emprego, ano que vem, quem perderá o emprego será você"
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