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atividade - metodologia de ensino

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1. 
Cada título de unidade temática contém os objetos de conhecimento a serem trabalhados e a indicação das habilidades que devem ser desenvolvidas durante a unidade. Alguns objetos de conhecimento pressupõem mais de uma habilidade e comportam conteúdos diversos.
Levando-se em conta o descrito na norma, é possível trabalhar outras habilidades, além das elencadas a cada objeto de conhecimento da unidade temática?​​​​​​​
Você acertou!
A. 
Sim. A norma não impede que outros conteúdos e/ou habilidades sejam trabalhados, apenas indica os conteúdos e as habilidades mínimas e essenciais à aplicação correta de cada parte da unidade temática.
A BNCC indica o mínimo necessário para o desenvolvimento de cada etapa. Não impede sua ampliação ou a comunicação com outras habilidades e conteúdos referentes a etapas já cumpridas ou mais avançadas. Sendo assim, a norma não impede que outros conteúdos e/ou habilidades sejam trabalhados, apenas indica os conteúdos e habilidades mínimas e essenciais à aplicação correta de cada parte da unidade temática.
2. 
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Quantas competências gerais a BNCC prevê que sejam desenvolvidas,  e quantas competências específicas determina para a disciplina de história? ​​​​​​​
Você acertou!
B. 
10 competências gerais e 7 competências específicas.
A BNCC prevê o desenvolvimento de 10 competências gerais e 7 competências específicas para a área de história. Essas competências se relacionam diferentemente entre si, a depender da temática e das habilidades a serem desenvolvidas em cada etapa.
3. 
A BNCC determinou habilidades a serem desenvolvidas em cada etapa do ensino fundamental e classificou-as por códigos alfanuméricos, de forma a facilitar ao educador o acesso de seu conteúdo a partir do próprio texto da Base, ou reconhecer em documentos as referências nela contidas. Os códigos indicam, sequencialmente, o nível educacional, o ano, a disciplina e o número da habilidade, conforme elencada na BNCC.
Como deve ser descrita a terceira habilidade elencada, referente à disciplina de história, área de conhecimento das ciências humanas, para o segundo ano do ensino fundamental?
Resposta correta.
C. 
Pelo código alfanumérico EF02HI03.
A terceira habilidade elencada, referente à disciplina de história, área de conhecimento das ciências humanas, para o segundo ano do ensino fundamental deve ser descrita pelo código alfanumérico EF02HI03: EF, de ensino fundamental; 02, que referencia o ano na etapa; HI, referente à disciplina história; e 03, referente ao texto que expressa a habilidade em questão. 
As demais referências indicam: EI - educação infantil e EM - ensino médio; HG (de história e geografia ) e CH (de ciências humanas) não existem no código alfanumérico da BNCC.
Por fim, as siglas indicadoras do nível de ensino e das disciplinas são sempre escrita em maiúsculas.
4. 
Avalições educacionais são formas de levantamento, verificação de dados e construção de indicadores a partir dos quais se possa desenvolver políticas educacionais e avaliar desempenhos e o desenvolvimento dos alunos, das redes e sistemas de ensino e da aplicação efetiva de políticas públicas da educação. A avaliação processual formativa é realizada em pequena escala e avalia principalmente o aluno no âmbito pessoal.  
Quais são as funções básicas da avaliação processual formativa?
Resposta correta.
C. 
Investigativa, de acompanhamento, tradicional ou somativa.
São três as funções básicas da avaliação processual formativa: investigativa, para averiguar o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades do aluno no início do ano; de acompanhamento, realizada durante todo o periodo letivo, objetivando, entre outras coisas, o auxílio ao educando e os ajustes na forma de ensinar; e tradicional ou somativa, aquelas que ocorrem em bimestres, semestres, etc. e no final do ano letivo para medir o conhecimento adquirido. Provas escritas ou orais, pesquisas e seminários são instrumentos de avaliação, não funções avaliativas.
5. 
A história é uma disciplina que se relaciona com muitas outras em maior ou menor grau, conforme seu objeto específico de estudo em cada caso.
Entre a história e as disciplinas "auxiliares" há uma gama de conceitos que são utilizados em comum. No entanto, três conceitos são fundamentais para o ensino de história. Quais são eles?
Resposta correta.
E. 
Espaço, tempo e contexto.
A história é uma disciplina que estuda a ação do homem no espaço dentro de um dado contexto. Embora os demais conceitos expressos nas outras afirmativas também sejam trabalhados na disciplina, os seus conceitos essenciais são tempo, espaço e contexto.
1. 
As fontes históricas são divididas entre primárias e secundárias, e subdivididas como voluntárias ou involuntárias.
São classificados como fontes primárias voluntárias:
Resposta correta.
D. 
Anais, bulas, registros cartoriais.
Fontes primárias voluntárias são documentos oficiais e voluntários que correspondem a uma intencionalidade (registrar para a posteridade ou ordenar e conceder algo a alguém), sendo exemplos: anais, bulas, registros cartoriais. Enciclopédias, Wikipedia, biografias são fontes secundárias voluntárias.​​​​​​​ 
2. 
Os alunos levaram para a escola os seguintes vestígios para usar como fonte: uma certidão de nascimento, um filme sobre Júlio César e um rosário que pertenceu à avó da avó.
Sabendo que as fontes históricas se classificam em primárias e secundárias, voluntárias e involuntárias, públicas ou privadas, e obedecem a uma classificação tipológica também, classifique as fontes levadas pelos alunos.
Resposta correta.
E. 
A certidão é uma fonte primária, voluntária e escrita.
O filme é uma fonte secundária, voluntária e não escrita.
O rosário é uma fonte primária, involuntária e não escrita.
A certidão é uma fonte primária, voluntária (alguém se propõe a fazer) e escrita. O filme sobre Júlio César não pode ser fonte primária, já que não existiam as tecnologias para filmagem na sua época. Logo, classifica-se como fonte secundária, pois é uma interpretação da vida ou dos escritos dele; é voluntário, pois foi realizado para atender a alguma finalidade; e iconográfico, logo, não escrito. O rosário é uma fonte primária, involuntária e não escrita.
3. 
O Materialismo Histórico, surgido no séc. XIX, colocou em perspectiva a importância do estudo das relações econômico-sociais e os conflitos existentes entre os detentores de meios de produção e os não detentores, opressores e oprimidos. Ele preconiza que o desenvolvimento dos modos de produção e das tecnologias impactam sobre o social, o jurídico e o político.
Essa corrente histórica se desenvolve a partir dos escritos de quem?
Resposta correta.
C. 
Engels e Marx desenvolveram obras que deram origem ao Materialismo Histórico.
Os elementos cujas obras deram ensejo à corrente denominada Materialismo Histórico foram Marx e Engels (séc. XIX). Tucídides era historiador da antiguidade e foi o primeiro a se preocupar com a veracidade das fontes, mas não com o modo de produção nem com o conflito de classes. Leopold Von Ranke (séc. XIX) é considerado o fundador da Escola Histórica Alemã, e foi o precursor da Crítica Documental e um dos responsáveis pela entronização da história enquanto disciplina. O grupo de Annales surgiu no séc. XX e, embora trabalhe com conceitos de história-problema com oposição à história factual, é outra corrente historiográfica. A obra de Fernand Braudel, escritor da segunda geração de Annales, embora trate de questões econômicas da longa duração no Mediterrâneo, as relaciona antes com a geografia. 
4. 
Vickery sugere que se crie nos educandos determinado tipo de “cultura”, que também atende aos critérios de desenvolvimento de habilidades da BNCC e da pesquisa com fontes para a escrita histórica.
Pensando nisso, qual é o tipo de cultura que deverá ser desenvolvido?
Resposta correta.
C. 
Cultura da indagação.
Segundoo entendimento exposto, os alunos deverão desenvolver a cultura da indagação, que atende a certas habilidades inscritas na BNCC e à necessidade do historiador de investigar as fontes indagando sobre sua origem, veracidade, intenções, etc. Cultura material e imaterial são tipos de fontes. Cultura documental positivista se refere à aceitação do documento oficial como verdade sem maiores indagações. Uma cultura da parcialidade não atenderia a nenhuma das situações.​​​​​​​
5. 
Três elementos são apontados por Carver e referenciados por Vickery como importantes para o desenvolvimento de indivíduos pensantes, e podem ser trabalhados em sala de aula através do uso das fontes históricas como instrumentos pedagógicos atendendo igualmente à BNCC. São eles:
Resposta correta.
B. 
Agência, belonging (pertencimento) e competência.
