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Prévia do material em texto

Livro do Professor
Língua
Portuguesa
Volume 8
© Editora Positivo Ltda., 2015
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
Presidente: Ruben Formighieri
Diretor-Geral: Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial: Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial: Júlio Röcker Neto
Gerente de Arte e Iconografia: Cláudio Espósito Godoy
Autoria: Rosalina Soares; reformulação dos originais de: Andreia Garcia, Cláudia Miranda, 
Leila Barbosa, Margareth Brandão, Marisa Timponi e Tiago Torrent
Supervisão Editorial: Jeferson Freitas
Edição de Conteúdo: Enilda Pacheco (Coord.), Andrea Schimmelpfeng, Rose Marie Wunsch e Solange Cohen
Edição de Texto: Tania Tatiane Cheremeta
Revisão: Chisato Watanabe, Priscila Rando Bolcato e Willian Marques
Supervisão de Arte: Elvira Fogaça Cilka 
Edição de Arte: Joice Cristina da Cruz
Projeto Gráfico: YAN Comunicação
Ícones: ©Shutterstock/ericlefrancais, ©Shutterstock/Goritza, ©Shutterstock/Lightspring, ©Shutterstock/Chalermpol, 
©Shutterstock/Macrovector, ©iStockphotos/kaczka, ©iStockphotos/artvea, ©Shutterstock/Anita Ponne e ©iStockphotos/PepitoPhotos
Imagens de abertura: ©iStockphoto.com/style-photographs e ©Shutterstock/zzveillust
Editoração: Rafaelle Moraes
Pesquisa Iconográfica: Janine Perucci (Supervisão), Mayara Yoneyama
Engenharia de Produto: Solange Szabelski Druszcz
Produção
Editora Positivo Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário
80440-120 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500
Site: www.editorapositivo.com.br
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3212-5451
E-mail: posigraf@positivo.com.br
2018
Contato 
editora.spe@positivo.com.br
Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda.
S676 Soares, Rosalina.
 Língua portuguesa : ensino médio / Rosalina Soares ; reformulação dos originais de: 
Andreia Garcia ... [ et al. ]. – Curitiba : Positivo, 2016.
 v. 8 : il.
 Sistema Positivo de Ensino
 ISBN 978-85-467-0416-3 (Livro do aluno)
 ISBN 978-85-467-0417-0 (Livro do professor)
 1. Língua portuguesa. 2. Ensino médio – Currículos. I. Garcia, Andreia. II. Título.
CDD 373.33
15
16
Sumário
Dissertação: um gênero escolar .................... 4
LEITURA 
O gênero dissertação escolar .......................................................................... 5
Estrutura do gênero dissertação escolar ......................................................... 6
A função dos textos motivadores .................................................................... 9
PRODUÇÃO TEXTUAL 
Dissertação proposta em vestibular ................................................................ 12
ANÁLISE LINGUÍSTICA 
Transitividade verbal ...................................................................................... 15
Regência verbal .............................................................................................. 16
Artigo de opinião: a arte de convencer ........ 30
LEITURA 
Artigo de opinião ............................................................................................ 31
Tipos de argumentos III .................................................................................. 36
PRODUÇÃO TEXTUAL 
Artigo de opinião ............................................................................................ 39
Debate ............................................................................................................ 43
ANÁLISE LINGUÍSTICA 
Regência nominal .......................................................................................... 45
Crase .............................................................................................................. 49
Acesse o livro digital e 
conheça os objetos digitais 
e slides deste volume.
Dissertação: 
um gênero escolar
Ponto de partida 
15
1. Certamente, em sua vida escolar, você já escreveu muitas redações. Em sua opinião, qual é a finalidade da pro-
dução desses textos?
2. De que modo a escrita de textos como esses pode contribuir para sua formação?
3. Além do domínio da modalidade escrita culta da língua, que outras habilidades você desenvolve ao produzir 
textos dissertativo-argumentativos?
4. Por que a prova de redação é considerada parte importante do processo de avaliação para o ingresso na univer-
sidade ou para a aprovação em concursos?
1
©iStockphoto.com/style-photographs
4
Objetivos da unidade:
 reconhecer o gênero textual dissertação escolar, suas condições de produção e de 
recepção, propósitos e aspectos estruturais;
 confrontar opiniões e reconhecer algumas estratégias de argumentação;
 reconhecer e empregar a regência verbal, de acordo com a norma-padrão, produtiva e 
autonomamente;
 reconhecer diferenças entre a norma-padrão e o uso não padrão de regência verbal em 
diferentes textos;
 relacionar aspectos semânticos a aspectos de regência verbal.
ação escolar, suas condições de produção e de 
t i
Painel de leitura
O gênero dissertação escolar
1. Leia o texto a seguir, uma dissertação escolar que recebeu nota 1 000 no Enem 2014, cujo tema era “Publicidade 
infantil em questão no Brasil”.
2 Gabaritos e orientação didática.
Publicidade infantil: perigoso artifício
Uma criança imitando os sons emitidos por porcos já foi atitude considerada como falta de educação. 
No entanto, após a popularização do programa infantil “Peppa Pig”, essa passou a ser uma cena comum 
no Brasil. O desenho animado sobre uma família de porcos falantes não apenas mudou o comportamen-
to dos pequenos como também aumentou o lucro de uma série de marcas que se utilizaram do encan-
tamento infantil para impulsionar a venda de produtos relacionados ao tema. Peppa é apenas mais um 
exemplo do poder que a publicidade exerce sobre as crianças.
Os nazistas já conheciam os efeitos de uma boa publicidade: são inúmeros os casos de pais delatados 
pelos próprios filhos – o que mostra a facilidade com que as crianças são influenciadas. Essa vulnerabili-
dade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade ainda não está formada. Muitas redes de 
lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir seus jovens clientes: seus produtos vêm acom-
panhados por brindes e brinquedos. Assim, muitas vezes a criança acaba se alimentando de maneira 
inadequada na ânsia de ganhar um brinquedo.
A publicidade interfere no julgamento das crianças. No entanto, censurar todas as propagandas não é 
a solução. É preciso, sim, que haja uma regulamentação para evitar a apelação abusiva – tarefa destinada 
aos órgãos responsáveis. No caso da alimentação, a questão é especialmente grave, uma vez que pesqui-
sas mostram que os hábitos alimentares mantidos até os dez anos de idade são cruciais para definir o 
estilo de vida que o indivíduo terá quando adulto. Uma boa solução, nesse caso, seria criar propagandas 
enaltecendo o consumo de frutas, verduras e legumes. Os próprios programas infantis poderiam contri-
buir nesse sentido, apresentando personagens com hábitos saudáveis. Assim, os pequenos iriam tentar 
imitar os bons comportamentos.
Contudo, nenhum controle publicitário ou bom exemplo sob a forma de um desenho animado é 
suficiente sem a participação ativa da família. É essencial ensinar as crianças a diferenciar bons produtos 
de meros golpes publicitários. Portanto, em se tratando de propaganda infantil, assim como em tantos 
outros casos, a educação vinda de casa é a melhor solução.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/01/1575893-texto-nota-mil-no-enem-cita-peppa-pig-para-falar-sobre-
publicidade.shtml>. Acesso em: 21 jul. 2015.
5
2. O que a forma verbal “foi”, usada no primeiro período, 
dá a entender de antemão?
Que houve uma mudança de comportamento.
3. Que conector estabelece relação entre a primeira e a 
segunda frase? De que forma ele está em consonância 
com o sentidoexpresso pela forma verbal “foi”?
O conector é “no entanto”. Ele está em consonância com a 
forma verbal “foi”, porque expressa uma ideia de contraste, de 
oposição. Pode-se entender, então, que o conector ratifica a 
mudança de comportamento já implicitamente anunciada.
4. Que outros conectores estabeleceriam coesão entre as 
duas primeiras frases considerando as ideias postas 
em ambas? Sublinhe-os.
a) além disso, embora, por outro lado, sem dúvida
b) logo, assim como, mas, portanto
c) contudo, penso que, igualmente, todavia
d) porém, possivelmente, pois, de modo que
5. Transcreva o que se pede. Na sequência, a autora:
a) apresenta a causa dessa mudança comportamental.
“A popularização do programa infantil Peppa Pig.”
b) agrega outra consequência relacionada à mesma 
causa.
“Aumentou o lucro de uma série de marcas que se utilizaram 
do encantamento infantil para impulsionar a venda de 
produtos relacionados ao tema (mudança mercadológica).”
6. Que conectores foram usados com o objetivo de somar 
as duas consequências da popularização do programa 
infantil Peppa Pig? 
não apenas... como também.
7. Considerando suas experiências pessoais, cite um 
exemplo, similar ao programa infantil citado, que tenha 
sido usado com o objetivo de alavancar a venda de 
produtos de determinada marca.
Pessoal. Lembre aos alunos que isso ocorre com frequência por 
ocasião do lançamento de filmes e programas infantis.
8. No trecho “[...] para impulsionar a venda de produtos 
relacionados ao tema”, a expressão destacada poderia 
ser substituída adequadamente por:
a) “à publicidade infantil”.
b) “ao encantamento infantil”.
X c) “ ao desenho animado sobre uma família de porcos”.
9. O 1º. parágrafo é iniciado com a expressão “uma crian-
ça” e termina com “as crianças”. Para evitar a repeti-
ção desses termos, retomados muitas vezes no texto, 
que outras palavras de mesmo sentido foram utilizadas 
nos dois primeiros parágrafos?
Pequenos e infantil (1.º parágrafo); jovens clientes (2.º parágrafo).
