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Resumão Psicopatologia Psicopatologia da Depressão Humor: estado afetivo subjetivo – refere-se ao estado emocional do indivíduo; é o que a pessoa sente, seus sentimentos. Afeto: é a expressão da emoção – é o tom emocional do paciente. A exposição de suas emoções; é o que a pessoa expressa; a relação estabelecida entre o indivíduo e uma outra pessoa. Ex: palavras, risos, choro, gestos, mímica facial. Transtornos do Humor Estado de ânimo normal: corresponde a uma situação de relativa harmonia da pessoa consigo mesma e com seu ambiente, caracterizada por reações de alegria ou tristeza mensuradas sem que uma ou outra emoção interfira com seu funcionamento habitual. O transtorno acontece quando há alterações na regulação do humor, comportamento e afeto. Transtornos do Humor: Alteração de humor caracterizada por uma síndrome maníaca ou depressiva, que não pode ser atribuída a um outro transtorno mental. Unipolares: Transtorno Depressivo Maior; Transtorno Distímico Bipolares: Transtorno Bipolar I; Transtorno Bipolar II; Transtorno Ciclotímico. Modelos Explicativos: TRANSTORNOS DEPRESSIVOS • Transtorno disruptivo da desregulação do humor • Transtorno depressivo maior • Transtorno depressivo persistente • Transtorno disfórico pré-menstrual • Transtorno depressivo induzido por substâncias/medicamentos • Transtorno depressivo não especificado Caracterizados por: ➢ Humor triste, vazio ou irritável ➢ Alterações somáticas e cognitivas que alteram significativamente a capacidade funcional do indivíduo. Depressão: É uma condição médica séria. Quando sem diagnóstico e tratamento adequado incapacitam para a vida social e familiar, e causa um sofrimento importante para os indivíduos. É uma doença crônica frequentemente persistente e incapacitante; Epidemiologia: • prevalência da depressão maior em nosso meio foi estimada de 16,8% e distimia de 4,3%; • acomete 2x mais mulheres que homens, principalmente na idade fértil; • Idade média de início em adultos – 27,2 anos em países em desenvolvimento e 28,9 em países desenvolvidos. Etiologia: Complexa interação de fatores biológicos, psicológicos (personalidade e relacionamentos pessoais), ambientais (dieta, álcool, ritmos biológicos) e genéticos. TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR Episódios distintos de pelo menos 2 semanas de duração envolvendo alterações nítidas de afeto, na cognição e nas funções neurocognitivas, e remissões interepisódicas. RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA Critérios diagnósticos (DSM V) A- presença de 5 (ou mais) dos seguintes sintomas por pelo menos 2 semanas, representando mudança no funcionamento anterior, pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda de interesse ou prazer. • Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias • Diminuição do interesse ou prazer • Perda ou ganho significativo de peso • Insônia ou hipersonia • Agitação ou retardo psicomotor • Fadiga ou perda de energia • Sensação de inutilidade ou culpa • Dificuldade para pensar e se concentrar B- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C- O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de substâncias ou outra condição médica. D- A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, delirante ou outro transtorno psicótico. E- Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaniaco. Kraepelin – utilizou o termo demência precoce diferenciando da Psicose maníaco depressiva. Características diagnósticas: ➢ Humor: • deprimido, triste, desesperançado, desencorajado ou na “fossa”. • Pode ser negada no início por falas como: “me sinto vazio”, “sem sentimentos” • Podem haver queixas somáticas com irritabilidade aumentada. ➢ Perda de interesse ou prazer (anedonia): • Pessoa “não se importa mais”, falta de prazer com qualquer atividade anteriormente prazerosa; • Pode haver retraimento social; • Redução de interesse ou desejo sexual. ➢ Apetite: • Pode haver aumento de apetite, principalmente uma avidez por certos alimentos como doces; • Ou também pode ocorrer perda de apetite; • Podendo haver perda ou ganho de peso significativo. ➢ Sono: • Aumento de sono, com episódios prolongados de sono noturno ou diurno. • Perda de sono caracterizando insônia intermediária ou terminal. ➢ Alterações psicomotoras: • Observáveis por outros! • Agitação: andar sem parar, agitar as mãos, puxar ou esfregar a pele roupas. • Retardo: discurso e pensamento lentificados, fala diminuída, volume e quantidade, variedade de conteúdos; movimentos corporais lentificados. ➢ Diminuição de energia, cansaço e fadiga. • Fadiga persistente sem esforço físico; • Diminuição na eficiência em realizar tarefas; • Lavar e vestis pela manhã é algo exaustivo. ➢ Sentimento de desvalia ou culpa (autorrecriminação). • Avaliações negativas e irrealistas do próprio valor, preocupações cheias de RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA culpa ou