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Historia do Brasil Republica - exercicios

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1. 
Durante a Primeira República, era muito comum dois candidatos, ao término da eleição, autoproclamarem-se vencedores do pleito. Era sabido que fraudes ocorriam em ambos os lados da disputa, e, dessa forma, não havia verdadeira segurança a respeito do resultado final da votação. Nos primeiros momentos de seu governo, Wenceslau Brás teve de lidar com essa situação no Estado do Rio de Janeiro, onde Feliciano Sodré e Nilo Peçanha garantiam ter sido eleitos.
Considerando o intricado sistema de apoios políticos da Primeira República, e levando em conta que Wenceslau Brás optou por apoiar o candidato Nilo Peçanha, assim declarado vitorioso, qual a principal consequência política para o presidente em virtude de sua decisão?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
A perda do apoio do senador Pinheiro Machado, um dos mais influentes da República.
O resultado prático de Wenceslau Brás ter apoiado Nilo Peçanha foi Pinheiro Machado ter passado para a oposição ao governo, já que era apoiador de Feliciano Sodré. A entrada do Brasil na Guerra teve outras razões (bombardeamentos de navios brasileiros) que não tinham a ver com essa manobra política. A criação de escolas profissionalizantes seguia uma tendência iniciada por Nilo Peçanha, não sendo derivada do apoio do presidente a esse candidato. A Guerra do Contestado foi combatida com força por Brás após a morte de Pinheiro Machado, e a criação do Comissariado de Alimentação teve a ver com o desabastecimento causado pela crise internacional no contexto da Guerra.
2. 
O governo de Wenceslau Brás se celebrizou por diversos motivos. A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, as greves de operários e a gripe espanhola sem dúvida alguma foram alguns dos mais importantes. No entanto, seu governo também se destacou no campo jurídico. Foi durante o mandato de Wenceslau Brás que houve a promulgação de um novo Código Civil, que vigorou até o início do século XXI.
Tendo em vista que os códigos civis representam um importante conjunto de leis para a sociedade, por que o Código Civil de 1916 é considerado avançado e ao mesmo tempo conservador?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
O Código Civil de 1916 foi um avanço técnico ao organizar uma legislação esparsa e conservador por reservar um papel secundário às mulheres.
O documento foi considerado um avanço técnico por compilar uma enormidade de leis que estavam esparsas, tornando-as um todo coerente. Ao mesmo tempo, o Código era extremamente conservador, rejeitando o divórcio e mantendo um papel secundário de esposas e donas de casa para as mulheres. O Código não tratava de questões como trabalho infantil nem diretos trabalhistas, tampouco sobre questões de soberania nacional, como a participação ou não em guerras.
3. 
Nas primeiras décadas do século XX, o Brasil experimentou aumento em sua atividade industrial, decorrente, em especial, dos bloqueios internacionais causados pela Primeira Guerra Mundial, que afetavam as importações. Dessa forma, houve desabastecimento, e, para suprir a demanda do mercado, novas indústrias foram implantadas. Uma das consequências desse surto industrial foi a criação de uma classe proletária urbana inédita no País. Como as condições de trabalho eram péssimas, os operários, especialmente os de orientação política anarquista, organizaram grandes manifestações e greves. Wenceslau Brás reprimiu esse tipo de atividade sindical, porém foi somente no governo de seu sucessor que a repressão se tornou sistemática.
Considerando esse quadro, em que o presidente Epitácio Pessoa, em consonância ao trabalho de outros políticos, reprimiu de maneira mais eficaz os movimentos anarquistas, qual a solução adotada pelo governo para que isso se concretizasse?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Criação de legislação específica contra sindicatos e lideranças operárias.
No governo de Epitácio Pessoa, foi aprovada a chamada Lei Afonso Gordo, que autorizava o governo a fechar associações, sindicatos e outras organizações operárias, bem como efetuar a prisão daqueles que insistissem em se manifestar contra as condições de trabalho. Portanto, as prisões eram realizadas de forma legal, amparadas pela nova legislação. O governo demonstrava nenhuma vontade de conciliação, porém muitas vezes não encontrou respaldo na imprensa, que, em muitos casos, tomou partido dos operários. Em geral, eram os operários italianos que agitavam os trabalhadores, porém nunca foram proibidos de trabalhar, no máximo sendo presos e deportados.
4. 
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito eminentemente europeu. Porém, também houve a participação de países de outros continentes, como os Estados Unidos e o Brasil. Este último foi o único país da América do Sul a participar diretamente da Guerra. No entanto, a decisão de o Brasil dever ou não declarar guerra à Alemanha foi tomada após um grande debate público que envolveu grandes nomes políticos e da intelectualidade brasileira. Ao fim, devido aos constantes bombardeios de embarcações brasileiras por parte dos alemães, o governo de Wenceslau Brás acabou entrando na guerra.
Considerando esse contexto, no qual três grupos principais argumentaram sobre o tema perante a opinião pública brasileira, como podem ser caracterizadas as três vertentes?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Germanófilos, aliadófilos e neutros.
O País se dividiu em três correntes. A menor era formada pelos que defendiam a neutralidade brasileira na Guerra. Já os germanófilos acreditavam na superioridade bélica e cultural alemã, defendendo que o País entrasse ao lado desta na Guerra. Por sua vez, os chamados aliadófilos eram os que advogavam a entrada do Brasil na Guerra junto aos aliados, isto é, a Tríplice Entente, formada por Rússia, França e Inglaterra. Portanto, não se tratava de adoradores exclusivos de um ou de outro desses países, tampouco a questão monarquia x república x parlamentarismo estava colocada.
5. 
A gripe espanhola foi a maior pandemia do século XX, vitimando fatalmente mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, ela provavelmente chegou pelos navios ingleses que atracaram em portos do Nordeste. A missão militar e médica enviada pelo Brasil para a Europa na Primeira Guerra Mundial também foi vitimada por um surto da gripe espanhola, que matou mais de 150 soldados. Já no território brasileiro, foram mais de 30 mil vítimas, em todas as regiões do País.
Considerando esse acontecimento que marcou profundamente a história do século XX, e que em 2020 o mundo vive novamente uma pandemia de larga escala, quais as semelhanças entre a gripe espanhola e a covid-19 no Brasil?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Apesar de infectarem qualquer pessoa, ambas afetaram com mais intensidade os pobres.
Tanto a gripe espanhola quanto a covid-19 foram doenças “democráticas”, que, em tese, são capazes de atingir qualquer pessoa que se exponha aos respectivos vírus. No entanto, a desigualdade social se demonstrou determinante nos dois casos, ocorrendo maior incidência de vítimas entre os mais pobres, devido a questões como deficiência alimentar, maior exposição devido ao trabalho, condições sanitárias deficitárias, etc. Os dois vírus vieram de fora. Apesar do nome gripe espanhola, há indícios de que a doença apareceu pela primeira vez nos Estados Unidos. O número de vítimas da covid-19 foi muito maior do que o número de vítimas da gripe espanhola. Por fim, houve grande mobilização dos meios de comunicação em ambos os casos (embora em contextos técnicos muito diversos), relatando o andamento da pandemia e os cuidados necessários.
1. 
O governo de Hermes da Fonseca é considerado pioneiro em diversas áreas. O Presidente procurava estar bem informado sobre questões que ocorriam na Europa e como os governos dos países daquele continente encontravam soluções para as demandas nacionais. Logo após sua eleição, Hermes da Fonseca viajou pela Europa em busca de informações para a modernização do Brasil em dois aspectos principais.
Considerando esse cenário, em que um dos aprendizados que o Presidente eleito buscou desenvolver na Europa diz respeito aos temas militares,qual é a outra questão fundamental de seu tempo que foi investigada por Hermes da Fonseca nos países europeus por onde passou?
Resposta correta.
E. 
Abordagens sobre políticas de governo para o crescimento do operariado.
Na sua passagem pela Europa, além de técnicas para a modernização do Exército brasileiro, Hermes da Fonseca procurou descobrir como os países daquele continente lidavam com as demandas do seu operariado, que crescia no Brasil. Assim, por exemplo, Hermes implantou uma política pioneira de construção de moradias populares para esses trabalhadores. Portanto, ele foi na contramão da prefeitura do Rio de Janeiro, que cobrava impostos excessivos sobre construções. Hermes não buscou maneiras de resolver conflitos entre oligarquias, já que sempre buscou colocar no poder aquelas que o apoiassem, por meio das políticas das salvações. O Presidente não combatia o nepotismo, tendo em vista que se valeu da participação de muitos familiares em seu governo. Por fim, Hermes não desejava uma menor participação dos militares na política; pelo contrário, como militar, era um defensor dessa prática.​​​​​​​
2. 
Quando Hermes da Fonseca se tornou presidente, a República contava com 21 anos e a abolição da escravidão ocorrera 22 anos antes. Portanto, tanto a liberdade dos ex-escravizados quanto o regime republicano eram relativamente recentes no país. Entretanto, além dessas duas grandes rupturas históricas com o passado colonial e imperial, muitas permanências ainda podiam ser encontradas. Na Marinha da época, os castigos físicos eram comuns, que inclusive foram motivo de uma grande rebelião de marinheiros conhecida como Revolta da Chibata.
