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Sangramento uterino anormal


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DIRETORIA DA FEBRASGO
2020 / 2023
Marta Franco Finotti
Vice-Presidente
Região Centro-Oeste
Carlos Augusto Pires C. Lino
Vice-Presidente
Região Nordeste
Ricardo de Almeida Quintairos
Vice-Presidente
Região Norte
Marcelo Zugaib
Vice-Presidente
Região Sudeste
Jan Pawel Andrade Pachnicki
Vice-Presidente
Região Sul
Agnaldo Lopes da Silva Filho
Presidente
Sérgio Podgaec
Diretor Administrativo
César Eduardo Fernandes
Diretor Científico
Olímpio B. de Moraes Filho
Diretor Financeiro
Maria Celeste Osório Wender
Diretora de Defesa e Valorização 
Profissional
Imagem de capa e miolo: passion artist/Shutterstock.com
COMISSÃO NACIONAL ESPECIALIZADA EM GINECOLOGIA 
ENDÓCRINA - 2020 / 2023
Presidente
Cristina Laguna Benetti Pinto
Vice-Presidente
Ana Carolina Japur de Sá Rosa e Silva
Secretário
José Maria Soares Júnior
Membros
Andrea Prestes Nácul
Daniela Angerame Yela Gomes
Fernando Marcos dos Reis
Gabriela Pravatta Rezende
Gustavo Arantes Rosa Maciel
Gustavo Mafaldo Soares
Laura Olinda Rezende Bregieiro Costa
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio
Maria Candida Pinheiro Baracat Rezende
Sebastião Freitas de Medeiros
Tecia Maria de Oliveira Maranhão
Vinicius Medina Lopes
2021 - Edição revista e atualizada | 2018 - Edição anterior
Sangramento uterino anormal
Descritores
Sangramento uterino; Hemorragia uterina; Menstruação; PALM-COEIN
CID
N92
Como citar? 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Sangramento 
uterino anormal. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 28/ 
Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina). 
Introdução
Sangramento uterino anormal (SUA) é definido como perda mens-
trual excessiva, caracterizada por alteração para mais em um dos 
parâmetros quantidade ou volume, duração ou frequência,(1) com 
repercussões físicas, emocionais, sociais, materiais e na qualidade 
de vida das mulheres, que podem ocorrer isoladamente ou em com-
binação com outros sintomas.(2) O SUA é a condição responsável por 
um terço das consultas ginecológicas e dois terços das indicações de 
histerectomia ao redor do mundo,(3) afeta até 40% das mulheres em 
alguma fase da vida, além de ser a causa mais comum de anemia fer-
ropriva em mulheres durante o período reprodutivo.(3,4) O impacto 
é negativo na qualidade de vida das mulheres, sendo a vida social e 
os relacionamentos prejudicados em quase dois terços dos casos.(5,6)
* Este protocolo foi elaborado pela Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina e 
validado pela Diretoria Científica como Documento Oficial da FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de 
Ginecologia, n. 28. Acesse: https://www.febrasgo.org.br/
Todos os direitos reservados. Publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia (FEBRASGO). 
