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Redação_6ano_Módulo8

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 1 O que nos possibilita afirmar seguramente que o texto 
lido é uma ficção que se opõe à realidade cotidiana?
O fato de objetos de costura conversarem: agulha, linha e alfinete.
 2 Sabendo que se trata de um conto, por que a narrativa 
não provoca dúvidas ou indignação no leitor?
Porque a narrativa se inicia com “Era uma vez”, recurso típico dos 
contos de fadas. Sendo assim, o leitor espera ler situações 
inventadas que nem por isso são mentirosas.
3 Com base nas respostas dadas às questões 1 e 2 e na 
definição da palavra apólogo no Glossário, explique 
como podemos verificar a verossimilhança interna no 
texto de Machado de Assis.
O texto tem coerência com a proposta de um apólogo, uma vez que 
ilustra comportamentos humanos em seres inanimados, evidentes 
nos diálogos entre linha, agulha e alfinete. As personalidades desses 
personagens, embora sejam absurdas para objetos inanimados, têm 
compatibilidade com a postura arrogante, submissa ou conselheira de 
seres humanos reais.
4 A verossimilhança interna sustenta-se pela criação de 
um mundo ficcional no qual os fatos e as características 
possuem uma coerência que nos permite estabelecer 
relações e fazer previsões. O próprio discurso dos per-
sonagens linha, agulha e alfinete já nos aponta como 
eles vão se comportar na narrativa.
a) Retire do texto uma fala que melhor represente o 
comportamento de cada um dos personagens.
Agulha: “Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou 
adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu 
faço e mando...”. 
Linha: “Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da 
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que 
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para 
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? 
Vamos, diga lá.”.
Alfinete: “Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para 
ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha 
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. 
Onde me espetam, fico.”.
b) Defina cada personagem.
Resposta pessoal. O aluno pode interpretar a agulha como 
esforçada e ressentida pela ausência de reconhecimento, já que 
realiza um “trabalho de bastidor” para a linha aparecer; porém, 
também pode julgá-la vaidosa, afinal é ela quem começa a 
discussão com a linha, quando se sente incomodada com seu 
“ar insuportável”. No mesmo sentido, a linha pode ser vista 
como arrogante e soberba, pois se considera mais importante 
que a agulha; ou apenas uma vítima da percepção alheia, já que 
ela somente se manifesta diante das provocações da outra. Por 
fim, o alfinete provavelmente será descrito como observador e 
conselheiro, por perceber a dinâmica da relação das duas e alertar 
a agulha. 
5 As possíveis interpretações da história, juntamente com 
a própria definição de apólogo, indicam que também 
há verossimilhança externa na narrativa. Explique.
É evidente que o autor se inspirou em situações e personalidades 
reais para compor o texto, que guarda coerência com a vida que 
levamos. De acordo com a interpretação adotada, a linha pode 
representar as pessoas soberbas que se consideram melhores que 
as demais, ao passo que a agulha simbolizaria os indivíduos que, 
sem perceber, servem a essas pessoas que os inferiorizam e não 
têm nenhum reconhecimento pelo seu esforço; finalmente, o alfinete 
tomaria a posição dos que percebem as injustiças e abrem os olhos 
dos que se submetem aos arrogantes.
6 Cite ao menos duas situações reais presentes na socie-
dade que foram representadas pelo relacionamento 
entre linha e agulha. Para isso, adote a vertente inter-
pretativa que classifica a linha como arrogante e a agu-
lha como injustiçada.
Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Os jovens que alcançam 
suas vitórias pessoais e não valorizam todas as condições que os pais 
lhes deram para que isso acontecesse; os artistas que desprezam os 
próprios fãs, os quais contribuíram para o seu sucesso; os políticos 
que ignoram as necessidades da população que os elegeu e muitas 
vezes desviam o dinheiro público, entre outras situações.
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7 No final do texto (parágrafos 23 e 24), há um diálogo 
entre o narrador e um personagem a quem chama “pro-
fessor de melancolia”, ou seja, uma pessoa experiente 
e conhecedora desse sentimento de tristeza. Nesse 
momento, notamos que a narrativa é realista, ou seja, 
ela apresenta de forma clara a verossimilhança externa.
 Interprete a fala do “professor”, levando em considera-
ção que ele é uma pessoa experiente e madura. A que 
espécie de situação ele estaria se referindo?
Por se tratar de uma pessoa madura, mais experiente que o narrador, 
é provável que ele tenha se lembrado de vários momentos de sua 
vida. Assim, estaria se referindo à totalidade de múltiplas situações 
de não reconhecimento acumuladas ao longo da vida.
8 No conto “Um apólogo”, você deve ter notado que 
além de os personagens, em sua maioria, serem ob-
jetos e não terem nome 
próprio, são usados termos 
generalizantes, como “uma 
agulha”, “um novelo”, “mui-
ta linha ordinária”, entre ou-
tros. Qual é o efeito de sen-
tido que essa generalização 
produz? Explique.