Os três itens elencados por Carver e referenciados no trabalho de Vickery são: agência (aprendizagem ativa), belonging (pertencimento – noção de pertencimento a um ou a vários grupos, comunidades, etc.) e competência (aprendizagem e aplicação do conhecimento em diferentes áreas). Todos contemplados também pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O desenvolvimento das habilidades, juntamente com os objetos de conhecimento, formará as competências. O desenvolvimento psicomotor e a motricidade não dizem respeito à questão do pensamento crítico. O desenvolvimento sociocultural está implícito na BNCC e o socioemocional é uma das metas da Base.
1. 
Existe uma diferença entre o tempo que se utiliza no dia a dia, como forma de orientação, e uma abordagem histórica sobre o tempo, sobre a forma como os historiadores trabalham com a temporalidade.
Sobre o tempo histórico, é correto afirmar que:
Resposta correta.
C. 
sendo uma construção cultural, as noções de passado, presente e futuro, assim como sua articulação, também têm diferenças históricas entre as sociedades.
O tempo histórico, sendo uma construção cultural, pressupõe que as noções de passado, presente e futuro, bem como a articulação entre essas esferas, tenham significados diferentes para as sociedades ao longo do tempo. Essa compreensão faz referência à definição de “regime de historicidade” de François Hartog.
2. 
O desenvolvimento da ideia de temporalidade representa um desafio para os docentes no ensino de história. Uma das dificuldades encontradas pelos professores em relação ao tema é:
Resposta correta.
D. 
a impossibilidade de desvincular as noções de tempo de outras categorias históricas.
Os professores podem encontrar dificuldades para o trabalho com categorias relacionadas ao tempo. Do ponto de vista epistemológico, a noção de tempo não pode ser desvinculada de outros conceitos históricos, tais como cultura, história, processo histórico e sujeito histórico. Em uma abordagem pedagógica, existe certo ceticismo na efetividade do aprendizado de conceitos com alto nível de abstração em determinadas faixas etárias.
3. 
Os meios familiar e social têm uma importância significativa no aprendizado sobre as noções de temporalidade. Do ponto de vista do indivíduo, uma das principais habilidades a serem desenvolvidas é:​​​​​​​
Você acertou!
B. 
o reconhecimento do aluno enquanto sujeito histórico.
Existe uma relação intrínseca entre o aprendizado do tempo histórico e o reconhecimento dos alunos enquanto sujeitos históricos, pertencentes a um local social e a uma comunidade. Portanto, uma das principais habilidades a serem desenvolvidas no trabalho com a temporalidade é o reconhecimento da agência do aluno nos processos históricos.
4. 
Uma proposta de ensino de história comprometida com a diversidade e a pluralidade de acepções temporais, seria aquela que:​​​​​​​
Você acertou!
E. 
evidenciasse o tempo histórico como um constructo cultural.
O reconhecimento do tempo histórico como uma construção cultural permite aos alunos compreenderem as diferentes formas de articulação entre passado, presente e futuro, e a multiplicidade de experiências temporais existentes no mundo.
5. 
Existem ressalvas quanto à utilização dos meios familiar e social como abordagem e estratégia para a construção da noção de tempo.
Assinale a alternativa que apresenta uma justificativa para a elaboração dessa crítica.
Resposta correta.
D. 
Visa a um aprendizado que parte do sujeito até chegar ao Estado-nação como finalidade da narrativa histórica.
A abordagem da temporalidade a partir de "círculos concêntricos", partindo do mais particular e específico, para o coletivo e geral, pode reforçar a narrativa histórica assentada no Estado-nação, pois toda a compreensão prévia visa a compreensão do ente Estado.
1. 
O termo história local está presente em diversas diretrizes e legislações referentes ao ensino de história na educação básica.
Sobre o sentido de local, é correto afirmar que está relacionado a:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
uma abordagem que considera o local como uma construção cultural.
A noção de local empregada pela história local faz referência a uma série de construções, que passam das escolhas efetuadas pelos historiadores e vão até as questões culturais que atravessam essas opções. Portanto, não se trata necessariamente de uma divisão administrativa, geográfica ou política, a priori, mas de um processo de seleção.
2. 
Uma diretriz de ensino, por meio de uma lei ou de um plano de ação, tem como objetivo alertar os professores sobre a importância do trabalho com determinadas temáticas em sala de aula. ​​​​​​​
Em relação à legislação e às diretrizes educacionais brasileiras que citam o ensino de história local, é correto afirmar que:​​​​​​​
Você acertou!
A. 
incentivam o ensino da história local, ressaltando as diversidades regionais brasileiras.
A legislação brasileira e as diretrizes para sua aplicação fomentam o ensino da história local como forma de aprimorar os processos de aprendizagem histórica do aluno, além de recomendar sua utilização como mecanismo de formação e valorização das identidades e dos pertencimentos.
3. 
A história menor é conceituada como uma história de resistência por se contrapor à história maior. Sobre esta última, é correto afirmar que se caracteriza por:​​​​​​​​​​​​​​
Você acertou!
C. 
uma narrativa unívoca e homogeneizante.
A história maior, a qual a história menor se contrapõe, é uma narrativa unívoca e homogeneizante, geralmente sustentada em uma ideia eurocêntrica de história e da experiência humana. Por isso, a história menor visa a uma escrita e um ensino de história mais democráticos e plurais.
4. 
O ensino e a aprendizagem de história podem ser desenvolvidos por meio de várias abordagens e estratégias, e algumas com mais sucesso do que outras em função de contextos culturais e socioeconômicos.
Sobre a possibilidade de aprendizagem da história por meio da história local, é correto afirmar que:
Resposta correta.
D. 
o processo de aprendizagem da história por meio da abordagem da história local possibilita a formação e a valorização de identidades por permitir aos alunos se reconhecerem como agentes sociais de um mundo em constante transformação.
O processo de aprendizagem da história por meio da abordagem da história local possibilita a formação e a valorização de identidades por permitir aos alunos se reconhecerem como agentes sociais de um mundo em constante transformação. Permite seu reconhecimento como sujeitos históricos, atravessados por múltiplas constituições identitárias: culturais, étnicas, religiosas. Assim, a diversidade deve ser respeitada na escrita e no ensino de história.
5. 
Leia as frases a seguir, que descrevem situações hipotéticas:
I – Um professor propõe aos alunos que pesquisem e escrevam a história da comunidade, por meio de fontes escritas e de entrevistas orais com os moradores.
II – Um professor propõe aos alunos um estudo sobre as estátuas existentes nas praças da cidade, perguntando a eles quem são os homenageados e o porquê.
III – Um professor propõe aos alunos um estudo sobre os heróis nacionais, ressaltando a importância que tiveram na construção da história do Brasil.
Qual(ais) situação(ões)representa(m) prática(s) de história local?
Resposta correta.
C. 
Apenas a I e a II.
Representam práticas de história local as situações I e II, visto que a proposição da história da comunidade por meio da utilização de fontes escritas e orais, bem como a ideia de um estudo sobre a estatuária da cidade são práticas que remetem às discussões sobre a história local e sua problematização na formação da identidade dos alunos. A situação III, que envolve um enaltecimento dos heróis nacionais, reproduz uma lógica histórica em que não se problematiza a escolha desses personagens, nem se questiona sua representatividade para os demais sujeitos históricos.
1. 
As tecnologias têm impactado as instituições e as relações humanas desde o final do século XX, inserindo-as na chamada "cultura digital".
Assim, uma escola inserida na cultura digital é uma escola que:
Resposta correta.
A. 
realiza a inserção digital e tecnológica do estudante, alfabetizando-o nesses meios, e possui práticas pedagógicas relacionadas às mudanças trazidas pela cultura digital.
Uma escola inserida na cultura digital é aquela que proporciona uma instrumentalização da tecnologia para a educação, mas também modifica práticas pedagógicas, ou seja, de ensino e aprendizado, para se adequar aos preceitos da cultura digital. Caso contrário, as TICs passam a ser utilizadas apenas como exemplificação ou diversificação de pedagogias tradicionais de ensino.
2. 
As TICs proporcionaram muitas inovações para o ensino de história. Sobre essas inovações, é CORRETO dizer que:
Resposta correta.
B. 
as TICs possibilitaram extrapolar a narrativa textual, majoritariamente utilizada no ensino de história.
As TICS, com suas múltiplas formas de narrativas, que englobam o audiovisual e até a simulação, permitiram que o ensino de história rompesse com a narrativa textual, majoritariamente utilizada no ensino e na aprendizagem dessa disciplina.
3. 