Considerando esse contexto, em que heranças da escravidão, como a repressão e o autoritarismo, se manifestavam também na Marinha, quais elementos ajudam a entender a violência nessa instituição durante a Primeira República?​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
Os oficiais de baixa patente da Marinha eram negros em sua maioria e o pensamento escravocrata ainda estava presente.
O fim da escravidão era muito recente e, se nos dias atuais o racismo ainda existe, naquele momento ele era muito forte. Dessa forma, os oficiais de baixa patente, na sua maioria negros, continuavam a ser tratados como escravizados, sujeitos a todo tipo de castigo físico, como ocorria com as chibatadas. Portanto, as origens dos marinheiros estavam nas classes mais desfavorecidas da sociedade. No estrangeiro, diversos países já haviam abolido esse tipo de prática, em função de revoltas de marinheiros, e as embarcações continuavam funcionando corretamente, baseadas na hierarquia, mas sem castigos corporais. Hermes da Fonseca não se manifestava favorável à prática, mas prendeu os amotinados e atacou os navios. Rui Barbosa era favorável à anistia dos marinheiros e também ao fim dos castigos.
3. 
A Guerra do Contestado foi um dos maiores conflitos de cunho social da história brasileira. Ocorrido durante o mandato do presidente Hermes da Fonseca, destacou-se pela grande violência utilizada contra os camponeses revoltosos na região entre os Estados do Paraná e de Santa Catarina. Uma das principais característica da Guerra do Contestado reside no culto estabelecido ao primeiro líder da revolta, conhecido como José Maria, ou “monge”. Após sua morte, no embate inicial do conflito, o benzedor e curandeiro José Maria tornou-se uma figura mítica e simbólica da luta dos camponeses do Contestado, à semelhança do que ocorreu em Canudos com Antônio Conselheiro.
Considerando esse tipo de culto a José Maria, como um redentor que, após a morte, retornaria comandando um exército vitorioso, quais origens históricas remotas explicam esse tipo de sentimento entre povos oprimidos do interior do Brasil no início da República?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
O sebastianismo, crença mística no retorno do Rei de Portugal D. Sebastião, morto no século XV.
O culto a José Maria tem origem no sebastianismo, crença messiânica na volta de D. Sebastião após seu desaparecimento em uma batalha no norte da África. Assim como os portugueses acreditavam que D. Sebastião retornaria comandando um exército celestial e estabeleceria um reino de paz por mil anos, era essa a crença dos colonos do Contestado acerca de seu líder morto. Portanto, por ser um culto de cunho sebastianista, ou seja, de caráter místico, ele não teve nada a ver com ideologias políticas como o socialismo e o liberalismo. Embora vinculado à fé cristã, não possuía relações com a doutrina oficial da Igreja nem com o culto mariano.
4. 
Nos primeiros dias de seu mandato, Hermes da Fonseca teve de enfrentar a Revolta da Chibata, que, além de exigir o uso da força, causou sérios embaraços políticos, devido à discussão sobre as punições aplicadas pela Marinha. No final de seu governo, outro evento importante exigiria a atenção do Presidente: a Guerra do Contestado. Se na primeira crise, além da força, Fonseca precisou minimizar, perante a opinião pública, os castigos realizados pela Marinha, na Guerra do Contestado não foi diferente, com o Presidente se valendo de acusações que deslegitimassem o movimento.
Tendo em vista esse expediente utilizado por Hermes da Fonseca, aliado à força militar e policial, qual a principal acusação feita pelo Presidente e por seus apoiadores contra os seguidores de José Maria?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
O movimento tinha como objetivo restaurar a monarquia.
Segundo Fonseca e apoiadores, o objetivo principal dos seguidores de José Maria era restaurar a monarquia no Brasil, associando-o, dessa forma, à Guerra de Canudos, que de fato era de cunho monarquista. Mesmo que houvesse algum outro membro que tivesse essa crença, não se tratava de uma meta objetiva do movimento, que lutava por terras. Não havia caráter separatista nem a intenção de derrubar o governo, nem qualquer tipo de conexão com movimentos ou governos estrangeiros. Além disso, a questão de serem hereges ou não era irrelevante para o governo. 
5. 
O Marechal Hermes da Fonseca, ao vencer as eleições presidenciais de 1910, derrotou o projeto civil de poder, representado por Rui Barbosa. Desde Floriano Peixoto, dezesseis anos antes, os militares estavam fora da presidência; um tipo de governo que muitos políticos não desejavam que se repetisse no país. Rui Barbosa amalgamou esse sentimento naquilo que a imprensa chamou de “campanha civilista”. Entretanto, Hermes da Fonseca tornou-se muito forte politicamente entre os militares, desde que ocupara a pasta da Guerra no governo de Afonso Pena, considerado um modernizador do Exército brasileiro.
Tendo em mente esse contexto, em que Hermes da Fonseca realizava transformações no Exército, qual de suas medidas foi mais relevante para os militares?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Serviço militar obrigatório.
O estabelecimento do serviço militar obrigatório era um desejo antigos dos militares, que viam em tal medida a oportunidade de aumentar o contingente e tornar o Exército brasileiro mais poderoso. Dessa forma, e comungando do mesmo pensamento, Hermes da Fonseca foi o responsável pelo alistamento obrigatório, que persiste ainda hoje. Apesar de indicar que negociaria com os rebeldes da chamada Revolta Chibata, Hermes não cumpriu sua parte do acordo, exilando os revoltosos, permitindo fuzilamentos sumários e não oferecendo anistia, bem como não tendo sido o responsável direto pelo fim dos castigos físicos.
1. 
A questão da imigração no Brasil remonta ao período em que o país ainda era colônia de Portugal. Em 1808, D. João VI liberou a imigração de outros povos para poder ocupar o território brasileiro. Já no século XIX, quando a lei de abolição da escravatura havia sido récem-assinada, a intenção do incentivo à imigração, sobretudo de europeus, serviria a dois propósitos, com base na intenção da elite proprietária de bens
​​​​​​​e articulada com o Estado. Sendo assim, assinale quais foram esses dois propósitos?
Resposta correta.
E. 
Ocupar, na cadeia produtiva, o espaço que era dos escravos e promover o embranquecimento da população brasileira.
A partir doséculo XIX, o discurso em torno da questão da imigração no Brasil se voltava para a necessidade de ocupar o território brasileiro e se tinha a concepção de que, com a chegada de imigrantes de várias partes do mundo, isso poderia ser possível alinhando ao avanço civilizatório para o qual essas pessoas poderiam contribuir. Todavia, a imigração, sobretudo a europeia, teve dois propósitos: ocupar o espaço de trabalho que antes era dos negros escravos, porém na condição de trabalhadores livres; e também promover o embranquecimento da população brasileira. Desse modo, é incorreto afirmar que os dois propósitos sejam expandir o socialismo no século XIX (uma vez que o capitalismo estava em expansão) e tornar os brancos escravos para que, assim, o país pudesse libertar os escravos negros (visto que a condição da pessoa branca era complementamente diferente, ou seja, vieram como imigrantes); Por fim, está incorreto afirmar que os europeus vieram para o Brasil para se tornarem parte da elite proprietária, uma vez que, a priori, a intenção era de ocupar postos que até então eram ocupados por pessoas negras escravizadas, mas em uma condição de trabalhadores assalariados livres. Portanto, assegura-se que os dois propósitos iniciais de incentivo à imigração para o terriório brasileiro são o do embranquecimento e o de tornar os imigrantes trabalhadores livres nos espaços de labor existentes. 
2. 
Sabemos que os fluxos imigratórios trouxeram um número elevados de pessoas de várias partes do mundo para o Brasil a partir da segunda metade do século XIX. O que esses fluxos imigratórios promoveram para o Estado brasileiro, como transformação na dinâmica da formação da sociedade brasileira?
Resposta correta.
A. 
Transformação social, política e econômica .
Os fluxos imigratórios inseriram o Brasil em uma dinâmica mundial de deslocamento de populações, característica fundamental da expansão do capitalismo no século XIX. Sendo assim, grandes contingentes de imigrantes chegaram ao país, promovendo grandes transformações sociais, políticas e econômicas na dinâmica da formação da sociedader brasileira. Logo, é incorreto afirmar que os fluxos imigratórios promoveram para o Estado brasileiro transformação cultural, assim como religiosa e antropológica, uma vez que as primeiras e principais transformações se deram a partir da ordem econômica e política, com a expansão do sistema capitalista, que acarretou profundas desigualdades sociais. Portanto, ratificamos que as transformações acarretadas pelo fluxo imigratório foram sociais, políticas e econômicas.  
3. 
Durante séculos, o Brasil teve a mão de obra de negros escravizados como a principal forma de trabalho para sustentar a economia. No entanto, tal fato apresenta diversas repercussões até a contemporaneidade. Entre essas várias repercussões, assinale aquela que afetou a vida da população negra no ​​​​​​​Brasil naquele período e que continua afetando diariamente.
Resposta correta.
D. 
Atitudes de racismo.
