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I III Agoraéasua vez III I 2. (UFBA) Na questão a seguir, escreva a soma dos itens corretos. Istambul . - *Ancara Turquia Malatja io raramanrñaru:he *araman Adana antepe Mersin • é, Tikrit mar MarMediterrâneo ma BagIraque Basra O mapa destaca o trecho da Ferrovia Berlim—Bagdá entre Istambul (capital do Império Turco-Otomano) e Bagdá (cidade importante e próxima a uma das regiões produtoras de petróleo sob controle otomano). Desde o fim do século XIX, os alemães planejavam iniciar a construção de uma estrada de ferro que ligasse a cidade de Berlim (capital da Alemanha) a Bagdá (atual capital do Iraque, território pertencente ao Império Turco-Otoma- no na época). Essa ferrovia começou a ser construída em 1903, sendo finalizada apenas em 1940. A proposta de construção dessa linha férrea se tornou um dos principais fatores que opôs alemães e ingleses durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Assinale V para as alternativas que se referem às razões básicas da oposição entre ale- mães e ingleses e F para as que não o fazem. ( IC) A estrada de ferro em questão atravessaria uma vasta região submetida ao Império Turco-Otomano, o que mostra a aproximação deste com os interesses ale- mães desde o fim do século XIX. Essa aproximação preocupava os ingleses, que também demonstravam interesse nos recursos petrolíferos do Oriente Médio. ( IJ) De certa forma, a soberania dos povos dessa vas- ta região por onde passaria a estrada de ferro seria afetada, não somente pelos interesses turco-otoma- nos, mas também pelos alemães. À Inglaterra não interessava a influência alemã sobre a região, pois isso significaria o fortalecimento ainda maior da nação que se tornava sua maior concorrente, a Alemanha. (Ç) A efetiva construção dessa estrada de ferro permitiria aos alemães um acesso muito mais efetivo à grandes reservas de petróleo. Desse modo, a indústria alemã, que já se tornara a maior concorrente dos ingleses na época, se desenvolveria ainda mais. ( I) O financiamento para a construção dessa estrada de ferro gerou uma forte concorrência entre os bancos ingleses e alemães. A vitória dos banqueiros ale- mães provocou um afastamento irremediável entre os interesses de ambas as nações. 4 IntEr@tivo Nos anos iniciais do século XX, reinava um clima de tensão e grande rivalidade na Europa. As ambições imperialistas associadas ao nacionalismo exaltado fo- mentavam todo um clima internacional de tensões e agressividade. Sabia-se que a guerra entre as grandes potências poderia explodir a qualquer momento. Cotrim, p. 337, 338. As informações do texto, associadas aos conhecimentos sobre a expansão do capitalismo e a Primeira Guerra Mun- dial, permitem afirmar: (01) As ambições imperialistas citadas no texto carac- terizavam a política externa de nações que tinham alcançado plena industrialização e cuja produção extrapolava a capacidade de consumo de suas pró- prias populações. (02)0 pan-eslavismo, o pangermanismo e o revanchis- mo francês constituíam-se movimentos nacionalis- tas responsáveis, entre outros fatores, pela instalação das tensões e agressividades referidas no texto. (04) A adoçáo de uma política de alianças, no período an- terior à Primeira Guerra Mundial, decorreu da neces- sidade de conter o avanço de interesses capitalistas norte-americanos no mercado europeu. (08)0 período histórico a que o texto se refere é tam- bém denominado de "Paz Armada", por ter registrado o avanço da produção de armamentos pesados e o crescimento dos efetivos militares. (16) O continente africano também foi envolvido pelas ambições imperialistas, registrando-se o choque de interesses franceses, ingleses e alemães, na disputa pela posse de terras desse continente. (32) As exportações de produtos manufaturados brasi- leiros foram prejudicadas durante a Primeira Guerra Mundial, visto terem sido privadas do mercado con- sumidor, representado pelos países beligerantes. 3. Relacione os efeitos do neocolonialismo europeu, ocor- rido no século XIX, com as causas gerais da Primeira Guerra Mundial. 2H4-156 4. Estudiosos especializados na história da Primeira Guerra Mundial usaram diversos recursos didáticos com o objeti- vo de facilitar a organização e a compressão dos eventos ocorridos. Dentre esses recursos está a divisão da guerra em períodos ou etapas. Após analisar os nomes usados neste capítulo para cada uma das etapas da guerra, escreva com suas próprias palavras as razões pelas quais esses nomes foram adotados. a) Guerra de movimento (1914) eorn b) Guerra de trincheiras (1915-1916) c) Período crítico (1917) 3. O ESTABELECIMENTO DA PAZ A guerra ainda estava em curso, quando algumas pro- postas de paz foram elaboradas e discutidas. Entre elas, a sugestão do presidente estadunidense Woodrow Wilson destacou-se por sua característica apaziguadora. Conheci- da como os Catorze Pontos de Wilson, propunha uma "paz sem vencedores". Nenhum país envolvido