4 Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
https://www.febrasgo.org.br/
O SUA pode ser agudo, definido como um episódio de sangramen-
to uterino intenso que necessite de intervenção imediata, ou crônico, 
nos casos em que alterações no padrão de sangramento menstrual 
persistem por pelo menos seis meses.(3,7) Os parâmetros de normali-
dade do sangramento menstrual estão descritos na tabela 1. Qualquer 
alteração nessas referências deve ser classificada como SUA.(8) 
Tabela 1. Parâmetros de normalidade de sangramento uterino segundo 
a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)
Parâmetro avaliado Definições
Frequência Ausente: amenorreia
Infrequente: > 38 dias
Normal: ≥ 24 a ≤ 38 dias
Frequente: < 24 dias
Duração Normal: ≤ 8 dias
Prolongada: > 8 dias
Regularidade Normal: variação entre o mais curto e o mais 
longo dos ciclos ≤ 7 a 9 dias
Irregular: variação entre o mais curto e o mais 
longo dos ciclos ≥ 8 a 10 dias
Volume sanguíneo (referido pela mulher) Leve
Normal
Intenso
Fonte: traduzido e adaptado de Munro MG, Critchley HO, Fraser IS; FIGO Menstrual Disorders 
Committee. The two FIGO systems for normal and abnormal uterine bleeding symptoms and 
classification of causes of abnormal uterine bleeding in the reproductive years: 2018 revisions. Int J 
Gynaecol Obstet. 2018;143(3):393–408.(8) 
Etiologia
A nomenclatura atual referente ao sistema de classificação para as 
causas de SUA divide as possíveis causas em estruturais e não es-
truturais. São nove categorias dispostas de acordo com o acrônimo 
PALM-COEIN: pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade do en-
dométrio, coagulopatia, disfunção ovulatória, endometrial, iatrogê-
nica e causas não classificadas previamente.(8) Em revisão de 2018, a 
FIGO reforça o fato de que as três primeiras letras da sigla (P: pólipos, 
5
CNE em Ginecologia Endócrina
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
A: adenomiose, L: leiomiomas) podem ser vistas em exames comple-
mentares, mas podem não ser a causa do SUA:(8) 
• Pólipos endometriais: a prevalência dos pólipos endometriais 
varia de 7,8% a 34% em mulheres com SUA, sendo mais comuns 
em mulheres na peri e na pós-menopausa.(9) 
• Adenomiose: sintomatologia variável, destacando-se dor pélvi-
ca, fluxo menstrual com duração prolongada na fase folicular ou 
sangramento de maior volume relacionado, essencialmente, à 
profundidade do miométrio atingido. Estimativas da prevalência 
de adenomiose variam amplamente, de 5% a 70%, em parte pela 
inconsistência do diagnóstico, que pode ser feito pela sintomato-
logia clínica associada a exames de imagem, como ultrassonogra-
fia (USG) transvaginal e ressonância nuclear magnética (RNM) de 
pelve.(10) Na ecografia, recomenda-se o uso dos critérios sugeridos 
para avaliação morfológica sonográfica uterina (morphological 
uterus sonographic assessment [MUSA]), que avalia não apenas a 
interrupção da zona juncional, mas também outros achados su-
gestivos de adenomiose, como espessamento miometrial assimé-
trico, cistos miometriais e zona juncional irregular,(11) o que é ca-
paz de aumentar a sensibilidade e a especificidade desse método, 
tornando-a semelhante à RNM na avaliação dessa condição. 
• Miomas: os sintomas variam de acordo com a localização. 
Segundo a FIGO, os miomas são classificados em submucosos, in-
tramurais e subserosos e exames de imagem e histeroscopia são 
ferramentas úteis para melhor classificação.(8) Os submucosos são 
os mais envolvidos com o SUA, além de também apresentarem 
mais relação com infertilidade e perdas gestacionais.(8) 
• Hiperplasias e doenças malignas do endométrio: a malignida-
de, embora deva ser lembrada em todas as etapas da vida, tem 
6
Sangramento uterino anormal
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
sua incidência aumentada após a menopausa, em especial em 
mulheres com fatores de risco, com destaque para obesidade, 
hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, história de nuli-
paridade, menopausa tardia ou anovulação crônica, em razão de 