Entre as várias repercussões que o trabalho de pessoas negras escravizadas fomentou, destacamos uma que promoveu diversas sequelas nesse período histórico e que faz parte da estrutura da sociedade. Estamos nos referindo ao racismo, que atinge diariamente, na contemporaneidade, as pessoas negras. Desse modo, é incorreto afirmar que uma grande parcela da população negra faz parte da elite brasileira e ocupa os melhores postos de trabalho, pois desde quando os negros foram libertos, não tiveram a oportunidade de ocupar postos de trabalho assalariado, muito menos de se escolarizarem ou de se formarem para conseguir fazer parte da elite. Também está incorreto afirmar que existe igualdade entre raças, uma vez que o negro no Brasil, historicamente, foi considerado um objeto, sem qualquer oportunidade. No mesmo compasso, está incorreto afirmar a meritocracia; pessoas que foram historicamente proibidas de serem consideradas seres humanos e deterem direitos, não alcançariam algo através de mérito. Portanto, asseguramos que o racismo afetou e afeta cotidianamente a vida das pessoas negras no Brasil. 
4. 
O Estado de São Paulo recebeu uma ampla parte de imigrantes italianos, mais precisamente entre o final do século XIX e o início do século XX. Eles fugiam de perseguições políticas em seu país de origem em virtude de serem vinculados a que tendência política? Assinale a alternativa correspondente:
Resposta correta.
A. 
Grupos políticos ligados ao socialismo.
Em São Paulo, a significativa presença de italianos causou um grande impacto em termos sociais e políticos. Eles chegaram principalmente no período em que São Paulo estava inaugurando suas indústrias e necessitava de mão de obra para o labor. Os italianos recém-chegados no Brasil estavam fugindo de perseguições políticas em seu país de origem pelo fato de serem vinculados a grupos políticos atrelados ao socialismo. Desse modo, é incorreto afirmar que os italianos que chegaram em São Paulo no referido período sejam ligados ao capitalismo, visto que são correntes que se opõem. Também está incorreto afirmar que sejam ligados à monarquia, uma vez que nessa época a Itália não era monárquica. Do mesmo modo, está incorreto afirmar que sejam ligados ao comunismo ou ao anarquismo, visto que o anarquismo era de interesse dos Espanhóis. Portanto asseguramos que os italianos faziam parte de grupos políticos ligados ao socialismo.
5. 
A presença dos imigrantes também se manifestou de modo veemente entre as lideranças políticas e sindicais, cooperando especialmente para a constituição da classe operária. Os trabalhadores passaram a publicar suas revoltas e insatisfações em jornais operários nas suas línguas de origem, o que suscitou no Estado brasileiro a necessidade de promulgar uma lei. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta à qual legislação a questão se refere:  
Resposta correta.
B. 
Lei de Expulsão de Estrangeiros.
Em 1907, o governo brasileiro promulgou a Lei de Expulsão de Estrangeiros, visando coibir iniciativas consideradas subversivas por meio da prisão e da deportação de líderes sindicais estrangeiros pertencentes a classe operária recém-formada no Brasil. Desse modo, é incorreto afirmar que seja a Lei Eloy Chaves, pois essa se refere ao direito de ordem previdenciária e é posterior ao período em questão; também está incorreto afirmar que seja respectivamente a Lei Áurea e a Lei do Ventre Livre, pois ambas se referem ao período de escravização no Brasil, que ainda não era uma república. E, por fim, está incorreto afirmar que seja o Estatuto do Refugiado, por se tratar de uma lei com outro intento e por ser uma legislação muito posterior ao período em questão. Portanto, asseguramos que a Lei de Expulsão de Estrangeiros é a legislação que o Estado brasileiro promulgou na tentativa de conter as massas operárias que faziam o levante da época em questão.
1. 
A Primeira República é caracterizada pelo que a historiografia chama de “política do café com leite”. A expressão se refere à alternância, na Presidência da República, de políticos oriundos de São Paulo ou de Minas Gerais. Afonso Pena foi um dos presidentes situados nesse contexto, embora o fato de ele ter chegado à presidência tenha um significado especial na demarcação histórica da “política do café com leite”.
Considerando esse cenário, em que a política nacional teve como principais características acordos políticos entre as grandes oligarquias do país, qual fato marca a eleição de Afonso Pena em relação aos arranjos eleitorais da época?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Foi o primeiro presidente mineiro.
Afonso Pena foi o primeiro presidente mineiro a romper uma sucessão de três eleições em que o candidato vencedor havia sido paulista. Portanto, não houve a contestação da "política do café com leite", mas a sua afirmação, na qual Pena representava as oligarquias mineiras e aliadas. Embora fossem comuns denúncias de fraudes eleitorais no período, Afonso Pena não teve sua eleição contestada.
2. 
Eleita com uma margem expressiva de votos, a chapa Afonso Pena/Nilo Peçanha obtevegrande capital político para montar seu governo e governar. Logo após a eleição, o presidente eleito decidiu percorrer todo o Brasil, tendo visitado 18 capitais e formado alianças políticas em cada uma delas. Como resultado dessa peregrinação, o presidente formou um ministério que foi apelidado pela imprensa e pelos opositores de “Jardim da Infância”.
Considerando o perfil do novo ministério, que surpreendeu o país, qual(is) a(s) sua(s) principal(is) característica(s)?
Resposta correta.
B. 
Era formado por políticos muito jovens e com pouca experiência.
A faixa etária dos novos aliados do presidente surpreendeu a todos – especialmente os membros das oligarquias tradicionais –, já que se tratava de políticos muito jovens. Assim, a imprensa caracterizou o ministério de “Jardim da Infância”, em alusão à pouca idade de seus integrantes, que eram oriundos de todas as regiões do país. Desse modo, os ministros foram escolhidos pela lealdade que juraram ao presidente, tendo em vista a oportunidade de ascensão política.
3. 
Com a morte de Afonso Pena antes da conclusão do mandato, seu vice, Nilo Peçanha, assumiu a presidência. O novo presidente, que já havia governado o Estado do Rio de Janeiro, apesar de mais jovem que seu antecessor, tinha muita experiência política. Contudo, por conta dessa diferença de idade, ambos os políticos tinham trajetórias e históricos de atuação política situados em campos diferentes.
Tendo em mente esse contexto político de transição da Monarquia para a República, qual importante diferença pode ser destacada no pensamento e na atuação política de Afonso Pena e Nilo Peçanha?​​​​​​​
Você acertou!
E. 
Pena havia sido monarquista, enquanto Peçanha sempre fora republicano.
Curiosamente, embora eleito presidente do Brasil, Afonso Pena havia sido importante no quadro político do governo de D. Pedro II, tendo ocupado mais de uma pasta ministerial e estando alinhado ao monarquismo. Por sua vez, Nilo Peçanha sempre foi um monarquista convicto, tendo sido membro fundador do Partido Republicano. Sobre as questões agrícolas, ambos tinham a mesma opinião quanto à necessidade de diversificação da agricultura. O ministério de Pena tinha a aprovação de Peçanha, sendo ambos igualmente habilidosos na arte política.
4. 
O governo de Nilo Peçanha é reconhecido como pioneiro em questões relacionadas à diversificação da produção nacional, pelo incentivo às indústrias e também pela importância dada ao ensino profissionalizante. Desse modo, fica claro que o presidente priorizava o desenvolvimento da economia, não se atendo somente às tradicionais barganhas entre governo e oligarquias regionais.
Considerando essa forma que Nilo Peçanha tinha de governar, favorecendo aspectos diretamente relacionados ao crescimento econômico – ao mesmo tempo que buscava exercer uma administração mais republicana –, qual era o maior objetivo do presidente ao agir dessa forma?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
Nilo Peçanha entendia o desenvolvimento econômico como a base do sistema republicano.
Nilo Peçanha acreditava que uma economia desenvolvida e forte daria a base de sustentação para um regime republicano independente e verdadeiro, sendo economia e política duas faces da mesma moeda. Até hoje, esse tem sido o entendimento da historiografia, não havendo nenhum documento que comprove que Peçanha tinha interesses pessoais em investimentos, por exemplo. A origem rural do presidente o fazia entender que a agricultura era muito ampla, devendo ser explorada em todas as suas possibilidades. Dessa forma, acabava descontentando as oligarquias tradicionais e conservadoras do café.
5. 
No Brasil, no início do século XX, entre outras transformações, houve uma grande expansão das possibilidades artísticas, com novas reflexões estéticas e propostas para uma identidade cultural brasileira. A Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, na cidade de São Paulo, é o evento símbolo dessa movimentação cultural do período. Artistas de diversas áreas produziram obras influenciadas pelas novas perspectivas de nação e matriz cultural brasileiras, perseguindo um ideal de brasilidade.
Considerando esse quadro, no qual política, identidade cultural e arte se inter-relacionam, qual é o objetivo mais importante dos organizadores da Semana de Arte Moderna com a realização do evento?​​​​​​​
Você acertou!
C. 
A redescoberta da cultura brasileira em um movimento de ruptura com a arte estrangeira.
O principal e bem definido objetivo dos organizadores da Semana de Arte Moderna era propor a redescoberta da cultura brasileira, que consideravam ofuscada pela importação de modelos culturais europeus e estadunidenses. Dessa forma, não havia preocupação com a venda das obras de arte expostas nem com a revelação de novos artistas, tendo em vista que muitos dos participantes já eram consagrados. Igualmente, não havia filiação a uma corrente política em especial.
1. 
Durante o mandato de Rodrigues Alves, estourou um conflito de caráter internacional, envolvendo o Brasil, a Bolívia e os Estados Unidos, em torno do território que corresponde ao atual Estado do Acre. A situação, que ficou conhecida como a “questão do Acre”, foi resolvida com a compra do território (adquirido pelo Brasil da Bolívia), fato que ampliou o território brasileiro. Do ponto de vista econômico, esse foi um negócio de certa forma vantajoso para o Brasil, pois a região era grande produtora de látex, matéria-prima da borracha.