no conflito arcaria com o peso da culpa sozinho. Dessa forma, todas as d) Vitória aliada (1918) 5. (ESPM-SP) Foi um período caracterizado por rápidas investi- das. Os alemães invadiram a Bélgica, cuja resistência heroica, notadamente em Liêge, possibilitaria a plena mobilização dos franceses e dos russos. Apesar dos esforços franceses, 78 divisões germânicas armadas com artilharia pesada chegaram às vizinhanças de Paris. Graças à extrema habilidade do general Joffre, os alemães foram obrigados a recuar até o vale do Rio Marna, onde em setembro foi disputada a Primei- ra Batalha do Marna, com a participação de 2 milhões de homens. Luís César Rodrigues. A Primeira Guerra Mundial. A Primeira Batalha do Marna tratada no texto deve ser relacionada com a) a blitzkrieg, estratégia de guerra alemã que combinava o rápido avanço de tropas de infantaria com o apoio aéreo e de blindados. b) a guerra de trincheiras, cenário que dominou todo o curso da Primeira Guerra Mundial. ma guerra de movimento, adotada no início da Primei- ra Guerra Mundial pelos alemães, estratégia que fazia parte do chamado Plano Schlieffen. d) a primeira batalha em que se registrou o emprego do gás como arma, recurso utilizado pelos alemães. 0 e) o sucesso do plano escolhido pelos alemães para der- rotar rapidamente a França, pois, com a vitória na Ba- talha do Marna, os alemães conquistaram Paris. nações beligerantes teriam a possibilidade de se reorgani- zar, tornando-se capazes de voltar a consumir, especialmen- te, produtos estadunidenses. Dentre os pontos que merecem destaque, encontramos aqueles que propunham um rearranjo territorial baseado na origem étnica, histórica e geográfica de povos. Algumas na- ções que tinham sido anexadas por outras mais poderosas voltariam à liberdade, e áreas territoriais tomadas, mesmo antes do conflito, voltariam a pertencer à nação de origem. 21-14-158 O tratado foi assinado na Sala dos Espelhos do Pa- lácio de Versalhes, local em que, quase 60 anos antes, a França havia sido humilhada ao ter de ceder a mesma sala à coroação do imperador Guilherme, da Alemanha recém-unificada. Nessa mesma ocasião, a França, derro- tada na Guerra Franco-Prussiana, foi obrigada a ceder o território da Alsácia e Lorena, o mesmo que retornava a ela por força do Tratado de Versalhes. Se o revanchismo francês pode ser considerado um dos fatores dos atritos que levaram a França a enfrentar a Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o revanchismo alemão certamente con- correu para opor essas duas potências no segundo gran- de conflito mundial. Dentre as propostas dos Catorze Pontos, incorporadas pelo Tratado de Versalhes, destacou-se a criação da Liga das Nações — organismo internacional que teria, entre as 6. Quais as causas da rejeição de grande parte dos Catorze Pontos de Wilson pelos senhores Lloyd George (repre- sentante da Inglaterra) e Georges Clemenceau (represen- tante da França) durante a conferência de Paris? deza — 7. (UPF-RS) Leia alguns dos artigos do Tratado de Versalhes:Art. 45 — [...] a Alemanha cede à França a proprie- dade absoluta, com direitos exclusivos de exploração, desimpedidos e livres de todas as dívidas e despesas de qualquer tipo, as minas de carvão situadas na Ba- cia do Rio Sarre. Art. 119 - A Alemanha renuncia em favor do Prin- cipal Aliado e das Potências Associadas todos os seus direitos e títulos sobre as possessões de ultramar. Art. 198 - As Forças Armadas da Alemanha não de- vem incluir quaisquer forças militares ou navais. Art. 232 - Os Governos Aliados e Associados exi- gem, e a Alemanha promete que fará compensações por todos os danos causados à população civil das Potências Aliadas e Associadas e à sua propriedade durante o período de beligerância de cada uma. MARQUES, Ademar; BERIJTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História contemporânea através de textos. Paulo: Contexto, 2008. p. 115-117. 8 suas funçóes, a prioridade de evitar novos conflitos arma- dos. Sua premissa básica deveria ser a diplomacia aberta, em que todas as questões deveriam contar com a presença de vários representantes das nações participantes da Liga. Esse organismo pode ser considerado um precursor da ONU (Organizaçáo das Nações Unidas). De forma geral, os tratados elaborados após a guer- ra foram uma imposição dos vencedores sobre os venci- dos. Longe de promoverem a soluçáo para as questões da guerra, eles acabaram exacerbando os atritos, crian- do uma situação que pode ser considerada a maior cau- sa do segundo conflito mundial. Essas questões, entre outras, fazem com que alguns historiadores especializa- dos no estudo dos grandes acontecimentos do século XX tomem as duas grandes guerras como apenas um conflito. A partir da leitura dos artigos transcritos, é correto afir- mar que o Tratado de Versalhes a) encerrou a Segunda Guerra Mundial, fazendo com que a Alemanha perdesse as colónias ultramarinas para os Países Aliados. b) extinguiu a