Buscar

Ciclo 2 Aprendizagem_ o Processo de Aprender

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 1/14
CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM
CICLO 2 – APRENDIZAGEM: O PROCESSO DE
APRENDER
INTRODUÇÃO
Chegamos em um momento histórico em que nunca se soube tanto sobre o cérebro. Talvez a demora
em conhecer melhor o cérebro se deu devido a sua anatomia, suas estruturas são microscópicas e
impossíveis de ver a olho nu. A consciência não é observada como processo físico, tornando a mente
um processo subjetivo.
Há uma estimativa que indica descobertas recentes sobre o nosso cérebro. Sabemos mais do nosso
cérebro nos últimos 20 anos do que sabíamos desde os primórdios da Ciência. Esse movimento traz
uma segurança interessante sobre como o cérebro funciona e sobre como aprendemos, e é sobre isso
que discutiremos a seguir.
Uma sequência de descobertas científicas demonstrou a plasticidade da aprendizagem. Neste ciclo,
estudaremos a Prontidão para a aprendizagem – relação mente-cérebro, buscando compreender
sobre o funcionamento cerebral e o processamento emocional, através das contribuições da
Neurociência. A percepção de mundo e a forma como o cérebro trabalha são conhecimentos
necessários para as pessoas envolvidas com a formação no desenvolvimento humano e a gestão de
pessoas.
Outro fator é com relação às emoções na relação com o cérebro e o comportamento motivador. Já
se sabe que um cérebro emocionado aprende muito mais, consegue dar sentido para aquilo que
aprende e, consequentemente, apresenta um comportamento baseado em motivação, principalmente a
motivação intrínseca.
Tudo isso comporta um estímulo para a memória e aprendizagem. Vamos conhecer sobre a memória de
trabalho, tão necessária para que a aprendizagem ocorra de forma efetiva.
Por fim, estudaremos sobre a cognição, planejamento, autorregulação dos processos mentais e do
comportamento. A cognição é compreendida como a nossa capacidade de pensar sobre fenômenos
que ocorrem na realidade. Fazendo parte desse processo, é preciso que o homem utilize sua
inteligência para o planejamento de ações que facilitem sua melhor adaptação ao meio. Desta forma, é
necessário, em alguns momentos, diante de situações de estresse, que esse mesmo homem
desenvolva sua autorregulação emocional para o enfrentamento e resolução de problemas. E, assim, o
comportamento passará a apresentar atitudes e ações que vão contribuir para seu bem-estar geral.
PRONTIDÃO PARA A APRENDIZAGEM – RELAÇÃO MENTE-CÉREBRO
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 2/14
CÉREBRO E O PROCESSAMENTO EMOCIONAL
Para compreender melhor esse assunto, vamos entender o que é a Neurociência?
Neurociência é o termo dado à área científica que se dedica a estudar o sistema nervoso, seu
funcionamento, a estrutura, seu desenvolvimento e eventuais alterações que sofra. O objetivo
das neurociências é a compreensão de como o fluxo de sinais elétricos e químicos através de
circuitos neurais origina a mente nos aspectos de como percebemos, agimos, pensamos,
aprendemos e nos lembramos (KANDEL et al., 2014, p. 15-16).
E, ainda:
Para estudar como percebemos, agimos, pensamos, aprendemos e lembramos, devemos
desenvolver novas abordagens e esquemas conceituais para compreendermos o
comportamento de sistemas que vão de células nervosas individuais ao substrato da cognição.
(KANDEL et al., 2014, p. 15-16).
Tais campos acabam por fascinar cada vez mais pessoas pela possibilidade de compreensão dos
mecanismos das emoções, compreensão do cérebro, da memória e aprendizagem, do processamento
emocional, da cognição, planejamento e autorregulação dos processos mentais e do comportamento.
Nesse sentido, cada vez mais profissionais de diversas áreas, como psicólogos, professores, filósofos,
gestores de pessoas, administradores, legisladores, entre outros profissionais, se apropriam da imensa
massa de dados empíricos sobre o cérebro, os genes, circuitos e conhecimentos sobre a aprendizagem.
Ouça, agora, atentamente o áudio sobre esse tema:
Nosso intuito é trazer para você conhecimento relevante e, portanto, prático. Pois nada adianta, para
nós, conhecimento que não pode ser aplicado. No entanto, veremos que muitos de nós, provavelmente,
temos um déficit no quesito conhecimento biológico humano, e isso se torna um problema, já que, ao
sermos responsáveis por contribuir na gestão de pessoas ou mesmo cuidar da nossa aprendizagem e
de outros, é preciso compreender o funcionamento fisiológico. Se o fizermos, poderemos entender como
aprendemos, e como melhorar os diversos tipos de aprendizagens.
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 3/14
Pesquisas mostram que uma formação educacional adequada protege as pessoas das
informações neurocientíficas incorretas. Por exemplo, universitários cursando psicologia, por ter
disciplinas correlatas com neurociência na grade curricular, demonstraram menos fascínio por
‘neurobobagens’ quando comparados com universitários de outros cursos (LINDELL; KIDD,
2013 apud EKUNI, 2016). Assim, se for possível despertar interesse do público geral em
conhecer mais sobre a neurociência, esperamos que esses equívocos diminuam. (EKUNI et al.,
2016, p. 125).