A incorporação das TICs à educação básica reflete em um desafio para o Brasil. Pensando nisso, sobre as políticas públicas elaboradas no país para a educação e a tecnologia, é CORRETO dizer que:
4. 
Diversas habilidades podem ser desenvolvidas com o ensino e a aprendizagem por meio das TICs. Dentre elas, destaca-se:
Resposta correta.
A. 
pesquisa qualificada na Internet, desenvolvimento de autoria compartilhada, interação e participação na resolução de problemas.
O uso das TICs possibilita o desenvolvimento de habilidades que permitem ao aluno compreender que a atividade de pesquisa na Internet é um procedimento crítico; que ele pode, juntamente aos seus colegas, elaborar materiais coletivamente; e que pode resolver problemas interagindo e participando com o grupo.
5. 
As TICs representaram para a educação uma série de questionamentos a métodos e práticas de ensino de aprendizagem. Particularmente, em relação ao ensino de história, as TICs:
Resposta correta.
D. 
levaram a uma problematização da relação entre o saber escolar e o aprendizado adquirido em espaços não formais de ensino, como a Internet.
As TICs significaram questões de ordem epistemológica como o enfrentamento ao aprendizado da história realizado em espaços não formais de ensino, como a Internet, e de que forma esse conhecimento se confronta com os saberes escolares.
1. 
A Lei n.º 11.645, sancionada em março de 2008, salienta uma dinâmica que a aproxima da experiência mencionada em relação à lei promulgada em 2003. Qual é essa dinâmica que as aproxima?
Resposta correta.
E. 
Atender a demanda histórica do Movimento Negro e visibilidade dos povos indígenas.
A Lei n.º 11.645/2008 altera a Lei n.º 9.394/1996, modificada pela Lei n.º 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena” em todas as escolas públicas e privadas, a fim de responder historicamente aos movimentos sociais e dar visibilidade aos povos indígenas.
2. 
Pode-se perceber elementos relevantes da Lei nº 11.645 na Constituição Federal de 1988, apresentada no artigo 210, que reconheceu a interculturalidade brasileira, sendo exposto no seguinte texto: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. Qual a intencionalidade deste texto?
Resposta correta.
D. 
Para responder demandas de movimentos sociais que reivindicam igualdade.
A inserção dessas temáticas se iniciou ainda na Constituição Federal de 1988 como encaminhamentos para atender demanda histórica do Movimento Negro, contribuindo para colocar oficialmente discursos e vozes historicamente silenciados nos currículos das nossas escolas. No que tange à Lei n.º 11.645, sancionada em março de 2008, foi uma dinâmica que a aproxima da experiência mencionada em relação à lei promulgada em 2003, dando agora visibilidade às demandas dos povos indígenas, conquistada em função de sua mobilização política.
3. 
A partir da lei 11.645, promulgada em março de 2008, várias iniciativas legais são adotadas com vistas a institucionalizar a implementação de uma educação que atente para a diversidade que pauta as relações étnico-raciais em nossa sociedade. A quem podemos atribuir um dos principais papéis nesse processo, para que a política seja realmente efetivada na prática?
Resposta correta.
C. 
Aos professores.
As competências a serem acionadas para gerar a subversão dos processos invisibilizatórios que se imprimiram às populações negra e indígena enfrentam entraves que transitam por toda a ordem de fatores, um dos quais diz respeito à prática dos professores, por isso a importância de investir na formação docente.
4. 
Quando se pensa nos manuais didáticos na historiografia da história indígena, principalmente da história do século XIX, o que se tem contado e escrito, geralmente, é a história do vencedor, dentro de uma visão europeizante e monopolizadora. Esse contexto nos apresenta que tipo de visão histórica sobre os negros e índios no Brasil?
Resposta correta.
B. 
Os negros e índios são representados como sujeitos vitimizados e inferiores.
O índio é tratado como se formasse um todo homogêneo, ignorando a rica diversidade sociocultural existente; eram “supersticiosos”, “selvagens”, ”bárbaros”, em estágio de civilização mais atrasado; foram grandes colaboradores de seus conquistadores e exploradores portugueses; viviam nas florestas, felizes e conservando a sua cultura própria; eram atores coadjuvantes da história europeia; não faziam parte do Brasil. Quanto aos negros, são tratados também com a mesma homegeneidade, todos iguais, sem pátria, que vieram para ser mão de obra e sem reação ao sofrimento.
5. 
Analise o trecho encontrado num livro didático para o 3.º ano do Ensino Fundamental. O tema era “Diversidade étnica e cultural”, um pequeno texto que identifica a caça, a pesca e a coleta de plantas silvestres praticadas pelos indígenas, que diz: “Os povos indígenas retiravam tudo o que precisavam da natureza. Praticavam a caça, a pesca e a coleta de plantas silvestres. Alguns povos plantavam mandioca, batata-doce, milho, abóbora, entre outros produtos.” O mesmo livro apresenta uma imagem dos índios sem roupas, caçando e pescando. Qual a intencionalidade dessa obra pedagógica?
Resposta correta.
C. 
Apresentar o índio como um estereótipo dos costumes primitivos.
Esse livro didático revela a negação da existência das diversas nações indígenas que viviam no território brasileiro, apresenta ainda a noção de índio genérico, o mito do bom selvagem. A obrigatoriedade da Lei traz, sim, um diálogo intercultural, porém a violência que se exerce sobre esses povos, de cristianização e morte de suas línguas, ainda persiste em pleno século XXI por meio dos livros que foram distribuidos nas escolas.
1. 
Leia as afirmações a seguir sobre a diversidade cultural brasileira:
I - O Brasil é um país multirracial e pluriétnico, e essa diversidade é plenamente encontrada nos currículos escolares e noslivros didáticos.
II - Seria mais apropriado falar em "culturas brasileiras" devido à diversidade cultural presente no território do país.
III - A diversidade cultural brasileira decorre de sua formação histórica e das especificidades regionais de um território tão vasto.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
Apenas a II e a III.
Estão corretas as afirmações II e III, pois a diversidade cultural brasileira decorre de sua formação histórica e das especificidades regionais de um território tão vasto, sendo, portanto, mais apropriado se falar em "culturas brasileiras", e não pensar que existe uma homogeneidade cultural. Contudo, ainda que seja um país multirracial e pluriétnico, essa diversidade cultural ainda não é encontrada nos currículos escolares e nos livros didáticos, representando um desafio para a educação.
2. 
A definição de patrimônio histórico extrapola as noções de conservação e preservação, relacionando-se a aspectos culturais, ideológicos e políticos.
Sabendo disso, das alternativas a seguir, qual apresenta um conceito possível de patrimônio histórico?
Resposta correta.
E. 
Patrimônio histórico é o conjunto de bens conservados como evidências de determinado passado com o objetivo de construir uma nação e sua identidade, contribuindo para contar a sua história e consolidar a sua memória social.
Pode-se definir patrimônio histórico como um conjunto de bens que são conservados como evidências de um determinado passado considerado parte constitutiva de uma nação e sua identidade, contribuindo para contar a sua história e consolidar a sua memória social.
3. 
As políticas patrimonialistas sofreram um incremento, em nível mundial, a partir dos anos 1970, e, no Brasil, desde a década de 1980. Sobre esse aspecto, é CORRETO dizer que:
Resposta correta.
C. 
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é o sucessor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), criado durante a ditadura do Estado Novo.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) foi criado na década de 1990, a partir da reformulação das ações empreendidas pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), instituído em 1937.
4. 
Sobre a relação que o patrimônio histórico estabelece com a identidade, são feitas as seguintes afirmações:
I - O ato de conservação ou preservação de um determinado patrimônio vinculado à história de um país contribui para a construção de uma narrativa histórica do passado, e também para uma determinada memória social.
II - O ato de conservação ou preservação é democrático por definição, sem implicar seleções ou recortes no passado, e sem influenciar em questões identitárias e de reconhecimento.
III - O ato de conservação ou preservação é isento de componentes políticos e ideológicos, pois todos compartilham da mesma ideia do que é pertencer a uma nação.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
A. 
Apenas a I.
Está correta apenas a afirmativa I, pois o ato de conservação ou preservação de um determinado patrimônio vinculado à história de um país contribui para a construção de uma narrativa histórica do passado, e também para uma determinada memória social, mas não é democrático por definição, justamente porque o processo de escolha sobre o que conservar e preservar pressupõe questões políticas e ideológicas.
5. 
A educação patrimonial pode ser considerada uma ferramenta que objetiva reforçar as identidades e a diversidade étnica e cultural da população brasileira. 