Liga das Nações, propondo a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, com o objetivo de preservar a paz mundial. c) estimulou a competição económica e colonial entre os países europeus, resultando na Primeira Guerra Mundial. d) permitiu que as Potências Aliadas dividissem a Ale- manha, no fim da Segunda Guerra Mundial, em qua- tro zonas de ocupação: francesa, britânica, americana e soviética. impôs duras sanções à Alemanha, no final da Primeira uerra Mundial, fazendo ressurgir um nacionalismo exacerbado e reorganizando as forças políticas do país. 8. Erich Maria Remarque (1898-1970) nasceu na Alemanha e parou de estudar aos dezoito anos, para juntar-se ao exército alemão na Primeira Guerra Mundial. Foi ferido três vezes, uma delas gravemente. Após a guerra, não esqueceu os horrores que viu e viveu. Começou a escre- ver sobre o assunto. O resultado foi a publicação da obra Nada de novo no front, em 1929, um dos mais famosos relatos sobre a tragédia da guerra. O impacto da obra foi tão grande que os nazistas a proibiram quando che- garam ao poder, pois tratava-se de uma crítica à guerra e seus motivos. Remarque mostrou o sofrimento de jo- vens cuja vida foi devastada, seja pela morte, mutilação ou angústia psicológica, durante e depois do conflito. As descrições e os diálogos da obra servem a uma pro- funda reflexão sobre a necessidade de promover a paz. O livro, traduzido para 58 idiomas, já vendeu mais de dez milhões de cópias no mundo. A dedicatória é voltada às gerações seguintes: "Este livro não pretende ser um libe- Io nem uma confissão: apenas procura mostrar o que foi 2H4 - 160 a geração de homens que, mesmo tendo escapado granadas, foi destruída pela guerra." trecho abaixo ilustra a profundidade da obra de Re- que posso enfrentá-los sem medo. A vida, que mearrastou por todos esses anos, eu ainda a tenho nasmãos e nos olhos. Se a venci, não sei. Mas, enquantoarque: Estamos no outono. Dos veteranos, já não há mui- os. Sou o último dos sete colegas de turma que vie- ram para cá. Todos falam de paz e armistício. Todos esperam. Se for outra decepção, eles vão se desmoronar, as esperanças são muito fortes; é impossível destruí-las sem uma reação brutal. Se não houver paz, então haverá revolução. Tenho catorze dias de licença porque engoli um pouco de gás. Num pequeno jardim, fico sentado o dia inteiro ao sol. O armistício virá em breve, até eu já acredito agora. Então iremos para casa. Neste ponto, meus pensamentos param e não vão mais adiante. O que me atrai e me arrasta são os senti- mentos. É a ânsia de viver, é a nostalgia da terra natal, é o sangue, é a embriaguez da salvação. Mas não são objetivos. Se tivéssemos voltado em 1916, do nosso sofrimen- to e da força de nossa experiência, poderíamos ter desencadeado uma tempestade. Mas, se voltarmos agora, estaremos cansados, quebrados, deprimidos, vazios, sem raízes e sem esperança. Não conseguire- mos mais achar o caminho. E as pessoas não nos compreenderão, pois, antes da nossa, cresceu uma geração que, sem dúvida, pas- sou esses anos aqui junto a nós, mas que já tinha um lar e uma profissão, e que agora voltará para suas an- tigas colocações e esquecerá a guerra... e, depois de nós, crescerá uma geração, semelhante à que fomos em outros tempos, que nos será estranha e nos dei- xará de lado. Seremos inúteis até para nós mesmos. Envelheceremos, alguns se adaptarão, outros simples- mente resignar-se-ão, e a maioria ficará desorientada; os anos passarão e, por fim, pereceremos todos. Mas talvez tudo que penso seja apenas melancolia e desalento, que desaparecerão quando estiver de novo sob os choupos e ouvir novamente o murmúrio das suas folhas. É impossível que já não existam a doçura que fazia nosso sangue agitar-se, a incerteza, o futuro, com suas mil faces, a melodia dos sonhos e dos livros, os sussurros e os pressentimentos das mulheres, tudo sso não pode ter desaparecido nos bombardeios, no desespero e nos bordéis. Aqui, as árvores brilham, ale- Ires e douradas, os frutos das sorveiras têm matizes vermelhados por entre a folhagem; as estradas cor- brancas para o horizonte, os boatos de paz fazem cantinas zumbirem como colmeias. Levanto-me. Estou muito tranquilo. Que venham os meses e os IOS, não conseguirão tirar mais nada de mim, não po- me tirar mais nada. Estou tão só e sem esperança existir dentro de mim - queira ou não esta força queem mim reside e que se chama "Eu" -, ela procurará seu próprio caminho. REMARQUE, Erich Maria. Nada de novo no front. Porto Alegre. L&PM, 2004. p. 143, 144. a) O texto apresenta uma pessoa que, àquela altura da guerra, não sabia ao certo como seria sua vida quando retornasse. Em suas palavras, ele e outros jovens não conseguiriam mais achar o caminho. Para você, que ca- minho seria esse e qual a dificuldade para encontrá-lo? b) Mesmo diante dos horrores da guerra, o autor vislum- bra alguma esperança. Que motivações ele teria para continuar acreditando na