De acordo com Straub (2014, p. 52), “[...] o cérebro é o órgão mais poderoso do nosso sistema, pesa
cerca de 1.400 g, supõe-se que tenha 40 bilhões de neurônios. Acredita-se que essa massa seja o
centro de controle de nosso sistema nervoso, e onde se localizam nossas memórias”.
Zolnerkevic (2014) diz ocorrerem trilhões de conexões entre os bilhões de neurônios, e cada neurônio
saudável recebe até 10 sinapses de outros neurônios. Enquanto você lê essa frase, quatrilhões de
sinais viajam pela sua cabeça, trocando sinais elétricos e substâncias químicas que o mantêm ativo,
carregando, assim, uma quantidade de informações, e o sistema nervoso faz essa informação circular.
Tais informações são o que denominamos de “mente”, que engloba tanto o que acontece em nossa
consciência, como também inclui outros fatores não tão conscientes, como os sinais que controlam as
reações de estresse, a capacidade de andar de bicicleta, tendências de personalidade, entre outros.
O homem enxerga o mundo e, por meio de seu aparelho perceptual, faz a interpretação dos fenômenos
que nele ocorrem, através de seus sentidos e da sua memória.
Lent (2018, p. 2) afirma:
A percepção do mundo que nos cerca e de certos aspectos do meio orgânico interno depende
da atividade dos sistemas sensoriais, os quais continuamente alimentam o sistema nervoso
central com uma grande variedade de informações sobre eles. Além disso, esses sistemas
também informam o sistema nervoso central sobre muitos outros aspectos do meio orgânico
interno que são usados para diversos ajustes do funcionamento do organismo sem
necessariamente chegar ao nível consciente. [...] O sistema nervoso possibilita aos animais
uma forma de interação com o meio ambiente muito mais intensa, rápida e versátil do que a
que se observa nos fungos e vegetais. [...] O sistema nervoso recolhe constantemente um
conjunto de informações sobre o estado do meio ambiente em que o animal está inserido,
assim como do meio interno do próprio organismo.
O cérebro trabalha como um sistema completo, desta forma, interage com outros sistemas do corpo e,
consequentemente, com o mundo. A mente e o cérebro têm uma interação tão profunda que fica mais
fácil compreendê-los como um sistema único e codependente.
Embora grandes evoluções tenham ocorrido no cérebro desde os primórdios do homem da caverna, ele
mantém em si seus padrões de origem, que muitasvezes “brigam” com outras partes mais
evoluídas. Nesse sentido, podemos utilizar uma das formas de que diversos autores lançam mão para
explicar o cérebro, chamada de cérebro trino.
O neurocientista Paul McLean desenvolveu uma teoria do cérebro trino em 1940, que postula a
existência de três cérebros diferentes unidos numa mesma estrutura que foram se desenvolvendo
durante as distintas etapas da evolução humana.
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 4/14
O cérebro reptliano formado pela medula espinhal e pelas bases do prosencéfalo. Parte
arcaica, responsável por promover reflexos simples, manter nossos instintos e emoções
básicas, geralmente relacionados à sobrevivência. O cérebro de mamíferos inferiores,
composto pelos elementos do cérebro emocional, límbico (hipocampo, amígdala cerebral,
tálamo, hipotálamo, giro do cíngulo) responsável pelas emoções. O cérebro racional que é a
parte mais evoluída, composta pelo neocórtex. Responsável pela capacidade de metacognição,
é o que nos faz singulares, únicos entre os seres humanos (LENT, 2018, p. 56, grifo nosso).
Segundo a teoria de McLean, há partes do nosso cérebro responsáveis por agir, sentir e pensar, criando
“um sistema de funcionamento que tem fluxo de baixo para cima”, ou seja, um comportamento mais
impulsivo, que não pensa em consequências. É direcionado pelo impulso do agir, antes mesmo da
emoção ou sentir se fazer consciente (LENT, 2018, p. 56, grifo nosso).
Para a Neurociência atual, a ideia de cérebro trino não é mais aceita, pois “a evolução não ocorre de
forma linear, mas em ramificações arbóreas, e cada ramo segue seu próprio caminho evolutivo”
(DALGALARRONDO, 2011, p. 6).
ONDE ESTE TIPO DE COMPORTAMENTO É COMUM?
Encontramos esse tipo de comportamento em todos os transtornos e desordens que causam uma
hiperatividade da região amigdalal, transtornos relacionados ao estresse, ansiedade, TOC (Transtorno
Obsessivo Compulsivo) e em alguns casos de trauma psicológico.
O excesso de ativação da resposta de luta e fuga causa essa hiperatividade na região amigdalal e inibe
a comunicação do sistema límbico com o neocórtex. Isso quer dizer que, mesmo que a pessoa entenda,
racionalmente, que seu comportamento impulsivo não faz sentido no campo racional, ela é incapaz de
controlar.