Sobre o trabalho com essa ferramenta nas escolas, é possível afirmar que:
Resposta correta.
B. 
não tem uma etapa específica da Educação Básica para ser desenvolvida, e pode ser trabalhada a partir de múltiplos temas.
A educação patrimonial não se limita a uma etapa específica da Educação Básica e pode ser trabalhada a partir de múltiplos temas, pois seu ensino pressupõe ações multidisciplinares e pluriculturais.
1. 
O final da década de 1980 e início da década de 1990 foram marcados por uma série de eventos conflituosos em escala mundial. Entre esses conflitos destacam-se a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética, a hegemonia do capitalismo, a desmilitarização dos países da América do Sul. Contudo, todos estes fenômenos são aspetos de um processo global que, tanto na academia quanto no ambiente educativo, por um lado, e na sociedade civil e no cenário político, por outro, destacam a existência de uma revisão profunda das histórias nacionais e locais, uma reconsideração do passado que implica mudanças significativas na história acadêmica e transformações equivalentes na história escolar. Assim, podemos afirmar que as mudanças significativas no ensino de História, no ambiente escolar, significam que:
Resposta correta.
C. 
Os professores de História deverão mudar sua metodologia de ensino, ampliando as abordagens didáticas em sala de aula.
Os livros didáticos servem como um dos apoios disponíveis aos professores. Contudo, existem outros materiais que devem ser considerados em sala de aula. Desta forma, as escolas devem estimular e apoiar os professores no processo de desenvolvimento didático das aulas, por meio de fomento à pesquisa, ao debate e eventos direcionados à disciplina. Conforme os PCNs de História, o professor deve, diante às transformações do mundo globalizado, abordar, de forma ampla, os conteúdos didáticos, trazendo para dentro da sala de aula assuntos interessantes, para trabalhar os acontecimentos históricos, sem, com isso, ficar "preso" aos livros didáticos. Lembrando que, a gestão acadêmica deve dar apoio a todos os professores da escola, fomentando, assim, um ensino interdisciplinar e multidisciplinar em sala de aula. Os laboratórios de ensino são destinados às disciplinas de Física e Química. Sendo assim, não há um espaço circunscrito para o ensino de História.
2. 
Até o final dos anos de 1980, o ensino de História ficou sob a influência do pensamento positivista, por meio do qual a história "contada" era a história que valorizava o Estado, a pátria e o nacionalismo. Pode-se entender que ela era contada pela ótica dos "vencedores", dos "heróis", dos mártires. Contudo, diante desta nova perspectiva, podemos afirmar que o ensino de História, em sala de aula:
Resposta correta.
A. 
Passou a valorizar todos os sujeitos, fatos e olhares históricos.
A nova história, ou "microhistória", valoriza todas as personagens históricas, ou seja, os homens comuns são tão importantes quanto os heróis que compõem a nossa história. Os "derrotados" têm sua versão tão válida quanto a do vencedor. Já, a flexibilização do olhar do sujeito permite que a história, ou melhor, os fatos, sejam observados em óticas diferentes. Logo, ela não se enfraquece, mas se fortalece diante da multiplicidade dos olhares. O ensino de História não criou novos heróis, apenas humanizou as personagens históricas. E o professor deve saber trabalhar com os conteúdos contidos nos livros didáticos de História, fazendo as devidas considerações e ressalvas sobre os fatos históricos. O ensino de História, em sala de aula, será aberto a novos conteúdos didáticos que poderão compor a ementa da disciplina, permitindo, assim, um ensino mais dinâmico e prático.
3. 
Segundo Carretero et al. (2007, p. 20), a História não se preocupa apenas com o uso atual das lembranças herdadas, mas tem, entre seus imperativos, ser verídica (apoiar-se sobre a evidência empírica do passado) e buscar, ativamente, as lembranças esquecidas, o dar conta de todo o sucedido, descrevê-lo e explicá-lo. Mesmo que descreva situações passadas, seu objeto de estudo é a mudança, e o tempo é a dimensão que o sustenta. Por isso, seus produtos costumam aparecer de forma narrativa. E aqui está outra de suas peculiaridades: não é importante apenas o que se conta, mas também como se conta. As descrições que f:az são, ao mesmo tempo, explicações, além de ter componentes ideológicos e morais dificilmente evitáveis, misturados na própria retórica que constitui o relato. Logo, podemos afirmar que o papel do historiadoré:
Resposta correta.
A. 
Um contínuo vai e vem entre os acontecimentos do passado e as especulações sobre o futuro.
O trabalho do historiador é o de um observador crítico da própria história, visto que, através do olhar sobre o passado, ele cria possibilidades teóricas sobre o futuro. Assim, o estudo do historiador é mais do que observar os fatos ocorridos, mas extrair elementos que possam unir novas teorias. O papel da História é observar todas as nuanças que compõem uma sociedade. Logo, a disciplina de História não observa apenas o comportamento político, mas também o econômico, o social, o cultural etc. E a historiografia é uma ciência que contém os mesmos elementos das demais, além de ocupar o mesmo status de seriedade e importância no seio acadêmico. Desta forma, o historiador deve ser um profissional que considera todos os fatos como sendo importantes para a construção do saber histórico.
4. 
O processo de construção histórica se faz através do conjunto de objetos culturais, que podem ser materiais e/ou imateriais, herdados pela sociedade. É por meio dessa herança que cada sociedade passa a constituir o patrimônio histórico. Contudo, para que esses elementos (materiais e/ou imateriais) sejam incorporados à cultura de uma comunidade, ela deve fazer parte das vivências e experiências de cada indivíduo que a compõe. Assim, podemos afirmar que isso implica:
Resposta correta.
E. 
Atribuir aos objetos e fatos históricos um valor simbólico.
Toda sociedade deve reconhecer em seus símbolos os elementos que a compõe, tais como a sua história, os sujeitos históricos, os fatos sociais, a constituição da própria bandeira, do hino etc. Desta maneira, todos os fatos são importantes para o historiador, pois são eles que compõem a história de uma sociedade. Também podemos pensar que todos os elementos, sejam eles materiais ou não, são importantes para a História, pois o conjunto desses elementos permite que o historiador compreenda a ciência da História. E todos os documentos são importantes para o fator histórico da sociedade. São eles que permitem remontar o perfil de uma determinada época, os seus valores, o pensamento, a prática social e a estratificação que a compõe. A história é sempre dinâmica e atual. Para tanto, ela deve ser, de tempo em tempos, revisada e atualizada, evitando, assim, que haja distorções históricas.
5. 
Segundo Carretero et al. (2007), o estudo da memória coletiva prestou escassa atenção às questões relacionadas à história escolar e às profundas transformações e debates que se produzem em torno dela. A escola é, justamente, um dos cenários onde as sociedades disputam as memórias possíveis sobre si mesmas. Logo, podemos afirmar que o papel da escola deve ser o de:
Você acertou!
D. 
Favorecer um ambiente propício ao debate histórico, permitindo que todos os alunos, os professores e a sociedade civil façam parte da construção do saber.
Segundo os PCNs, a escola deve ser um centro de debate e de discussão democrática, onde todos os sujeitos, sejam da escola ou da sociedade civil, participem da construção do saber. Os conflitos ideológicos são necessários em sala de aula para que, a partir do debate, os alunos possam extrair uma síntese do tema. Com isso, os temas devem ser livres e, obviamente, seguir o cronograma do professor. A partir deles, o educador deve iniciar as discussões junto aos alunos. A escola deve ser laica e liberal, ou seja, as questões sobre a política, a economia e a religião devem ser discutidas livremente. E o professor tem a livre cátedra para, diante de seu planejamento, definir como tratar cada tema específico.
1. 
A função básica da historiografia, enquanto ciência, nos últimos duzentos anos, foi gerar memória e biografias coletivas baseadas no passado. Isso ocorreu porque se entendia que éramos herdeiros destes últimos anos. A disciplina passou da grande história, que até o Iluminismo foi hegemônica no mundo ocidental, a um novo patamar. Entre as alternativas, identifique aquela que se refere a esse novo patamar:
Você acertou!
A. 
História social.
A história social é um gênero historiográfico que ganhou espaço entre os historiadores, à medida que se desmitificou a história geral. As sociedades anteriores, os grandes feitos, as epopeias cedem lugar a novas formas de encarar a história revelando um mundo mais complexo, no qual os objetos de pesquisa deixam de ser o enfoque somente das elites e passam a envolver também as mudanças sociais e os novos atores pertencentes às classes inferiores.
2. 