Tendo em vista esse cenário, onde ocorre a ampliação do território brasileiro, qual outra importante consequência da anexação do Acre ​​​​​​​até os dias atuais?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
A definição das fronteiras brasileiras como são conhecidas atualmente.
Ao incorporar o Acre ao seu território, o Brasil formatou suas fronteiras como são conhecidas nos dias atuais. A incorporação da população acreana não causou grandes impactos no número de habitantes brasileiros, tendo em vista que a região tinha pouca densidade populacional. A única indenização paga foi justamente a utilizada para pagar o território e ressarcir os prejuízos dos Estados Unidos, que tinham negócio na região. O incidente não comprometeu as relações diplomáticas com a Bolívia, as quais permanecem até hoje.
2. 
No período da Primeira República, o café continuava a ser o principal produto de exportação do Brasil. No entanto, por se tratar de um produto com o valor regulado pelo mercado internacional, acabava por sofrer fortes oscilações de preço, que causavam, com frequência, prejuízos para os produtores nacionais. Em busca de uma solução para esse problema, os cafeicultores procuraram o Presidente Rodrigues Alves e firmaram o chamado Convênio de Taubaté. Ao ser fechado esse acordo, os produtores de café passaram a ter a garantia de que não teriam prejuízos com a oscilação internacional dos preços.
Considerando esse cenário, onde o governo e as elites cafeeiras realizaram um acordo em benefício exclusivo ​​​​​​​destas, como o Convênio de Taubaté funcionava na prática?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
O governo se comprometia a comprar o excedente em caso de superprodução.
O Convênio da Taubaté nada mais era do que a garantia de que o governo compraria o excedente de café em caso de superprodução, evitando a queda do seu valor e regulando o mercado. Portanto, os produtores poderiam continuar vendendo sem prejuízos, enquanto o governo, embora continuasse a cobrar taxas sobre a exportação, garantiria o lucro dos cafeicultores.
3. 
Rodrigues Alves foi o quinto presidente do Brasil e precisou enfrentar diversas questões importantes para o País durante o seu mandato. Naquele instante, o Brasil iniciava um processo de industrialização ​​​​​​​mais substancial e também buscava se tornar um país mais moderno. Para isso, voltava-se a exemplos vindos dos Estados Unidos e, sobretudo, da Europa, que passava pelo período da Belle Époque.
Considerando esse contexto, onde algumas transformações se faziam necessárias no País, quais são as principais reformas realizadas por Rodrigues Alves?​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
Urbana e sanitária.As principais reformas realizadas por Rodrigues Alves foram a urbana (liderada por Pereira Passos) e a sanitária (liderada por Oswaldo Cruz), esta última culminando na Revolta da Vacina. É importante lembrar que ambas foram executadas apenas no Rio de Janeiro, então capital federal, centro das atenções de todo o País. Portanto, além dessas duas, não reformou nenhum outro setor do País.
4. 
A reforma urbana de Pereira Passos, realizada no Rio de Janeiro durante o governo de Rodrigues Alves, transformou materialmente a então capital federal por meio da construção de novas edificações e avenidas. Na mesma linha, os prédios antigos, assim como os cortiços, foram demolidos, dando lugar a prédios mais modernos.
Tendo em vista esse quadro, em que reformas urbanas transformaram ​​​​​​​a Cidade do Rio de Janeiro, qual foi o outro objetivo de Pereira Passos com sua reforma, além da mera questão urbanística?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Colocar o Brasil entre os países civilizados e modernos.
O objetivo principal da reforma urbana de Pereira Passos foi copiar os modelos das cidades mais desenvolvidas da Europa – especialmente Paris – para que, assim, o Brasil também tivesse uma capital digna de figurar entre as grandes realizações urbanas do início do século XX. Questões como acessibilidade ainda não eram colocadas na época, bem como, naquele momento, ainda não existia a concepção do Rio de Janeiro como cidade turística. Apesar de novas obras arquitetônicas serem construídas, estas não eram um fim em si mesmas. Por fim, a população, na verdade, não teve seu bem-estar considerado, sendo em grande parte expulsa de suas habitações para a abertura de novas avenidas e obras.
5. 
No governo de Rodrigues Alves, dois homens desempenharam papéis relevantes: Pereira Passos e Oswaldo Cruz. Ambos estiveram envolvidos com o que se pode chamar de dupla reforma, uma de caráter urbanístico e outra de aspecto sanitário. O Rio de Janeiro do início do século XX era uma cidade insalubre, com a população se amontoando em prédios antigos e com condições de higiene muito precárias. ​​​​​​​Desse modo, a cidade se tornava um foco de doenças, com frequentes epidemias de tuberculose, varíola e febre amarela, por exemplo.
Considerando esse cenário, em que surge a necessidade de articulação entre medidas saneadoras e reformas urbanas, qual aspecto pode ser considerado uma interseção entre ambas?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
A política do “bota-abaixo”.
O ponto que une reformas urbanas e medidas saneadoras é a política do “bota-abaixo”. Esta nada mais foi do que a derrubada sistemática de centenas de casebres, sobrados e outras edificações. A prática conciliava dois objetivos: abrir espaço para a construção de uma nova cidade e acabar com focos de transmissão de doenças. Portanto, não se pode afirmar o mesmo da vacinação obrigatória, nem da construção de avenidas de maneira isolada, tampouco da revolta popular contra a vacina ou mesmo do autoritarismo típico do presidente, até porque ele delegava plenos poderes a Oswaldo Cruz e Pereira Passos.
1. 
O término do mandato do Marechal Floriano Peixoto, em 1894, deu ensejo à eleição do primeiro presidente civil da República brasileira e seu mandato foi marcado por um período de crise política e econômica que somente foi superado durante o mandato do presidente Campos Sales a partir de 1898.
Diante desse contexto, analise as alternativas a seguir e assinale a que corresponde às principais características do governo Prudente de Morais:
Resposta correta.
B. 
O governo de Prudente de Morais caracterizou-se pelo distanciamento do Exército da cúpula do poder, pelo agravamento da crise econômica com a redução do preço do café no mercado internacional, pelo enfrentamento da crise política manifestada na Revolução Federalista e na Revolta de Canudos e pela crise diplomática com a Inglaterra e a França por disputas de territórios.
O governo de Prudente de Morais caracterizou-se pelo predomínio político dos grandes proprietários rurais da cafeicultura paulista e pelo distanciamento dos militares do Exército do núcleo principal de poder. Seu governo enfrentou o agravamento da crise econômica decorrente da redução do preço do café no mercado internacional e uma grave crise política decorrente da reação jacobina e a tentativa de homicídio do Presidente por esse grupo político, da Revolução Federalista no Estado do Rio Grande do Sul, entre oligarquias rivais, da Revolta de Canudos no sertão baiano e da crise diplomática com a França e a Inglaterra por causa de disputas por território.
2. 
O governo de Prudente de Morais enfrentou diversos tipos de resistências políticas que geraram grande instabilidade ao seu governo. A Revolta de Canudos marcou a destruição da comunidade do Arraial de Canudos e a morte de milhares de sertanejos, no sertão baiano, em 1897, pelos militares baiano e federal, após 4 anos de desentendimentos político e militar com as autoridades legais e católicas da região.
Leia as assertivas a seguir e assinale as alternativas corretas em relação aos fatores que levaram à destruição do Arraial de Canudos, em 1897:
I - A Revolta de Canudos ocorreu porque as autoridades locais civis e religiosas entenderam que Antônio Conselheiro e seus seguidores representavam uma ameaça ao regime republicano e ao espaço de poder ocupado pela Igreja Católica na Região.
II - A Revolta de Canudos ocorreu devido ao projeto expansionista de Antônio Conselheiro em implantar no Brasil um governo baseado nas orientações espirituais do Deus católico que promovesse a emancipação social e econômica do povo pobre do sertão brasileiro.
III - A Revolta de Canudos ocorreu devido aos interesses dos tradicionais grupos monarquistas, que se aliaram a Antônio Conselheiro para a derrubada do regime republicano e a instituição do regime monárquico com a transformação do luteranismo como religião oficial do País.
Marque a resposta correta:
Resposta correta.
D. 
Apenas a I está correta.
Após decepção familiar com sua esposa, Antônio Conselheiro passou a viver como um nômade no sertão nordestino, agregando seguidores em suas andanças. Ao fixar moradia em Arraial de Canudos, pretendia viver de forma ascética e levar uma vida voltada à espiritualidade e à vida coletivista com os seguidores. A forma de vida de sua comunidade desagradou às autoridades públicas e religiosas católicas, que passaram a perceber a comunidade como uma ameaça política contra o regime republicano e contra a fé católica. Para evitar tal ameaça, a saída militar foi o caminho seguido para a destruição da comunidade e para a eliminação dos sertanejos seguidores de Antônio Conselheiro.
3. 
A última década do século XIX marcou, no âmbito internacional, o ressurgimento do Imperialismo europeu em busca de expansão de influência política e de aquisição de territórios que possibilitassem a exploração de riquezas. Esse período coincidiu com o momento de consolidação do regime republicano no Brasil e com a tentativa inglesa e francesa de se apropriarem de territórios brasileiros, o que gerou importante crise diplomática, que teve de ser enfrentada pelo governo de Prudente de Morais.