Não só a Psicologia, mas tantas outras ciências nasceram com esse propósito, de sanar o sofrimento. A
própria Medicina começou com o conceito de saúde como mera ausência de doença e hoje tem se
desenvolvido tanto em termos de prevenção e promoção de saúde. Em grande parte, nosso sistema de
sobrevivência assim é por todos os erros das nossas gerações anteriores que, de certa forma, ficam
marcados em nosso sistema biológico como parte dos nossos instintos.
O cérebro evoluiu para nos ajudar a sobreviver, mas, se analisarmos o contexto das doenças e
transtornos mentais, veremos que o sofrimento também é criado a partir do cérebro. Respostas
emocionais, como ansiedade, estresse e angústia, são basicamente processos fisiológicos que servem
para nos avisar que há perigo ou ameaça.
O ser humano é o único ser vivo que se preocupa com o futuro, sofre com o passado e culpa-se pelo
presente, e quem cria toda essa rede de sofrimento é o próprio cérebro – que elabora estratégias de
“fugir” do sofrimento através de recursos que são totalmente irrelevantes para as nossas necessidades
contemporâneas.
O QUE FAZER ENTÃO?
Se o cérebro é a “causa” do sofrimento, pode também ser a cura, na medida em que pudermos
desenvolver aspectos positivos em nosso cérebro. As descobertas da Neurociência em muito
contribuíram para que melhor compreendêssemos os processos de aprendizagem – o que possibilita
nos mover em torno da melhora e da própria aprendizagem em si.
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 5/14
EMOÇÕES, CÉREBRO E COMPORTAMENTO MOTIVADOR
Uma das descobertas da Neurociência refere-se ao processo de emoção. Cientistas descobriram que
“as emoções têm um fator importante para o processo de aprendizado”: um cérebro que se emociona
aprende mais e melhor. Grandes avanços também foram encontrados em termos do funcionamento da
atenção, incluindo o fato de que “as estruturas cerebrais responsáveis pelos mecanismos de atenção
têm ligação direta com estruturas de regulação emocional” (ESPERIDIAO-ANTONIO, 2008, p. 57). 
Existem vários autores e conceitos diferentes de emoção. Do ponto de vista biológico, a “emoção pode
ser definida como um conjunto de reações químicas e neurais subjacentes a organização de certas
respostas comportamentais básicas e necessárias a sobrevivência dos animais” (LENT, 2018, p. 254).
As emoções podem afetar a aprendizagem, pois a ansiedade e o estresse prolongados têm um efeito
contrário, negativo. Ao contrário do que as emoções negativas podem fazer, as emoções positivas têm
um papel de extrema importância no que diz respeito a um ciclo de emoção, motivação.
Sabe-se que as emoções atuam como um sinalizador interno, e ocorrem “colorindo” os pensamentos.
As emoções básicas são medo, amor, raiva, tristeza, ansiedade. Estas assinalam algo importante ou
significativo na vida do indivíduo e se manifestam por meio de alterações fisiológicas do organismo, em
conjunto com recursos cognitivos do sujeito, como a atenção e a percepção, podendo preparar o
organismo para “luta-fuga”.
Os estudos sobre a motivação também são importantes nesta área da Neurociência, que destaca os
tipos de motivação entre extrínseca e intrínseca e norteia seu funcionamento e atuação. Nesse sentido,
a motivação extrínseca é aquela que nos move em direção a algo (como estudar) porque alguém ou
algo fora nos leva a isso (meus pais, o mercado de trabalho, eu vejo que é necessário), ou porque
temos um objetivo a curto prazo (uma prova, um concurso). Funciona a curto prazo, mas logo se esvai.
A motivação intrínseca é aquela que surge de dentro do sujeito e que traz a sensação de que “eu faço
porque é divertido”. Esse tipo de motivação funciona a longo prazo.
O cérebro predispõe a absorver mais conteúdo quando está envolvido emocionalmente. Outro aspecto
importante da Neurociência e aprendizagem diz respeito à neuroplasticidade, a capacidade do cérebro
de se modificar mediante as adaptações sinápticas, criando traços impossíveis de serem modificados.
Atualmente, sabemos que o cérebro se modifica sempre, de acordo com a interação do sujeito com seu
ambiente.
Veja, no quadro a seguir, o que sabemos sobre como melhorar nossa aprendizagem:
Quadro 1 Variáveis que estimulam a aprendizagem.
 
APRENDIZAGEM
Um cérebro emocionado aprende mais e melhor – é importante que o
conteúdo ensinado tenha um teor emotivo.
Para melhorar a apreensão do conhecimento, é preciso fazer uma ligação
entre o conteúdo ensinado e conteúdos já absorvidos.
Quando utilizamos exemplos da “vida real” de quem está aprendendo, a
compreensão é facilitada.
Há formas de “transformar” motivação extrínseca em motivação intrínseca,
porém esse caminho é individual.
O sentimento que nutrimos por quem ensina pode facilitar ou atrapalhar o
processo de aprendizagem (mais uma vez, o cérebro aprende mais quando
emocionado).
