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Semiologia do Abdome

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Semiologia em Pediatria II 
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1 
 
 Regras gerais: 
 Criança deverá ser examinada completamente despida e sob boa iluminação. 
 Mesmo que a queixa recaia sobre o abdome, uma inspeção geral e exame dos outros 
aparelhos devem ser efetuados. 
 Variáveis influenciam o estado geral da criança: temperatura ambiente, temperatura da 
mão do examinador, manipulação desnecessária, fome. 
 Ter paciência e usar o tempo que for necessário para obtenção dos dados objetivado pelo 
exame. 
Anatomia do abdome 
 Limites do abdome: As paredes anterior e posterior em conjunto com as laterais configuram o 
abdome em externo e interno, superior e inferior. 
 Externo: 
 Superior: apêndice xifoide e arcada costal até a coluna vertebral 
 Inferior: crista ilíacas, crista pubiana, pregas inguinais e base do sacro 
 
 
 
Semiologia em Pediatria II 
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2 
 Interno: 
 Superior: cúpula diafragmática 
 Inferior: estreito superior da bacia 
 Divisão do abdome: 
 
Exame Físico 
 Inspeção normal: RN apresenta abdome globoso com relação ao tórax, Pré escolar e escolar 
apresentam conformação mais próxima do adulto. 
 Inspeção anormal: 
 Agenesia dos músculos abdominais - associada a malformações do trato urinário. 
 Diástase dos músculos reto abdominais 
 Exposição dos órgãos – Extrofia de bexiga 
 Na região lombar presença de massas: teratoma sacrococcígeo e meningomielocele. 
1) Agenesia dos músculos abdominais: 
 
 
 Síndrome de Prune-Belly é caracterizada por uma tríade de anomalia sendo a deficiência ou 
ausência da musculatura da parede abdominal, criptorquidia bilateral ( quando os testículos 
Semiologia em Pediatria II 
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não descem até a bolsa testicular) e malformação do trato urinário. Se classifica esse 
abdome como abdome em ameixa passa. 
2) Diástase dos músculos retos abdominais 
 É a separação parcial ou completa dos músculos retos abdominais. A diástase do reto 
abdominal pode ou não estar associada a sintomas. A separação excessiva dos músculos 
abdominais pode comprometer a função da parede abdominal anterior e tornar-se óbvia 
através de uma protusão visível na linha média do abdômen 
 Apesar de ser parecida, a diástase do reto abdominal não é uma hérnia da parede 
abdominal; não há defeito da fáscia que recobre o abdômen, portanto, não há risco de 
encarceramento ou estrangulamento. Fora a protusão, que não necessariamente está 
presente em todos os pacientes, a diástase retal não costuma provocar outros sintomas. 
Caso o paciente tenha fraqueza muito importante da parede abdominal, ele pode ter dor 
lombar, constipação intestinal e alguma dificuldade de levantar pesos que estejam no chão 
 
 
3) Exposição dos órgãos – Extrofia de bexiga 
 A extrofia de bexiga é uma anomalia congênita rara decorrente de falha da fusão dos 
tecidos da linha média da pelve durante a embriogênese e caracteriza-se por má formação 
da região inferior da parede abdominal 4envolvendo o trato geniturinário e o sistema 
musculoesquelético. 
 Extrofia de bexiga é um defeito congênito que consiste em uma má formação da bexiga e 
uretra, na qual a bexiga fica exposta para fora do abdome. 
 
 
 
Semiologia em Pediatria II 
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4 
 
 
4) Teratoma sacrococcígeo e Meningomielocele 
 O teratoma sacrococcígeo é um tumor benigno, composto pelas três camadas de células 
germinativas e com origem na falha de migração das células pluripotenciais que se originam 
no nodo de Hense 
 
 
 A mielomeningocele é um defeito da coluna vertebral e da medula espinhal, que acontece 
nas primeiras semanas de gestação. A coluna vertebral, a medula espinhal e o canal da 
medula não se formam normalmente. Existe um defeito na formação dessas estruturas, cuja 
causa ainda não é bem definida 
 
 Abaulamentos: modo de instalação 
 Súbito: 
▪ Perfuração Intestinal – formação pneumoperitônio 
▪ Entecolite necrotizante 
 Progressivo: 
▪ Megacólon aganglionar (é causado pela ausência de inervação do intestino grosso. 
Na maioria dos casos, a falta de inervação ocorre na sua porção final) 
 Localizados: 
▪ Tumores 
Semiologia em Pediatria II 
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▪ Visceromegalias 
▪ Abcesso de parede 
▪ Distensão de bexiga 
Abaulamento Global 
 Processo obstrutivo baixo – Imperfuração anal 
 