O ceticismo radical do homem da modernidade e suas ações universalizantes, destinadas a gerar novos acontecimentos, provocaram a queda no potencial mítico do épico moderno que trouxe as dúvidas mais corrosivas sobre nossa capacidade de compreender os sujeitos do presente ou do passado, como um efeito naturalmente determinado por uma realidade social ou material sobre a qual se podiam fazer previsões de caráter mais ou menos científico. A crítica recente sobre esse pensamento destaca que as ações e os pensamentos dos atores sociais não são meras determinações das condições sociais ou materiais. Logo, podemos afirmar que a história é:
Resposta correta.
C. 
dinâmica e construída através do diálogo das diversas vozes sociais, e não mais por um fator predeterminista.
Apesar da pressão que as estruturas sociais ou materiais exercem sobre os indivíduos, existe uma mediação discursiva de uma linguagem histórica e socialmente sucedida que permite aos indivíduos agirem com e sobre essa realidade, afastando, assim, o predeterminismo.
3. 
Segundo Carretero et al. (2007), o ceticismo radical da nova abordagem da historiografia na modernidade colocou em xeque o modelo instituído pela antiga didática historiográfica, que, por meio de uma abordagem positivista, apresentava a história de forma sequencial, cronológica e tendenciosa. Logo, podemos afirmar que, com a nova abordagem historiográfica, o profissional de História:
Você acertou!
E. 
passou a ser mais crítico e atuante no processo de análise da história.
A nova abordagem levou os professores, pesquisadores e alunos em formação docente a desenvolverem olhares mais críticos sobre os fatos sociais históricos.
4. 
Com a nova abordagem da história, conclui-se que a realidade passada não fala por si, que não há diálogo possível entre o passado e o observador do presente. A crítica pós-moderna destacou que a História como disciplina, assim como a história como grande relato, também se sustenta em uma retórica de origem social. Firma-se em uma linguagem politicamente instituída, mas passível de desconstrução pelos grossos muros erguidos pela disciplina desde o século XIX. Isso significa que:
Você acertou!
A. 
A História, enquanto disciplina, pôde estudar e analisar todos os eventos de forma mais aprofundada e complexa.
A história passou a observar os eventos com mais criticidade, investigando, de forma mais profunda e complexa, os motivos que compuseram tais eventos, permitindo, assim, uma liberdade de leitura sobre os fatos.
5. 
Segundo Carretero et al. (2007), na construção dos relatos da história de um povo (Brasil, por exemplo), não se pouparam esforços humanos nem recursos materiais na criação de sedutoras epopeias, metarrelatos teológicos em que cada sujeito – individual ou coletivo – ocupava seu lugar preciso em uma longa cadeia em que passado e futuro se uniam com os laços da onipresente humanidade. Dessa maneira, podemos afirmar que esses relatos demonstram que:
Resposta correta.
B. 
Há uma necessidade de criar uma história que eleve o imaginário humano para os eventos de forma heroica e divina de uma nação.
Os feitos heroicos, ou fatos surpreendentes, fazem parte de uma metalinguagem que permite contar a história de um povo através de uma narrativa espetacular, mítica e reveladora.
1. 
De acordo com Carretero et al. (2007, p. 66), alguns profissionais começaram a questionar as vistosas epopeias construídas pelo liberalismo e sua crítica, o socialismo. Para eles, especialmente em função da rebeliãode uma natureza supostamente dominada ou dos acontecimentos sociais, os relatos sobre a liberação humana ficaram reduzidos a meros artefatos retóricos já esgrimidos por nossos ingênuos ou malévolos antepassados. Os autores, nessa passagem, citam um acontecimento social de relevância para a nossa história. Trata-se da:
Resposta correta.
E. 
Queda do muro de Berlim.
A queda do muro de Berlim é um marco da reunificação da Alemanha e da chegada da Nova Ordem Mundial, transformando, assim, toda a nossa história contemporânea.
2. 
À medida que a disciplina avança, no decorrer do curso, revela-se no professor a impostura do oferecimento, pois ele vai separando o bom do mau, o relevante do dispensável, tornando-se, assim, uma espécie de malha fina epistemológica. Segundo Carretero et al. (2007), o professor que assume essa postura é denominado de:
Resposta correta.
D. 
Legislador do saber.
Por decisão própria, o professor restringe os conteúdos da disciplina a um único relato histórico, considerando seus próprios interesses e afinidades estéticas ou éticas.
3. 
Segundo Carretero et al. (2007, 66-72), no interior da disciplina, entende-se, ao contrário, que seus membros são investidos naturalmente de tais habilidades, e os departamentos operam com critérios exclusivamente curriculares. Esta é uma situação concreta e manifesta que a eficiência na construção de conhecimento é claramente aperfeiçoável, e que esse processo atinge o aluno do ensino superior. A retórica disciplinar, em seu encastelamento universitário, produz a assimilação do outro futuro em um duplo sentido. Logo, podemos afirmar que o termo "encastelamento" significa:
Você acertou!
A. 
Um isolamento do professor em sua prática de ensino em sala de aula.
O encastelamento dos professores é, de certa forma, um problema no sistema de formação e de prática docente, pois o profissional de História decide o tema, a forma, a abordagem e os valores morais e éticos de cada evento abordado. Logo, há um distanciamento desse professor com os demais colegas e setores escolares.
4. 
Segundo Carretero et al. (2007, p. 71), a atividade docente dos historiadores profissionais tem levado a sérias consequências sociais, uma vez que a disciplina deveria auxiliar o indivíduo a ampliar a discussão e o novo consenso sobre a função da própria historiografia. Na atualidade, os historiadores têm contribuído para gerar um tipo de pessoa mais parecida com a imagem de cidadãos de "segunda classe" que é, de certa forma, muito parecido com o modelo liberal doutrinário do século XIX, que reservou às classes populares um papel passivo sobre a história. Sendo assim, podemos afirmar que o ensino de História, na atualidade, deve:
Resposta correta.
C. 
Ser mais crítico e possibilitar a formação de pessoas capazes de analisar, de forma ativa, sua própria cultura e história.
Hoje, os historiadores contribuem para gerar pessoas mais parecidas com a imagem de cidadãos de segunda classe que o liberalismo doutrinário do século XIX que reservou às classes populares cidadãos responsáveis, capazes de enfrentar sociedades mais instáveis e plurais, nas quais antigas ideias de verdade ou moral dificilmente se mantêm erguidas sobre seus velhos pilares.
5. 
Segundo Carretero et al. (2007, p. 72), talvez tenha chegado o momento de substituir a epistemologia universalizante por uma hermenêutica do estranhamento, para nos situar ante a pluralidade das experiências humanas e enfrentar a nossa própria eventualidade antropológica. Uma atividade destinada a construir biografias de pessoas no tempo em que todos possamos participar; uma hermenêutica que propicie o reconhecimento da irrenunciável alteridade não apenas de quem nos precedeu no passado, mas também dos "outros" contemporâneos, daqueles com quem podemos dialogar, escutando e lendo seus textos com certo relativismo moral e ceticismo epistemológico, únicas posições a partir das quais seria possível captar os diferentes olhares. Sobre a proposta de ensino de História, numa perspectiva hermenêutica, podemos afirmar que se trata de um(a):
Resposta correta.
B. 
multiplicidade de olhares e contribuições dos agentes históricos na compreensão dos fatos.
A hermenêutica, como capacidade de entendimento do individuo sobre os fatos, é fundamental para que o ensino de História seja coparticipativo e não de uma "voz" única e solitária. A história é múltipla e dinâmica, e todos os indivíduos são agentes desse processo de construção histórica.
1. 
O Ensino de história nas escolas está se modificando e incorporando maior dinamicidade no que diz respeito aos
processos de comprovação da veracidade e a própria captação de fontes. Se antes memorizavam-se os fatos para conhece-los, hoje é necessário compreender os processos.
Acerca das mudanças no ensino de história na Educação Básica, analise as assertivas abaixo:
I - o ensino de história deve servir como elemento de construção do sujeito como ser consciente de sua responsabilidade ética, capaz de analisar criticamente o mundo, autônomo e que reconheça a si mesmo como agente da sua própria história e da história do mundo.
II - O ensino da história tem como premissa a compreensão de princípios, conceitos e os processos pelos quais se desenrolam os acontecimentos históricos.
III – O estudo de história deve promover um constante questionamento ao passado para que, a partir dos processos identificados possamos responder aos processos atuais.
IV – O ensino de história apoia-se em relatos e memórias, que são fontes preciosas de informação, por isso, as metodologias de ensino devem priorizar a memorização dos fatos.
Assinale a alternativa em que aparecem as assertivas  verdadeiras
Resposta correta.