Estrutura do gênero dissertação escolar
Em geral, em uma dissertação escolar, as ideias são apresentadas de acordo com uma estrutura básica, organizada 
em três partes:
Introdução
Na introdução (ou proposição), apresentam-se ao leitor o tema tratado e a tese a ser defendida. Tema é um recorte 
dado a um assunto, e a tese é o ponto de vista apresentado e defendido, ou seja, é o posicionamento sobre o tema. A 
introdução é feita em um ou em, no máximo, dois parágrafos.
Desenvolvimento
Apresenta-se em dois ou, no máximo, três parágrafos, considerando-se o limite de 30 linhas escritas. No desenvolvi-
mento, são apresentados os argumentos do autor em relação à tese. Algumas das estratégias usadas para desenvolver 
os argumentos são: uso de dados estatísticos, informações de pesquisas, fatos comprováveis, citações ou depoimentos 
6 Volume 8
de pessoas consideradas autoridades no assunto tratado, alusões históricas, comparações, exemplos, etc. A utilização 
de todos esses recursos, ao sustentar a posição defendida pelo autor, tem por objetivo convencer o leitor a aderir à tese 
presente na parte inicial do texto.
Conclusão
De modo geral, a conclusão é construída em um único parágrafo. Pode ser desenvolvida na forma de retomada da 
tese, reafirmando-a, após a apresentação dos argumentos; questionamento, usado para iniciar ou encerrar o raciocí-
nio; proposta de intervenção, sugerindo ações detalhadas para a transformação de uma realidade.
10. Qual é o objetivo da autora em usar o desenho animado Peppa Pig como exemplo na parte introdutória do texto?
Apresentar a tese a ser defendida no texto de maneira atraente, fazendo referência à cultura popular.
11. Em relação ao tema, qual é a tese adotada pela autora do texto, isto é, que ideia ela defende a respeito da influência 
da publicidade sobre as crianças e para a qual ela busca a concordância do leitor?
X a) A publicidade exerce poder sobre as crianças.
b) É necessário censurar a publicidade voltada às crianças.
c) É preciso criar propagandas que enalteçam hábitos saudáveis e bons comportamentos.
d) É essencial ensinar as crianças a diferenciar bons produtos de meros golpes publicitários.
12. A alusão histórica é uma estratégia argumentativa usada no desenvolvimento de textos dissertativo-argumentativos. 
Qual é o objetivo da autora em citar os nazistas?
Mostrar que as crianças são facilmente influenciadas: sob a influência do governo nazista, muitas delas delatavam os próprios pais.
13. Além da alusão histórica, a exemplificação é usada como recurso argumentativo. Que exemplo foi citado?
O das redes de lanchonete que vendem seus produtos acompanhados de brindes e brinquedos.
14. Que informação está sendo retomada pelo pronome demonstrativo destacado no trecho a seguir?
“Muitas redes de lanchonetes, por exemplo, valem-se disso para persuadir seus jovens clientes [...].”
“Essa vulnerabilidade é maior até os sete anos de idade, quando a personalidade ainda não está formada.”
15. Os recursos argumentativos apresentados no 2º. parágrafo sustentam que afirmação do 3º. parágrafo?
“A publicidade interfere no julgamento das crianças.”
16. No 3º. parágrafo, a autora amplia a argumentação. Dessa vez, usa a pesquisa para sustentar seus argumentos. Em que 
trecho isso ocorre?
“[...] pesquisas mostram que os hábitos alimentares mantidos até os dez anos de idade são cruciais para definir o estilo de vida que o 
indivíduo terá quando adulto.”
17. Uma das marcas relativas à redação do Enem é que ela deve apresentar uma proposta de intervenção social que 
conduza à solução do problema relacionado ao tema.
 No 4º. parágrafo, a autora retoma duas propostas de intervenção já anunciadas e agrega outra. Juntas, elas constituem 
a solução para a publicidade infantil. Cite as propostas de intervenção.
1. Regulamentação da propaganda. 2. Bons exemplos na propaganda e em programas infantis. 3. Participação ativa da família.
 
Língua Portuguesa 7
18. Na redação do Enem, o tema, nesse caso “Publicidade infantil em questão no Brasil”, é preestabelecido, mas o título – 
“Publicidade infantil: perigoso artifício” – é elaborado pelo autor, devendo ser original e estar relacionado com o texto 
redigido.
a) De que modo esse título se relaciona ao tema e ao conteúdo da dissertação?
Esse título se refere ao tema (publicidade infantil) e adianta ao leitor a tese adotada: a de que a publicidade, ao exercer poder sobre as 
crianças, pode ter influências negativas sobre elas (por isso, são perigosas).
b) Que outro título você daria a esse texto, considerando-se o conteúdo apresentado na dissertação?
Pessoal. Explique aos alunos que o título não deve ser uma cópia do tema e deve relacionar-se de forma criativa com o conteúdo da 
dissertação.
Tipos de dissertação e seus propósitos comunicativos
Dissertação argumentativa (como é o caso da dissertação escolar) busca convencer o leitor a aceitar a tese apre-
sentada e, para isso, utiliza-se de vários recursos argumentativos.
Dissertação expositiva faz a apresentação de ideias, teorias ou conceitos sem se preocupar em apresentar argu-
mentos, pois seu objetivo não é o convencimento do leitor.
19. O propósito comunicativo dessa dissertação é
a) relatar diferentes opiniões sobre o tema “publicidade infantil” com o objetivo de informar o leitor sobre ele.
X b) expor um ponto de vista sobre o tema e, consequentemente, levar o leitor a concordar com as ideias defendidas.
c) criticar a mudança do comportamento das crianças por influência da publicidade.
d) noticiar a influência das propagandas e dos programas de televisão como indutores do consumismo infantil.
A dissertação estudada nesta seção foi considerada “nota 1 000”, portanto ela está de acordo com as orientações do 
Enem para a prova de redação. Leia estas orientações publicadas no Guia do participante:
A prova de redação exigirá de você a produção de um texto 
em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre umtema 
de ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos a 
serem avaliados relacionam-se às “competências” que devem 
ter sido desenvolvidas durante os anos de escolaridade. Nessa 
redação, você deverá defender uma tese, uma opinião a res-
peito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes 
estruturados de forma coerente e coesa, de modo a formar uma 
unidade textual. Seu texto deverá ser redigido de acordo com a 
modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. Por fim, você 
deverá elaborar uma proposta de intervenção social para o 
problema apresentado no desenvolvimento do texto que 
respeite os direitos humanos.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira. A redação do Enem 2013 – Guia do participante. 
Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_participante_redacao_enem_2013.pdf>. 
Acesso em: 28 jul. 2015.
Sugestão de atividades: questões 1 a 5 da seção Hora de estudo.
3 Competências a serem avaliadas na produção textual.
TEMA
TESE
ARGUMENTOS
PROPOSTA DE 
INTERVENÇÃO
8 Volume 8
Paralelo
A função dos textos motivadores
1. Com relação à dissertação que você analisou, a autora recebeu a seguinte coletânea de textos motivadores. Esses 
textos têm como objetivo servir de base para o participante desenvolver suas reflexões sobre o tema proposto. Leia-os 
e responda às questões propostas. 
(ENEM)
TEXTO I
A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, 
emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um 
verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados 
na continuidade das propagandas dirigidas a esse público. Elogiada por pais, ativistas e entidades, a 
resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-
-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que utilize aspectos como desenhos animados, 
bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos 
colecionáveis que tenham apelo às crianças. Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação 
prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento 
e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitu-
cional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto 
ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho Nacional de 
Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de controlar e evitar abusos.
IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: <www.bbc.co.uk>. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado).
TEXTO II
4 Orientação didática.
Língua Portuguesa 9
TEXTO III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para 
compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do 
futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e cons-
ciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing 
infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).
2. A autora da dissertação:
X a) defendeu os termos da resolução aprovada em abril de 2014, mesmo sem mencioná-la.
b) retirou a alusão histórica apresentada na redação de um dos textos motivadores.
c) serviu-se de dados relativos às pesquisas apresentados no texto II para construir a argumentação.
X d) utilizou-se de informações do texto I para apresentar a exemplificação, que serviu como base para introduzir sua 
tese.
e) apresentou como proposta de intervenção a autorregulação da propaganda pelo próprio setor, a exemplo do que 
ocorre nos Estados Unidos.
3. As informações apresentadas no texto III foram utilizadas pela autora em que trecho?
“É essencial ensinar as crianças a diferenciar bons produtos de meros golpes publicitários.”
 As orientações relativas ao uso de textos motivadores, de acordo com o Guia do participante, são as seguintes:
a) Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos textos motivadores, porque foram apresentados apenas para desper-
tar uma reflexão sobre o tema e não para limitar sua criatividade.
b) Não copie trechos dos textos motivadores. Lembre-se de que eles foram apresentados apenas para despertar seus 
conhecimentos sobre o tema.
4. Comente a atuação da autora da dissertação em relação aos dois itens acima.
A autora usou adequadamente os textos motivadores, pois não copiou trechos nem ficou presa a nenhum deles.
fica a dica
O que zera a redação no Enem?
Para receber nota zero, a redação deve apresentar uma destas características:
• Ter menos de oito linhas escritas, contando-se o título.
• Compor-se integralmente de cópia dos textos 
motivadores.
• Fugir totalmente ao tema.
• Não atender ao tipo textual dissertativo-argumentativo.
• Apresentar partes do texto deliberadamente desconec-
tadas do tema proposto.
• Conter impropérios, desenhos ou outras formas propo-
sitais de anulação.
• Ferir os direitos humanos.
10 Volume 8
5 Orientação didática.5 O
Você é o autor
A dissertação escolar é um texto que se organiza basicamente em três partes com funções distintas: introdução 
(ou proposição), desenvolvimento e conclusão. Observe o esquema de sua estrutura a seguir.
