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APOL 1 LITERATURA 2 TENTATIVA

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Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32.
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que:
	
	A
	na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica.
	
	B
	poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso.
	
	C
	o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz.
	
	D
	as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema.
	
	E
	não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente.
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito! O major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. – Mas isso foi em outro tempo, agora...”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017.
Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto (1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos ornamentada, avessa ao tom bacharelesco.
II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu tempo.
III. (  ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto.
IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. 
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço, e faziam juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo de traquinar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017.
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural daquela sociedade e da sociedade brasileiraem geral. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo de sociabilidade de:
	
	A
	malandragem.
	
	B
	marginal.
	
	C
	aristocrática.
	
	D
	convencional.
	
	E
	civilizatória.
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“- Nonada. Tiros que o senhor ouviu não foram de briga de homem não, Deus esteja.
[...]
Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. O que eu falei foi exato? Foi. Mas teria sido? Agora, acho que nem não. São tantas horas de pessoas, tantas horas de pessoas, tantas coisas em tantos tempos, tudo miúdo recruzado. Se eu fosse filho de mais ação, e menos ideia, isso sim, tinha escapulido, calado, no estar da noite, varava dez léguas, madrugava, me escondia do largo do sol, varava mais dez, encostava no São Francisco bem de frente da Januária, passava, chegava em terra cidadã, estava no pique”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Rosa, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1958, p. 175 et passim.
O trecho acima foi extraído do romance Grande Sertão: Veredas, do escritor nascido em Cordisburgo João Guimarães Rosa. Este livro faz parte da nova narrativa moderna, ou seja, compõe o grupo de obras que consolidou a experiência modernista brasileira. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em relação à obra e à narrativa de O grande sertão: veredas, leia as afirmativas a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
I. ( ) Esse romance simula a narração oral por meio da história de Riobaldo, ex-jagunço, agora estabelecido proprietário de terras.
II. ( ) Há na narrativa a história de um amor “antinatural” por um homem, Diadorim, jagunço filho do grande líder Joca Ramiro.
III. (  ) Por causa do pacto com o diabo, Riobaldo perde suas terras, fica na miséria e acaba preso por causa dos crimes que cometeu quando era jagunço.
IV. ( ) Riobaldo deseja descobrir, ao narrar, se o diabo existe – visto que, se existisse, sua alma estaria condenada em virtude de um pacto que teria feito para matar Hermógenes.
Agora, marque a sequência correta:
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	V – V – F – V
	
	C
	V – V – V – F
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de poema abaixo: 
“Vozes veladas, veludosas vozes
Volúpia dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas
...........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ e SOUSA, J. Violões que choram. In: CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961. p. 124.
A poesia do poeta catarinense Cruz e Souza faz parte do cânone simbolista nacional. Esse movimento estético buscou reagir à objetividade em arte que fundamentava tanto o parnasianismo como o realismo-naturalismo. Considerando os versos acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o simbolismo, é correto afirmar que:
	
	A
	os simbolistas buscaram tanto prosa quanto na poesia representar a realidade da forma mais exata possível.
	
	B
	os simbolistas procuraram por meio do uso de metáforas e outras figuras de linguagem representar o que se passava em seu mundo interior.
	
	C
	entre as principais características dos poetas simbolistas estava o engajamento político, que se manifestava em seus versos.
	
	D
	os simbolistas empregavam uma linguagem literal, concisa, de modo a representar fielmente os traços do meio rural.
	
	E
	a paráfrase era um dos recursos retóricos mais empregados pelos simbolistas, pois prezavam a explicação detalhada dos objetos do mundo.
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir
“A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível a tradição literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as manifestações, embora sem nenhuma excelência e antes inferiormente, animou-a todavia desde o princípio o nativo sentimento de apego à terra e afeto às suas coisas. Ainda sem propósito acabaria este sentimento por determinar manifestações literárias que em estilo diverso do da metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se diferenciava”.
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017.
 
A delimitação do momento inaugural da nossa literatura foi e é um problema para os historiadores da literatura brasileira. Galho secundário da literatura universal, como disse um crítico, o primeiro passo dado por nossos escritores foi o de tentar se distinguirem de nossos colonizadores. Algo ainda insuficiente, no entanto, para estabelecer uma literatura nacional. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre os problemas que dificultam a definição do marco inicial da literatura brasileira está:
 
	
	A
	o hábito dos autores do período escreverem textos religiosos, gramáticas, em vez de textos literários.
	
	B
	a censura de Portugal, que impedia que os temas nacionais aparecessem nos textos de autores brasileiros.
	
	C
	a ausência de um sistema literário em território brasileiro, que articulasse autor, obra e leitor, estabelecendo um sistema simbólico.
	
	D
	a limitação dos temas literários, voltados para a transmissão dos acontecimentos locais por meio de crônicas.
	
	E
	a produção de textos alegóricos que impedem a manifestação dos temas locais e a diferenciação com a literatura de Portugal.
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são:
	
	A
	visão laica e visão alegórica.
	
	B
	visão literária e visão transfiguradora.
	
	C
	visão religiosa e visão reformista.
	
	D
	visão religiosa e visão transfiguradora.
	
	E
	visão reformista e visão alegórica.
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto:
“O Realismo e o Naturalismo surgiram praticamente no mesmo período histórico, mantendo os mesmos princípios científicos, filosóficos e artísticos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ, Gisele Thiel Della. Rota de aprendizagem da aula 3. O Realismo e Naturalismo no Brasil, Curitiba, Intersaberes, Slide 13.
Considerando a passagem de texto acima e as informações da Aula 3, Videoaula do Tema 4 – Conceitualização, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a alternativa que indica as características da estética e da ambientação Realista e Naturalista Brasileira:
	
	A
	A estética era centralizada na narração dos antigos costumes europeus e a ambientação atrelava-se à realidade burguesa da época.
	
	B
	A estética contemporânea era predominante e o enfoque era, estritamente, na ambientação da realidade urbana.
	
	C
	A estética concentrou-se na narração de costumes contemporâneos ea ambientação esteve atrelada ao mundo urbano e ao mundo rural.
	
	D
	A estética e a ambientação eram restritas aos costumes e a realidade rural.
	
	E
	Apesar de terem surgido no mesmo período histórico, a estética e a ambientação Naturalista e Realista não possuem características em comum.
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos:
	
	A
	a descrição e a redução das peripécias.
	
	B
	a narração e grande número de peripécias.
	
	C
	o narrador intruso e a digressão.
	
	D
	grande número de peripécias e a descrição.
	
	E
	redução das peripécias e fluxo de consciência.

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