B. 
I, II e III, apenas
As memórias e relatos são, de fato, importantes fontes de informação, contudo a metodologia de estudos não apoia-se necessariamente na memorização, pois o ensino deve priorizar o constante questionamento ao passado para a compreensão de processos, conceitos e princípios que nos auxiliam na compreensão do presente, além disso, como sujeitos históricos, os alunos, ao envolverem-se nesses estudos precisam desenvolver a responsabilidade ética e a crítica sobre todos os processos, de forma autônoma
2. 
Há ainda historiadores que defendem o modelo historiográfico segundo o qual o papel da disciplina de História, no presente, é o de recuperar o passado, restituí-lo e comunicá-lo aos nossos contemporâneos. Esse modelo historiográfico, que, por sinal, tem sido amplamente questionado, é chamado de:
Resposta correta.
E. 
Positivismo.
A ciência positivista, desenvolvida no século XIX, cujo principal representante foi Augusto Comte, defendia que a história deveria ser apenas um instrumento de relato dos fatos, acrítica, neutra, cronológica, entre outros aspectos.
3. 
A história é ampliada em seu alcance como disciplina, pois difunde a ideia de que a história não serve somente para explicar o presente, mas o presente pode ser explicado historicamente. Portanto, o que essa perspectiva defende?
Você acertou!
A. 
Uma dialética entre o passado e o presente.
O que se defende a partir dessa perspectiva é uma dialética passado/presente, na qual o contemporâneo adquire um sentido muito mais complexo que a noção clássica determinada por fatores cronológicos convencionais.
4. 
O ensino de História não tem uma missão puramente intelectual, dirigida ao acúmulo de conhecimentos, ao enciclopedismo, à memorização ou à formação teórica, mas se orienta, sobretudo, em outra direção, na qual a aprendizagem é alcançada quando um indivíduo é capaz de realizar, de maneira digna de confiança, novas ações para encarar suas próprias inquietações e as dos demais. Dessa maneira, podemos afirmar que o ensino de História, na atualidade, deve:
Resposta correta.
C. 
Levar o aluno ao raciocínio crítico, independente e interdisciplinar.
Hoje, o ensino deve integrar diferentes dimensões da aprendizagem: valores, habilidades básicas, conceitos e raciocínios de áreas de conhecimentoe desenvolvimento cognitivo.
5. 
O diagnóstico inicial que os teóricos da educação enfrentaram no processo de reforma e análise dos objetivos do ensino na disciplina de História estava diretamente ligada à distância entre os conteúdos ensinados e seu afã enciclopédico, com forte preponderância de metodologias expositivas, além das disciplinas envolvidas na cadeira que se articulavam de forma fragmentada e excludente das demais. Logo, dentre os novos objetivos do ensino de História, na atualidade, podemos citar:
Resposta correta.
D. 
A necessidade de aproximar a história à realidade do aluno.
O novo sentido que se queria dar à disciplina seria, necessariamente, o de procurar respostas para as deficiências detectadas no ensino, tais como a aproximação à realidade dos estudantes, a passagem para uma visão mais integrada da sociedade, no sentido da transdisciplinaridade no tratamento dos conteúdos, e a exigência de uma estratégia mais seletiva na definição dos conteúdos, a fim de permitir que o aluno procure as respostas e resolva os problemas, mais do que escutar e memorizar as informações.
1. 
Sobre a identidade cultural no Brasil são feitas as seguintes afirmações:
I. O IBGE estabeleceu que temos cinco identidades culturais no Brasil: branca, preta, amarela, parda e indígena.
II. O conceito de identidade cultural é uma definição que se vincula diretamente com as identidades étnico-raciais.
III. A identidade cultural do brasileiro é determinada pelo seu nascimento.
Qual(ais) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
B. 
Apenas II.
O IBGE utilizou, no censo de 2008, cinco categorias para classificar a população brasileira por cor ou raça, mas não determinou que cada uma delas tivesse uma identidade cultural uniforme ou diferente. O conceito de identidade cultural é uma definição que se vincula com as identidades étnico-raciais, mas existem muitos atravessamentos que ultrapassam a cor da pele de uma pessoa. O pertencimento de alguém a uma cultura extrapola, portanto, o local de nascimento dessa pessoa.
2. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), desde sua promulgação em 1996, foi modificada para incorporar as demandas históricas de coletivos e movimentos sociais, que lutavam para que a educação brasileira contemplasse sua cultura e história. Assinale a alternativa correta sobre a Lei n.º 11.645, de 10 de março de 2008.
Resposta correta.
C. 
Institui a obrigatoriedade de conteúdos da história e da cultura africana e indígena, em diferentes disciplinas, com modificação de práticas pedagógicas.
A Lei n.º 11.645 institui a obrigatoriedade de conteúdos da história e da cultura africana e indígena, para serem trabalhados em diferentes disciplinas, levando a uma modificação das práticas pedagógicas em vigor, pois tendem ao monoculturalismo.
3. 
Foram muitas as interpretações elaboradas sobre a formação da sociedade brasileira e a construção de sua identidade, cada uma trazendo as marcas do período em que foi elaborada. Assinale a alternativa que contém uma definição correta do mito da democracia racial.
Você acertou!
A. 
É uma forma de descrever as relações étnico-raciais no Brasil, que dissolve os conflitos, as hierarquias raciais estabelecidas e os privilégios raciais ao apontar para a miscigenação do povo brasileiro e o convívio pacífico entre as raças.
O mito da democracia racial no Brasil é utilizado para fazer referência às relações étnico-raciais no país, levando a uma interpretação de pacifismo nessas relações, decorrente da miscigenação da população ao longo da formação histórica.
4. 
Sobre os processos diaspóricos e migratórios da história do Brasil são feitas as seguintes afirmações:
I. Atravessaram toda a história do Brasil, do período colonial até os dias de hoje, e os contatos étnicos-culturais estabelecidos foram/são fundamentais para a constituição das identidades culturais brasileiras.
II. Caracterizaram-se por diferentes políticas públicas, que ora tinham como objetivo construir uma unidade nacional, ora visavam respeitar e preservar a pluralidade étnico-cultural que compõe a sociedade brasileira.
III. Concentraram-se somente em algumas regiões do Brasil, como no sul e no sudeste, o que explica as colônias de imigração europeia presentes nessas localidades.
Qual(ais) afirmação(ões) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
Apenas I e II.
Os processos diaspóricos e migratórios foram uma marca de toda a história brasileira, seguindo até os dias de hoje. Em diferentes momentos da nossa história, atenderam a objetivos políticos específicos e resultaram em diferentes políticas públicas – ora assimilacionistas, ora pluriétnicas. Além disso, esses processos compreenderam todo o território brasileiro.
5. 
Para que a educação seja inclusiva e com respeito à diversidade, muitas mudanças precisam ser feitas nas práticas pedagógicas. A educação intercultural, ao ser colocada em prática no ensino de história, pressupõe as seguintes ações por parte dos entes educativos:
Resposta correta.
B. 
Repensar as práticas pedagógicas, reformular os conteúdos dos currículos e materiais didáticos e estimular a formação continuada dos professores.
A educação intercultural extrapola a mera incorporação de determinados conteúdos no ensino de história. Ela significa um questionamento em relação às práticas pedagógicas, a forma como os conteúdos são organizados e trabalhados nos currículos e nos livros didáticos, e pressupõe uma formação constante e continuada dos professores.
1. 
Sobre a definição de "cidadão" e de "cidadania", assinale a alternativa CORRETA:
Resposta correta.
A. 
Os conceitos de "cidadão" e de "cidadania" são históricos e se relacionam diretamente às realidades as quais dizem respeito.
Os conceitos de "cidadão" e de "cidadania" têm historicidade e se alteram conforme a época e o espaço, dependendo, também, de aspectos culturais das sociedades. 
2. 
Sobre a noção de cidadania no século XXI, assinale a alternativa que apresenta corretamente a relação entre a realidade a ser enfrentada e a solução do ponto de vista da garantia de direitos:
Resposta correta.
B. 
Sociedades multiculturais e pluriétnicas – cidadania ampliada, com garantia à diversidade cultural.
A passagem para o século XXI nos demonstra a complexificação das questões culturais e étnicas nas sociedades, exigindo uma compreensão de cidadania que garanta a diversidade cultural.
3. 
Leia as seguintes afirmativas, que dizem respeito à noção de "cidadania":
I) A compreensão do conceito de cidadania implica, necessariamente, um entendimento da conquista de direitos através de confrontos e lutas da sociedade organizada ou agindo autonomamente.