Desenvolvimento
Conclusão
Referência ao tema e apresentação do posicionamento do autor sobre a questão tratada.
Apresentação de argumentos convincentes em defesa da tese.
Fechamento das ideias apresentadas, mantendo-se a coerência com a tese e com os argumentos trabalhados. 
Pode apresentar uma reflexão ou uma proposta de intervenção. 
Argumento 1 Argumento 2 Argumento 3
Introdução (ou proposição)
 Considere este tema para a realização das atividades a seguir:
A saúde pública brasileira na UTI
1. Esse tema apresenta um problema a ser solucionado. Liste, com base em informações sobre o assunto, os problemas 
que a saúde pública apresenta. 
2. Proponha medidas que possam ser entendidas como uma intervenção satisfatória para o problema. Pessoal.
3. Quais destes argumentos poderiam ser usados para defender a tese de que, apesar de a saúde pública apresentar 
problemas sérios, é possível antever um quadro melhor no futuro?
a) Há corte de verbas para as ações de todos os Ministérios.
X b) O governo tem promovido várias campanhas na área da saúde.
c) Os recursos existentes precisam ser mais bem utilizados.
d) Há poucos profissionais para atender à população que busca os serviços de saúde públicos.
X e) A população tem sido conscientizada, por meio de campanhas, da prevenção de doenças.
X f) Há bons exemplos de atendimento na rede pública de saúde que podem servir de inspiração para mudanças.
g) Ampliar a ação dos médicos de família ajudaria a diminuir a população que busca atendimento nos hospitais.
h) São comuns casos de médicos e funcionários que faltam aos plantões em hospitais públicos.
4. Imagine que você vai produzir uma dissertação sobre a precariedade da saúde pública no Brasil. Como escreveria o 
parágrafo de introdução desse texto? 
Sugestões: Atendimento demorado, infraestrutura precária, falta de médicos, etc.
Língua Portuguesa 11
Dissertação proposta em vestibular
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira. A redação do Enem 2013 – Guia do 
participante. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_participante_redacao_
enem_2013.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2015.
Texto 1
O advogado Carlos Velloso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, diz que a redução da maio-ridade penal vai inibir jovens e criminosos: “O jovem de hoje é diferente do jovem de 1940, quando essa 
maioridade penal de 18 anos foi instituída. Agora, ele é bem informado, já compreende o que é uma ati-
tude delituosa. Muitos jovens de 16 anos já estão empregados no crime organizado. A redução vai inibir 
os adolescentes e criminosos que aliciam menores.”
Texto 2
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a redução da maioridade 
penal, debatida atualmente no Congresso Nacional, não deve diminuir a violência no país: “Não vamos 
dar uma esperança vã à sociedade, como se pudéssemos ter melhores dias alterando a responsabilidade 
penal. Cadeia não conserta ninguém.”
Redija sua redaçã
o, 
respeitando o lim
ite de 
20 a 30 linhas.
Leia a proposta de redação da segunda edição de 2015 do vestibular da Universidade 
Estadual Paulista (UNESP) para, em seguida, produzir seu texto.
(“Para ex-ministro do STF, redução da maioridade penal diminuiria crime”. www.folha.uol.com.br, 01.04.2015. Adaptado.)
(“Cadeia não conserta ninguém”, diz ministro sobre redução da maioridade”. http://g1.globo.com, 01.04.2015. Adaptado.)
Texto 3
A presunção de que ao adolescente de 16 anos falta o entendimento pleno da ilicitude da conduta que 
pratica podia encontrar justificativa décadas atrás, quando o Brasil era uma sociedade agrária e atrasada 
socialmente. Hoje, com a densificação populacional, o incremento dos meios de comunicação e o aces-
so facilitado à educação, esse adolescente amadurece muito mais rápido. O jovem de 16 anos já possui 
maturidade para votar. E o Código Civil, atento ao fato de que o jovem amadurece mais cedo, permitiu 
(UNESP – SP)
Para o seu bom desempenho, você deve fazer, antes de escrever sua redação, uma leitura cuidadosa da 
proposta apresentada, dos textos motivadores e das instruções, a fim de que possa compreender perfeita-
mente o que está sendo solicitado.
O tema da redação vem sempre acompanhado, na proposta, de textos motivadores. Em geral, são 
textos em linguagem verbal e em linguagem não verbal (imagem) que remetem ao tema proposto, com o 
objetivo de orientar sua reflexão. 
Assim, para elaborar uma redação de qualidade, você deve seguir as seguintes recomendações:
a) ler com bastante atenção o tema proposto e observar a tipologia textual exigida (texto disserta-
tivo-argumentativo);
b) ler os textos motivadores, observando as palavras ou os fragmentos que indicam o posiciona-
mento dos autores;
c) identificar, em cada texto motivador, a tese e os argumentos apresentados pelos autores em de-
fesa de ponto de vista;
d) refletir sobre o posicionamento dos autores dos textos motivadores; e
e) ler atentamente as instruções apresentadas após os textos motivadores.
12 Volume 8
Texto 4
Confrontado com situações extremas de violência e criminalidade, nas quais há adolescentes envol-
vidos, o Congresso Nacional de novo discute o rebaixamento da idade de responsabilidade penal de 
18 para 16 anos como uma das soluções para o problema. No entanto, leve-se em conta que a maioria 
esmagadora dos criminosos são jovens entre 19 e 25 anos e adultos. Atrás do adolescente infrator, há 
sempre adultos. O núcleo duro da criminalidade violenta são organizações comandadas por adultos, que 
a polícia não consegue desbaratar por incompetência na coleta de informações, fraqueza da investigação 
e por manter, a despeito da consagrada impunidade, a concepção sabidamente equivocada de “guerra 
contra o crime”. O rebaixamento da idade penal é um logro que não terá nenhum efeito para aumentar a 
segurança dos cidadãos. Se as instituições brasileiras de tratamento de crianças e adolescentes infratores 
não educam nem regeneram, sendo masmorras disfarçadas apenas pelo nome, trancafiá-los em prisões 
de adultos seria condená-los à tortura, à violência sexual e à solitária. Está mais do que na hora de ir além 
do atual debate relativo ao estabelecimento arbitrário de uma idade mínima de responsabilidade pela 
infração das leis penais. Mas, enquanto não atingirmos essa etapa, o esforço do Estado democrático não 
deve ser de despejar mais e mais adolescentes miseráveis, pobres e afrodescendentes no sistema penal 
de adultos. O esforço deve ser no sentido de aperfeiçoar as atuais instituições de tratamento das crianças 
e adolescentes, para evitar que eles, tornados adultos, entrem naquele sistema.
a emancipação aos 16 anos de idade. Emancipado, poderá constituir família, com os pesados encargos 
daí decorrentes como manutenção do lar e criação e educação da prole. Poderá também constituir uma 
empresa e gerenciá-la, respondendo, sem interferência de terceiros, por todas as obrigações inerentes 
ao exercício do comércio. É notório que os adolescentes se valem conscientemente da menoridade para 
praticar ilícitos infracionais, sabendo quanto são brandas as medidas passíveis de serem aplicadas a eles. 
Uma das causas da delinquência juvenil é a falta de políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente. 
Mas a sociedade não pode esperar indefinidamente que essas políticas sejam implementadas. O proble-
ma deve ser enfrentado de duas formas: criando políticas sociais de trabalho, educação e emprego, mas 
simultaneamente fazendo jovens entre 16 e 18 anos responderem penalmente pelos seus atos.
(Cláudio da Silva Leiria (promotor de justiça). “Questão de maturidade”. O Estado de S. Paulo, 05.04.2015. Adaptado.)
(Paulo Sérgio Pinheiro (ex-secretário de Estado de Direitos Humanos). “Adolescentes: o elo mais fraco”. Folha de S.Paulo, 11.01.2013. 
Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma redação de gêne-
ro dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A redução da maioridade penal contribuirá para a diminuição da criminalidade no Brasil?
Entendendo a proposta
O primeiro aspecto a ser notado é a presença de um tema claramente delimitado. O autor deve produzir o texto res-
pondendo à questão proposta: se houver a redução da maioridade penal, isso vai ajudar a reduzir a criminalidade no país? 
Sim ou não? Por quê? De que modo? O foco é esse e não a redução da maioridade penal em si.
Embora possa parecer que toda proposta de redação traga um tema polêmico, nem sempre isso ocorre com essa 
clareza e objetividade. Por exemplo, o tema da redação da prova do Enem 2014 – Publicidade infantil em questão no 
Brasil – não é polêmico, pois o que se espera é uma análise do papel social desso tipo de publicidade.
O segundo aspecto consiste na presença de uma coletânea composta de quatro textos: dois apresentam conside-
rações favoráveis à redução da maioridade penal, defendendo a ideia de que essa medida reduzirá a criminalidade; os 
outros dois são contrários a ela, por não acreditarem em seu efeito para mudar o panorama da violência no país.
Língua Portuguesa 13
Planejamento
5. É muito importante “pensar” o texto antes de começar a escrevê-lo. Para que essa tarefa se torne mais fácil, responda 
às questões propostas a seguir e reflita sobre as colocações feitas.
a) Você já tem uma opinião sobre o tema proposto? Que opinião é essa?
b) De que modo você vai apresentar a tese no parágrafo de introdução do texto?
c) Que argumentos podem embasar seu ponto de vista? Enumere-os.
d) Os textos de apoio afins ao seu posicionamento trazem argumentos que você pode integrar à sua redação? Quais 
são esses argumentos?
e) Quais estratégias argumentativas você considera mais adequadas para desenvolver seus argumentos?
f) A conclusão deve ser coerente com a tese e com a argumentação desenvolvidas. Como você imagina “fechar” o 
texto?
