da Folha Online O infantil é o indizível que simultaneamente está na origem de tudo que mais de sublime pode vir a ser dito. Ninguém mais, depois de Freud (1856-1939), contribuiu para que se compreenda o funcionamento psíquico inconsciente como a psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960). Aqui, os psicanalistas Luís Cláudio Figueiredo e Elisa Maria de Ulhôa Cintra contam um pouco da trajetória de Melanie Klein, a responsável por lançar as bases e desenvolver a técnica da análise de crianças. Segundo Figueiredo, Melanie Klein é reconhecida pelos profissionais e estudiosos da psicologia. "Depois de Freud, a quem foi absolutamente fiel, ela é a pessoa mais genial e criativa que a psicanálise, até hoje, já encontrou". O psicanalista afirma que a enorme quantidade de idéias produzidas por Klein são fundamentais para a psicanálise de crianças, que foi a grande área desenvolvida por ela. "Em todo o pensamento psicanalítico contemporâneo, a presença de Melanie Klein é muito importante", explica. "Era uma mulher do início do século 20, que tinha sede pela verdade. Como se casou muito cedo, não pôde fazer uma formação em uma universidade," afirma Elisa Maria. Melanie Klein, segundo a psicanalista, lutou contra uma série de preconceitos e, por isso, para as feministas, talvez foi um exemplo de mulher que brigou para ser ouvida. Há alguns anos, Luís Cláudio Figueiredo e Elisa Maria de Ulhôa Cintra escreveram um livro sobre Melanie Klein voltado para os especialistas. Desta vez, a proposta feita pela Publifolha era da criação de uma linguagem acessível para todos interessados nas teorias desenvolvidas por Klein. Segundo Elisa Maria, as angústias chamavam a atenção de Klein. Após absorver tudo o que podia de Freud, ela criou uma teoria que focalizou em duas angústias básicas: a de ser perseguido e a de perder. "A questão da perda, talvez, centralize a obra dela", diz. "Folha Explica Melanie Klein" está à venda na Livraria da Folha: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1021435/
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