vida? c) Produza uma carta a um sobrevivente imaginário de guerra destituído de esperança e motivação para viver. Pense em alguém que teria visto grandes tra- gédias no campo de batalha. Que mensagem de es- perança você transmitiria a ele? -pgz- (l}z) Interb€ivo 9 total do Estado e da propriedade privada. Atuavam, também, o Partido Operário Social-Revolucionário Russo e o Partido Social-Democrata Russo. Dentre as principais oposições, estavam as duas facções do Partido Social- -Democrata Russo. A ala majoritária do partido, conhecida como bolchevique (em russo, "maioria"), defendia os interesses dos camponeses e operários, bem como dos soldados, pregando mudanças radicais por meio de uma revolução. Já os mencheviques ("minoria"), geralmente ligados à burguesia liberal russa, tam- bém propunham mudanças, todavia sem a participação popular e o radicalismo revolucionário proposto pelos bolcheviques. De forma geral, todas essas manifestações oposicionistas intensificaram-se após o ano de 1905, no qual as fragilidades do sistema político-econômico russo ficaram expostas.As tentativas do czar de minimizar as manifestações de descontentamento e oposição ti- nham cada vez menos efeito. Bolcheviques e mencheviques organizavam-se e cresciam continuamente. Líderes importantes surgiram nas oposições. Dois personagens se des- Os discursos de Lenin influenciaram os rumos da Revolução. tacaram nesse momento: Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lenin, e Lev Davidovitch Bronstein, conhecido como Trotski. Em 1905, Lenin já era adepto do marxismo havia pelo menos 17 anos. Defendia mudanças profundas e radicais em toda a estrutura político-econômica. Perseguido, exilou-se na Inglaterra e na Suíça durante alguns anos. Trotski, também adepto do marxismo, pregava a revolução armada e radical, contrariando a associação com oposicionistas burgueses, os quais con- siderava incapazes de promover mudanças sociais significativas. 9. A dinastia dos Romanov governou o Império Russo por mais de trezentos anos. Caracterizada pelo Absolutismo monárquico (czarismo), teve representantes que gover- naram com mão de ferro. Mesmo diante da queda das principais monarquias absolutas europeias durante o século XIX, os Romanov permaneceram até a segunda década do século XX. No entanto, o czarismo russo já dava claros sinais de desgaste. Em relação aos "sinais de desgaste", avalie as afirmativas a seguir e dê a soma dos números correspondentes às consideradas verdadeiras. (01) A economia russa no início do século XX destacava-se por sua produção agrícola. Cerca de 80% da popula- Ção do Império morava na área rural, o que tornava a Rússia um dos maiores produtores agrícolas do plane- ta. No entanto, a despeito da importância dos cam- poneses, somente os trabalhadores urbanos tinham direitos políticos, interferindo diretamente no poder. (02)A maioria dos camponeses ainda vivenciava rela- Ções muito semelhantes às feudais com os grandes proprietários de terra. Essas circunstâncias os man- tinham presos à terra e em péssimas condições de vida. Nesse contexto surgem alguns movimentos de revolta no campo. (04) No início do século XX as condições de insatisfação da população podiam ser verificadas por meio de vários movimentos sociais. Alguns deles foram de grande porte, como os que marcaram o ano de 1905. Muitos outros, porém, de menor alcance, mas não menos sig- nificativos quando tomados em seu conjunto. 2H4- 163 (08) Um dos grandes sinais de desgaste do czarismo foi a convocação da Duma, uma espécie de parlamento russo que não era convocado há mais de um século. Desse modo, o czar Nicolau II pretendia "acalmar os ânimos" da população, dando a impressão de que iria ouvir seus representantes. 10. (UFF-RJ) A Revolução Russa, que iniciou o processo de construção do socialismo na antiga URSS, teve o seu desfecho, em 1917, marcado por dois momentos. O pri- meiro, em fevereiro, quando os mencheviques organi- zaram o governo provisório, e o segundo, em outubro, quando os bolcheviques assumiram a condução da revolução e a tornaram vitoriosa. A respeito dos men- cheviques e bolcheviques, afirma-se: l. Os mencheviques defendiam a construção do socia- lismo por meio de alianças com os burgueses liga- dos ao grande capital. II. Os bolcheviques consideravam o capitalismo con- solidado na Rússia e pretendiam a mobilização das massas em direção ao socialismo, sem quaisquer alianças com os setores burgueses. III. Mencheviques e bolcheviques eram denominações decorrentes da origem geográfica dos revolucioná- rios: os mencheviques tinham sua origem social nos núcleos urbanos, e os bolcheviques estavam ligados a bases rurais. Com relação a essas afirmativas, conclui-se que *apenas a I e a II são corretas. b) apenas a I ea III são corretas. c) apenas a II e a III são corretas. d) apenas a II é correta. e) apenas a III é correta. 