mais exposição estrogênica do tecido endometrial.(8,12) 
• Coagulopatias: qualquer alteração dos mecanismos de coagulação 
pode se expressar clinicamente por SUA. Sendo assim, pacientes que 
apresentem queixa de aumento de volume menstrual desde a me-
narca, epistaxe, gengivorragia ou histórico de dificuldades de coagu-
lação em situações de traumas ou cirurgias devem ser investigadas 
para distúrbios de coagulação. A causa mais comum é a doença de 
von Willebrand, porém também devem ser lembrados hemofilia, 
disfunções plaquetárias, púrpura trombocitopênica e distúrbios da 
coagulação associados a doenças como hepatopatias e leucemia.(7) 
• Disfunções ovulatórias: sangramentos anovulatórios são mais 
frequentes nos extremos da vida reprodutiva, mas podem ocor-
rer em qualquer época. Os distúrbios ovulatórios mais prevalen-
tes durante a menacme são a síndrome dos ovários policísticos, 
a anovulação secundária à obesidade e as de causas centrais, 
como as de origem hipotalâmica.(8) Sangramentos anormais de-
correntes de outras disfunções ovulatórias, como insuficiência 
do corpo lúteo e encurtamento da fase folicular da pré-meno-
pausa, também devem ser considerados.(8) 
• Distúrbios primários doendométrio: deve-se suspeitar de diagnós-
tico de exclusão em ciclos menstruais regulares, sugestivos de ovu-
lação normal e sem outra causa definível. Indica uma desordem 
primária do endométrio, como alterações de hemostasia endome-
trial local, secundária à deficiência local de agentes vasoconstrito-
res, excessiva ou acelerada lise do trombo endometrial (hiperfibri-
7
CNE em Ginecologia Endócrina
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
nólise) ou aumento de substâncias vasodilatadoras. Pode ainda ser 
decorrente de resposta inflamatória exacerbada, como na doença 
inflamatória pélvica.(8) A manifestação mais típica do sangramento 
uterino anormal de etiologia primária endometrial é o excesso de 
fluxo menstrual (heavy menstrual bleeding).(8) 
• Causas iatrogênicas: condição clínica bastante comum e de difícil 
manuseio terapêutico, decorrente do uso de diferentes tipos de subs-
tâncias. Estas podem ser sistemas intrauterinos medicados ou iner-
tes e agentes farmacológicos que alteram diretamente o endométrio, 
interferindo nos mecanismos de coagulação do sangue ou influen-
ciando a ovulação. Também anticoncepcionais hormonais estão, 
com frequência, associados a sangramentos intermenstruais e man-
chas (spotting). Outros medicamentos que podem estar envolvidos 
são anticoagulantes, ácido acetilsalicílico, antiepilépticos, hormônio 
tireoidiano, antidepressivos (em especial, tricíclicos), fenotiazinas, 
tamoxifeno e corticosteroides.(8) 
• Outras condições não previamente classificadas: incluem-se 
lesões locais ou condições sistêmicas raras que podem causar 
SUA, como malformações arteriovenosas, da hipertrofia mio-
metrial, da istmocele e das alterações müllerianas.(8) 
Diagnóstico
• Avaliação clínica: história clara de sangramento, anamnese minu-
ciosa e detalhada do padrão menstrual, uso de medicações, cirur-
gias prévias, antecedentes obstétricos e histórico de sangramentos 
em outros sítios, como gengivorragia e epistaxe, frequentes em 
coagulopatias. Exames físicos geral, abdominal e pélvico podem 
identificar e resolver condições como pólipos cervicais e miomas 
“paridos” durante o atendimento, além de excluir patologias do tra-
to genital inferior, que podem causar sinusorragia e sangramento 
8
Sangramento uterino anormal
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
intermenstrual.(13) Na prática, o volume de sangramento é difícil de 
ser mensurado, mas deve-se levar em conta o impacto do sangra-
mento sobre a rotina da paciente e, logicamente, sinais e sintomas 
de repercussões sistêmicas da perda (anemia com ou sem repercus-
sões por perda volêmica aguda). 
• Exames complementares: betagonadotrofina coriônica huma-
na (β-hCG) para descartar gestação e hemograma completo. 
Solicitar avaliação ultrassonográfica para identificar ou descar-
tar causas estruturais. 