II) A conquista de direitos, por parte dos cidadãos, deveu-se a inúmeras lutas em todo mundo, com a exceção do Brasil, onde os direitos foram um ganho conferido pelo Estado.
III) Os trabalhadores, no Brasil, conseguiram garantir seus direitos apenas durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
A. 
Apenas I.
A compreensão do conceito de cidadania implica, necessariamente, um entendimento da conquista de direitos através de confrontos e lutas da sociedade organizada ou agindo autonomamente. No entanto, essa realidade não faz o Brasil ser diferente em relação aos outros países e às lutas da sociedade civil.
Ainda, em relação aos trabalhadores, seus direitos passaram a ser assegurados pelo Estado a partir da década de 1930, portanto, antes da ditadura civil-militar de 1964.
4. 
Em relação ao ensino de História e a cidadania, é CORRETO afirmar que:
Você acertou!
E. 
As políticas públicas para a educação no Brasil, incluindo as diretrizes para o ensino, preocuparam-se com uma formação cidadã desde o início do período republicano, mudando as concepções de cidadania ao longo do tempo.
Desde a Proclamação da República existe uma preocupação na educação em "formar cidadãos". Contudo, a definição de cidadania presente nessas políticas públicas e diretrizes mudaram ao longo do tempo, evidenciando que o conceito tem historicidade e atende certas demandaspolíticas e ideológicas.
5. 
Em relação ao ensino de História, a cidadania e a diversidade cultural, são feitas as seguintes afirmações:
I) As mudanças do novo milênio, como a hibridização das identidades culturais e sociais, afetam a concepção de cidadania, mas não têm nenhuma repercussão no ensino de História.
II) A interculturalidade e o multiculturalismo são perspectivas pedagógicas que podem contribuir para o professor de história garantir um ensino e uma aprendizagem que respeitem a diversidade cultural.
III) Ao trabalhar com uma perspectiva de respeito à diversidade cultural em sala de aula, o professor de história cria espaços para o reconhecimento e a valorização das identidades.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
Apenas II e III.
O ensino e a aprendizagem de História tornaram-se atividades complexas e desafiadoras em um mundo em que há uma intensa hibridização das identidades culturais e sociais. Por isso, é fundamental que estabeleçamos um diálogo entre nossa disciplina e os princípios da interculturalidade e do multiculturalismo para abarcarmos a diversidade cultural de nossa sociedade, criando espaços de inclusão, identidade e reconhecimento para os diferentes grupos culturais e étnicos que nossos alunos pertencem.
1. 
Diferentes materiais podem ser utilizados em sala de aula como suporte para as atividades de ensino e aprendizado, e um deles é o livro didático. Assinale a alternativa que contém uma definição correta do que é um livro didático.
Resposta correta.
B. 
Um livro didático é um produto cultural, que reflete as dimensões culturais, políticas e sociais de uma sociedade, e é utilizado em sala de aula com finalidades educacionais. 
O livro didático é um instrumento utilizado em sala de aula para complementar as atividades de ensino e aprendizado. Esse produto explicita, a partir das escolhas efetuadas pelos autores de acontecimentos, de temas, de estruturação de narrativas, seus posicionamentos ideológicos, políticos e sociais, trazendo marcas do momento em que foi elaborado. Por isso, podemos afirmar que o livro didático é um produto da cultura que o elabora.
2. 
Sobre a utilização dos livros didáticos como fonte para pesquisas, são feitas as seguintes afirmações:
I) Os livros didáticos podem ser utilizados como fontes de pesquisa única e exclusivamente de pesquisas históricas.
II) Os livros didáticos permitem compreender outras dinâmicas da cultura escolar, da constituição do currículo e de práticas docentes.
III) Os livros didáticos podem ser transformados em fontes históricas, desde que possibilitem responder às perguntas direcionadas a eles.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
E. 
II e III.
Os livros didáticos podem ser utilizados como fontes de pesquisas para as mais diferentes áreas do conhecimento, não se limitando ao campo da história. A limitação do uso desse material como fonte está nas perguntas que o pesquisador elaborará ao material, e nas possibilidades de respostas contidas no livro didático. Por fim, o estudo dos livros didáticos permite desvelar os meandros da educação, evidenciando práticas de ensino, organização de currículo e outras dinâmicas da cultura escolar.
3. 
Assinale a alternativa que apresenta a principal contraposição entre uma prática tradicional de utilização do livro didático na aula de História e uma prática vinculada a reflexões mais contemporâneas:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Uso do livro didático como "verdade" absoluta – uso do livro didático com espaços para a criação e a experimentação por parte do aluno.
Durante muito tempo, o conteúdo do livro didático foi considerado por alunos e professores como uma verdade absoluta, como se não tivesse uma autoria ou não fosse produzido a partir dos mesmos princípios da produção de outros bens culturais. Recentemente, os livros didáticos têm proposto mais atividades que levam em consideração o protagonismo dos alunos, permitindo que eles criem a partir do conteúdo presente naqueles materiais.
4. 
Sobre o livro didático enquanto produto cultural, são feitas as seguintes afirmações:
I) Compreender um livro didático como uma mercadoria não exclui a possibilidade de entendê-lo como um produto cultural.
II) O livro didático não tem influência sobre a forma como os alunos passam a conceber a história e a cultura.
III) Juntamente com outros produtos culturais, o livro didático estabelece certas representações que são fundamentais para a compreensão da alteridade e o respeito à diversidade.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
D. 
Apenas I e III.
Compreender um livro didático como uma mercadoria não exclui a possibilidade de entendê-lo como um produto cultural, pois a cultura não exclui e também não é excluída pelas análises econômicas. Por ser um produto cultural, o livro didático é influenciado e influencia a forma como os alunos concebem a história e a cultura, juntamente com outros produtos culturais. Esse conjunto de "bens culturais" estabelece certas representações que são fundamentais para a compreensão da alteridade e o respeito à diversidade.
5. 
Leia o trecho abaixo:
"Então, o texto didático pode se tornar um importante instrumento para diminuir a distância entre a pesquisa histórica e o conhecimento escolar, os quais funcionam, ainda nos dias de hoje, como linguagens quase opostas. Pesquisa e ensino se encontram em poucos momentos, senão em parcos instantes de fuga que certos professores realizam em relação aos currículos. É um descompasso o que há entre a investigação e o ensino de história."
Nilton Mullet Pereira. Representações da Idade Média no Livro Didático.
A partir da leitura do texto, poder-se-ia afirmar que uma das possibilidades de uso do livro didático seria: 
Resposta correta.
B. 
Como forma de instigar a prática da pesquisa histórica em sala de aula.
O texto demonstra que a prática de pesquisa histórica pode ser uma forma de aproximar a pesquisa e o ensino, e pode ser uma habilidade a ser desenvolvida por alunos, mas também por professores na educação básica, rompendo com a postura de passividade em relação à recepção de conteúdos provenientes da academia.
1. 
Ao longo dos séculos de existência, as características conceituais e estruturais do trabalho sofreram importantes mudanças que redefiniram as formas de produção e consumo de bens. Essa é a razão pela qual os estudiosos reconhecem momentos distintos e até antagônicos desse processo conceitual. Sobre isso, pode-se afirmar que: ​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Alguns povos da antiguidade consideravam o trabalho como algo inferior ligado ao sofrimento, enquanto outros povos, do fim da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea, chegaram a relacionar o trabalho com progresso e riqueza.
Pode-se perceber o antagonismo e a contradição do conceito de trabalho ao longo do tempo, pois enquanto alguns consideravam o trabalho como algo inferior, outros diziam que ele era fonte de progresso e riqueza. Inicialmente, o trabalho era visto, como a origem do próprio nome, como algo que lembrava sofrimento e hoje ainda se pode observar antagonismos e contradições, pois existem teorias e realidades que propõem o trabalho como forma de realização pessoal e felicidade.
Diante disso, não se deve pensar na história do trabalho com base em uma linearidade, estudando o tema como algo que sempre apresentou os seus aspectos negativos, caso contrário não se teria antagonismos. A realidade atual, também não linear, não é somente resultado da Revolução Industrial, mas há teorias que possibilitam contradições. A história do trabalho não pode ser investigada apenas pelo ponto de vista marxista. A atualidade propõe a diversidade de análises.
2. 
Conforme Arendt (2004, p. 91), o desprezo apresentado pela Grécia antiga era “originalmente resultante da acirrada luta do homem contra a necessidade e de uma impaciência não menos forte em relação a todo esforço que não deixasse nenhum vestígio, qualquer monumento, qualquer grande obra digna de ser lembrada”. Sobre essa afirmação, é CORRETO dizer que:
Resposta correta.