Leia as afirmativas a seguir a respeito da crise diplomática envolvendo o Brasil, a Inglaterra e a França:
I - A crise diplomática envolvendo o Brasil, a Inglaterra e a França teve como causa, respectivamente, a disputa pela Ilha de Fernando de Noronha, que seria usada pelos ingleses como base militar, e a zona de fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, que também seria explorada pelos franceses como base militar.
II - A crise diplomática envolvendo o Brasil, a Inglaterra e a França teve como causa, respectivamente, a disputa por um território pertencente a Pernambuco, que seria usado para exploração do açúcar pelos ingleses, e de uma ilha pertencente ao Estado de Santa Catarina, que seria explorada como entreposto comercial com os países africanos pela França.
III - A crise diplomática envolvendo o Brasil, a Inglaterra e a França teve como causa, respectivamente, a disputa pela propriedadeda Ilha da Trindade, que seria utilizada como base da rede telegráfica pelos ingleses, e do território do Amapá, que seria explorado para a extração de ouro pelos franceses.
​​​​​​​Marque a resposta correta:
Resposta correta.
C. 
Apenas a III está correta.
A crise diplomática em que o Brasil se envolveu nos anos finais do século XIX se insere no contexto internacional de expansão do imperialismo de alguns países europeus nas regiões em que tinham colônias. A Inglaterra e a França, com o objetivo de ampliar sua influência política e a capacidade de exploração econômica na América, investiram contra o Brasil, respectivamente, para anexar aos seus territórios a Ilha da Trindade para utilização como base de rede telegráfica marinha, e da região do Amapá para a exploração da extração do ouro. O governo Prudente de Morais, juntamente com o Parlamento e a sociedade brasileira, enfrentou a política e, militarmente, essa investida europeia, e conseguiu manter a propriedade dos dois territórios brasileiros.
4. 
A eleição de Campos Sales à Presidência da República brasileira em 1898 marcou a consolidação da hegemonia política da oligarquia cafeeira de São Paulo e a consolidação do regime republicano no País. Isso foi possível porque Campos Sales articulou um grande arranjo político nacional que envolveu os interesses das forças políticas federal, estaduais e municipais, em uma rede de solidariedade e troca de compromissos e benesses entre as partes envolvidas.
Analise as afirmativas a seguir, que abordam as características do acordo político formado por Campos Sales, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F): 
(  ) A base político-jurídica para a criação do arranjo político de Campos Sales foi a Constituição de 1891, que atribui grande autonomia política, administrativa e financeira aos Estados e aos municípios em relação ao governo federal, que tiveram autonomia para alinhar-se à política nacional e para desenvolver políticas específicas conforme suas realidades.
(  ) O grupo político que liderou o acordo implementado por Campos Sales foi o dos grandes produtores rurais do café de São Paulo, que, por meio de sua influência política e do seu poderio econômico, fazia valer seus interesses aos demais governadores estaduais e aos chefes políticos municipais do Brasil, que não tinham protagonismo na busca de votos no período eleitoral.
(  ) Os coronéis tiveram grande importância para o sucesso do acordo político promovido por Campos Sales, pois eles garantiam os votos para a eleição dos políticos alinhados ao governo central e estadual, em troca do recebimento de benefícios e concessões materializados em cargos públicos, isenções fiscais e outras benesses que eram repassadas aos eleitores em troca do voto.
(  ) Os militares do Exército tiveram importante papel no acordo político de Campos Sales, pois, quando surgiam os impasses políticos entre governo federal, estadual e municipal, impunham as forças dos interesses do governo federal sobre Estados e municípios, fazendo, inclusive, o controle e a fiscalização do processo eleitoral no interior do Brasil.
(  ) A importância dos coronéis para a estruturação e o funcionamento do acordo político de Campos Sales foi decorrente de uma troca benefícios entre o Poder Público fortalecido e a decadente influência social dos chefes políticos locais, donos de terras, que ainda mantinham prestígio, autoridade e ascendência sobre as vontades dos eleitores rurais no Brasil.
Marque a resposta correta:
Resposta correta.
D. 
V, F, V, F, V.
A eleição de Campos Sales, em 1898, consolidou a hegemonia política dos grandes proprietários de café do Estado de São Paulo e, por meio do arranjo político envolvendo o governo federal, os Estados e os municípios, estabilizou o sistema político nacional e garantiu a solidez do regime republicano no Brasil. A base político-jurídica para tal acordo foi a Constituição de 1891, que estabeleceu ampla autonomia política, administrativa e financeira aos Estados e aos municípios, o que fez dar certo o acordo, pois, no âmbito estadual e nacional, o governo federal se comprometeu a não intervir nas disputas oligárquicas regionais e a apoiar o grupo político dominante, em troca de apoio político federal; no âmbito estadual e local, os governadores alinhados ao Presidente vincularam-se aos chefes políticos locais, aos coronéis, apoiando-os com benesses econômicas e políticas, em troca de votos aos seus indicados no processo eleitoral. Tal acordo distensionou o sistema político brasileiro, mantendo-se assim até a Revolução de 1930.
5. 
O acordo político nacional estruturado por Campos Sales foi possível graças à conciliação dos interesses dos grupos políticos dominantes nos âmbitos nacional, estadual e municipal e também pela criação de estratégias associadas às alterações normativas que permitissem maior controle sobre a validação do processo eleitoral e a diplomação dos deputados federais alinhados aos interesses do governo federal.
Em vista disto, assinale a alternativa que aponta de que forma o governo federal conseguiu obter o controle sobre a definição de quais deputados eleitos poderiam tomar posse no Parlamento brasileiro no período da República Velha.
Resposta correta.
C. 
O controle da validação do processo eleitoral e a diplomação dos Deputados Federais se davam pela Comissão de Verificação dos poderes formada no Parlamento por Deputados Federais e a alteração regimental sobre a escolha dos participantes, e o funcionamento da Comissão, encaminhada por Campos Sales, permitiu o controle dos deputados eleitos pelo grupo político do Presidente.
O controle do grupo político sobre a Comissão de Verificação de Poderes formada por Deputados Federais no Parlamento pelo grupo político de Campos Sales permitiu ao Presidente a ingerência sobre quais deputados seriam diplomados. Isso se fez por meio de uma reforma regimental sobre o funcionamento e a forma de escolhas dos deputados na Comissão. Até Campos Sales, a Comissão era constituída de deputados escolhidos pelo plenário da Câmara, que era presidida pelo deputado mais velho diplomado. Com a reforma, o cargo de Presidente da Câmara voltou a ser definido com base na regra de que seria o novo Presidente o antigo Presidente da Câmara que voltou a ser eleito deputado, e isso resultou na escolha de pessoas afinadas com o Presidente da República, e não um nome incerto decorrente da regra do mais velho deputado eleito. Tal alinhamento entre os Presidentes dos dois Poderes permitiu ao Presidente da República aumentar a influência e o controle sobre os deputados que comporiam a Comissão de Verificação de Poderes, o que fez com que fossem diplomados, desde então, deputados pertencentes ao mesmo grupo político do Presidente da República.
1. 
Após a proclamação da República, foi formado um governo provisório que colocou na presidência o marechal Deodoro da Fonseca e, como vice-presidente, o marechal Floriano Peixoto. Mais tarde, em 25 de fevereiro de 1891, Deodoro e Floriano foram eleitos presidente e vice- presidente pela Assembleia Constituinte. Durante seu governo, teve início uma das mais graves crises econômicas da República, que sofreu com falta de moeda corrente no mercado interno, desvalorização cambial e aumento da inflação e do endividamento do Governo Federal.
Diante desse contexto, analise as alternativas a seguir e assinale a que corresponde à política adotada pelo Governo Deodoro para solucionar tal crise econômica.
Você acertou!
A. 
O governo de Deodoro implementou a política econômica que ficou conhecida como “encilhamento”, caracterizada pelo fortalecimento do sistema bancário estadual e central com a emissão de moeda sem lastro econômico e pelo incentivo a algumas empresas estratégicas que se encontravam em situação debilitada.
A política econômica implementada por Deodoro e seu ministro da Fazenda, Rui Barbosa, conhecida como "encilhamento", foi inspirada no modelo norte-americano e baseou-se no estabelecimento da política de emissão de moedas com lastro constituído apenas por títulos dadívida pública, e não por reservas de capital ou ouro. O objetivo principal era a emissão de moedas, a ampliação do crédito e o financiamento de novas empresas, e para isso o sistema bancário nacional foi fortalecido com a criação de bancos nacionais e regionais. A receita econômica adotada pelo Governo Deodoro não teve nenhum cuidado com a austeridade dos gastos públicos, com a captação de recursos estrangeiros produtivos e com a diversificação da base econômica do país via fortalecimento da indústria, e o Estado não assumiu o protagonismo no desenvolvimento das atividades econômicas e do saneamento fiscal. O resultado dessa política foi o agravamento da crise, pois houve uma febre de criação de empresas e negócios, em boa parte artificiais, para a realização de especulação financeira, provocando uma grande desvalorização da moeda nacional, que beneficiou apenas o setor agroexportador cafeeiro.
2. 