Produção
6. Levando em consideração o que você planejou 
ao responder às questões anteriores e as orienta-
ções dadas sobre cada uma das partes do texto, 
escreva a primeira versão de seu texto.
fica a dica
Mesmo quando não solicitado expressamente, como acon-
tece na proposta de redação do Enem, apresentar propostade intervenção, detalhando seus agentes e meios de exe-
cução, pode ser uma forma interessante de concluir sua 
produção.
Avaliação
 
7. Releia seu texto e observe se ele cumpre estas exigências:
a) O texto é escrito em prosa e organiza-se em parágrafos, possibilitando perceber as partes em que se estrutura?
b) Apresenta claramente, no parágrafo inicial, a tese a ser defendida?
c) Durante o desenvolvimento, traz argumentos de naturezas diversas para buscar a adesão do leitor às suas posições?
d) A conclusão mostra coerência com a tese e com os argumentos apresentados?
e) O texto traz elementos de coesão, apresentando-se como uma unidade textual e não como frases soltas?
f) Os parágrafos e as sentenças são articulados por meio de elementos de coesão?
g) O texto está escrito considerando-se a modalidade escrita formal?
fica a dica
Por ser um tema de discussão bastante recorrente na vida social brasileira, provavelmente você já terá uma 
opinião formada a respeito, porém a leitura atenta desses textos poderá reforçar os argumentos, seja qual for a 
tese adotada.
No caso de temas polêmicos, em que há facções defendendo ideias opostas, às vezes de forma apaixonada, é 
preciso muita atenção para prender-se a argumentos racionais e consistentes sem correr o risco de externar afirma-
ções preconceituosas, intolerantes e até mesmo radicais, que não consideram a dignidade da pessoa nem os direitos 
humanos. Uma coisa é propor que sejam votadas leis que aumentem as penas para adolescentes infratores; outra 
é afirmar, por exemplo, que esses adolescentes deveriam “apodrecer na prisão”. No primeiro caso, respeitam-se a 
Constituição e os trâmites legais; no segundo, há uma flagrante violação da dignidade e dos direitos humanos e o 
desrespeito às leis brasileiras.
14 Volume 8
Língua viva
Transitividade verbal
Para compreender melhor a regência verbal, é preciso lembrar que o verbo, considerando-se sua predicação, clas-
sifica-se como de ligação, intransitivo ou transitivo.
 • Verbo de ligação: não indica ação. Tem a função de relacionar o sujeito a uma propriedade (qualidade, estado, 
atributo, etc.)
Ex.: As novas instalações da loja são impressionantes.
 • Verbo intransitivo: é assim considerado quando seu sentido é completo, ele não exige um termo que lhe 
complemente o significado.
Ex.: Hoje, a cotação do dólar disparou.
 • Verbo transitivo: o sentido desse tipo de verbo de ação não é completo, logo, há a exigência de um termo, por 
vezes dois, que lhe complete o sentido.
Os verbos transitivos podem ligar-se a seu complemento diretamente ou por meio de preposição. Há casos, 
ainda, de verbos transitivos que exigem dois complementos, os bitransitivos. Nesse caso, a um se liga direta-
mente e a outro, indiretamente.
Relembre aos alunos que 
adjuntos adverbiais podem 
acompanhar tanto os in-
transitivos, como os demais 
verbos. No entanto, esses 
termos são acessórios.
Não entendi a piada.
complemento 
direto
verbo transitivo 
direto
8. Depois de observadas essas questões, faça em seu texto as adequações necessárias para que ele cumpra todas as exi-
gências da proposta. Passe-o a limpo e troque-o com um colega, procurando sugerir melhorias no texto dele e acatando 
as sugestões feitas por ele. Caso considere necessário, reescreva-o mais uma vez antes de entregá-lo ao professor.
O engenheiro discordou da decisão.
verbo transitivo 
indireto
complemento indireto 
(preposição de)
complemento 
indireto 
(preposição a)
Sem detalhar plano, Grécia pede novo empréstimo à Europa.
verbo 
bitransitivo
complemento 
direto
A classificação de um verbo deve sempre ocorrer observando-se um contexto. Em uma situação, um verbo pode ser 
classificado, por exemplo, como de ligação e, em outra, intransitivo.
Eu nunca estive tão cansado.
verbo de ligação
intransitivo
Ele estava de pé durante a apresentação.
Relembre aos alunos que, no caso dessas 
orações, na primeira, há um predicativo 
do sujeito (“cansado”) expressando esta-
do temporário. A segunda apresenta dois 
adjuntos adverbiais (“de pé” e “durante a 
apresentação”), cuja função é expressar 
circunstâncias e não completar o sentido 
do verbo.
Gabaritos comentados.6
O quê?
Do quê?
O quê?
A que(m)?
Língua Portuguesa 15
Regência verbal
1. (UFSCAR – SP) 
 Contemple a charge:
 Trata-se de uma charge publicada por um jornal brasileiro por ocasião da eleição do sul-coreano Ban Ki-moon, como 
presidente da ONU, e da realização de um teste nuclear a mando do ditador norte-coreano Kim Jong-il.
a) Como a diferença de emprego sintático do verbo “vencer” modifica o sentido das duas frases?
b) “Reconstrua” as duas frases, de maneira que os sentidos sugeridos pelas imagens fiquem, também, explícitos no 
texto escrito. 
2. Ainda sobre a charge, responda: Considerando o contexto de uso do verbo “vencer” na charge, é possível excluir, sem 
prejuízo de sentido, os termos “na ONU” e “ONU”, no 1º. e no 2º. quadros da charge, respectivamente?
Os verbos na língua portuguesa comportam-se de maneiras diferentes quanto à necessidade, ou não, de ter seu 
sentido completado por um complemento verbal, como se pode perceber pelos usos do verbo vencer, na charge. 
Observe de que formas o verbo pode se relacionar a um complemento em algumas chamadas, publicadas em sites de 
notícias.
A chamada é constituída pelo sujeito “XV feira de negócios” e pela forma verbal “começa” apenas. Não há um com-
plemento verbal.
Uma vez que, nesta coleção, os alunos ainda não estudaram 
as funções sintáticas dos termos da oração, optou-se, neste 
momento, pela deno-
minação complemento 
direto e complemento 
indireto, conforme uti-
lizado por BECHARA 
(2009, p. 414).
Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/>. Acesso em: 8 jul. 2015.
Vitamina C reduz risco de doenças cardiovasculares e morte prematura
verbo complemento direto
Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/>. Acesso em: 9 jul. 2015.
Começa XV feira de negócios
O verbo “reduzir” se liga diretamente ao seu complemento.
O verbo “participar” se liga ao complemento por meio da preposição “de”.
Estudantes de Taguatinga participam de torneio de robótica
verbo complemento indireto
Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/>. Acesso em: 8 jul. 2015.
16 Volume 8
 II. [...] Há alguns anos, soube que “Mania de Explicação” era meu livro mais vendido. Não lembro 
exatamente o número de exemplares, mas vamos dizer que seja algo em torno de 200 mil. [...]
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2015/07/1650780-racionalmente-ninguem-escreveria-livros-infantis-diz-
adriana-falcao.shtml>. Acesso em: 25 set. 2015.
Regência é a relação que se estabelece entre duas palavras, por meio da qual uma complementa a outra. Quando 
há uma dependência sintática entre o verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido), dá-se o nome de 
regência verbal.
Geralmente, em virtude do uso, o falante conhece a regência da maioria dos verbos. Mas há casos em que a regência 
determinada pela gramática normativa se diferencia daquela utilizada nas variedades não padrão. Muitas destas já 
estão registradas como de uso coloquial e têm seu uso aceito, em situações mais informais, pelas variedades urbanas 
de prestígio. Mas há contextos, de maior formalidade, em que é preciso seguir a regência adotada pela norma-padrão.
3. Analise os textos a seguir quanto à regência. Depois, registre como se dá cada caso. Em cada par, o texto I exemplifica 
o uso coloquial e o texto II, o uso segundo a norma-padrão.
a) verbo namorar
 I. Quer namorar comigo?
 II. 29% já namoraram alguém que conheceram pela web
Disponível em: <http://www.uol.com.br>. Acesso em: 8 jul. 2015.
b) verbo lembrar
 I.
 II. Quem se dispuser a sair de casa para assistir ao longa “Magic Mike XXL”, cuja estreia está apon-
tada para o dia 30 de julho, saiba que não basta ir com o coração e a mente abertos devido ao 
conteúdo [...].Leve na bolsa uma boa dose de paciência.[...]
Disponível em: <http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2015/07/04/vimos-magic-mike-xxl-antes-nao-ha-peito-malhado-que-
segure-a-atencao/>. Acesso em: 9 jul. 2015.
c) verbo assistir
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Língua Portuguesa 17
Trânsito e Estacionamento no Clube 
Obedeça ao limite de velocidade
Solicitamos que, ao trafegar pelo Clube em seus veículos, obedeçam ao limite de velocidade e à sinalização. 
A não obediência às regras de trânsito no interior do Clube coloca em risco as crianças que, muitas vezes 
desatentas, percorrem as nossas ruas e estacionamentos.
Estacione somente em locais permitidos
Existem locais no Clube onde o estacionamento é proibido, os quais se encontram sinalizados por placas 
e demarcações no solo. A parada de automóveis e motos nesses locais atrapalha o livre deslocamento dos 
associados e coloca em risco seus patrimônios. [...]