E. 
Otrabalho que exigia mais força física do que intelectual não era valorizado pelos povos da Grécia antiga porque não deixava um vestígio para ser lembrado como uma grande obra, apenas resultava na subsistência humana.
Porque os povos da Grécia antiga não valorizavam o trabalho que exigisse muito esforço físico por representar sofrimento e não deixar legados significativos para humanidade. Por toda a história da Grécia antiga, dos grandes pensadores e filósofos, é possível perceber que eles valorizavam a construção do intelecto e os trabalhos manuais eram destinados aos escravos ou aos de classes inferiores. E a escravidão desse período não era de característica étnica, como em outros momentos da história, mas por existirem escravos por guerras ou por dívidas que eram destinados às tarefas que exigiam esforço físico, vistas com demérito pela sociedade.
3. 
A expansão marítima foi um dos fatores que causaram o fortalecimento do comércio mundial. Um dos povos que iniciaram esse processo foram os fenícios, eles encontraram alguns entraves, que, absolvidos, originaram contribuições importantíssimas para a humanidade, dentre elas, pode-se destacar:
Resposta correta.
D. 
Criação do alfabeto e dos números.
Essa é a resposta correta, pois não se pode avançar nas transações comerciais sem essa evolução tão importante para a humanidade. Com o progresso de suas atividades comerciais, os fenícios tiveram expressivo destaque no desenvolvimento de embarcações que pudessem lhes colocar em contato com as diversas civilizações do mar Mediterrâneo. O deslocamento pelo mar acabou firmando uma ampla rede de rotas comerciais que garantia a circulação dos vários produtos que despertavam o interesse da poderosa classe mercante mantenedora desse tipo de atividade econômica. O sistema de símbolos fenício consistia em um alfabeto fonético composto por vinte e duas letras. Esse sistema de comunicação teve grande importância não só para os fenícios, mas também influenciou no longo processo que deu origem às letras que integram o alfabeto ocidental contemporâneo.
4. 
“A sociedade antiga, a sociedade feudal e a sociedade burguesa são exemplos de conjuntos de relações de produção. Em cada um deles caracteriza ao mesmo tempo uma etapa específica de desenvolvimento na história da humanidade” (Karl Marx). Que relação o autor pretende criar com essa afirmação?
Resposta correta.
B. 
O autor pretende apresentar a importância da relação de produção, da atividade dos trabalhadores e o contexto de cada época e sociedade, sendo o trabalho a essência do indivíduo, mas não o indivíduo em si.
Marx pretende apresentar a relação de produção, da atividade dos trabalhadores e o contexto de cada época e sociedade, sendo o trabalho a essência do indivíduo, mas não o indivíduo em si. Ele pretende expor a importância do trabalho na formação do ser humano e, como isso, configurou-se em cada etapa da história. Nesse contexto, o autor não limita a força do trabalho na relação dos próprios trabalhadores e suas condições precárias de submissão para a unidade mundial e não somente para a criação do socialismo, mas, acima de tudo, o trabalho como essência do homem no tempo.
5. 
Leia com atenção:
“[...] tornando supérflua a força muscular, a maquinaria permite o emprego de trabalhadores sem força muscular ou com desenvolvimento físico incompleto, mas com membros mais flexíveis. Por isso, a primeira preocupação do capitalista, ao empregar a maquinaria, foi a de utilizar o trabalho das mulheres e das crianças. Entretanto, a queda surpreendente e vertical no número de meninos empregados nas fábricas com menos de 13 anos de idade, que frequentemente aparece nas estatísticas inglesas dos últimos 20 anos, foi, em grande parte, segundo o depoimento dos inspetores de fábrica, resultante de atestados médicos que aumentavam a idade das crianças para satisfazer a ânsia de exploração do capitalista e a necessidade de traficância dos pais.” (MARX, K. O Capital: crítica da economia política. 19. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. Livro I, v. 1, p. 451 e 454).
Com base no texto, é CORRETO afirmar que:
Resposta correta.
E. 
O desenvolvimento da maquinaria na produção capitalista potencializou, no século XIX, o emprego do trabalho infantil. Naquele contexto, a legislação de proteção à criança pôde ser burlada, o que ainda se verifica, de certa maneira, no Brasil do final do século XX.   
O crescimento do uso das máquinas também permitia, de certa forma, que as indústrias burlassem a legislação de proteção à criança, o que ainda acontece, de alguma maneira, no Brasil do final do século XXI. A crítica ao desenvolvimento industrial, apresentada por Marx, não foi apenas ao sistema capitalista que se inaugurava, nem se refere aos avanços tecnológicos e da robótica contemporânea que substituiria a mão de obra humana na atualidade. A fala do autor representa a indignação quanto à realidade do desenvolvimento tecnológico das indústrias e, ainda assim, o uso do trabalho infantil.
1. 
Para estudar a religião é preciso ficar atento aos usos e sentidos dos termos que, em determinada situação, geram crenças, ações, instituições, condutas, mitos, ritos, entre outros. Além disso, o pensar religioso também pode ser colocado no domínio da História Cultural.
Diante isso, escolha a alternativa que conceitua o que é religião com base em sua origem primária.
Resposta correta.
E. 
Definido como religare (religação do ser humano com Deus) passa a religere (reeleger, como retorno a Deus).
Para a religião ser definida conforme suas origens na Antiguidade, o conceito precisa representar a ideia de ligar o homem ao sobrenatural, a um deus. Por issso,  religare (religação do ser humano com Deus) passa a religere (reeleger, como retorno a Deus.
2. 
Religiões, religiosidades e experiências religiosas se expressam em linguagem e formas simbólicas. Saber o que foi experimentado, vivido e como isso pode ser compreendido exige a capacidade de identificar coisas, pessoas e acontecimentos, por meio da nomeação, descrição e interpretação, envolvendo conceitos apropriados e linguagem. Atualmente, os estudos sobre religião e religiosidade valorizam os fenômenos religiosos de forma diversificada.
Por que a religião influencia na sociedade?
Resposta correta.
A. 
Há o reconhecimento de que as questões religiosas permeiam a vida cotidiana como religiosidade popular, sob formas de espiritualidade que fornecem elementos para construção de identidades.
A religião influencia na sociedade por que altera o modo de viver dos seres humanos, suas práticas, suas escolhas e, algumas vezes, sua alimentação e modo de vestir, os quais representam a expressão da religião. Essas características próprias de cada religião alteram as pessoas, fundamentam as culturas e, consequentemente, impactam na sociedade.
3. 
Analise a afirmativa e assinale a alternativa correta sobre as práticas religiosas ao longo do tempo.
Na Idade Média, a Igreja Católica tinha a prática de vender indulgências para que os seus fiéis pudessem comprar a salvação, assim como vendiam relíquias de santos da igreja. Um dos fatores que desencadeou a reforma protentastita e a divisão da Igreja.
Resposta correta.
C. 
A religião tem sua força influenciadora na sociedade desde o princípio, com algumas normas e regras de condutas que direcionam o sujeito conforme o contexto.
A religião é um conjunto de sistemas que faz parte da cultura humana e, da mesma forma que ela influenciou no passado as decisões políticas ou sociais, ela continua na atualidade tendo seu impacto nas ações e decisões das pessoas, o que acaba por direcionar o sujeito para o contexto desejado.
4. 
A religião está diretamente ligada aos princípios elementares do ser humano. Ao longo da história, a humanidade buscou na religião a resposta para seus anseios e dúvidas de fatos inexplicáveis sobre fatores sobrenaturais.
Qual é o princípio elementar encontrado na maioria das religiões?
Resposta correta.
B. 
O princípio elementar da religião, desde os primórdios da história da humanidade, é ligaro ser humano a algo sobrenatural, nomeado como Deus.
Todas as religiões têm seus princípios elementares, suas crenças, seus dogmas, suas diferenças e semelhanças; mas, todas elas têm um princípio em comum, o princípio de ligar ou religar o ser humano ao sobrenatural — Deus. 
5. 
Quais foram as primeiras formas de manifestações religiosas que surgiram na Antiguidade?
Resposta correta.
C. 
Uma das primeiras manifestações de sentimentos religiosos ocorreu na Antiguidade, nos períodos paleolítico e neolítico.
Uma das primeiras manifestações de sentimentos religiosos ocorreu na Antiguidade, nos períodos paleolítico e neolítico. Nesse momento histórico, o homem tinha um vínculo com a terra e com a natureza, na adoração à fertilidade.

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