A promulgação da República, em 1889, representou, ao mesmo tempo, para o grupo dominante republicano, a vitória sobre as forças políticas vinculadas ao regime monárquico e também a necessidade de superar os desafios políticos e econômicos que se apresentaram logo em seguida. No âmbito político, as disputas internas no grupo dominante republicano pela hegemonia política no poder, as ameaças das forças monarquistas em ressuscitar o regime e a necessidade de obtenção de reconhecimento internacional em relação à nova situação política do país fizeram com que a promulgação de uma nova Constituição republicana fosse considerada como a garantia da estabilidade política no Brasil. Diante disso, os diferentes grupos dominantes republicanos empenharam esforços na realização da nova Constituição, que foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
Considerando o texto acima, no que se refere às principais características da primeira Constituição republicana do Brasil, analise as assertivas a seguir:
I. A Constituição republicana de 1891 estabeleceu o sistema parlamentarista de governo com restrita autonomia para os Estados e a participação dos pobres, das mulheres e dos mendigos no processo eleitoral.
II. A Constituição de 1891 estabeleceu a centralização do sistema tributário nacional no Governo Federal, que ficou com a competência da instituição e da arrecadação de tributos e repasse aos Estados e Municípios, de maneira a proporcionar a capacidade arrecadatória de cada ente.
III. A Constituição republicana estabeleceu a forma federativa de organização dos entes administrativos nacionais, com significativa autonomia estadual e municipal, e o sistema presidencialista de governo.
Assinale a alternativa correta.
Resposta correta.
E. 
Apenas III está correta.
A Constituição republicana do Brasil de 1891 consagrou o princípio federativo, o sistema presidencialista de governo e ampliou a participação popular no processo eleitoral. A Constituição deu respaldo jurídico para a descentralização política desejada pela classe agroexportadora cafeeira paulista, que comandava o país, e ampliou a autonomia dos Estados e Municípios para contrair empréstimos no exterior, organizar sua própria força militar e criar impostos interestaduais e de exportação. Ao Poder Executivo ficou estabelecida a competência para a instituição do imposto de importação, o direito de criar bancos emissores de moedas, a organização das forças armadas, a faculdade de intervir nos Estados para restabelecer a ordem e manter a forma republicana federativa, entre outras competências. A CF ampliou a participação democrática popular no processo eleitoral, mas não a tornou universal, pois apenas extinguiu o voto censitário, mantendo a proibição de voto para as mulheres, os analfabetos e os mendigos.
3. 
Os primeiros anos após a proclamação da República foram marcados por grande instabilidade política entre os grupos dominantes da República e os oposicionistas do regime. Incapaz de solucionar a crise política, Deodoro renunciou antes de terminar seu mandato, quando assumiu a presidência o vice Floriano Peixoto. Apesar da continuidade da instabilidade política, Floriano conseguiu articular-se politicamente para concluir seu mandato e transmitiu a presidência ao primeiro presidente civil da República, Prudente de Morais.
Considerando o texto acima, no que se refere à estratégia política de Floriano Peixoto para concluir seu mandato, analise as assertivas a seguir:
I. Floriano Peixoto aliou-se aos grandes proprietários agroexportadores de café de São Paulo, reunidos no PRP, e apoiou a eleição dos representantes desse setor para a presidência da Câmara e do Senado, o que garantiu a sobrevivência do regime republicano.
II. Floriano Peixoto sustentou seu governo até o final, devido à aliança realizada com o setor rival do Exército, que lhe deu condições de governar com mãos de ferro, eliminando todos os opositores e implementando políticas centralizadoras positivistas no âmbito nacional e regional.
III. Floriano Peixoto fez um grande acordo nacional, que envolveu as diferentes correntes do Exército e da Marinha e os grandes produtores agroexportadores de café do centro do país e do Rio Grande do Sul, com o objetivo de pacificar as disputas políticas e promover a industrialização do país.
Assinale a alternativa correta.
Você acertou!
D. 
Apenas I está correta.
Apesar da instabilidade política do governo de Floriano Peixoto, ele conseguiu concluir seu mandato devido à formação de uma aliança com o Partido Republicano Paulista (PRP) e à hegemonia política de seu grupo militar no interior do Exército. Floriano Peixoto viu nos grandes produtores rurais de São Paulo a base de apoio político necessário para efetivar suas medidas de governo, e estes viram em Floriano e sua ala militar o único meio de afastar a ameaça de retorno ao poder das forças políticas monarquistas. A aliança se concretizou com o apoio de Floriano aos políticos do PRP, para que assumissem a Presidência da Câmara e do Senado e também o Ministério da Fazenda, em troca do apoio econômico e político para a implementação das medidas do governo. A base militar da aliança se formou com a ala militar de Floriano, oriunda dos oficiais formados na Escola Militar do Rio de Janeiro, que se tornou hegemônica politicamente sobre a ala militar de Deodoro, ocupando importantes cargos no governo, afastando os militares da Marinha simpáticos ao regime monarquista do núcleo do poder. Com tal base de apoio, Floriano pôde afastar a influência política dos fazendeiros do Rio Grande do Sul e promover a consolidação do sistema agroexportador mercantil do café como a principal base econômica do país.
4. 
As primeiras décadas do período republicano brasileiro foram marcadas por intensas disputas políticas, tanto no âmbito federal, entre republicanos e monarquistas e entre os diferentes grupos adeptos do republicanismo, quanto no âmbito estadual/regional, entre os diferentes grupos sociais dominantes em cada Estado. A Revolta Federalista ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul, em 1893, é um exemplo das disputas desse período e foi um dos conflitos mais sangrentos na história do país.
Analise as afirmativas a seguir, que abordam as características da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).
(  ) Os grupos políticos que participaram da Revolta Federalista foram os republicanos e os liberais, que, respectivamente, defendiam o governo centralizado no Executivo e um governo parlamentar.
(  ) Os setores sociais que representavam os republicanos e os liberais eram, respectivamente, os proprietários rurais, comerciantes e profissionais liberais, oriundos da emigração europeia e situados geograficamente na região litorânea e serrana, e os estancieiros tradicionais, situados na região da Campanha gaúcha.
(  ) Durante a revolta, as tropas liberais tiveram o apoio maciço do Exército federal de Floriano Peixoto, o que foi decisivo para a vitória na disputa militar.
(  ) Um dos fatores causadores da revolta foi o desejo dos liberais em alterar a Constituição gaúcha, para impossibilitar a reeleiçãode forma ilimitada do presidente da Província.
(  ) O apoio da Marinha às forças republicanas gaúchas foi um fator fundamental para a vitória dos republicanos no confronto.
Assinale a alternativa com a sequência correta.
Resposta correta.
D. 
V – V – F – V – F.
A disputa entre as duas forças políticas na Revolta foi decorrente da divergência sobre a forma como o Estado e o País deveriam ser governados. Para os republicanos, o sistema de governo ideal era o presidencialismo centralizado, e para os liberais/federalistas, o parlamentarismo. Em função disso, a revogação da Constituição gaúcha foi um dos motivos que levaram os liberais ao confronto. Enquanto os liberais aglutinavam suas bases de apoio político e militar entre os estancieiros da região da Campanha e os militares da Marinha, os republicanos arregimentaram suas forças entre os produtores rurais, comerciantes e profissionais liberais oriundos da emigração europeia e o Governo Federal de Floriano Peixoto, que, com o apoio militar do Exército e o suporte econômico dos agroexportadores paulistas integrantes do Partido Republicano Paulista, conduziram os republicanos gaúchos à vitória no confronto.
5. 
A proclamação da República no Brasil, em 15 de novembro de 1889, ocorreu num contexto em que se processavam profundas transformações sociais, políticas e econômicas. A tradição monárquica, escravocrata, rural e agroexportadora passou a dividir a cena histórica com grupos sociais e políticos que representavam uma nova concepção de sociedade, baseada no regime republicano, na vida urbana e industrial e no trabalho livre assalariado. As classes dominantes do Brasil passaram a defender diferentes projetos de nação. A Proclamação da República alçou ao poder um novo grupo político e econômico, que foi responsável pela realização dos ajustes políticos para a consolidação do regime.
Em vista disso, analise as alternativas a seguir e assinale a correta caracterização do cenário de disputas políticas entre o grupo dominante republicano, após a proclamação da República.
Resposta correta.
C. 
O grupo dominante da República era formado pelos grandes proprietários rurais do café de São Paulo e Minas Gerais, pelos fazendeiros do Rio Grande do Sul, que controlavam os partidos republicanos regionais, e pelos militares do Exército e Marinha. Disputavam visões diferentes sobre o funcionamento da República.
A classe dominante da República era formada pelos grandes proprietários rurais das províncias de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e pelos militares do Exército e da Marinha. Havia divergências internas em cada um desses setores. Entre os políticos republicanos, como os paulistas e os mineiros, havia aqueles que defendiam a consolidação de uma República Federativa, com significativo grau de autonomia às unidades regionais. Os republicanos do Rio Grande do Sul eram positivistas e almejavam a centralização do poder. Entre os militares, também havia dissonâncias, pois o Exército apoiava a República e, na Marinha, havia setores que apoiavam a República e outros com forte simpatia e influência pelos ideais monarquistas. Para os militares republicanos, o poder deveria funcionar de forma centralizada, ao contrário do que a Constituição de 1891 e o modelo de inspiração constitucional norte-americano previam. O pacto político entre os grupos dominantes não permitiu a inserção de outros grupos emergentes econômica e politicamente ao núcleo do poder. Nesse momento, os produtores de borracha do Norte do Brasil, os industriais de São Paulo e os trabalhadores organizados das indústrias não tiveram forças para impor seus interesses frente aos setores dominantes.  