Fonte: desenvolvido pelo autor. 
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 6/14
 
Utilizando uma metáfora para o fenômeno da atenção, segundo Cosenza e Guerra (2011, p. 42):
[...] uma janela aberta para o mundo, na qual dispomos de uma lanterna que utilizamos para
iluminar os aspectos que mais nos interessam. E também, essa lanterna ilumina nossos
processos interiores quando focalizamos nossos pensamentos, resolvemosproblemas ou
tomamos decisões conscientes.
Os estudos sobre a atenção, que faz parte do processo de aprendizagem, indicam a existência de dois
sistemas que a regulam: o primeiro, o circuito orientador, que permite o desligamento do foco de
atenção de um alvo específico para outro ponto. No exemplo usado, é como se o foco da lanterna
iluminasse outro ponto; em segundo, o circuito executivo, que permite a atenção prolongada, ao mesmo
tempo em que são suprimidos os estímulos distraidores.
Sabemos que a função mais importante da atenção executiva é a relacionada à autorregulação, que
mostra a capacidade de regular a atenção aos processos cognitivos e emocionais, e contribui para a
aprendizagem. O cérebro possui uma motivação intrínseca para aprender, mas isso só acontece se
houver disposição da pessoa para reconhecer o conhecimento como algo significativo.
A Neurociência, nos últimos tempos, tem ajudado a compreender como o cérebro funciona, mostrando
as possibilidades de o cérebro se modificar conforme sua relação com o ambiente, a diversidade, os
estímulos que o meio pode gerar ao longo da vida, salientando inclusive o papel significativo dos
estados emocionais.
Se ocorre um estímulo importante contendo um valor emocional, esse estímulo é captado, passa a
mobilizar a atenção seletiva para regiões corticais específicas, onde é processado, tornando-se
consciente. Tais informações são enviadas para a amígdala cerebral, cuja forma lembra duas
amêndoas. “A amígdala costuma ser incluída em um conjunto de estruturas encefálicas conhecido como
sistema límbico, ao qual se atribui o controle das emoções e dos processos motivacionais” (COSENZA;
GUERRA, 2011, p. 77).
A amígdala é uma estrutura que exerce ligação essencial entre as áreas do córtex cerebral, recebendo
informações de todos os sistemas sensoriais. Tem um papel importante nas emoções e comportamento
humano. Age como um coordenador, que dispara comandos no corpo humano que podem ocasionar
modificações viscerais, como taquicardia, sudorese, dilatação da pupila, e tem influência nas emoções
de medo ou raiva, o que pode influenciar no estado de humor. Cosenza e Guerra (2011, p. 78)
exemplificam:
Imaginemos a situação em que a professora chega à sala de aula com uma pilha de provas e
anuncia uma avaliação inesperada. Certamente a amígdala cerebral dos seus alunos entrará
em ação, provocando o aparecimento das respostas e sentimentos acima mencionados. A
amígdala é importante ainda na aprendizagem das reações de medo e na identificação das
expressões faciais a ele relacionadas. Pessoas ou animais em que a amígdala foi lesada
geralmente não identificam os sinais de perigo emitidos pelos seus semelhantes e têm
dificuldade de reagir adequadamente a situações ameaçadoras.
Vamos, agora, ao estudo sobre a memória e a aprendizagem?
MEMÓRIA E APRENDIZAGEM
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 7/14
Poderíamos dizer que a memória é a aquisição ou a aprendizagem, já que só podemos comunicar
aquilo que aprendemos. Faz parte da memória um processo que indica a formação, a conservação e a
evocação. A evocação representa lembrar algo que foi aprendido.
Nossa personalidade é composta por memórias, o que nos torna indivíduos. Faz parte de nosso
convívio social a comunicação entre indivíduos, e, desta forma, compartilhamos nossas memórias e a
própria história da civilização.
Para Cosenza e Guerra (2011, p. 52):
Já sabemos que uma informação relevante, para se tornar consciente, tem que ultrapassar
inicialmente o filtro da atenção. Admite-se que a primeira impressão em nossa consciência se
faz por meio de uma memória sensorial, ou memória imediata, que tem a duração de alguns
segundos e corresponde apenas à ativação dos sistemas sensoriais relacionados a ela. Se a
informação for considerada relevante, poderá ser mantida; do contrário, será descartada. [...]
identificada a relevância, a informação será mantida na consciência por um tempo maior, por
meio de um sistema de repetição, que pode ser feito por recursos verbais ou por meio da
imaginação visual.
A repetição feita pela pessoa apresenta uma capacidade limitada de itens que podem ser mantidos no
processamento da informação, que pode ocorrer dentro de um intervalo de dois segundos. A memória
sensorial e a de repetição são essenciais para a memória operacional.
Para melhorar a performance em um nível mais alto de ativação, caracterizado pela ativação de
informações já presentes, é necessária a habilidade de memorizar eventos ou situações futuras,
exigindo o “lembrar de lembrar”. Mas a aprendizagem definitiva só acontecerá com a formação e
estabilização de novas conexões sinápticas, o que leva certo tempo e esforço individual.