11. (Udesc-SC) Leia o documento abaixo. Um terço do país se encontra submetido a um re- gime de vigilância especial, isto é, fora da lei. As forças policiais, sejam visíveis ou secretas, aumentam dia a dia. Nas prisões e nas colônias penais, além das cente- nas de milhares de criminosos comuns, há uma enor- me quantidade de condenados políticos, e agora ali se encontram até mesmo os operários. [...] As perse- guições religiosas nunca foram tão frequentes nem tão cruéis. Em todas as cidades e centros industriais, agrupam-se tropas enviadas, de armas nas mãos, contra o povo. [...] Apesar do orçamento do Estado, que aumenta de maneira desmesurada [..J, essa in- tensa e terrível atividade do governo acentua de ano a ano o empobrecimento da população agrícola, isto é, os cem milhões de homens sobre os quais repousa a potência da Rússia. Por essa razão, a fome agora é um fenômeno normal. O descontentamento geral de todos os grupos sociais e sua hostilidade para com o governo também são um fenômeno normal. Carta do escritor Leon Tolstoi ao czar Nicolau II, 16 de janeiro de 1902. In: SALOMONI, Antonella. Lenin e a Revolução Russa. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 16, 17. 5. A REVOLUÇÃO RUSSA Ao compor a Tríplice Entente, o czar buscava o es- treitamento das relações com as potências capitalistas ocidentais, com as quais mantinha interesses comuns, além de impedir o fortalecimento dos povos germâni- cos. No entanto, a Rússia não tinha a menor condição de enfrentar um conflito de grandes proporções. Com a Primeira Guerra, o poder de compra e os salários da população diminuíram, enquanto a inflação aumentou. O envolvimento militar tornou insustentável a convivên- cia do governo czarista com as oposições. Movimentos de revolta nos campos e nas cidades se multiplicavam, mas o czar os avaliou como desconexos e contornáveis, o que logo se mostraria um grande erro. Nas principais cidades, multiplicavam-se manifes- taçóes oposicionistas exigindo uma ação eficaz do go- verno e a saída imediata da guerra. O czar, certo de que a guarda imperial russa (os cossacos) impediria qualquer ação mais efetiva das oposições, mostrava- -se irredutível. Algo, porém, mudaria essa situação. 12 K(P ) Intsr@tivo Analise as proposições considerando as informações da carta e o contexto histórico da Rússia, no início do século XX. l. Leon Tolstoi, em sua carta, está criticando o gover- no do Czar russo devido às perseguições políticas e religiosas e por causa da pobreza, na qual viviam milhões de pessoas na Rússia. II. Apesar do crescimento industrial e urbano, ocorrido no fim do século XIX e início do século XX, a maioria da população russa vivia em condições miseráveis no campo, uma vez que muitos camponeses não eram proprietários das terras nas quais trabalhavam. III. O governo da Rússia, nesse período, era uma monar- quia absolutista, governado pelo czar. Esse tipo de governo é caracterizado pela divisão igualitária do poder entre o monarca e os representantes eleitos pelo povo. IV Nas duas primeiras décadas do século XX, na Rús- sia, ocorreram inúmeras revoltas populares, entre as quais a que ficou conhecida como Domingo San- grento, que ocorreu em janeiro de 1905, quando centenas de pessoas foram mortas, durante uma manifestação que reivindicava direito à greve, me- lhores condições de vida e convocação de uma As- sembleia Constituinte. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas l, II e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas l, III e IV são verdadeiras. omente as afirmativas l, II e IV são verdadeiras. e Todas as afirmativas são verdadeiras. No mês de fevereiro de 1917, o exército russo se negou a reprimir as passeatas e greves que ocorriam na ca- pital do Império. Com isso, no dia 28 daquele mesmo mês, o czar abdicou. Consciente de que seu poder não existia mais, Nicolau II pôs fim à longa dinastia dos Romanov, marcando assim o ocaso do Absolutismo ou czarismo russo. 5.1. De fevereiro a outubro de 1917 A abdicação do czar abriu caminho para as forças opo- sicionistas, especialmente àqueles que representavam os interesses da burguesia liberal, concentradosna organiza- Ção menchevique. Do dia 27 de fevereiro até 24 de outubro de 1917 (data do calendário russo, na época, 13 dias atra- sado em relação ao ocidental), a Rússia experimentou um governo de tendências liberais, porém, incapaz de mini- mizar os problemas da população. Um dos principais erros dessa fase revolucionária burguesa foi a decisão de manter a Rússia na Primeira Guerra Mundial. Essa posição custou caro às forças políticas mencheviques. 2H4 -164 0 0 12. Produza um diálogo imaginário entre Trotski e Stalin, no qual apareçam delineadas as principais diferenças entre os dois líderes bolcheviques. 