ruminações acerca de pequenos fracassos do passado. ➢ Prejuízo na capacidade de pensar, concentrar-se e tomar decisões. • Dificuldades de memória; atividades acadêmicas e profissionais incapazes de funcionar de forma adequada. ➢ Pensamentos sobre morte, ideação suicida ou tentativas de suicídio. • Pensamentos de um desejo passivo de não acordar pela manhã, ou uma crença de que os outros estariam melhor se o indivíduo estivesse morto; • Pensamentos transitórios, porém, recorrentes, sobre cometer suicídio ou planos específicos para se matar; • As pessoas mais gravemente suicidas podem ter colocado seus negócios em ordem (pagar contas, testamento), adquirido materiais necessários (corda, arma de fogo) e podem ter estabelecido um local e momento para consumarem o suicídio. Suicídio: Maior prioridade: potencial para o suicídio; Homens: tentativas mais perigosas como enforcamento, armas de fogo, lugares altos, afogamentos. Mulheres: oversodes de medicações, veneno, pulso cortado. Aspectos importantes: • Qualquer ato suicida ou ameaça de suicídio deve ser levado a sério. • 20% dos indivíduos que tentam o suicídio repetem a tentativa em um ano. • Todos os gestos ou tentativas de suicídio devem ser tratados. • Cerca de 10% de todas as tentativas de suicídio são fatais. Especificadores de Gravidade/Psicótico/de Remissão para Episódio Depressivo Maior Grave com Características Psicóticas: presença de delírios ou alucinações. Com maior frequência, o conteúdo dos delírios ou alucinações é coerente com os temas depressivos • características psicóticas congruentes com o humor incluem delírios de culpa ( de ser responsável pela doença de um ente querido); • características psicóticas incongruentes com o humor delírios de irradiação de pensamentos ( os outros podem ouvir os pensamentos do indivíduo). Remissão Completa: exige um período de pelo menos 2 meses durante os quais não existem sintomas significativos de depressão. Remissão Parcial: 1) alguns sintomas de um Episódio Depressivo Maior ainda estão presentes, RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA porém não mais são satisfeitos todos os critérios, ou; 2) não mais existem quaisquer sintomas significativos de um Episódio Depressivo Maior, mas o período de remissão ainda não chegou a dois meses. DISTÚRBIO DISTÍMICO Forma mais crônica da depressão, perturbação do humor continua por pelo menos dois anos no adulto e um ano na criança. Tratamento: • Psicoterapia • Farmacoterapia •ECT Eletroconculsoterapia: É indicada quando: • antidepressivos não surtem efeito; • em quadros depressivos com sintomas psicóticos; • existe risco de suicídio ou sofrimento intenso; • não é possível o uso de antidepressivos. Psicopatologia do Transtorno Bipolar Alegria: Todas as pessoas, independentemente da idade, podem e devem se sentir felizes ao longo da vida, principalmente quando recebem uma boa notícia (formatura, viagem, se casam), porém ... Essa alegria tem “medidas”. Transtorno Bipolar Epidemiologia: • Prevalência de 1,8% a 2,7%. • 20% cometem suicídio. • 3 vezes mais divórcios. • Diagnóstico correto – média de 9 anos. • Idade de início: 10 a 30 anos (pico aos 15- 19). • Sexta maior causa de incapacitação no mundo (OMS). O transtorno bipolar é caracterizado pela instabilidade do humor. Transtorno Bipolar I Critérios diagnósticos: ➢ Episódio maníaco: O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos maiores. Sintomas maníacos (eufóricos): A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária). B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual: 1. Autoestima inflada ou grandiosidade (acha que tem muitos dons ou poderes especiais); 2. Diminuição da necessidade de sono (ex. sente-se descansado com apenas três horas de sono); 3. Mais loquaz (falador) do que o habitual (ou pressão por falar) 4. Fuga de ideias ou pensamentos excessivos, acelerados, tagarelice (“cabeça cheia de pensamentos”); RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA 5. Impaciência, irritabilidade (“pavio curto”); 6. Distratibilidade: falta de atenção e concentração; 7. Aumento da atividade física e mental (inquietação, agitação psicomotora) e/ou agressividade; 8. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas como: gastos excessivos podem promover graves prejuízos nas finanças pessoais e familiares; indiscrições sexuais ou investimentos financeiros; 9. Confiança e otimismo exagerados ou excessos em atividades prazerosas (pode correr riscos); 10. Comportamento social inadequado (excessivamente exagerado); 11. Aumento do desejo e da atividade sexual. C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas. D. A perturbação do humor não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p.ex: droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica. Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (exemplo: medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento é evidência suficiente para um episódio maníaco. Critérios diagnósticos para Episódio Hipomaníaco: A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos sintomas do critério B para episódio Maníaco (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo. C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático. D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F. O episódio não é atribuível a aos efeitos fisiológicos de uma substância (exemplo: droga de abuso, medicamento, outro tratamento). Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (exemplo: medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 3 sintomas (principalmente aumento da irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma diátese bipolar. Nota: Os Critérios A-F representam um episódio hipomaníaco. Esses episódios são comuns no transtorno bipolar tipo I, embora não necessariamente para o diagnóstico desse transtorno. RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA Os sintomas da hipomania são os mesmos da mania, porém mais brandos, menos intensos, com duração mínima de 4 dias (“pequena mania”). Ela pode passar despercebida tanto para o paciente, como para os familiares. Medicamentos que podem causar mania: • Alprazolam (Ansiedade) • Amantadina (Parkinson) • Aminofilina • Anfetaminas • Antidepressivos • Antipsicóticos atípicos • Buspirona (Ansiedade) • Captopril (Hipertensão) • Cimetidina (Úlcera) • Corticosteróides • Clonazepam (Ansiedade) • Digoxina (Insuf. cardíaca) • Dissulfiram (Alcoolismo) • Estrógenos • Fenilefrina (Gripe) • Ginseng • Indometacina (Inflamação) • Levodopa (Parkinson) • Midazolam (Hipnótico) • Propranolol • Reserpina (Hipertensão) • Tramadol (Analgésico). Critérios diagnósticos (DSM V) Transtorno Bipolar tipo I: Um ou mais episódios maníacos geralmente antecedidos ou seguidos por episódios depressivos maiores (TDM). Transtorno Bipolar tipo II: Um ou mais episódios depressivos maiores (TDM) e pelo menos um episódio hipomaníaco. Transtorno Ciclotímico: Perturbação crônica e flutuante do humor com numerosos períodos de sintomas hipomaníacos e depressivos, por pelo menos 2 anos, mas não atende aos critérios de mania, hipomania ou depressão grave Portanto, quando se fala em depressão unipolar pensar somente em depressão (não tem hipomania ou mania). No transtrono bipolar tem depressão (que também pode ser chamada de bipolar) e também tem hipomania e mania. DEPRESSÃO UNIPOLAR • Menor número de episódios; • Início mais gradual; • Manos lentificação psicomotora; às vezes agitação; • Mais ansiedade, irritabilidade, queixas físicas; • Insônia (intermediária e terminal) • Risco menor de suicídio; • Sintomas psicóticos com menor frequência; • Menor número de remissão espontânea; • Antidepressivos são mais eficientes. • O lítio é menos eficiente; • História familiar de depressão. DEPRESSÃO BIPOLAR • Maior número de episódios; • Início agudo; • Aumento da lentificação psicomotora; • Maior labilidade de humor durante o episódio; • Hipersonia (piora pela manhã); • Risco maior de suicídio; • Probabilidade maior de sintomas psicóticos; • Mais remissões espontâneas; • Antidepressivos são menos eficientes; • O lítio émais eficiente; • História familiar de mania e depressão. Psicopatologia do Transtorno de Personalidade Personalidade: É um conjunto de características que as pessoas apresentam com relação aos seus comportamentos, emoções e sentimentos os momentos de interação com o próximo e o meio. RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA Formação da personalidade: se forma a partir de fatores como envolvimento na comunidade, ideologia política, saúde física e psicológica; atividade criminosa, escolha, satisfação e desempenho profissionais; espiritualidade e identidade, qualidade das relações familiares amorosas e com colegas. Transtorno de personalidade: definido por um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo”. Transtornos de Personalidade no DSM De acordo com o DSM-5, os transtornos de personalidade são principalmente problemas com: autoidentidade, relacionamentos interpessoais. Autoidentidade: Problemas de autoidentidade podem se manifestar como uma autoimagem instável (as pessoas flutuam entre verem-se como bondosas ou cruéis) ou como inconsistências nos valores, objetivos e aparência. Relacionamentos interpessoais: Questões interpessoais normalmente se manifestam como não conseguir desenvolver ou manter relações íntimas e/ou insensibilidade com outros (incapaz de criar empatia). Critérios Diagnósticos para um Transtorno da Personalidade, de acordo com o DSM-5: A) Um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Este padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: 1. cognição 2. afetividade 3. funcionamento interpessoal 4. controle dos impulsos B) O padrão persistente é inflexível e abrange uma ampla faixa de situações pessoais e sociais. C) O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. D) O padrão é estável e de longa duração, podendo seu