Diante das suspeitas de lesões focais, pode-se complementar a in-
vestigação com histerossonografia, histeroscopia e biópsia de endomé-
trio. A biópsia endometrial pode ser indicada sem evidência de lesão es-
trutural e com espessamento de endométrio, especialmente nas obesas 
e com idade acima de 45 anos, ou na presença de fatores de risco para 
câncer de endométrio, além dos casos de SUA persistente, com falha te-
rapêutica e dúvida diagnóstica. Pode ser realizada ambulatorialmente, 
utilizando pipelle ou cureta de Novak, ou mediante dilatação e cureta-
gem convencional, ou, ainda, guiada por vídeo-histeroscopia.(14) 
Causas sistêmicas devem ser pesquisadas em situações específicas 
quando a epidemiologia ou a clínica sugerirem, com investigação inicial 
através de tempo de sangramento e de coagulação e contagem de plaque-
tas, sendo recomendável o seguimento conjunto com hematologista.(15) 
Na suspeita de distúrbios ovulatórios (irregularidade mens-
trual), com ou sem outros sintomas associados, realizar a dosagem 
de prolactina e exames de função tiroidiana, para o diagnóstico di-
ferencial das anovulações. Outras dosagens hormonais apenas se 
justificam em casos isolados.(13) 
No SUA agudo, a gravidade do quadro clínico e as condições de 
atendimento nem sempre permitem que a causa específica do sangra-
mento possa ser investigada antes da intervenção inicial (Figura 1).
9
CNE em Ginecologia Endócrina
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
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Falha terapêutica /Fatores de risco
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10
Sangramento uterino anormal
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
Tratamento
Causas estruturais
Para SUA estrutural, há uma modalidade terapêutica específica para 
cada causa. Os pólipos são tratados com polipectomia histeroscó-
pica. Os miomas submucosos e os intramurais com componente 
submucoso geralmente são tratados cirurgicamente, enquanto os 
demais podem ser submetidos a tratamento farmacológico, que tem 
como opções os mesmos medicamentos disponíveis para SUA de 
causa não estrutural. Não havendo resposta ao tratamento clínico, 
deve-se considerar a abordagem cirúrgica, na qual a via e o tipo de 
abordagem dependerão do número, da localização, do tamanho do 
mioma e do desejo futuro de concepção. De acordo com a proporção 
de componente submucoso ou intramural, define-se a melhor abor-
dagem cirúrgica. Nos casos em que a maior parte da lesão encontra-
-se intracavitária, a exérese pode ser exclusivamente histeroscópica, 
enquanto lesões com grande componente intramural devem ser 
manejadas por laparoscopia ou laparotomia.(16,17) Em miomas muito 
grandes, pode ser utilizado análogo do hormônio liberador de gona-
dotrofina (GnRH) previamente à cirurgia, por cerca de três meses, 
para redução do volume e recuperação de pacientes com anemia.(18) 
Após falha de tratamento clínico e impossibilidade de realização 
de miomectomia, ou quando não há desejo de preservar a fertilidade, 
a histerectomia poderá ser indicada, por via vaginal, laparoscópica ou 
laparotômica.(17) Em alguns casos de miomas uterinos em que se deseja 
preservar a fertilidade e em casos de adenomiose grave, pode ser empre-
gada a embolização das artérias uterinas.(19) O manejo da adenomiose 
também deve ser pautado no desejo reprodutivo da mulher, pois a histe-
rectomia é o tratamento definitivo, porém, em muitos casos, a sintoma-
tologia pode ser controlada de maneira farmacológica, com as mesmas 
11
CNE em Ginecologia Endócrina
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
opções medicamentosas das causas não estruturais, havendo mais pre-
ferência pelos regimes contínuos ou estendidos de anticoncepcionais 
combinados e pelouso de progestagênios isolados. Há destaque para 
o sistema intrauterino de levonorgestrel, por apresentar mais taxas de 
amenorreia e menos efeitos colaterais, com evidências demonstrando 
melhora na perda sanguínea, na dor pélvica e no tamanho uterino.(20,21)
Alterações neoplásicas e pré-neoplásicas do endométrio têm 
grande importância como diagnóstico diferencial, porém apresen-
tam conduta particularizada que não será abordada neste texto. 