Os verbos chegar, ir, voltar, etc. são intransitivos e acompanhados de informação relativa a lugar, introduzida por 
preposição a. Quando esses verbos indicam local de origem, proveniência, utiliza-se a preposição de.
a) Descreva a situação retratada na charge.
b) Observe a pontuação dos enunciados apresen-
tados nos balões. Explique o uso dos pontos de 
exclamação e das reticências em virtude da si-
tuação retratada na charge.
c) Qual é o complemento do verbo “chegar” nos 
enunciados? Ele é introduzido por preposição? 
Qual?
Disponível em: <http://evblogaleria.blogspot.com.
br/2011/01/cartum.html>. Acesso em: 23 abr. 2013.
Obedecer/desobedecer
5. Leia o trecho do regulamento de um clube.
Veja, a seguir, a regência indicada pela norma-padrão de alguns verbos cujo uso feito pelo falante brasileiro, muitas 
vezes, difere do prescrito.
Chegar/ir
4. Considerando a regência verbal empregada na charge, faça o que se pede.
a) Esse texto pertence ao grupo dos:
I. narrativos II. expositivos III. argumentativos X IV. injuntivos
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CLUBE NAVAL. Trânsito e estacionamento no clube. Disponível em: <http://www.clubenavaldf.com.br/noticias/186-estacionamento>. Acesso 
em: 25 set. 2015.
Relembre aos alunos que, apesar de, segundo a norma-padrão, obedecer e 
desobedecer serem verbos transitivos indiretos, eles admitem a voz passiva. 
b) Segundo o texto, por que é solicitado ao associado que obedeça ao limite de velocidade e estacione somente em 
locais permitidos? 
c) Qual é o sujeito de “Obedeça ao limite de velocidade”? Justifique sua resposta. 
d) É incorreto afirmar que, nas passagens “Obedeça ao limite de velocidade” e “obedeçam ao limite de velocidade e 
à sinalização”,
I. o verbo obedecer, nas duas situações, é transitivo indireto.
X II. o verbo é bitransitivo na segunda passagem.
18 Volume 8
Sabia que Neymar prefere assistir filmes a ver futebol?
Disponível em: <www.uol.com.br>. Acesso em: 27 maio 2015.
Enquanto os verbos obedecer e desobedecer são usados como transitivos diretos na linguagem informal, a gra-
mática normativa prevê seu uso como transitivos indiretos, regidos pela preposição a.
Os verbos pedir, pagar, perdoar são bitransitivos, logo, têm dois complementos: um direto e um indireto, introduzido 
pela preposição a. Evidentemente, é possível utilizá-los apenas acompanhados de complemento direto ou de indireto, 
mas sempre observando a regência: Pedir/pagar/perdoar algo a alguém.
Pagar/perdoar/pedir/agradecer
6. Sobre a chamada, responda às questões.
“Pedi ao presidente dois jogadores fortes por posição”
Publicado em 16 nov 2014 às 19:13, por André Viana
Sérgio Conceição, treinador do Braga, concedeu uma extensa entrevista ao jornal O JOGO que pode 
ser lida na íntegra na edição e-paper e impressa.
Sérgio Conceição revela a O JOGO que foi muito claro num dos pedidos feitos no verão ao presidente do Braga, António 
Salvador. “É importante é ter um plantel competitivo, por isso pedi ao presidente dois jogadores fortes por posição”, disse a 
dado momento da resposta sobre a contratação de três jogadores que na época passada jogavam na Académica.
O JOGO. Disponível em: <http://www.ojogo.pt/Futebol/1a_liga/sporting_braga/interior.aspx?content_id=4243392>. Acesso em: 22 jul. 2015.
a) Em que suporte o texto foi publicado? Justifique sua resposta.
b) Um texto traz implícitas algumas informações e cabe ao leitor completar as lacunas. O que os substantivos Braga 
e Académica nomeiam?
c) Você já estudou que substantivos coletivos nomeiam grupo de seres. Qual é o coletivo utilizado no texto e a que ele 
se refere?
d) É possível identificar que esse texto é escrito em português lusitano. Justifique essa afirmação.
e) No título “Pedi ao presidente dois jogadores fortes por posição”, o que foi solicitado pelo sujeito enunciador? E a 
quem isso foi solicitado?
f) Na expressão “ao presidente”, que palavras constituem ao? 
Preferir
7. Considere o emprego do verbo preferir nesta chamada, publicada em um site de notícias.
a) As chamadas, como um link, remetem a notícias publicadas pelo site, consideradas mais interessantes ou surpreen-
dentes para o leitor. Por que a notícia à qual a chamada remete mereceria tal destaque? Explique sua resposta.
b) Segundo a chamada, é correto afirmar que Neymar não gosta de assistir a jogos de futebol?
III. os complementos verbais, nas duas situações, são introduzidos pela preposição a.
IV. o acento grave ( ` ) é utilizado para indicar a crase da preposição com o artigo a que antecede “sinalização”.
Língua Portuguesa 19
Alteração de regência conforme o significado do verbo 
Há verbos cuja regência determina o sentido. É o que ocorre, por exemplo, com o verbo agradar: utilizado com 
complemento direto tem sentido de fazer um agrado, um carinho; já com complemento indireto, introduzido pela 
preposição a, significa satisfazer. Observe outros exemplos de verbos cujo sentido se altera conforme a regência 
empregada.
8. Leia a sinopse do livro Como agradar um taurino.
Segundo a norma-padrão, o verbo preferir tem dois complementos, um deles, indireto, introduzido pela preposição a.
Embora construções como “preferir uma coisa mais/menos/antes que outra” sejam encontradas em algumas varie-
dades linguísticas brasileiras, elas não são aceitas pela norma-padrão. 
Constante, sensual e paciente... é assim que você descreve o taurino da sua 
vida? Você sabe o quanto é importante, para ele, estar satisfeito? Gostaria de 
saber como tornar a vida de um taurino maravilhosa? As informações deste 
livro vão ensiná-lo a usar a Astrologia para tornar sua vida mais fácil. Você vai 
saber que tipo de taurino faz parte da sua vida e como lhe inspirar o senti-
mento de satisfação de que ele tanto precisa para sobreviver. 
fica a dica
Os pronomes oblíquos exercem função sintática de complemento verbal. No 
caso dos pronomes oblíquos átonos de 3ª. pessoa, é importante observar que:
• o (e variações) acompanha, segundo a norma-padrão, os verbos transi-
tivos diretos; 
• lhe(s) acompanha, segundo a norma-padrão, os verbos transitivos 
indiretos.
No entanto, os verbos transitivos indiretos aspirar, assistir e visar não 
aceitam o pronome oblíquo átono lhe. Nesses casos, usa-se o pronome 
ele (e variações) antecedido pela preposição a.
Assisti ao filme → Assisti-lhe. Assisti a ele.
c) O verbo preferir é bitransitivo, ou seja, é acompanhado por dois complementos.
 I. Quais são eles? Assistir filmes; ver futebol.
 II. Qual deles é antecedido por preposição? Ver futebol.
 III. Qual é a preposição utilizada? Preposição a.
Sugestão de atividades: questões 6 e 7 da seção Hora de estudo.
Disponível em: <http://www.pensamento-cultrix.com.br/comoagradarumtaurino,product, 
978-85-315-1876-8,4.aspx>. Acesso em: 25 set. 2015. 
 Considerando a relação entre a regência do verbo agradar empregada no título e o conteúdo da resenha, explique seo título é adequado à obra.
Aspirar
 • Se transitivo direto, tem senti-
do de absorver, inalar, sorver.
Ex.: Aspirei o pó da sala.
 • Se transitivo indireto, com 
preposição a, tem sentido de 
almejar, ambicionar, desejar. 
Ex.: O cantor aspirava ao 
sucesso.
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20 Volume 8
Assistir
9. Leia estas duas legendas, observando a regência do verbo assistir.
 Foto I Foto II
Socorristas assistem vítima de acidente de moto
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/fotos/2006/12/14/>. 
Acesso em: 10 set. 2015.
Funcionários de um posto de gasolina assistem pela 
televisão a um jogo da Copa, em Ribeirão Preto
Disponível em: <http://www.brasil.rfi.fr/esportes/20140627-copa-bate-
recordes-de-audiencia-em-varios-paises>. Acesso em: 10 set. 2015.
 Assinale a afirmação incorreta.
a) Na legenda da foto I, o verbo assistir tem sentido de auxiliar, socorrer.
b) Na legenda da foto II, o verbo assistir é transitivo indireto, por isso se observa o uso da preposição a.
c) Na legenda da foto I, o verbo é transitivo direto e seu complemento é “vítima de acidente de moto”.
X d) Ainda que a preposição a seja retirada da legenda II, respeita-se a regência determinada pela norma-padrão.
O verbo assistir pode ainda significar morar, residir. Nesse caso, ele é intransitivo e acompanhado de informação 
relativa a lugar introduzida pela preposição em. Ex.: Assisto (moro) em Guarujá porque gosto demais da cidade.
Veja, a seguir, outros verbos cujo sentido é determinado pela regência.
Implicar
 • Se transitivo direto, tem sentido de causar, envolver, pressupor.
Ex.: Aceitar o convite não implica concordar com as ideias dele. 
 • Se transitivo indireto – preposição com –, tem sentido de antipatizar.
Ex.: Todos implicam com a nova atendente.
Precisar
 • Se transitivo direto, tem sentido de indicar com precisão, com certeza.
Ex.: No depoimento, precisou o momento exato do acidente.
 • Se transitivo indireto, tem sentido de ter necessidade.
Ex.: Os bailarinos precisam de muita determinação.
Querer
 • Se transitivo direto, tem sentido de desejar.
Ex.: Quero frutas frescas, por favor. 
 • Se transitivo indireto, preposição a, tem sentido de gostar, ter afeto.
Ex.: Queria ao menino como filho.