1. 
A primeira administração presidencial civil após a ditadura precisou implementar medidas para resolver a crise econômica herdada do regime ditatorial. Leia as afirmações a seguir, que dizem respeito às medidas tomadas por José Sarney para o controle da situação:
I – José Sarney, seguindo os preceitos neoliberais, não interveio na economia, deixando que o mercado se autorregulasse a partir de suas próprias leis.
II – José Sarney instituiu medidas econômicas que previam o congelamento dos salários e dos preços, como forma de controle da inflação, estabelecendo o chamado “gatilho salarial” para evitar perdas de poder de consumo.
III – José Sarney decretou, em 1987, a moratória da dívida externa, em virtude da ausência de receitas para honrar com os empréstimos obtidos no exterior.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
Ainda que as primeiras medidas neoliberais tenham sido empregadas durante o governo de José Sarney, não podemos afirmar que seu governo não interveio na economia. Ao contrário, como forma de superar a crise econômica, o governo controlou preços e serviços, além de congelar salários, visando à diminuição da inflação. Entretanto, essas medidas não foram suficientes para o aumento de receitas do governo, o que fez Sarney, em 1987, decretar a moratória, ou seja, o não pagamento da dívida externa, devido à ausência de recursos.
2. 
Nas primeiras eleições diretas para a Presidência da República após duas décadas de ditadura, Fernando Collor de Mello foi eleito com uma pauta de combate à corrupção e de moralização da política. Entretanto, na metade de seu mandato, foi deposto do cargo presidencial, acusado justamente de práticas ilícitas. Sobre seu governo, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
(  ) Para superar a crise herdada do governo Sarney, Collor propôs uma modificação substancial da política econômica e monetária com o chamado “Plano Real”.
(  ) A deposição de Collor foi apoiada pela população, principalmente pelos estudantes e jovens, que se organizaram nas ruas no movimento dos “caras pintadas”.
(  ) As medidas econômicas tomadas por Collor, como o confisco da poupança, foram rechaçadas pela sociedade, o que levou à abertura do processo de impeachment.
(  ) No governo Collor, iniciou-se o processo de privatização das estatais, uma característica das políticas neoliberais desenvolvidas no Brasil.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
F – V – F – V.
O curto governo Collor foi marcado pela implantação mais substancial de medidas que caracterizaram as políticas neoliberais no Brasil, como a privatização de empresas estatais. Essas medidas foram apoiadas por setores significativos da sociedade brasileira, assim como o confisco à poupança, embora tenha sido uma medida antipopular. Esse plano foi chamado de “Plano Collor”. O “Plano Real” foi implementado somente no governo de Itamar Franco. O impeachment do presidente não se deveu ao seu plano econômico, mas aos escândalos de corrupção denunciados por seu irmão, e a destituição de Collor foi apoiada pelos setores estudantis e jovens, que iniciaram o movimento dos “caras pintadas”.
3. 
Os governos de Fernando Henrique Cardoso foram marcados pelo aprofundamento das medidas previstas no Plano Real, implementado na gestão anterior, em que FHC era Ministro da Fazenda.
Assinale a alternativa correta em relação à política econômica do período entre 1995 e 2002.​​​​​​​
Você acertou!
C. 
A política econômica dos governos FHC se caracteriza pela adoção dos preceitos neoliberais, com o fortalecimento monetário, o controle da inflação e a diminuição do tamanho do Estado.
A política econômica da “era FHC” foi pautada pelos preceitos neoliberais, ou seja, por práticas ortodoxas do controle de preços e da inflação, por meio de medidas monetárias e cambiais, bem como pela diminuição do Estado e a quebra de monopólios, pertencentes a empresas estatais. É justamente esse modelo que rompe com uma tradição de políticas econômicas nacional-desenvolvimentistas, baseadas na substituição de importações, que vinham sendo desenvolvidas desde a década de 1930.
4. 
Leia o trecho a seguir, escrito pelo historiador Rodrigo Patto Sá Motta (2018, p. 422):
“Ainda no campo das políticas sociais chamou atençãoa falta de empenho do governo petista em aprofundar a reforma agrária, uma bandeira histórica das esquerdas brasileiras. Embora o governo tivesse apresentado de início planos ambiciosos a serem implementados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, a distribuição efetiva de terras alcançou cifra pequena em relação ao que foi planejado. Uma das explicações é que os governos petistas mantiveram boas relações com o chamado agronegócio, que contou com representantes no Estado sempre mobilizados para atribuir ao setor o mérito pelo incremento nas receitas de exportação.”
Nesse trecho, o historiador realiza um diagnóstico em relação à política de propriedade de terra do governo Lula e levanta uma hipótese para explicá-la. Assinale a alternativa que complementaria corretamente essa explicação​​​​​​:
Resposta correta.
A. 
A política de Lula para a reforma agrária evidencia a marca de coalizões e negociações de seu governo, que, muitas vezes, destoaram das pautas históricas do Partido dos Trabalhadores.
O trecho da análise do historiador Rodrigo Patto Sá Motta evidencia que as políticas sociais desenvolvidas pelo governo Lula, incluindo a reforma agrária, esbarraram nas práticas de coalizões e negociações entre setores com interesses antagônicos. Se, em outros momentos, o Partido dos Trabalhadores teria adotado a estratégia do enfrentamento em relação aos históricos privilégios das elites econômicas e políticas, nos anos 2000 houve uma mudança de tática, e certos temas passaram a ser negociados, muitas vezes, descaracterizando a luta histórica do partido.
5. 
Muitos historiadores têm utilizado o ano de 2016 como um marco para o término da chamada “Nova República” ou “Quinta República”, iniciada com a posse de José Sarney em 1985. Isso significa que, para esses especialistas, o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff dá início a uma nova realidade brasileira. Sobre a deposição da Presidenta, são feitas as seguintes afirmações:
I – O processo de impeachment somente pode ser compreendido de forma multifatorial, agregando aspectos da política econômica, das denúncias de corrupção e do descontentamento e conservadorismo das elites brasileiras, entre outros fatores.
II – A posse de Michel Temer significou uma continuidade das políticas econômicas desenvolvidas por Dilma, já que era seu Vice-Presidente e apoiou a permanência da Presidenta no poder.
III – A deposição de Dilma Rousseff significou a superação da corrupção e da crise institucional, reinstituindo a normalidade democrática.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
Apenas I.
O processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff foi considerado um marco na história republicana brasileira porque, diferentemente do impeachment de Collor, não foi uma decisão hegemônica, sustentada em provas convincentes. Assim, muitos compreendem esse acontecimento como um “golpe”, que se utilizou do funcionamento das instituições e de suas regras para atentar contra a própria democracia. Independentemente da interpretação, é importante levar em consideração que a destituição da Presidenta é um episódio multifatorial, que reúne o descontentamento com os resultados da economia, as denúncias de corrupção e o conservadorismo e o descontentamento das elites econômica e política brasileira. Porém, a cassação do mandato de Dilma não se revelou como superação da crise econômica, institucional e política. Ao contrário, as medidas tomadas por seu sucessor, Michel Temer, destoaram das práticas até então adotadas e pioraram o cenário interno brasileiro.
1. 
O Golpe de 31 de março de 1964 representou o rompimento com a ordem democrática instituída e o início de uma ditadura que se prolongaria por mais de duas décadas. Sobre a conjuntura do governo João Goulart e o Golpe de 1964, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
(  ) Os militares e setores conservadores da sociedade brasileira viam no reformismo de João Goulart uma ameaça subversiva, que pode ser compreendida pela polarização ideológica oriunda da Guerra Fria.
(  ) As Reformas de Base promovidas por João Goulart tinham caráter socialista, pois ele havia se aliado aos setores progressistas como forma de permanecer no poder ante as pressões dos militares.
(  ) O Golpe de 1964 foi inteiramente militar, inclusive em sua liderança, devido à quebra da disciplina e da hierarquia, promovida pelas decisões tomadas por João Goulart em relação às demandas dos militares de baixa patente.
(  ) Afirma-se que existiam “ilhas de conspiração” para designar a existência de uma articulação de diferentes setores da sociedade, com interesses específicos, para a deposição de João Goulart, ainda que não fosse um movimento coordenado nacionalmente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
V – F – F – V.
O governo de João Goulart e sua proposta de “Reformas de Base” foram compreendidos pelos militares e setores conservadores da sociedade brasileira, opostos ao nacional-estatismo e ao trabalhismo, como uma ameaça subversiva, devido ao clima de polarização ideológica da Guerra Fria. Entretanto, João Goulart era um político reformista, e suas reformas não visavam à implantação de um regime socialista, embora tivesse apoio de forças que lutavam por maior justiça social, que, em determinado momento, também passaram a contestar Jango, por não obterem o atendimento de suas reivindicações. A conspiração que levou à desestabilização do governo de João Goulart e sua deposição foi articulada por civis (empresários e políticos) e por militares, cada um desses setores com interesses particulares na saída de Jango da presidência. Contudo, este não era um movimento coordenado nacionalmente, e a própria deflagração do Golpe, no dia 31 de março de 1964, não era esperada pelos conspiracionistas.
2. 