Causas não estruturais
O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico (Figura 1). O tra-
tamento medicamentoso do SUA baseia-se na ação dos esteroides se-
xuais e de outros mediadores inflamatórios sobre o endométrio, além 
do controle hemostático do sangramento. As opções disponíveis são 
tratamento hormonal (estrogênio e progestagênio combinados, pro-
gestagênio oral cíclico ou contínuo, progestagênio injetável, sistema 
intrauterino liberador de levonorgestrel) e tratamento não hormonal 
(anti-inflamatórios, antifibrinolíticos) (Tabela 2). Os contraceptivos 
combinados contendo estrogênio e progestagênio reduzem a perda 
sanguínea menstrual em 35% a 72%, sendo uma opção terapêutica para 
a maioria das causas de SUA sem alteração estrutural.(22-25) Os progesta-
gênios isolados também causam atrofia endometrial por vários meca-
nismos e têm ação anti-inflamatória, porém ainda há lacunas no conhe-
cimento de como promovem redução do sangramento. Embora possam 
ser indicados para a maioria das mulheres, seu uso é particularmente 
relevante para as que apresentam contraindicação ou não toleram o uso 
de estrogênios. Há diferentes progestagênios utilizados por diferentes 
vias e doses, sendo seu uso preferencialmente em regime contínuo, por 
via oral, injetável, subdérmica ou intrauterina. O uso cíclico, por 10 a 
12
Sangramento uterino anormal
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
14 dias, está indicado apenas nos casos de SUA associado à disfunção 
ovulatória. Os principais limitantes ao uso contínuo de progestagênio 
isolado são sangramentos inesperados decorrentes de instabilidade 
endometrial. Os progestagênios podem apresentar efeitos colaterais 
como sangramentos irregulares, mastalgia, cefaleia, edema e acne, 
que podem limitar seu uso.(26) Não há evidências conclusivas acerca do 
uso do progestagênio injetável de depósito no SUA, porém há estudos 
mostrando que pode promover amenorreia em até 24% das mulheres, 
sugerindo que seja uma boa opção para mulheres com sangramento au-
mentado. Frequentemente, os efeitos colaterais levam à interrupção de 
sua utilização, principalmente por sangramentos irregulares, cefaleia e 
ganho de peso, sobretudo em mulheres que aumentam em 5% o peso 
corporal nos primeiros seis meses de uso.(27) Não há estudos suficien-
tes para apontar o uso do implante de etonogestrel no SUA, devendo-se 
considerar que o principal efeito adverso dessa opção terapêutica é san-
gramento irregular nos primeiros seis meses de uso. O SIU-LNG libera 
20 µg de levonorgestrel diariamente, resultando, por vários mecanis-
mos, em atrofia endometrial, com redução do sangramento, podendo 
ser utilizado em todas as idades.(28) O SIU-LNG é considerado mais efeti-
vo para o controle do SUA do que os tratamentos orais de progestagênio, 
além da grande redução no volume de sangramento (que varia de 71% 
a 96%) com consequente melhora na qualidade de vida, é um método 
que apresenta boa aceitação, considerando o tratamento prolongado, 
com menos incidência de efeitos adversos.(29) Há risco aumentado de 
expulsão do dispositivo quando há irregularidade da cavidade uterina, 
devendo-se evitar a inserção nesses casos. O efeito adverso mais rela-
tado é ocorrência de sangramento inesperado, sobretudo nos primei-
ros meses de uso, mas de maneira menos desfavorável que no uso de 
implante de etonogestrel, pelo maior potencial atrófico do SIU-LNG.(30) 
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CNE em Ginecologia Endócrina
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
O tratamento não hormonal do SUA inclui o uso de antifibrino-
líticos ou de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE). São particu-
larmente indicados a mulheres que não desejam usar hormônios ou 
tenham contraindicação ao seu uso, ou, ainda, pretendam engravidar. 