 
2) Intussuscepção intestinal 
 A invaginação intestinal, que também pode ser 
conhecida como intussuscepção intestinal, é uma 
condição grave na qual uma parte do intestino 
desliza para dentro de outra, podendo 
interromper a passagem de sangue para essa 
porção e causando obstrução, perfuração do 
intestino ou até morte dos tecidos. Esta alteração 
do intestino é mais frequente em crianças até aos 
3 anos. 
 
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 Depressões: 
 Hérnia diafragmática: As hérnias diafragmáticas são doenças de origem congênita causadas 
pelo fechamento incompleto do diafragma. Dessa forma, permitem a passagem de órgãos 
intra-abdominais para a cavidade torácica do feto. “Assim, os órgãos do abdômen que 
ocupam a cavidade torácica comprimem os pulmões 
 Aderência entre peritônio parietal e visceral: Tuberculose peritoneal (A tuberculose 
peritoneal consiste num processo inflamatório crônico causado pelo Mycobacterium 
tuberculosis. Sua sintomatologia é inespecífica, com comprometimento sistêmico – dor 
abdominal DIFUSA + ascite) 
 
 Respiração: 
 Respiração paradoxal: é quando o peito e o a bdome movem-se em direções opostas um ao 
outro. Na inspiração, o peito subirá, mas o abdome descerá, e na expiração o peito descerá 
e o bdômen subirá – pode ser sintoma de poliomielite 
 Peritonite: A peritonite é a inflamação decorrente de infecção que acomete o peritônio, 
tecido que reveste a parede interna do abdômen e recobre a maioria dos órgãos da região 
abdominal, como o estômago, os intestinos, o fígado e o baço. Essa infecção pode ser 
provocada por bactéria ou fungo – Diminuição dos movimentos peristálticos 
 Ondas peristálticas: normalmente não são visíveis 
 Visíveis: em Estenose hipertrófica de piloro (É a obstrução quase completa do canal pilórico 
– ligação do estomago com o intestino, m decorrência de hipertrofia da musculatura circular 
Semiologia em Pediatria II 
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7 
do piloro. Forma-se um verdadeiro tumor ao nível do piloro, duro, quase sempre palpável 
através da parede abdominal) 
 Circulação colateral: 
 Veias dilatadas na parte inferolateral da parede abdominal: significativo de trombose, ascite 
abundante ou massas 
 Veia cava superior: veias dilatadas na parte superior do tórax 
 Veia porta: desenvolve na parte superior do abdome entre o umbigo e o apêndice xifoide e 
da parte inferior do tórax: indicativo de trombose, tumores e mecanismos extra-hepáticos 
 
 Umbigo: 
 Artéria umbilical única: ocorre em um terço dos casos – malformações do trato urinário e 
gastrointestinal 
 
 Malformações de parede abdominal: 
 Onfalocele 
 Gastroquise 
1) Onfalocele 
 Malformação de fechamento abdominal a partir do umbigo, o cordão sai da lesão e as 
vísceras são cobertas com âmnio e peritônio. 
 Associa-se com cardiopatias, malformações renais e de coluna vertebral 
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2) Gastroquise 
 Evisceração paramediana direita e lateral do cordão umbilical, as vísceras não apresentam 
cobertura. As vísceras não apresentam cobertura 
 Associa-se ao íleo paralítico, atresia de delgado, intestino curto e criptorquidia 
 
 Hérnia umbilical: Hérnia umbilical é um deslocamento anormal de tecido pela parede abdominal 
atrás do umbigo. Esse tipo de hérnia se desenvolve quando uma porção do revestimento do 
abdômen, de parte do intestino e/ou fluido do abdômen se acumula através do músculo da parede 
abdominal 
 