No debate público sobre a ditadura civil-militar brasileira, há muita confusão entre o que é a história e a memória do período. Entre as memórias que circulam sobre o período, uma das representações mais estáveis é do desenvolvimento econômico e das grandes obras, expressos no chamado “milagre econômico”.
Em relação ao “milagre econômico” e às suas consequências, é correto afirmar:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Tratou-se de um período de crescimento econômico do Produto Interno Bruto a partir de investimentos oriundos de capital estrangeiro, que, com a crise internacional do petróleo, se tornaram mais escassos, e o País não manteve os índices. Ao contrário, vivenciaram-se as consequências do endividamento externo.
Ficou conhecido como “milagre econômico” o período entre 1969 e 1973 em que o Produto Interno Bruto brasileiro apresentou índices de crescimento expressivos. Esse crescimento foi possível por meio de uma política econômica sustentada no capital externo (empréstimos com entidades estrangeiras), que, com a crise do petróleo de 1973, não mais se sustentou, em virtude da ausência de recursos no mercado externo para o financiamento das obras no Brasil. Como consequência, restaram o endividamento externo e a necessidade de políticas de austeridade, que, para a maior parte da população, significaram arrocho salarial, inflação, desemprego e recessão econômica.
3. 
O regime instituído com o Golpe de 1964 caracteriza-se como uma ditadura por um desequilíbrio entre os poderes, com concentração de atribuição no Executivo que interveio no Poder Legislativo e alterou as regras político-eleitorais e partidárias. Sobre esse processo, são feitas as seguintes afirmações:
I – O Ato Institucional nº 2, decretado pelo Poder Executivo, suprimiu os partidos políticos existentes e criou condições para o surgimento de apenas duas novas agremiações: a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
II – Ainda que as regras político-eleitorais e partidárias tenham sido alteradas, a ditadura manteve eleições diretas para os cargos executivos e legislativos, à exceção da Presidência da República, eleita pelo CongressoNacional, enquanto Colégio Eleitoral.
III – O fim do sistema bipartidário ocorreu em 1979, mas as primeiras eleições diretas para governadores de Estado ocorreriam somente em 1982. A eleição direta para presidente ocorreu em 1984, com a vitória do movimento “Diretas Já”.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
Apenas I.
A ditadura alterou as regras político-eleitorais e partidárias do sistema brasileiro, primeiramente, com a instituição de um sistema bipartidário a partir das regras criadas, com a extinção de todos os partidos políticos existentes. Além disso, estabeleceu eleições indiretas para as prefeituras de capitais e áreas de segurança nacional, bem como de governadores e presidente, além dos legislativos municipal e estadual. O pluripartidarismo somente foi restituído em 1979, no contexto da transição política, juntamente com as eleições diretas para governador em 1982. A campanha “Diretas Já”, que exigia eleições diretas para presidente, não foi vitoriosa, e as primeiras eleições diretas presidenciais após a ditadura ocorreram apenas em 1989.
4. 
A ditadura civil-militar foi um período da história brasileira marcado por graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado.
Em relação aos episódios de sequestros, torturas, mortes e desaparecimentos ocorridos nesses anos, é correto afirmar:​​​​​​​
Você acertou!
C. 
Essas práticas repressivas foram empregadas durante toda a ditadura, com maior intensidade nos anos de chumbo e, internacionalmente, no governo Geisel.
As práticas de sequestros, torturas, mortes e desaparecimentos, comumente empregadas pelos órgãos de inteligência e repressão da ditadura civil-militar brasileira, ocorreram durante todo o período, com maior volume nos anos que correspondem ao governo Médici, os chamados “anos de chumbo”. Entretanto, no âmbito externo, o maior número de denúncias se concentra durante o governo Geisel, em virtude da institucionalização da cooperação repressiva com a “Operação Condor”.
5. 
A ditadura não agiu apenas repressivamente em relação à sociedade brasileira, mas também elaborou diferentes políticas públicas para as diferentes esferas do governo. Em relação às políticas para a educação, são feitas as seguintes afirmações:
I – O regime ditatorial estabeleceu convênios com os Estados Unidos, os chamados Acordos MEC-USAID, para realizar reformas educacionais em todos os níveis da educação, bem como a produção e a veiculação de livros didáticos.
II – Como a ditadura tinha um viés nacionalista e ufanista, foram rechaçados os materiais produzidos pelos Estados Unidos, que se distanciavam da realidade brasileira e dos projetos de glorificação da nacionalidade.
III – Com políticas específicas para a área educacional, a ditadura poderia difundir sua ideologia e, dessa forma, estabelecer o controle e legitimar suas práticas perante a sociedade brasileira.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas I e III.
Os Acordos MEC-USAID, agência de cooperação estadunidense, foram assinados durante a ditadura e visavam à reforma da educação brasileira, com caráter mais tecnicista e voltada ao mercado de trabalho, atingindo todos os níveis de ensino. Foram responsáveis, também, pela disseminação de materiais didáticos que reforçavam o compromisso do Brasil com os valores propalados pelos Estados Unidos em um clima de Guerra Fria. Isso não significou que o material produzido no Brasil não exaltasse o nacionalismo e o ufanismo da ditadura e, dessa forma, fosse feito um trabalho de controle da população por meio da ideologia, angariando legitimidade para a ditadura.
1. 
O momento histórico datado entre os anos de 1945 a 1964 no Estado brasileiro foi marcado pelo avanço industrial urbano, pela solidificação da classe trabalhadora e pela formação e urbanização das cidades, além do fortalecimento da democracia. Nesse sentido, como foi denominado esse período histórico?
Resposta correta.
A. 
Período republicano populista.
O período histórico brasileiro demarcado entre os anos de 1945 a 1964 desponta o momento de crescimento populacional articulado ao desenvolvimento industriário e de consolidação da massa trabalhadora, bem como do desenvolvimento republicano e da democracia, tendo sido denominado por historiadores de "período republicano populista". Desse modo, é incorreto afirmar que seja "período monárquico populista", visto que nesse momento o Brasil já havia deixado de ser uma monarquia. Também está incorreto afirmar que seja "período republicano militar", visto que os militares brasileiros tomaram o poder determinando um governo ditatorial a partir de abril de 1964, perdurando até 1985, quando oficialmente foi declarado o fim desse governo. Por fim, pelas mesmas razões, está igualmente incorreto afirmar que seja "período anarquista" e "comunista popular", uma vez que o Brasil nunca teve sua política governamental pautada nessas duas correntes políticas. Portanto, assegura-se que "período republicano populista" é a denominação correta atribuída pelos historiadores ao momento histórico em questão. 
2. 
No ano de 1956, assume um novo presidente da república brasileira, Juscelino Kubitschek, muito conhecido como JK. Seu governo teve como prioridades o desenvolvimentismo do capitalismo nacional e o investimento em transportes, energia, indústria e educação.
Essas prioridades de seu governo foram delineadas em seu programa de governo, que era denominado: 
Resposta correta.
B. 
Plano de Metas.
O presidente JK, em seu plano de governo, denominado "Plano de Metas", assinalou como propostas prioritárias de trabalho desenvolver o capitalismo nacional, investir nas rodovias, na industrialização e na modernização do País, entre outras prioridades. Assim, fica incorreto afirmar que seu plano de governo foi denominado de "Plano de Prioridades"; também está incorreto afirmar que sejam os "Planos Socialista, Comunista e Anarquista", visto que o presidente JK não tinha qualquer aproximação ou apreço por correntes políticas que apregoam os ideais socialistas, comunistas e anarquistas, sendo ele um defensor e difusor do capitalismo. ​​​​​​​Portanto, assegura-se que seu programa de governo foi denominado como "Plano de Metas", pois seu maior intento era transformar o que levaria 50 anos para o atingimento de metas de desenvolvimento do País em um prazo de, apenas, 5 anos, que era a vigência do governo na época. 
3. 
O período demarcado pela industrialização do País se consolidou sobretudo na década de 1950, quando o Brasil passou a receber multinacionais que eram responsáveis por produzir bens duráveis e não duráveis. 
Esse cenário trouxe notáveis transformações para o campo político e econômico brasileiro. Porém, tal feitio veio acompanhado de outras questões que se colocam contrárias ao desenvolvimento social e que marcaram igualmente o processo de industrialização ocorrido no Brasil. 
Assinale a alternativa que apresenta duas questões contrárias ao desenvolvimento social desse período.
Resposta correta.
E. 
Restrição dos direitos sociais e aumento da desigualdade social.
Com o avanço no processo de industrialização, as cidades brasileiras, principalmente aquelas localizadas na Região Sudeste, tiveram muitas indústrias sendo instaladas, o que colaborou para seu desenvolvimento urbano e que se resvalou para o País. Contudo, não se pode deixar de mencionar que o desenvolvimento econômico e industrial teve, em contrapartida, a restrição dos direitos sociais atrelada ao aumento da desigualdade social. Desse modo, fica incorreto afirmar que as questões contrárias ao desenvolvimento social desse período sejam a ampliação dos direitos sociais ou a riqueza socialmente produzida e distribuída, visto que, juntas, essas questões não promovem restrições de direitos, que, por sua vez, geram desigualdades, mas contribuem para a justiça social e a igualdade social. Também está incorreto afirmar que seja o fim da hegemonia da elite dominante, visto que, se tivesse ocorrido tal feitio, este estaria contribuindo para o fim da desigualdade social, e não para

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