Respeitar os momentos de repouso e lazer é importante como forma de higiene mental, e, para isso, é
necessário apagar as mensagens da mente e deixar o ambiente propício para novas ocupações ou para
retomar tarefas antigas com maior criatividade.
Izquierdo (2018, p. 13) aponta que existem dois tipos de memória, aquela que é imediata, que serve
para gerenciar a realidade; e a memória de trabalho. A primeira ajuda a nos posicionar no mundo, a
identificarmos o tempo e o espaço onde estamos. Já a memória de trabalho usamos quando nos
referimos a um número de telefone, fazemos a compreensão de um parágrafo ou texto, podendo ser
medida por meio da memória imediata. A partir da memória mantida por certo tempo, “esse conteúdo
pode ou não ser mantido para a memória de longa duração, composta pela memória declarativa ou
procedural”.
As memórias declarativas são aquelas sobre as quais podemos falar, as episódicas, que são os fatos,
as coisas que nos acontecem, ou mesmo a semântica, que são todas as palavras que conhecemos em
nossa língua.
E a memória procedural é a relacionada com atividades e tarefas. A região do cérebro hipocampo está
relacionada a nossa memória emocional. A atenção é um dos pilares da memória. É o hipocampo que
vai escolher quais são as coisas que devem ser guardadas ou não.
Temos como exemplo um caso famoso do paciente HM ou Henry Molaison:
https://www.youtube.com/watch?v=SbsJh-W-lDc
https://www.youtube.com/watch?v=uP3_jIOpR5s
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 8/14
Aos 9 anos de idade, Molaison sofrera um traumatismo craniano em um acidente de bicicleta
que o levou a ter inúmeras e incapacitantes crises epilépticas, intratáveis com medicação. Em
1953, aos 27 anos, foi submetido a uma cirurgia experimental no cérebro, que lhe removeu
ambos os hipocampos e regiões adjacentes, responsáveis pela geração das crises (PEREIRA,
2009).
Para melhor compreensão sobre os assuntos tratados, assista ao vídeo a seguir:
Os indivíduos precisam ser formados para navegar em ambientes complexos, com relações complexas
entre as coisas. O hipocampo é muito importante para a aprendizagem, tem a ver com novas memórias,
novos conhecimentos. Descobriu-se que, sem emoção, não há aprendizado.
Ao nos sentarmos em uma bicicleta, o cérebro decide que a coisa certa é pedalar, e não recitar um
poema, por exemplo, se não quisermos cair. Ao perceber algo potencialmente perigoso, a memória de
trabalho o compara com nossas memórias declarativas de outras coisas perigosas e procura as
capacidades motoras mais úteis entre as memórias procedurais, em geral, aquela que nos manda fugir,
sobretudo quando a circunstância ou o adversário for maior ou mais forte.
Emoção é dar valor, compreender o valor que aquilo tem para si e para o entorno. Na Educação, é
preciso ensinar a pessoa a se desenvolver, a elaborar a qualidade do seu pensamento, ter pensamentos
que a desenvolva. Por isso, a prova, no contexto acadêmico, não deve ser vista como punição, mas sim
um incentivo ao aprendizado.Quando é trabalhada a construção de redes neuronais dentro de um cérebro, é preciso estar atento à
emocionalidade do indivíduo. É preciso mostrar ao indivíduo a trilha do valor, onde ele precisa colocar o
valor no conhecimento, para que não coloque valor naquilo que é relevante emocionalmente para ele,
como no videogame, por exemplo. A competência é fruto das conexões que você consegue articular
quando o problema é apresentado, é a capacidade de responder rápido e com excelência.
Também podemos notar o conceito de hierarquia. Um neurônio tem a possibilidade de receber
informações através dos dendritos e leva essas informações para outros neurônios através do axônio.
Quando esses neurônios estão em grande quantidade, como no córtex cerebral (que é a estrutura que
reveste todo nosso cérebro, uma capa de quatro milímetros, onde existem aproximadamente 20 bilhões
de neurônios), acontece o palco das interações, composta por circunvoluções capazes de criar áreas.
Dessa forma, todas as construções de conhecimentos pelo homem seguiram uma estrutura hierárquica.
Sabemos, atualmente, que todo tecido nervoso possui uma plasticidade característica do tecido, que
mostra a capacidade de alterar, de modo prolongado, a sua função e sua forma. Dessa forma, foi
observada a neuroplasticidade, a qual deriva dos fenômenos que ocorrem no desenvolvimento do
organismo humano desde a fase de embrião até a maturidade.
Assim, os exemplos de neuroplasticidade passam desde a neurogênese, que acontece em algumas
regiões do cérebro influenciada por fenômenos ambientais; a regeneração bem-sucedida de “axônios
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 9/14
periféricos submetidos a lesões, e a regeneração malsucedida dos axônios do sistema nervoso central”
(LENT, 2018, p. 112). A plasticidade é considerada a base funcional da memória.
Dessa forma, a neuroplasticidade é definida como a propriedade do sistema nervoso de alterar a sua
função ou a sua estrutura em resposta às influências ambientais que o atingem.