13. Para Lenin, líder de destaque da Revolução Russa, a Pri- meira Guerra Mundial foi uma guerra imperialista. Em 1916, ele escreveu o livro Imperialismo: fase superior do capitalismo, no qual defende que a guerra de 1914 a 1918 foi uma guerra de partilha do mundo, pela divisão e redistribuição das colônias, das esferas de influência e do capital financeiro. Segundo Lenin, tratava-se de uma guerra inevitável por causa da condição imperia- lista. Aliás, o Imperialismo representava a etapa final do desenvolvimento capitalista e geraria uma crise que culminaria no socialismo. De que maneira essa concep- ção teórica colaborou para o desenvolvimento da histó- ria russa, em 1917? 2H4 - 167 14. (USF-SP) A Revolução Russa marcou uma nova fase na história da Rússia. O czarismo entrou em colapso, e, com isso, a revolução tornou-se iminente. PEDROSdR610 2015 Analisando a imagem dentro do contexto histórico em que se desenvolveu a Revolução Russa, é possível con- cluir que ela faz referência 'às Teses de Abril propostas por Lenin durante Kerenski. o go- verno menchevique, que era liderado por b) ao Domingo Sangrento, por meio do qual a popula- ção russa saiu às ruas para reivindicar seus direitos. c) à Revolta do Encouraçado Potemkin, quando os tripu- lantes saíram às ruas, apoiados pela população, demons- trando insatisfação contra a situação social vigente. d) à Guerra Civil após a derrubada do czarismo, na qual os sovietes reivindicavam melhorias na legislação trabalhista. e) à Revolução Branca, que ocorreu após a aliança entre bolcheviques e mencheviques, na tentativa de criti- car o czarismo. 15. (PUCCamp-SP) Considere a foto e o texto abaixo. Crianças mobilizadas pelo regime agitam alegre- mente certificados do governo que deveriam vender para financiar projetos de desenvolvimento durante os anos de 1930. Uma das características do stalinis- mo foi a doutrinação ideológica das crianças desde a mais tenra idade. FIGUEIRA, Divalte G. História. São Paulo: Ática, 2003. p. 301. Durante o período do stalinismo, a que o texto se re-fere, o governo se caracterizou a) pela abolição do princípio da propriedade privada e estatização dos meios de produção e pela assinatura de um tratado de paz com a Alemanha e a saída do país da Primeira Guerra. b) pela implantação da Nova Política Económica, que significou uma mistura de práticas capitalistas e so- cialistas, e pelo extermínio de empresas industriais de pequeno porte. I III De olho no vestibular III I 1. (UERJ) c) pela organização do proletariado em uma comuni- dade única vinculada à nação e pela conquista do movimento operário sindical, defensor de projetos socialistas. d) pelo afastamento de cargos públicos de pessoas que tivessem simpatias por países capitalistas e pela criminalização de atos contrários ao expansionismo soviético. Àpelo esmagamento dos sovietes como órgãos de re- presentação operária e pela violenta perseguição aos que esboçavam qualquer oposição ao seu poder. b) Tendo em vista as tensas relações OS PLANOS DE GUERRA Oceano 1 Atlântico 2 Mar do Norte 17 6 mpér o Alemão Ei 16 França Eii r Espanha 9 13? Mar Mediterrâneo 11 A Ataque alemão à França (Plano Schlieffen) B Invasão francesa da Lorena (Plano XVII) C Força Expedicionária Britânica à França e Bélgica Di Ataque russo à Prússia Oriental Dii Investida russa contra Áustria-Hungria Ei Invasão austro-húngara da Galícia Eii Ataque austro-húngaro à Sérvia Dii Império Russo 18 0 500km Mar Negro Império Otomano I- Noruega 2-Suécia w 3- Dinamarca 4-Holanda 10 6- Grã-Bretanha 7 - Portugal 8- Suíça 9- Itália 11- Albânia 12- Gréaa 13- Sérvia 14- Bulgária 16- Império Austo-Húngaro 17-MarBáltico 18 - Mar Cáspio 19 -Pérsia entre franceses e alemães desde a década de 1870, aponte duas razões para a existência tanto do Plano XVII (invasão francesa da Lo- rena) quanto do Plano Schlieffen (ataque alemão à França). 5 - Bélgica I O - Montenegro 15- Romenn KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. Rio de Janeiro: Campus, 1989. Os planos de guerra apresentados no mapa acima demonstram como o sistema de alianças, constituído pelos países europeus no período denominado "Paz Ar- mada" (1871-1914), acabou por levar o mundo à Primeira Guerra Mundial. Outro elemento importante para a compreensão das relações político-diplomáticas nes- se período é a instrumentalização do nacionalismo por parte dos estados. a) Estabeleça a relação existente entre o pan-eslavismo e o plano de ataque austro-húngaro à Sérvia. 2. (UFPR) Atente para o cartaz de propaganda produzido na União So- viética nos anos 1930, que diz "Seja como o grande Lenin foi" (1938). Es- tabeleça a diferença entre o plano económico de Lenin para a nascente União Soviética e o plano económi- co aplicado por Josef Stalin, ao su- ceder a Lenin, e responda: por que Stalin e Lenin são retratados juntos nas propagandas? 