Aceitar o convite não pressupõe concordar [...]. Exemplos 
que podem ser apresentados aos alunos: A 
declaração do assistente implica (envolve) 
você no caso das assinaturas falsas. / Toda 
ação implica (causa) reação.
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Língua Portuguesa 21
 A preposição em é exigida pela 
regência do verbo viver, uma 
vez que quem vive, vive em 
algum lugar.
Visar
 • Se transitivo direto, tem sentido de apontar, mirar ou pôr visto. 
Ex.: Visou o alvo e atirou a flecha. Teve de visar os documentos.
 • Se transitivo indireto, tem sentido de desejar, pretender. 
Ex.: Os funcionários visavam a maiores salários.
Segundo a gramática normativa, o verbo visar, no sentido de desejar, 
pretender, ter em vista, é transitivo indireto e liga-se ao complemento 
por meio da preposição a. Porém, quando esse verbo vier seguido de 
infinitivo, a preposição é facultativa.
Ex.: Visava (a) alcançar o reconhecimento por seus méritos.
Sugestão de atividades: questões 9 a 13 da seção Hora de estudo.
Observe a regência dos verbos nesta frase:
Beatriz experimentou e gostou do doce.
Nessa frase, há uma incorreção relativa à regência pelo fato de haver ape-
nas um complemento (“do doce”) para verbos de regências diferentes. “Experi-
mentar” é transitivo direto e “gostar” é transitivo indireto (com preposição de). 
A fim de se respeitar a regência do verbo experimentar, a frase deveria ser:
Beatriz experimentou o doce e gostou dele. 
experimentar algo gostar de algo
Sugestão de atividade: questão 17 da seção Hora de estudo.
A regência verbal e o uso de pronome relativo
O pronome relativo une orações evitando a repetição de um termo comum. Se a regência verbal exigir, a preposi-
ção que acompanha o verbo da oração iniciada pelo pronome deve ser posicionada antes deste. Relembre:
Disponível em: 
<http://planetasustentavel.abril.com.br/
download/stand3-painel7-akatu.pdf>. 
Acesso em: 28 jul. 2015. 
Embora este conteúdo já tenha sido trabalhado 
anteriormente, optou-se por retomar a questão 
tendo em vista ser frequentemente objeto de ves-
tibulares e concursos, assim como um ponto pre-
sente na avaliação dos textos produzidos nessas 
situações. 
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22 Volume 8
10. (CESCEM – SP) Sendo o carnaval uma das festas ..... mais 
gosto, achei preferível ir ao baile ..... viajar para a praia.
a) que – à
b) que – do que
c) das quais – que
X d) de que – a
e) de que – do que
11. (CESGRANRIO – RJ) Assinale a opção em que o verbo 
exige a mesma preposição que referir-se em “... a bo-
neca de pano a que me referi”:
a) O homem .......... quem conversei há pouco.
b) O livro .......... que lhe falei há pouco.
X c) A criança .......... quem aludi há pouco.
d) O tema .......... que escrevi há pouco.
e) A fazenda .......... que estive há pouco.
12. (CARLOS CHAGAS – RJ) O funcionário ...... ele se refe-
riu é pessoa ...... se pode confiar.
a) que – da qual
b) a que – quem
X c) a quem – em que 
d) do qual – que
e) o qual – em que
13. Leia os enunciados a seguir. Depois, converse com os 
colegas e o professor sobre as inadequações observa-
das em relação à norma-padrão.
 Entre o que você estudou nesta unidade, quais os verbos cuja regência determinada pela gramática normativa você 
desconhecia? Complete a tabela, citando esses verbos e a regência aceita pela norma-padrão.
Verbo Regência segundo a norma-padrão
Organize as ideias
 I. Não fui ao show. Embora quisesse assistir-lhe, o in-
gresso estava caro.
 II. Itaipu foi uma das obras cuja construção mais se 
aplicaram recursos.
 III. Queremos informar-lhes de que nossos juros são 
baixos.
 IV. Chamaremos aos inimigos de hipócritas.
 V. Os entrevistados se recusaram a responder este for-
mulário.
 VI. A equipe do restaurante atendeu ao cliente rapida-
mente.
VII. Abriu uma vaga na empresa e aspiro-lhe.
VIII. Criei uma conta em uma rede social e atingi ao nú-
mero de 1 500 seguidores.
 IX. Toda ação implica em uma reação.
 X. Eu custei a crer no que aconteceu.
 XI. Ele não revida nenhuma agressão.
a) Registre suas conclusões.
b) Reescreva os enunciados, adequando-os à norma- 
-padrão. Sugestão de atividades: questões 8, 14 a 16 da se-
ção Hora de estudo.
Língua Portuguesa 23
Hora de estudo
O direito à literatura
Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional 
ou dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos 
folclore, lenda, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações.
Vista deste modo a literatura aparece claramente como manifestação universal de todos os homens em 
todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de 
entrar em contato com alguma espécie de fabulação*. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém 
é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado. 
O sonho assegura durante o sono a presença indispensável deste universo, independentemente da nossa 
vontade. E durante a vigília a criação ficcional está presente em cada um de nós, como anedota, história em 
quadrinhos, noticiário policial, canção popular. Ela se manifesta desde o devaneio no ônibus até a atenção 
fixada na novela de televisão ou na leitura seguida de um romance.
Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a 
literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a umanecessidade universal, 
que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.
Podemos dizer que a literatura é o sonho acordado das civilizações. Portanto, assim como não é possível 
haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura. 
Deste modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humani-
dade, inclusive porque atua em grande parte no subconsciente e no inconsciente.
Cada sociedade cria as suas manifestações ficcionais, poéticas e dramáticas de acordo com os seus im-
pulsos, as suas crenças, os seus sentimentos, as suas normas, a fim de fortalecer em cada um a presença 
e atuação deles. Por isso é que nas nossas sociedades a literatura tem sido um instrumento poderoso de 
instrução e educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual 
e afetivo.
Antonio Candido
Adaptado de Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
* fabulação: ficção
7 Gabaritos comentados.
1. Leia o parágrafo inicial de uma redação produzida para o vestibular da Fuvest de 2011 e procure reconhecer a tese 
apresentada pelo candidato.
Sobre equívocos, Narcisos e imediatismos 
Caracterizada pela evidente degradação do “ser” em “ter”, a atual estrutura socioeconômica, embasada 
no que é efêmero e aparente, acarreta na vida uma devastadora inversão de valores. Os indivíduos, influen-
ciados pela vivência em meio a um mercado de consumo marcado pela competição, passaram a enxergar 
o outro como um inimigo em potencial. Diante disso, entre relacionamentos superficiais, valores egocên-
tricos e atitudes que priorizam o imediato, o altruísmo vai se desfalecendo e se tornando uma raridade no 
mundo contemporâneo. […]
Disponível em: <http://www.fuvest.br/vest2011/bestred/132240.html>. Acesso em: 17 jul. 2015.
2. (UERJ)
 O autor afirma que a literatura é fator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua hu-
manidade. Cite dois argumentos que ele apresenta no texto para chegar a essa conclusão.
A resolução das questões discursivas desta seção deve ser feita no caderno.
24 Volume 8
3. (PUC – PR) Um projeto liderado por um senador brasileiro quer colocar em prática uma nova reforma ortográfica nos 
países falantes da língua portuguesa. Dentre as mudanças propostas, estão a extinção da letra “h” no início de pala-
vras e a troca de “ch” por “x”. A respeito disso um linguista – Carlos A. Faraco – publicou um artigo no qual manifesta 
seu ponto de vista sobre o fato. As frases abaixo são excertos do artigo do linguista. Avalie a relação proposta entre 
ambas, depois marque a alternativa CORRETA.
A) É vandalismo ortográfico o que propõem os “simplificadores” da ortografia que contam com a simpatia de senado-
res da Comissão de Educação do Senado.
 PORQUE
B) [...] tal reforma, que afeta um volume grande de palavras, teria custos astronômicos (pense-se só na adaptação de 
um dicionário como o Houaiss) e efeitos educacionais e culturais desagregadores.
 I. A frase A indica que o linguista é contrário à proposta, mas B não serve de argumento para a defesa dessa tese.
 II. A frase A revela que o linguista é contrário à proposta, e a frase B serve de argumento para justificar o ponto de 
vista que ele defende.
 III. A frase A denota que o linguista é contrário à reforma, por isso ela funciona como argumento para defesa do ponto 
de vista apresentado em B.
a) Apenas I é verdadeira.
X b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) Apenas I e III são verdadeiras.
4. (UNESP – SP)
Aliadas ou concorrentes
Alguns números: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades são mulheres. Metade das 
europeias que estão no mercado de trabalho passou por universidades. No Japão, as mulheres têm níveis 
semelhantes de educação, mas deixam o mercado assim que se casam e têm filhos. A tradição joga contra a 
economia. O governo credita parte da estagnação dos últimos anos à ausência de participação feminina no 
mercado de trabalho. As brasileiras avançam mais rápido na educação. Atualmente, 12% das mulheres têm 
diploma universitário – ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da 
OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e ciências – áreas especialmente promissoras.
[...]
Agora, a condição de minoria vai caindo por terra e os padrões de comportamento começam a mudar. 
Cada vez menos mulheres estão dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. Não se trata de 
mudar a essência do trabalho e das obrigações que homens e mulheres têm de encarar. Não se trata de 
trabalhar menos ou ter menos ambição. É só uma questão de forma. É muito provável que legisladores e 
empresas tenham de ser mais flexíveis para abrigar mulheres de talento que não desistiram do papel de 
mãe. Porque, de fato, essa é a grande e única questão de gênero que importa.
Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres terão um lugar ao sol nas empresas do jeito que são 
ou desistirão delas, porque serão capazes de ganhar dinheiro de outra forma. Há 8,3 milhões de empresas 
lideradas por mulheres nos Estados Unidos – é o tipo de empreendedorismo que mais cresce no país. De 
acordo com um estudo da EY2, o Brasil tem 10,4 milhões de empreendedoras, o maior índice entre as 20 
maiores economias. Um número crescente delas tem migrado das grandes empresas para o próprio negó-
cio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo terão, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem 
ter metade da população como aliada ou como concorrente.
Exame, outubro de 2013.
1 OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
2 EY: Organização global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negócios ao redor do mundo.
Língua Portuguesa 25
 Desde o título do artigo, que é retomado no último parágrafo, os argumentos da autora são motivados por um fato não 
referido de modo ostensivo, ou seja,
a) a boa empresária dificilmente conseguirá se tornar 
uma boa mãe.
b) as mulheres mostram melhor desempenho nas ativi-
dades domésticas.
X c) as atividades empresariais ainda são dominadas por 
homens.
d) as empresas fazem grande esforço pela participação 
de mulheres.
e) o mercado ainda trata as mulheres mais como con-
sumidoras do que empreendedoras.
5. (UFSM – RS)
Viva melhor com menos sal
A humanidade parece ter um problema recorrente com o uso do sal [...]. O historiador britânico Felipe 
Fernandez-Arnesto, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, diz que, desde que os primei-
ros humanos deixaram de ser nômades, houve um crescimento explosivo do uso do sal. A ingestão diária 
aumentou cinco ou seis vezes desde o período paleolítico – com enorme aceleração nas últimas décadas. 
A American Heart Association, que reúne os cardiologistas americanos, estima que mudanças no estilo 
de vida provocaram aumento de 50% no consumo de sal desde os anos 1970. Em boa medida, graças ao 
consumo de comida industrializada.
A culpa pelo abuso do sal não deve, porém, ser atribuída somente à indústria. A maior responsabilida-
de cabe ao nosso paladar. Os especialistas acreditam que a natureza gravou em nosso cérebro circuitos que 
condicionam a gostar de sal e procurar por ele – em razão do sódio essencial que contém. A indústria, assim 
como a arte gastronômica, responde ao desejo humano. “É provável que o sal seja tão apreciado porque tem 
a capacidade de ativar o sistema de recompensa do nosso cérebro”, diz o neurofisiologista brasileiro Ivan de 
Araújo, afiliado a Universidade Yale, nos Estados Unidos. Isso significa que sal nos deixa felizes [...].
Com base nas repercussões negativas na saúde pública, muitos médicos têm falado em “epidemia salga-
da” e promovido um movimento similar àquele que antecedeu as restrições impostas ao tabaco e ao álcool. 
Desde 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz campanhas parachamar a atenção sobre o excesso 
de sal. O movimento que defende as restrições ao sal já chegou ao Brasil. Na segunda quinzena de junho, 
reuniram-se em Brasília representantes do meio acadêmico, da indústria de alimentos, técnicos do Ministé-
rio da Saúde, da Agricultura e da Anvisa, agência federal que regulamenta a venda de comida industrializada 
e remédios. Como meta, discutiu-se passar, em dez anos, de 12 gramas per capita de sal por dia para os 5 
gramas recomendados pela OMS. “Essa mudança ajudaria a baixar em 10% a pressão arterial dos brasileiros. 
Seria 1,5 milhão de pessoas livres de medicação para hipertensão”, diz a nefrologista Frida Plavnik, repre-
sentante da Sociedade Brasileira de Hipertensão na reunião. 1Segundo ela, haveria queda de 15% nas mortes 
causadas por derrames e de 10% naquelas ocasionadas por infarto.
Fonte: Época. Seção Saúde & Bem-estar. 26 jul. 2010. p. 89-94. (adaptado)
 O texto faz parte de uma reportagem, gênero textual de base dissertativa que, tipicamente, reúne várias fontes consul-
tadas pelo jornalista na fase de levantamento de informações. Com relação ao texto, considere as afirmativas a seguir.
 I. A informação sobre o momento em que o consumo de sal pelos seres humanos aumentou é apresentada por meio 
de um relato atribuído a um historiador britânico.
 II. Uma causa da apreciação das pessoas pelo sal é apresentada por meio de citação atribuída a um nefrologista dos 
Estados Unidos.
 III. Dados sobre uma possível diminuição de mortes de brasileiros como consequência da redução do consumo de sal 
são atribuídos a uma representante da Sociedade Brasileira de Hipertensão, retomada em “Segundo ela” (ref. 1).
26 Volume 8
 Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
X d) apenas I e III.
e) I, II e III.
6. Leia este trecho de uma notícia e observe a regência do verbo pedir empregada.
 Há uma incoerência resultante da regência. Comente-a.
7. Complete as frases a seguir com a preposição, quando necessário, exigida pelo verbo utilizado.
a) Amanhã você se lembrará de enviar os convites?
b) Sempre lembrarei os dias felizes que passamos 
juntos.
c) Sempre obedeça a os regulamentos da empresa.
d) Assim que chegar a o colégio, ligue para mim.
8. (FFCL – SP) Assinale a alternativa em que a regência verbal está correta.
a) Prefiro mais a cidade que o campo.
b) Chegamos finalmente em Santo André.
c) Esta é a cidade que mais gosto.
X d) Assisti ao concerto de que você tanto gostou. 
e) Ainda não paguei o médico.
9. Leia o par de frases a seguir.
I. Ninguém quer um amigo que espalhe nossos segredos.
II. Ninguém quer a um amigo que espalha nossos segredos.
 Que diferentes efeitos de sentido o uso do verbo querer como transitivo direto e transitivo indireto produz em cada 
frase?
10. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as respostas certas:
 I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.
 II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
 III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
 IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.
X a) II – III – IV 
b) I – II – III
c) I – III – IV
d) I – III
e) I – II
Disponível em: <http://br.reuters.com/article/idBRSPE7340A020110405>. Acesso em: 24 jul. 2015.
Angelina Jolie pede ajuda a 
refugiados da violência na Líbia 
terça-feira, 5 de abril de 2011 11:23 BRT
Por Marie-Louise Gumuchian
TÚNIS (Reuters) – A atriz e embaixadora da boa vontade 
da ONU Angelina Jolie fez um apelo nesta terça-feira à 
comunidade internacional pedindo por ajuda às pessoas que 
estão fugindo do conflito na Líbia e por maior assistência a 
quem permanece no país.
Jolie, que é embaixadora do Alto Comissariado da ONU 
para os Refugiados (Acnur), visitou a fronteira da Líbia com a 
Tunísia. Segundo ela, pessoas que deixaram recentemente 
a Líbia contaram sobre os intensos conflitos, agressões e 
saques.
Língua Portuguesa 27
11. (UFRGS – RS)
A notícia de que o melhor chef de cozinha da atualidade vai integrar em 2007 uma das mais importantes 
mostras de arte do mundo chocou o meio artístico internacional. “Todos os artistas querem me cortar a 
garganta”, reconhece Ferran Adrià, para quem é chegada a vez da “gastronomia-arte”. É surpreendente o 
fato de a 12ª. Documenta tê-lo convidado para 1integrar 2a mostra de 2007. O mítico evento quinquenal 
jamais havia incluído um cozinheiro. Entende-se. A crítica cultural considera a gastronomia uma “estética 
sem linguagem”: não reconhece nela verdadeira arte.
Este inquieto catalão não se limita a fazer boa comida. Ele revoluciona sistematicamente a gastronomia 
desde o dia em que assistiu a uma conferência do físico-químico Hervé This. O cientista fundou a disci-
plina “cozinha molecular”, que propõe a cooperação entre as ciências e os cozinheiros. De comum entre 
ambos, restou a consciência de que no centro da inovação gastronômica atual está o laboratório. Adrià 
mantém uma oficina de pesquisa em que elabora novos conceitos e técnicas aos quais os cozinheiros do 
seu restaurante EL Bulli aliam sensibilidade e criatividade.
Antes os restaurantes pareciam parados no tempo. A partir de Adrià, a renovação parece não ter fim, e 
a gastronomia 3virou isso que alguns julgam “arte” e outros não sabem dizer o que é. O próprio ‘chef’ está 
surpreso com tanto impacto. Ele acha que apenas sociólogos, antropólogos, jornalistas e críticos poderão 
compreender essa revolução que 4se passa no domínio do gosto na sociedade moderna.
DÓRIA, Carlos Alberto. Ciência do gosto. Bravo, ago. 2006. (Adaptado)
 Considere as seguintes afirmações sobre regência verbal em segmentos do texto. 
 I. A substituição de INTEGRAR (ref. 1) por INCORPORAR-SE exigiria a alteração de A (ref. 2) para À.
 II. A substituição de VIROU (ref. 3) por TRANSFORMOU-SE não acarretaria outras mudanças na frase.
 III. A substituição de SE PASSA (ref. 4) por SUCEDE exigiria a alteração de NO para AO.
 Quais estão corretas?
X a) Apenas I. 
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
12. Qual das frases a seguir apresenta regência própria da linguagem coloquial?
a) Vivo repreendendo-o, pois desobedece aos avós.
X b) Fui assistir o filme ontem à tarde.
c) Respondeu ao questionário do censo.
d) Chegou ao apartamento meio tarde.
e) Vai ao colégio todas as manhãs.