Isto é, qualquer alteração sofrida pelo cérebro, pode levar a mudanças de posição de setores
funcionais com o redirecionamento de circuitos neurais, ambos foram detectados em animais, e
por neuroimagem em seres humanos. Por outro lado, um simples fato novo que presenciamos
pode resultar em alterações sinápticas moleculares capazes de possibilitar a memorização
daquele fato por um longo tempo durante a vida. Em ambos os casos, bem como nas
numerosas possibilidades intermediárias, trata-se de neuroplasticidade (LENT, 2018, p. 112).
E a Neurociência vem contribuir com conhecimentos relevantes sobre aprendizagem. Sabe-se que a
aprendizagem precisa fundamentalmente de experiência, de vivência e tentativa e erro. A partir da
experiência, o cérebro vai se modificando, se esculpindo conforme é usado, conforme a pessoa se
expõe a novas experiências.
Existe uma necessidade de aplicação prática desse conhecimento em empresas, escolas e em toda
área que lida com pessoas que se preocupam como aprender melhor. Atualmente, pergunta-se quais os
fatores que mais influenciam no aprendizado. Além da experiência prática, que busca dispor de métodos
adequados, sabendo que não existe um método perfeito para tudo e lembrando que cada indivíduo tem
sua singularidade, suas idiossincrasias, suas facilidades particulares, que muitas vezes vai precisar de
um método diferente, é preciso dedicar atenção para aquilo que se está fazendo.
Somando-se a isso, um outro fator que faz a diferença é a motivação do indivíduo. É necessário que a
pessoa tenha interesse por aquilo que está fazendo; se não houver interesse, o indivíduo pode até
praticar, mas a aprendizagem não vai ocorrer. O envolvimento dos alunos em contexto escolar, ou
mesmo colaboradores em contextos de empresas, está ligado à motivação. “As atuais teorias cognitivas
da motivação já apontam que para se conseguir o envolvimento” dos estudantes ou colaboradores “é
necessária a motivação intrínseca, além das formas de autorregulação da motivação extrínseca”
(RIBEIRO, 2011, p. 1, grifo nosso).
Há necessidade de motivação nos aspectos internos e externos ao sujeito, isto é, na dimensão afetiva.
“A cognição e afetividade estão interligadas, e constituem uma unidade funcional, holística e sistêmica”
do sujeito (DAMÁSIO, 1995 apud RIBEIRO, 2011, p. 1).
Assista, agora, mais alguns vídeos sobre os demais assuntos tratados neste tópico.
Por que esquecemos? Um guia sobre a memória.
 
Miguel Nicolelis – Cérebro humano: um escultor da realidade.
https://www.youtube.com/watch?v=E7Iu13QJ2I0
https://www.youtube.com/watch?v=P3TZbKpFtUY&feature=emb_rel_end
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 10/14
COGNIÇÃO, PLANEJAMENTO, AUTORREGULAÇÃO DOS PROCESSOS MENTAIS E
DO COMPORTAMENTO
Se pensarmos no conhecimento como “utilitarista”, não avançamos na nossa capacidade de raciocínio.
O que buscamos construir é nossa capacidade de pensar, de planejar, de raciocinar, desenvolvendo a
capacidade de autorregulação emocional e do comportamento saudável, e não o conhecimento apenas
para usar. É preciso construir pensamentos e não conteúdo. O que nos move é a motivação de fato, é
se expor a problemas diferentes, se experimentar, se dar a chance de desafios, isso leva a um poder de
modificação.
Sabemos que partes do cérebro têm funções diferentes, ficamos bem treinados naquilo que fazemos.
Se jogamos xadrez, desenvolveremos o raciocínio estratégico, a inteligência espacial. A motivação
precisa de uma quantidade adequada de desafios. Fácil demais não motiva, e difícil demais também
não motiva. Quanto mais prática possuímos, mais melhoramos nosso aprendizado. Por exemplo,
Mikhail Nikolaévich Baryshnikov é citado ao lado de Vaslav Nijinsk e Rodolf Nureyv como um dos
maiores bailarinos da história. Seu trabalho foi extasiante diante de constantes treinamentos, a ponto de
muitas vezes machucar o dedão do pé na sapatilha.
O bailarino, que antes treinava muito para atingir o auge da sua performance, em movimentos
detalhadamente programados e, muitas vezes, repetidos, usaria, a partir dos estudos
somáticos, seu corpo como o experimento para a verificação científica desses estudos, que
criam ou relatam movimentações decorrentes deles. Assim, o bailarino começou a pluralizar a
perspectiva de observação de seu corpo, como experiência e como transformação que esses
estudos somáticos causam nele e, ao mesmo tempo, como o observador dessa experiência
que foi incorporada por meio de um movimento específico (ITAVO, 2020, p. 13).
Estabelecer mudanças vai fazer a diferença. A rotina pode nos ajudar a mudar hábitos importantes na
vida. Esse conhecimento é contribuição da Neurociência. Nosso cérebro prefere vícios imediatos do que
virtudes imediatas. É preciso mudar e pensar agora sobre o nosso “eu de agora” com o “eu do futuro”. O
homem busca a saúde, a estabilidade financeira e a felicidade, e isso requisita, necessariamente,
mudanças construídas ao longo de um tempo.