início remontar à adolescência ou começo da idade adulta. E) O padrão persistente não é melhor explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental. F) O padrão persistente não é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral. Os traços de personalidade representam padrões de pensamento, percepção, reação e relacionamento que permanecem relativamente estáveis ao longo do tempo. Os transtornos de personalidade existem quando esses traços se tornam tão pronunciados, rígidos e mal- adaptativos que prejudicam o trabalho e/ou funcionamento interpessoal. As desordens da personalidade podem ser consideradas entre os transtornos mentais mais complicados de diagnosticar e tratar. É observado que pacientes com TP tendem a ser atendidos em períodos de crise ou em decorrência de sintomas de depressão, ansiedade e problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas. Os transtornos de personalidade podem ser divididos em grupos: • Grupo A- Indivíduos excêntricos e esquisitos: paranóide, esquizotípica e esquizóide. • Grupo B- Indivíduos dramáticos e emotivos: borderline, histriônicos, narcisistas e antissocial. RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA • Grupo C- Indivíduos ansiosos e medrosos: dependentes, obsessivos- compulsivos, esquiva. De acordo com o CID-10 os transtornos de personalidade são: ➢ F60 • F60.0 – Personalidade paranoica • F60.1-Personalidade esquizóide/esquizotípica • F60.2 – Personalidade dissocial (antissocial, psicopática, sociopática) • F60.3- Transtorno de personalidade com instabilidade emocional (borderline) • F60.4- Personalidade Histriônica • F60.5- Anascástica/Obsessivo compulsivo • F60.6- Esquiva/ansiosa • F60.7 - Dependente ➢ F65 – Transtorno da preferência sexual • F65.0 - Fetichismo • F65.4 – Pedofilia • F65.5 - Sadomasoquismo GRUPO A: indivíduos excêntricos e esquisitos Transtorno de Personalidade Paranoide: Desconfiança e suspeitas em relação aos outros, de modo que as intenções são interpretadas como maldosas, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos 1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por terceiros. 2) preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas. 3) reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si 4) Interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador em observações ou acontecimentos benignos 5) Guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes. 6) Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra-ataque. 7) Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual. Transtorno de Personalidade Esquizoide: Distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contexto. 1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família 2) quase sempre opta por atividades solitárias. 3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com um parceiro 4) tem prazer em poucas atividades 5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau 6) mostra-se indiferente a elogios ou críticas 7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo Transtorno de Personalidade Esquizotípico: Déficits sociais e interpessoais, marcado por desconforto agudo e reduzida capacidade para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico. 1) ideias de referência excluindo delírios de referência 2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e não estão de acordo com as normas da subcultura do indivíduo 3) experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões somáticas 4) pensamento e discurso bizarros 5) desconfiança ou ideação paranoide RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA 6) afeto inadequado ou constrito 7) aparência ou comportamento esquisito, peculiar ou excêntrico 8) não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau 9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada com temores paranoides, em vez de julgamentos negativos acerca de si próprio GRUPO B: indivíduos dramáticos e emotivos Transtorno de Personalidade Antissocial (Sociopatia): Desrespeito e violação dos direitos alheios, que ocorre desde os 15 anos. 1) incapacidade de adequar-se às normas sociais com relação a comportamentos lícitos, indicada pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção 2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer 3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro 4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas 5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia 6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou de honrar obrigaçõesfinanceiras 7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado alguém Transtorno de Personalidade Borderline: Border= fronteira, limite e line= linha (sintomas psicóticos transitórios) Instabilidade dos relacionamentos interpessoais, da autoimagem e dos afetos e acentuada impulsividade, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. 