16 Z -m_ ) IntEr@tIvo 2H4-168 3. (UERJ) A Europa antes... e depois da Primeira Guerra Mundial sue NORUEGA ESTOMA REINO UÁ'ioo bE GRA.8RETANHAE IRLANDA "OU\NDA .n»mco IMPÉRIOAEMAO LUXEMBURGO TCHECOSLOVÁQUIA sulCA IMPERIO sulÇA AUSTRIA HUNGRIA AUSTRO.HÚNGARO ITALIA ITALIA SÉRVIA MARNEGRO IUGOSLAVIA ESPANHA - "RRENO Adaptado de: Jornal do Século, encarte do Jornal do Brasil, 12 nov. 2000. A Primeira Guerra Mundial provocou uma reorganização político-territorial da Europa, como se observa nos mapas. Duas ideias orientaram essa reorgani- zaçáo: a do Estado-nação e, no caso da fronteira russa, a do cordão sanitário. A partir da análise dos mapas, identifique a mudança ocorrida na organização política europeia após a Primeira Guerra. Em seguida, indique o motivo que le- vou ao estabelecimento da política do cordão sanitário naquele momento. 4. (PUC-RS) O período que se estende do final da Guerra Franco-Prussiana (1871) até a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914) é marcado pela Paz Armada e pela política das alianças e da diplomacia secreta entre as potências do sistema internacional. Nesse contexto, a chamada entente cordiale, de 1904, pode ser vista como parcialmente resultante a) de uma iniciativa unilateral da diplomacia estadunidense, que buscou acercae -se da França e da Inglaterra para contrabalançar o avanço japonês na Ásia. de uma mudança na política externa britânica, que passara a identificar na Alemanha o maior competidor do país. c) da continuidade da orientação isolacionista da política internacional francesa, que buscava aproximar-se da Inglaterra em questões estritamente comerciais. d) do relativo enfraquecimento da presença militar do Império Alemão na África, na Ásia e na região balcânica, o que promovia a aproximação anglo-francesa. e) do abandono da política pan-eslavista da Rússia nos Bá\cás, que levou os Esta- dos Unidos a incentivarem a açáo conjunta da Inglaterra e da França na região. 2H4-169 17 5. (UFSJ-MG) Observe a imagem. Disponível em: <www.cheirinhoahistoria.blogspost.com>, Essa é uma imagem da Primeira Guerra Mundial, que ficou conhecida como a) Guerra dos Bálcás. c) Guerra das Malvinas. b) Guerra Fria. BGuerra de Trincheiras. 6. (UFSC) O campo de batalha é terrível. Há um cheiro de azedo, pesado e pene- trante de cadáveres. Homens que foram mortos no último outubró estão meio afundados no pântano e nos campos de nabos em crescimento. As pernas de um soldado inglês, aindaenvoltas em polainas, irrompem de uma trincheira, o corpo está empilhado com outros; um soldado apoia o seu rifle sobre eles. Um pequeno veio de água corre através da trincheira, e todo mundo usa a água para beber e se lavar; é a única água disponível. Ninguém se importa com o inglês pálido que apodrece alguns passos adiante. BINDING, Rudolf Georg. Um fatalista na guerra. In: MARQUES, Ademar. et al. História contemporânea através de textos. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 119. Sobre a Primeira Guerra Mundial e seu contexto, é correto afirmar que 7. (UnB-DF) A respeito da Revoluçáo Russa de 1917, julgue os seguintes itens. (v) Ocorrida em meio à Primeira Guerra Mundial, estabeleceu uma ruptura política e social, inician- do uma radical transformação da Rússia dos czares. ( V ) Em um primeiro momento, a bur- guesia russa assumiu o poder; em seguida, com a ascensão bol- chevista, a Revolução tornou-se proletária. ( U ) Nos primeiros anos do novo re- gime, sob a liderança de Lenin, foram tomadas medidas de nacio- nalizaçáo da indústria, de reorgani- zaçáo da sociedade e de combate à contrarrevoluçáo. ) Com Stalin, que governou a União Soviética durante vários anos, consolidou-se a abertura polí- tica do regime, pela adoçáo do pluripartidarismo e de medidas descentralizadoras. 8. (UEPA) Leia o texto para responder à questão. A humanidade sobreviveu. Con- tudo o grande edifício da civiliza- çáo desmoronou nas chamas da guerra Para os que cresceram em 1914 0 contraste foi tão im- pressionante que se recusaram a (01) a Primeira Guerra Mundial tem suas motivações vinculadas às disputas na- cionalistas e imperialistas articuladas à política de alianças das grandes po- tências da época. (02) a entrada da Rússia na guerra, logo após a Revolução Bolchevique de 1917, foi decisiva para o desfecho favorável aos países vinculados à Tríplice Aliança. (04) não houve participação brasileira na Primeira Guerra, pois a organização do país como República, imprescindível para a formação de tropas militares, ainda era muito recente. (08) a Revolução Científico-Tecnológica do século XIX influenciou diretamente o conflito, tanto pelas disputas imperialistas como pelo uso nas batalhas de recursos como granadas, tanques, aviões e armas químicas. (16) a gripe espanhola ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial e foi vista como ameaça para as nações em conflito; porém, com o desenvolvimento dos antibióticos no início do século XX, a doença foi controlada sem gerar maiores consequências. (32.com a ida de um número expressivo de homens aos campos de batalha, muitas mulheres ficaram responsáveis por tarefas até então consideradas predominantemente masculinas. 