Portanto, quanto mais dedicação temos, mais motivação vamos ter, e mais horas de prática são
adquiridas e acumuladas. Tal comportamento se torna um ciclo. A oportunidade vai contar nesse
processo. Não havendo a oportunidade de experimentar no livro, na dança, no musical, na construção
de algo, no trabalho com gestão, não há oportunidade de o cérebro descobrir que ele gosta daquilo.
Abrir as oportunidades tanto para crianças quanto para adultos é a oportunidade que se pode dar para
essas pessoas.
Cada pessoa deve descobrir qual método se adapta melhor. O cérebro consegue trabalhar com seis a
oito informações ao mesmo tempo. É possível mudar o método diante das necessidades. A grande
porta para o aprendizado é a atenção. Só é possível prestaratenção em uma coisa de cada vez, o
cérebro tem um único fluxo de pensamentos, por onde passam milhões de pensamentos, mas um
apenas por vez. A atenção é um filtro que o cérebro usa para decidir qual informação será processada
de maneira dedicada a cada instante.
As outras informações que são eliminadas nesse processo não ganham acesso à memória de trabalho.
A base da memória de trabalho são os neurônios do córtex pré-frontal. Esses neurônios tanto mantêm
vivas as representações mentais de informações que já sumiram de vista, como um número de telefone,
ou uma fórmula de matemática, quanto tornam possível a evocação de eventos que ficaram fixados na
memória.
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 11/14
Importante ressaltar que a memória de trabalho só existe para aquilo que está no foco da atenção. Se
algum barulho ou outro estímulo acontece nesse momento, aquilo que estava no foco da atenção se
perde, sai também da memória de trabalho, e o sujeito não consegue mais processar o objeto de estudo
com a mesma dedicação, com essa exclusividade pelo cérebro. Então, a atenção é o grande filtro que
leva o conhecimento a ser processado e levado para a memória de trabalho, sendo ali associado a
outras informações, e nesse ponto ganha acesso a outros sistemas de memória mais duradouros.
Figura 1 Fatores que vão influenciar na aprendizagem. 
Fonte: acervo pessoal do autor.
 
Se o sujeito não presta atenção ao que está fazendo, esse conteúdo não terá acesso à memória de
trabalho, e também não terá acesso a outros sistemas de memória de longo prazo. O resultado é que,
se a pessoa não presta atenção ao que está fazendo, essa informação não terá acesso à memória de
trabalho e, consequentemente, não terá acesso a outros sistemas mais duradouros de memória. Dessa
forma, o cérebro não guarda nenhum registro dessa ação e, portanto, não aprende aquela informação
nova.
A atenção é foco. Ela precisa que utilizemos um ou mais dos cinco sentidos para ter sucesso na
aprendizagem. Por exemplo, uma pessoa procura a chave que não lembra onde deixou. Vai precisar
usar sua visão na atenção em foco e procurar, aguardando o cérebro identificar aquela representação
mental da chave que o sujeito está procurando. A atenção traz a possibilidade de processarmos com
detalhes a informação que se quer registrar e aprender.
Veja os vídeos selecionados para aprofundamento sobre os assuntos deste tópico:
Suzana Herculano-Houzel – 25/03/2013.
 
Miguel Nicolelis: A consolidação da memória.
 
Pesquisas revelam a importância do sono para o aprendizado.
 
Sidarta Ribeiro: Sono, Memória e Aprendizagem (Diálogo Plural #156).
da realidade.
Após você conhecer sobre o conteúdo da Neurociência e a aprendizagem, agora, caminhamos para
verificar as diferentes abordagens psicológicas que vão trabalhar com a aprendizagem no mundo adulto.
As pessoas se preocupam em aprender, mas como aprender da forma correta? Veremos no próximo
ciclo. Até lá!
https://www.youtube.com/watch?v=VVMHrWallRc&t=2446s
https://www.fronteiras.com/videos/a-consolidacao-da-memoria
https://www.youtube.com/watch?v=HYYKpxFrbtw
https://www.youtube.com/watch?v=XRGzUYFui4I
https://www.youtube.com/watch?v=P3TZbKpFtUY&feature=emb_rel_end
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 12/14
 
Na disciplina Conhecimento e Aprendizagem você não terá que realizar atividades e postá-
las no Portfólio, mas terá como proposta um Fórum que fomentará as discussões
relacionadas às questões online. Sua avaliação na Sala de Aula Virtual será apenas
formativa e comporá a nota final da disciplina. Portanto, é fundamental que realize os dois
blocos de questões on-line propostas.
QUESTÕES ON-LINE
Neste disciplina você deverá realizar dois blocos de questões on-line em cada
Ciclo de Aprendizagem.
Responda as Questões on-line disponibilizadas na Sala de Aula Virtual.
PONTUAÇÃO
Ciclo 1.1 - de 0 a 0,75 ponto.