1) esforços frenéticos no sentido de evitar um abandono real ou imaginário 2) Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização 3) Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da autoimagem ou do sentimento de self 4) Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa: gastos, sexo, abuso, dirigir, comer 5) Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante 6) Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor 7) Sentimentos crônicos de vazio 8) Raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva 9) Ideação paranoide transitória e relacionada ao estresse Transtorno de Personalidade Histriônico: Excessiva emotividade e busca de atenção, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos 1) desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções 2) a interação com os outros frequentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor 3) mudanças rápidas e superficialidade na expressão das emoções 4) constante utilização da aparência física para chamar a atenção sobre si próprio RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA 5) estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes 6) dramaticidade, teatralidade e expressão emocional exagerada 7) sugestionabilidade, ou seja, é facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias 8) considerar os relacionamentos mais íntimos do que realmente são Transtorno de Personalidade Narcísico: Grandiosidade em fantasia ou comportamento, necessidade de admiração e falta de empatia, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. 1) sentimento grandioso acerca da própria importância (p. ex., exagera realizações e talentos, espera ser reconhecido como superior sem realizações à altura) 2) preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal 3) crença de ser ¨especial¨ e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a outras pessoas ou instituições especiais ou de condição elevada 4) Exigência de admiração excessiva 5) Presunção, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas 6) É explorador em relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagem de outros para atingir seus próprios objetivos 7) Ausência de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades alheias 8) Frequentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia 9) Comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes GRUPO C: indivíduos ansiosos e medrosos Preocupação com organização, perfeccionismo e controle mental e interpessoal, à custa de flexibilidade, abertura e eficiência, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos 1) preocupação tão extensa com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o alvo principal da atividade é perdido 2) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas 3) devotamento excessivo ao trabalho e à produtividade, em detrimento de atividades de lazer e amizades 4) excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em questões de moralidade, ética ou valores 5) incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor sentimental 6) relutância em delegar tarefas ou trabalhar em conjunto com outras pessoas, a menos que estas se submetam a seu modo exato de fazer as coisas 7) adoção de um estilo miserável quanto à gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras 8) rigidez e teimosia Transtorno de Personalidade Esquiva: Inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos 1) evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de críticas, desaprovação ou rejeição 2) reluta a envolver-se, a menos que tenha certeza da estima da pessoa RESUMÃO PSICOPATOLOGIA RAFAELA FIDELIS – RESUMOS PSICOLOGIA 3) mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em razão do medo de passar vergonha ou ser ridicularizado 4) preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais 5) inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de inadequação 6) vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais, ou inferior 7) extraordinariamente reticente em assumir riscos pessoais ou envolver-se em quaisquer novas atividades, porque estas poderiam provocar vergonha Transtorno de Personalidade Dependente: Necessidade global e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento submisso e aderente e a temores de separação, que se manifesta no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos 1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento da parte de outras pessoas 2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida 3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder apoio ou aprovação 4) Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria em vista de uma falta de autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia 5) Vai a extremos para obter carinho e apoio, a ponto de oferecer-se para fazer coisas desagradáveis 6) Sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio 7) Busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido 8) Preocupação irrealista com temores de ser abandonado à própria sorte