 Granuloma umbilical: O granuloma umbilical é a anormalidade do umbigo mais frequente em 
recém-nascidos1 e resulta de um supercrescimento do tecido de granulação, que persistena base 
do cordão umbilical após a sua queda. TTO é nitrato de prata ou sal de cozinha 
 Umbigo cutâneo: Quando a pele do abdômen do bebê se prolonga por cerca de 1 a 2 centímetros, 
cobrindo o início do coto umbilical. É uma forma de cicatriz umbilical, não é patológico. 
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 Palpação superficial: 
 Verificar sensibilidade 
 Verificar espessura da parede 
 Tumoração da parede 
 Continuidade 
 Tensão 
 Piparote ou sinal de onda liquida 
 Palpação profunda: Regras 
 Decúbito dorsal e o examinador a direita 
 Mãos aquecidas 
 Nunca pressionar a ponta dos dedos sobre o abdome 
 Criança deve estar calma e respirar ritmadamente 
 Deixar por último as regiões dolorosas 
 Nos derrames líquidos – manobras intermitentes 
 Inicialmente não direcionar a palpação para órgãos específicos 
 Na evidência de qualquer anormalidade procurar descrever a sensibilidade, a forma, a 
consistência, o volume, a mobilidade, a localização e a relação com os planos 
 Palpação específica: 
1) Fígado 
 Palpação simples 
 Palpação Bimanual de Fleckel/Lemos Torres : realizada colocando a palma da mão 
direita no ponto do limite inferior (que você marcou durante a percussão). A mão direita 
do examinador deve estar apoiada sobre a parede abdominal, e a ela deve ir se 
movimentando na direção do fígado, sendo que os movimentos devem ser realizados 
pressionando a região, na tentativa de palpar o fígado, e o ideal é que sejam realizados 
na inspiração, pois é o momento em que há a descida do diafragma e 
consequentemente a descida do fígado. Após esses movimentos, a mãe esquerda deve 
ser colocada na loja renal direita, de modo a “empurrar” o fígado para cima, 
aproximando o da mão direita e assim facilitando a sua palpação. Após realizar esse 
posicionamento das mãos (uma mão próxima a borda hepática inferior e outra na loja 
renal), deve-se pedir que o paciente inspire e expire lentamente e nesse momento o 
examinador deve tentar sentir o fígado, buscando-o com a mão direita 
 Palpação em garra de Mathieu: o examinador deve estar à direita do paciente, e apoia 
as polpas digitais no rebordo costal, como se estivesse tentando “entrar por baixo do 
rebordo”, e pede-se que o paciente inspire, para que assim ocorra a descida do fígado. 
 Descrever a borda inferior, a superfície e a ocupação além do rebordo costal 
 
 
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2) Baço 
 Palpação 
 Percussão 
 Timpanismo exagerado: 
 Aerofagia com meteorismo: É considerado, em alguns casos, uma consequência da 
aerofagia, que é a deglutição de ar excessiva durante a alimentação. “O meteorismo 
se refere à distensão, ao som e ao desconforto causados pelo acúmulo de gases no 
sistema digestivo 
 Obstrução intestinal 
 Pneumoperitônio: é a presença de ar na cavidade abdominal. Pode ser uma condição 
patológica, devida à perfuração de vísceras ocas 
 
 Ausculta: 
 Único ponto de observação: quadrante inferior direito 
 Ruídos exagerados - peristaltismo de luta ( pseudo-obstrução intestinal é uma forma de 
abdome agudo obstrutivo no qual não se identifica um ponto mecânico de obstrução. s 
sintomas obstrutivo decorrem de um mau funcionamento da musculatura lisa do intestino) 
 Observação evolutiva pós operatório 
 Sopros por estenoses ou aneurisma arteriais 
Casos Clínicos 
 
 
 
 Rx de tórax com 
padrão de normalidade 
 
 
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 RX de tórax: ingestão de corpo estranho – criança engoliu 
um parafuso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RX de tórax: as setas apontam distensão abdominal 
importante devido a grande quantidade de gases nas alças intestinais e 
quadro de condensação pulmonar – Pneumonia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RX de tórax: ingestão de corpo estranho a criança engoliu 
uma moeda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia em Pediatria II 
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 Caso Clínico: criança de 6 anos, febre alta de 38 º C há 2 dias, nega coriza, nega tosse e nega 
secreção. 
 Exame físico: Orofaringe com placas purulenta bilateral 
 Amoxicilina é prescrita 
 Caso Clínico: dor abdominal é uma manifestação prevalente em crianças com pneumonia após 
quadro gripal não significante. Se a criança der entrada no PS com dor abdominal após quadro 
gripal pedir RX de tórax para investigar pneumonia caso não seja identificado causas abdominais 
como retenção de fezes.

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