18 Intsr@tivo ver qualquer continuidade com o passado. Paz significava "antes de 1914". depois disso veio algo que não merecia esse nome. Era compreensível. Em 1914, não ha- via grande guerra fazia um século. HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 30, 31. Do conjunto de mudanças mundiais decorrente do conflito mencionado no texto, destaca-se a transformação do mapa-múndi, que incorporou ao desenho da Europa uma nova geopolítica, fru- to das deliberações e dos tratados dos países vencedores. 2H4-170 b) a concepção de fronteira, que se tornou sinónimo de conflito arma- do em regiões onde o sentimento de orgulho étnico e de revanchis- mo foi superado. c) o conceito de humanidade, que passou a associar a ideia corrente de superioridade racial aos pro- jetos nacionalistas de regimes totalitários. d) a ideia de civilização, que in- corporou o conceito cristão de igualdade, pelo qual a paz pres- supunha a não intervenção nas nações amigas. e) a definição de Estado, que aban- donou as práticas autoritárias de regimes totalitários rejeitando pos- síveis comparações com o passa- do imperialista. 9. (Enem-MEC) Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século XIX — que ter- minou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa - do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. Éo pe- ríodo do Imperialismo, da quietu- de estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que a) difundiu as teorias socialistas. Bacirrou as disputas territoriais. c) superou as crises económicas. d) multiplicou os conflitos religiosos. e) conteve os sentimentos xenófobos. 10. (UECE) O Império Otomano foi um dos mais longos e duradouros da história. Em seu apogeu, que ocor- reu entre os séculos XVI e XVII, sob o reinado de Solimão, o Magnífico, era então um império multiétnico, multicultural e plurilinguístico, que se estendia dos confins do Sacro Império Romano, nas periferias de Viena e da Polônia, ao norte, até o Iémen e a Eritreia, ao sul; da Argélia, a oeste, até o Azerbaijão e, a leste, controlando grande parte dos Bál- cãs, do Oriente Próximo e do Norte da África. Constantinopla era a sua capital e mantinha um rigoroso controle no Mediterrâneo. Foi o centro das relações entre o Oci- dente e o Oriente por quase cinco séculos. Durante a Primeira Guer- ra Mundial, aliou-se à Alemanha, ao Império Austro-Húngaro e ao Reino da Bulgária e foi duramente abatido até ser desintegrado por vontade dos vencedores. Esse im- pério foi controlado pelos a) persas. b) romanos. turcos. d) alemães. 11. (UERN) Eram 3h30 de 26 de agosto de 1914, em Rozelieures, na região de Lorena, fronteira com a Ale- manha, quando Joseph Caillat, soldado do 540 Batalhão de Ar- tilharia do Exército da França, escreveu: "Nós marchamos para frente, os alemães recuaram. Atra- vessamos o terreno em que com- batemos ontem, crivado de obuses, um triste cenário a observar. Há mortos a cada passo e mal pode- mos passar por eles sem passar sobre eles, alguns deitados, ou- tros de joelhos, outros sentados e outros que estavam comendo. Os feridos são muitos e, quando vemos que estão quase mortos, nós acabamos o sofrimento a ti- ros de revólveres." Quando Caillat escreveu aquela que seria uma de suas primeiras cartas do front a seus familiares, a Europa estava em guerra havia exatos 32 dias - e acreditava-se que não por mui- to mais tempo. Disponível em: <http://infograficos. . estadao.com.br/public/especiais/ 100-anos-primeira-guerra-mundial/>. O texto citado descreve o triste cenário da Primeira Grande Guer- ra. Dentre as consequências da Primeira Guerra Mundial, iniciada há 100 anos, além das irreparáveis perdas humanas e materiais, assi- nale a alternativa correta. a) A ascensão da Europa como continente hegemónico mun- dial e oficial propagador da po- lítica imperialista. b) A profunda modificação do equi- líbrio europeu, com o desapa- recimento de impérios como o Austríaco e o Otomano. A concretização da unificação da Itália e da Alemanha, úni- cas nações europeias que até então não possuíam soberania nacional. d)O estabelecimento da bipola- ridade entre EUA e URSS, que marcaria todo o século XX através do que se denominou "Guerra Fria". 12. (UECE) O ano de 2014 será mar- cado pelos 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial, confli- to que envolveu, inicialmente, as maiores potências europeias e trouxe, ao final, mais de 9 mi- lhões de combatentes mortos e outros tantos incapacitados e fe- ridos; ainda hoje é difícil precisar o número de mortes em virtude de doenças e da fome que se espalharam por todos os países envolvidos no conflito. Sobre esse conflito armado que pôs fim à Belle Époque europeia, pode-se afirmar corretamente que a) foi desencadeado pela Anschluss, a anexação da Áustria pela Ale- manha, em 1938. b) teve como fator causador a to- mada do poder na Rússia pelos olcheviques, em 1917. se deu como consequência das disputas imperialistas e da for- mação de aliançaspolíticas na Europa, desde o século XIX. d) resultou da acirrada disputa por influência política e económica entre as duas superpotências: EUA e URSS. sistemaInter@tlvo19