Ciclo 1.2 - de 0 a 0,75 ponto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, F. A. H. Neurociências e Educação: uma articulação necessária na formação docente.
Trabalho, Educação e Saúde, v. 8, n. 3, noviembre, 2010, pp. 537-550 Escola Politécnica de Saúde
Joaquim Venâncio Rio de Janeiro, Brasil. Disponível em: <https://www.redalyc.org/comocitar.oa?
id=406757007013>. Acesso em: 12 out. 2020.
CASA DO SABER. Por que esquecemos? Um guia sobre a memória. 2019. [vídeo]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=E7Iu13QJ2I0>. Acesso em: 23 jan. 2021.
COSENZA, R.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
DALGALARRONDO, P. Evolução do cérebro: sistema nervoso, psicologia e psicopatologia sob a
perspectiva evolucionista. Porto Alegre: Artmed, 2014. [e-book]. Disponível em:
<encurtador.com.br/pqVY2>. Acesso em: 14 jan. 2021.
EKUNI, R. et al. Conhecendo o cérebro: divulgando e despertando interesse na neurociência. Rev.
Ciênc. Ext. v. 12, n. 2, p. 125-140, 2016.
ESPERIDIAO-ANTONIO, V. et al. Neurobiologia das emoções. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 35, n.
2, p. 55-65, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
60832008000200003&lng=en&nrm=iso>. Accesso em: 12 out. 2020.
FRONTEIRAS DO SABER. Miguel Nicolelis – Cérebro humano: um escultor da realidade. [vídeo].
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=P3TZbKpFtUY&feature=emb_rel_end>. Acesso em:
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 13/14
23 jan. 2021.
ITAVO, C. V. O lado surpreendente da queda: minha experiência com o contato improvisação. 2020. 180
f. Dissertação (Mestrado em Performances Culturais) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2020.
Disponível em:
<https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/10699/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20-
%20Camila%20Vinhas%20Itavo%20-%202020.pdf>. Accesso em: 13 jan. 2020.
IZQUIERDO, I. Memória. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. [Minha Biblioteca].
KANDEL, E. R. et al. Princípios de neurociências. Tradução de Ana Lúcia Severo Rodrigues et al. 5. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014. [Minha Biblioteca].
LANCEUFRJ. Pesquisas revelam a importância do sono para o aprendizado. 2015. [vídeo]. Disponível
em: < https://www.youtube.com/watch?v=HYYKpxFrbtw>. Acesso em: 23 jan. 2021.
LENT, R. (Coord.). Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2018. [Minha Biblioteca].
MOSKO, A. Coggle: Uma Ferramenta para Criar Mapa Mentais Gratuita. 2017. [vídeo]. Disponível em:
Acesso em: 23 jan. 2021.
NEUROVOX. Esquecimento Explicado. 2020. [vídeo]. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=jK_jJ-gWvoU>. Acesso em: 23 jan. 2021.
PEREIRA, A. C. G. O Paciente H.M.: Por trás de duas iniciais, a história de um filho de eletricista cujo
cérebro recebe cuidados semelhantes aos de Einstein. Folha de São Paulo. Piauí: Edição 28, Janeiro,
2009. Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-paciente-hm/>. Acesso em: 13 jan. 2020.
QUEM SOMOS NÓS. Neurociência por Fabiano Moulin. 2019. [áudio]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=YsJMxam7BQA>. Acesso em: 23 jan. 2021.
RODA VIVA. Suzana Herculano-Houzel. 2013. [vídeo]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=VVMHrWallRc&t=2446s>. Acesso em: 23 jan. 2021.
SANTOS, F. H.; ANDRADE, V. M.; BUENO, O. F. A. (Orgs.). Neuropsicologia hoje. Porto Alegre: Artmed,
2015. [Minha Biblioteca].
SINTEST RN. Sono, Memória e Aprendizagem. 2015. [vídeo]. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=XRGzUYFui4I>. Acesso em: 23 jan. 2021.
STRAUB, R. O. Psicologia da Saúde: uma abordagem biopsicossocial. Porto Alegre: Artmed, 2014.[Minha biblioteca].
WINSTON, B. Super Dica – mapa mental online - Coggle. 2018. [vídeo]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=7O3ZY0MfkTY>. Acesso em: 23 jan. 2021.
YOU TUBE. Quando neurocirurgias dão errado: paciente HM. 2017. [vídeo]. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=uP3_jIOpR5s>. Acesso em: 23 jan. 2021.
ZOLNERKEVIC, I. Mentes persistentes. Revista Pesquisa Fapesp: jan. 2014, p. 51. Disponível em:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2014/01/050-053_Alzheimer_215.pdf>. Acesso
em: 13 jan. 2020.
© 2021 Conhecimento e Aprendizagem | Claretiano
http://claretiano.edu.br/
30/05/2021 Ciclo 2 – Aprendizagem: o Processo de Aprender – Conhecimento e Aprendizagem
https://mdm.claretiano.edu.br/conapr-p01894-2021-01-pos-ead/2019/11/01/ciclo-2-aprendizagem-o-processo-de-aprender/ 14/14