Antifibrinolíticos são medicações que reduzem a fibrinólise, podendo 
diminuir o volume de sangramento em até 50%.(31,32) O mais usado é 
o ácido tranexâmico, que tem meia-vida curta, devendo ser adminis-
trado três a quatro vezes ao dia, com dose recomendada variável de 
acordo com as diferentes fontes da literatura (Tabela 2). Efeitos colate-
rais são escassos e relacionados a sintomas gastrointestinais. São con-
traindicações ao ácido tranexâmico história pessoal de tromboembo-
lismo e insuficiência renal. Os AINEs exercem sua ação por meio da 
inibição da cicloxigenase, que é a enzima que catalisa a transformação 
de ácido araquidônico em prostaglandina e tromboxano. Podem ser 
usados isoladamente ou como terapia adjuvante de um tratamento 
hormonal. Um dos AINEs mais estudados com essa finalidade é o áci-
do mefenâmico, que deve ser usado durante os dias de fluxo mens-
trual, reduzindo também a queixa de dismenorreia. Efeitos colaterais 
mais frequentes estão relacionados a desconforto gastrointestinal, 
devendo ser evitado por mulheres com história de úlcera péptica.(30,33) 
Outra opção terapêutica são os análogos do GnRH de depósito, geral-
mente usados quando há falha em outras terapias clínicas, lembrando 
que não devem ser utilizados por mais de seis meses, em razão do im-
pacto sobre a massa óssea secundária ao hipoestrogenismo. Também 
podem ser utilizados antes de cirurgias, por exemplo, em miomas, em 
especial para possibilitar a recuperação em casos de anemia.(34) 
Evidências para o uso de desmopressina em SUA por doença de 
von Willebrand são reduzidas e ainda inconclusivas para recomendar 
tal fármaco, sendo indicada terapia hormonal como contraceptivos 
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Sangramento uterino anormal
Protocolos Febrasgo | Nº28 | 2021
combinados orais, com preferência por regimes estendidos.(35) O tra-
tamento cirúrgico no SUA sem causa estrutural é indicado quando há 
falha do tratamento clínico. Dentre as formas de tratamento cirúrgico, 
destacam-se a ablação do endométrio e a histerectomia.(36) 
Tabela 2. Tratamento medicamentoso para SUA crônico (manutenção)
Medicação Regime Eficácia
Contraceptivos 
combinados
Contraceptivos combinados por via oral, transdérmica ou 
anel vaginal, diversas formulações – todos com posologia 
de bula.
Alta
Progestagênio oral Sem ou com função ovulatória: uso contínuo.
Desogestrel 75 mg ou Dienogeste® 2 mg
Com disfunção ovulatória: adequar dose/dia, uso por 12 a 
14 dias consecutivos, podendo ser iniciado do 12o ao 15o dia 
do ciclo menstrual. 
Acetato de medroxiprogesterona oral (5 mg a 10 mg), 
acetato de noretisterona (5 mg), progesterona micronizada 
(200 mg a 400 mg) ou didrogesterona (10 mg).
Alta
Sistema intrauterino 
de levonorgestrel
Inserção de SIU-LNG com liberação de 20 µg/dia. Alta
Acetato de 
medroxiprogesterona 
de depósito
150 mg, IM, a cada 12 semanas. Baixa/
moderada
Análogo de GnRH Acetato de leuprolida (3,75 mg, mensalmente, ou 11,25 mg, 
trimestralmente), intramuscular, ou gosserrelina (3,6 mg, 
mensalmente, ou 10,8 mg, trimestralmente), subcutâneo, 
por, no máximo, seis meses.
Alta
Anti-inflamatório não 
esteroidal
Ibuprofeno 600 mg a 800 mg, de 8/8 h, ou ácido 
mefenâmico 500 mg, de 8/8 h.
Moderada
Ácido tranexâmico • Swedish Medical Products Agency (MPA): 1 g a 1,5 g, três 
a quatro vezes ao dia, oralmente, durante três a quatro dias 
(podendo a dose ser aumentada para até 1 g, seis vezes ao dia).
• European Medicines Agency (EMA): 1 g, três vezes ao dia, 
durante quatro dias (podendo a dose ser aumentada, mas 
respeitando-se a dose máxima de 4 g por dia).
• US Food and Drug Administration (FDA): 1,3 g, três vezes 
ao dia, por até cinco dias, ou 10 mg/kg, via intravenosa (com 
dose máxima de 600 mg/dose, de 8/8 h, por cinco dias, em 
casos de sangramento sem lesão estrutural).