A generalização torna a situação retratada exemplar. A presença de 
elementos textuais indefinidos e o fato de os protagonistas serem 
objetos garantem a possibilidade de associação das ideias às mais 
variadas situações cotidianas.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
1 A imagem acima é famosa. Nela, há uma frase em fran-
cês que, traduzida para o português, significa “Isso não 
é um cachimbo”. Essa referência artística se aplica ao 
conteúdo de verdade, mentira, ficção e verossimilhança 
porque:
a) a imagem não é de um cachimbo, logo, a frase é 
verdadeira por isso.
b) a frase é uma mentira, já que na imagem vemos 
realmente um cachimbo.
c) vemos a imagem de um cachimbo, e não o objeto 
em si; logo, a frase trata da verossimilhança.
d) a arte, representada pela pintura, trabalha com a 
verdade real, e a imagem do cachimbo está enga-
nando o leitor, conforme diz a frase.
 Leia a seguir o trecho de uma reportagem da revista 
Veja para responder às questões 2 a 4:
Nesta sexta-feira, a internet brasileira foi tomada 
pela história de Katie e Dalton Prager, que morreram 
com poucos dias de diferença, e são conhecidos nos 
Estados Unidos como o casal de carne e osso de A 
culpa é das estrelas, o best-seller de John Green leva-
do ao cinema com Shailene W oodley (Divergente) no 
papel principal. A associação de Katie e Dalton com o 
enredo é, na verdade, posterior à eclosão do livro: os 
dois são chamados pela imprensa americana de “the 
real couple” (“o casal real”) de A culpa pela semel hança 
entre a sua história e a de Green. O autor, porém, teve 
inspiração em outra pessoa para o livro: uma outra 
menina que ele conheceu e morreu de câncer em 2010, 
Esther Grace Earl.
René Magritte. La trahison des images (A traição das imagens), 1929 (óleo sobre 
tela, de 63,5 cm x 93,98 cm). Museu de Arte do Condado de Los Angeles.
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Esther Grace Earl teria inspirado o amigo John Green a escrever A culpa 
é das estrelas.
Esther morreu em 2010, aos 16 anos de idade, de câncer 
de tireoide. Ela era uma grande amiga do autor John Green, 
e apoiou seu desejo de escrever o livro. Em 2006, a garota foi 
diagnosticada com câncer e passou a ter dificuldades pararespirar, necessitando de um tanque de oxigênio sempre ao 
lado. Esther tinha uma presença muito grande na internet em 
redes sociais como Twitter e Tumblr, mas ficou bem conhe-
cida por ser uma vlogger (na era pré-Youtubers) com vídeos 
engraçados.
Em 2009, John Green e a garota se conheceram em uma 
conferência de fãs de Harry Potter e ali iniciaram uma ami-
zade, que durou até 25 de agosto de 2010, quando ela morreu. 
O autor lamentou muito a morte da amiga e até gravou um 
vídeo que foi publicado no canal dela no Youtube.
CONHEÇA a menina que inspirou ‘A Culpa É das Estrelas’. Veja, 23 set. 2016. Disponível em: 
<http://veja.abril.com.br/entretenimento/conheca-a-menina-que-inspirou-a-culpa-e-das-
estrelas>. Acesso em: 14 ago. 2019.
2 A história de Katie e Dalton Prager, assim como a pin-
tura do cachimbo, trabalha o tema da verossimilhança. 
Podemos afirmar isso porque: 
a) a imagem parece ser um cachimbo, mas não é, assim 
como a história do livro parece ser a desse casal, o 
que é negado pela reportagem.
b) a imagem é de um cachimbo, tal como a história 
do casal inspirador da obra é exatamente igual à 
narrativa desenvolvida no livro.
c) a imagem representa criativamente o objeto real do 
cachimbo, do mesmo modo que a história ficcional 
do casal ilustra os personagens do livro.
d) a imagem, com base nas cores e na forma, tem coe-
rência com a proposta de uma pintura, assim como 
os fatos vividos pelo casal também têm coerência 
interna com uma narrativa ficcional.
3 O fato de a história de Katie e Dalton Prager ter ocorri-
do após a publicação do livro e de eles serem tratados 
pela imprensa americana como “o casal real” mostra 
que o livro: 
a) conta uma mentira.
b) não tem verossimilhança externa.
c) conta uma verdade exata e específica.
d) tem verossimilhança externa.
4 Sabendo que o livro A culpa é das estrelas é classificado 
como “ficção juvenil”, assinale a alternativa correta:
a) Devemos acreditar que a história publicada por John 
Green é completamente real, pois conta a verdadeira 
história de Esther Grace Earl.
b) Os dados biográficos de Esther Grace Earl nos aju-
dam a entender a história do livro, proporcionando-
-nos até mesmo maior prazer na leitura.
c) O livro pode até ser “baseado em uma história real”, 
mas, como toda ficção que se inspira na realidade, 
não podemos crer que tudo no enredo ocorreu exa-
tamente daquele modo.
d) É impossível encontrar acontecimentos típicos de 
adolescentes e de pacientes com câncer diferentes 
dos que aconteceram com Esther Grace Earl, pois isso 
prejudicaria a verossimilhança externa da história.
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