13. Coloque C (certo) ou E (errado), conforme a adequação ou não da regência verbal nas frases a seguir.
a) ( C ) Ele chegou ao fim da vida lúcido e produtivo.
b) ( C ) Atendi ao pedido com presteza.
c) ( C ) Esse cantor não agradou os presentes ao show. 
d) ( C ) Não assiste a mim ser seu conselheiro. 
e) ( E ) Esqueci de pagar a conta do condomínio. 
f) ( C ) A empresa pagou ao funcionário.
g) ( E ) Perdoamos prontamente nossos vizinhos. 
h) ( E ) A menina queria bem o amigo. 
i) ( C ) Não sei a que horas sairemos, pois o professor 
não precisou o tempo da palestra.
j) ( C ) O competidor foi aplaudido quando visou ao alvo 
e acertou o seu centro. [...] quando visou o alvo [...]“[...] agradou aos presentes [...]”
Assistir = caber, pertencer
Esqueci-me de pagar [...]
Perdoamos prontamente a nossos vizinhos.
A menina queria bem ao amigo.
28 Volume 8
14. (FGV – SP) Assinale a alternativa em que os textos publicitários estão CORRETOS quanto à regência verbal, de acordo 
com a norma culta.
a) Mitsubishi Pajero Sport
 Lembre-se de que é muito espaçoso.
 Não se esqueça que é um Pajero.
 Tudo o de que você precisa é minimizar riscos na sua 
carteira de ações.
b) Mitsubishi Pajero Sport
 Lembre de que é muito espaçoso.
 Não esqueça de que é um Pajero.
 Tudo o de que você precisa é minimizar riscos na sua 
carteira de ações.
c) Mitsubishi Pajero Sport
 Lembre de que é muito espaçoso.
 Não se esqueça que é um Pajero.
 Tudo o quevocê precisa é minimizar riscos na sua 
carteira de ações.
d) Mitsubishi Pajero Sport
 Lembre-se que é muito espaçoso.
 Não esqueça de que é um Pajero.
 Tudo o que você precisa é minimizar riscos na sua 
carteira de ações.
X e) Mitsubishi Pajero Sport
 Lembre-se de que é muito espaçoso.
 Não se esqueça de que é um Pajero.
 Tudo o de que você precisa é minimizar riscos na sua 
carteira de ações.
15. (TRE – MG) Observe a regência dos verbos das frases reescritas nos itens a seguir:
 I. Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos inimigos de hipócritas;
 II. Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu desprezo por tudo;
 III. O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O funcionário esqueceu-se o importante acontecimento.
 A frase reescrita está com a regência correta em:
X a) I apenas. 
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e III apenas.
e) I, II e III.
16. (UNB – DF) 
Ajustou, na medida, umas talas de cálamo exatas,
E, do dorso através e da pele, enfiou no quelônio
E, conforme pensava, uma pele de boi esticou
E dois braços extremos dispôs, por travessa ajuntados.
Sete cordas de tripa de ovelha estendeu harmoniosas.
Ao depois de fazê-lo, tomou do amorável brinquedo
E co’um plectro uma a uma provou cada corda, aos seus dedos
Ressoava tremenda.
Homero. Hinos homéricos. Hino a Hermes, v. 44-53. Introdução e tradução de Jair Gramacho. Brasília: UnB, 2003.
 Com referência ao texto acima [...], julgue o item a seguir.
 No verso “Ao depois de fazê-lo, tomou do amorável brinquedo” (v. 6), o emprego do complemento iniciado por prepo-
sição exemplifica recurso estilístico que não altera a transitividade da forma verbal “tomou”.
17. Reescreva as frases a seguir, adequando-as às normas da regência culta.
a) Os rapazes rapidamente entraram e saíram da sala.
b) Ela procurou e pediu ao pai uma carona.
c) Paula gostou e comprou o livro.
d) Assistimos e gostamos do espetáculo.
Língua Portuguesa 29
30
Ponto de partida 
Artigo de opinião:
 
a arte de convence
r
16
1
1. A que assunto essa imagem pode ser relacionada?
2. O tema é um recorte do assunto. Que tema poderia ser recortado desse assunto?
3. Que tese ou ponto de vista poderia ser defendido com base no tema definido?
4. Apresente uma estratégia argumentativa que possa ser usada para sustentar a tese escolhida.
©Shutterstock/Brian A Jackson
Objetivos da unidade:
 reconhecer o artigo de opinião, suas condições de produção e de recepção, seus pro-
pósitos e aspectos estruturais como um gênero da esfera jornalística;
 identificar vários tipos de argumentos usados em artigos de opinião;
 refletir sobre a exigência de complementação a alguns nomes;
 compreender a ocorrência da crase;
 compreender os efeitos de sentido decorrentes do uso do acento indicativo de crase.
condições de produção e de recepção, seus pro-
ê d f j lí ti
Painel de leitura
Artigo de opinião
Quantas vezes você já foi convidado a refletir sobre os danos causados pelo ser humano ao meio ambiente, o aque-
cimento global, a destruição da natureza, os desafios em associar a vida moderna à preservação do meio ambiente? 
São muitas as opiniões e, associadas a elas, há muitas propostas e manifestações que visam contribuir para a preserva-
ção dos recursos naturais do planeta.
No dia 22 de setembro, acontece o Dia Mundial sem Carro, movimento realizado em várias cidades no mundo que 
convida as pessoas a fazer uma reflexão sobre os problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de 
deslocamento e propõe meios alternativos de transporte. O texto a seguir, Nem herói, nem vilão: necessário, foi escrito 
por ocasião dessa comemoração. Perceba que tem caráter opinativo, pois defende uma opinião sobre a presença do 
automóvel na vida moderna. Leia-o e, em seguida, responda às questões propostas.
2 Gabaritos comentados.
Nem herói, nem vilão: necessário
Jackson Schneider
Eles tiveram presença determi-
nante desde o século 20, deram 
novo perfil à sociedade e à civili-
zação, influenciaram comporta-
mentos, encurtaram tempo e dis-
tâncias, criaram um sem-fim de 
atividades econômicas e estão nas 
artes, na literatura, na fotografia, 
no cinema.
Falamos do automóvel, aqui 
sintetizando todos esses sinôni-
mos de mobilidade que são os 
carros, os caminhões, os ônibus. 
Veículos que deram impulso à 
moderna industrialização, aju-
daram a construir economias e 
facilitaram a vida das pessoas. 
Impossível imaginar a vida con-
temporânea sem eles.
Econômica e socialmente, o 
veículo é muito mais que um meio 
de locomoção ou de realização de 
uma aspiração. É uma criação po-
tente, com projeções para a frente 
e para trás, produto de uma indús-
tria estruturante – a indústria au-
tomobilística –, no sentido de que 
está ao meio de uma longa e com-
plexa cadeia econômica, antes, 
durante e depois de sua fabrica-
ção. Por isso mesmo, é inovadora 
em gestão, processos e métodos.
O automóvel é resultado de 
uma indústria indutora de tec-
nologias e geradora de novas eco-
nomias, com reflexos em vasto 
mobilidade: qualidade ou propriedade do que é móvel ou obedece às leis do movimento.
indutora: que induz, incita, instiga ou motiva.
31
campo de atividades, como em 
cadeias importantes da siderurgia, 
da eletrônica, da informática, dos 
combustíveis e da agroindústria, 
além de uma infinidade de servi-
ços. Só no Brasil 200 mil empre-
sas têm suas atividades ligadas ao 
setor automotivo, desde fornece-
dores de matérias-primas à oficina 
da esquina.
Porém, onde há virtudes há 
também dificuldades a superar. O 
automóvel ingressa em seu segun-
do século de vida, e as qualidades 
que lhe garantiram um centenário 
de afirmação também lhe trouxe-
ram críticas, que o “Dia Mundial 
sem Carro”, instituído para 22/9, 
procura expressar.
Dificuldades de trânsito, aci-
dentes e problemas de emissões 
de poluentes e seus reflexos sobre 
a saúde pública são as principais 
“culpas” atribuídas ao automóvel.
A essas somam-se outras 
preocupações, como a necessi-
dade de proteger o condutor, os 
passageiros e os demais atores 
do trânsito – pedestres, ciclistas, 
motociclistas...
A sociedade deverá ter res-
postas adequadas e positivas para 
todas essas questões. Algumas res-
postas estão na própria indústria 
automobilística. Outras estarão 
em novas tecnologias e em ações 
governamentais.
Há uma verdadeira revolução 
tecnológica nos centros de pesqui-
sa e desenvolvimento de veículos, 
priorizando cada vez mais no DNA 
dos carros futuros os conceitos de 
segurança, qualidade ambiental e 
mobilidade urbana. Projetos que 
enfatizam carros compactos, mo-
torizações de maior eficiência e 
menor consumo e combustíveis 
alternativos.
A eletrônica e a informáti-
ca estarão em crescente presen-
ça nos veículos, acionando-os e 
movimentando-os, definindo e 
orientando operações de maior di-
rigibilidade ao condutor, com eco-
nomia de tempo e de recursos em 
adequados padrões de segurança 
e ambiental. Novos materiais e a 
nanotecnologia tornarão os veí-
culos mais leves e mais recicláveis 
ao final de sua vida útil.
A infraestrutura viária e a en-
genharia de trânsito serão espe-
cializadas em garantir fluidez e se-
gurança. Os acidentes de trânsito 
exigirão arrojadas ações preventi-
vas, começando por uma forma-
ção mais rígida dos condutores. 
Os veículos terão sempre equipa-
mentos de segurança veicular, seja 
preventiva, seja defensiva.
As emissões de poluentes 
serão crescentemente menores e, 
em alguns casos, eliminadas – ao 
menos na fonte final, que é o veí-
culo. Biocombustíveis, veículos 
hídricos e elétricos já são reali-
dade que ganha campo. Energias 
veiculares como célula de hidro-
gênio e outras ainda inimagináveis 
serão testadas em novas formas de 
mover o veículo nos anos futuros.
O veículo dos anos futuros será 
muito mais avançado em termos 
de performance, design, dirigibili-
dade, funcionalidade,

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