AltaÁcido épsilon-
aminocaproico
Ácido épsilon-aminocaproico oral (comprimidos de 500 mg), dois 
a quatro comprimidos, de 8/8 h ou de 6/6 h, por até sete dias. 
*
* Não há referências específicas na literatura para o uso de ácido aminocaproico. Seu uso baseia-se 
na similaridade de efeito com o ácido tranexâmico. 
Fonte: Sangramento uterino anormal. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de 
Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2017. 39p. (Série Orientações e Recomendações 
FEBRASGO, n. 7/Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina).(37) 
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CNE em Ginecologia Endócrina
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Tratamento do sangramento 
uterino anormal agudo
Os objetivos do tratamento do SUA agudo são controlar o episódio 
vigente de sangramento, estabilizar a mulher e reduzir o risco de 
perda sanguínea excessiva nos ciclos subsequentes. A escolha do 
tratamento depende da estabilidade hemodinâmica, do nível de 
hemoglobina, da suspeita da etiologia do sangramento, de comor-
bidades associadas e do desejo reprodutivo. O tratamento de escolha 
inicialmente é medicamentoso, podendo ser hormonal ou não hor-
monal. As opções hormonais disponíveis incluem contraceptivos 
orais combinados ou progestagênios isolados em altas doses, estes 
preferencialmente para mulheres com contraindicação ao uso de es-
trogênios (Tabela 3). 
Os antifibrinolíticos(38) e os AINEs são opções não hormonais 
(Figura 1) (Tabela 3), utilizados de forma semelhante a seu uso nos 
casos crônicos, havendo, ainda, a opção de antifibrinolítico na forma 
endovenosa (Tabela 3). 
A decisão por internação baseia-se no volume do sangramen-
to, na estabilidade hemodinâmica e nos níveis de hemoglobina no 
momento do atendimento. Após adequado controle, recomenda-se 
que o tratamento seja mantido por uma das opções hormonais cita-
das, por, no mínimo, três ciclos, objetivando a recuperação da per-
da sanguínea.(38) As modalidades terapêuticas cirúrgicas incluem 
curetagem e histerectomia, dependendo das condições clínicas e 
do desejo reprodutivo da mulher.(13,38) Alguns estudos relatam o uso 
de sonda Foley insuflada com 30 mL como balão de tamponamen-
to, uma alternativa que apresenta bom controle agudo e temporá-
rio do sangramento, porém com resultados apresentados em estu-
dos do tipo relatos de casos.(39) 
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Sangramento uterino anormal
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Tabela 3. Tratamento medicamentoso para SUA agudo
Contraceptivo oral 
combinado (30 µg de EE)
Um comprimido, três vezes ao dia, até parar o sangramento (pelo 
menos dois dias)
Após um comprimido/dia, durante três a seis semanas
Contraceptivo oral 
combinado (30 µg de EE)
Um comprimido, a cada seis horas, até parar o sangramento
Um comprimido, a cada oito horas, durante dois a sete dias
Um comprimido, a cada 12 horas, durante dois a sete dias, seguido 
por um comprimido ao dia
Progestagênio isolado:
medroxiprogesterona
Medroxiprogesterona 60 a 120 mg/dia até parar o sangramento 
(pelo menos dois dias), seguido por 20 a 40 mg/dia, durante três a 
seis semanas
Progestagênio isolado:
medroxiprogesterona
Medroxiprogesterona 10 mg, a cada quatro horas (máximo de 80 
mg), até parar o sangramento
Após a cada seis horas, durante quatro dias
Após a cada oito horas, durante três dias
Após a cada 12 horas, durante dois dias, por duas semanas, e, 
então, diariamente
Progestagênio isolado:
noretisterona
Noretisterona 5 a 15 mg/dia até parar o sangramento (pelo menos 
dois dias), seguida por 5 a 10 mg/dia, durante três a seis semanas
Progestagênio isolado:
noretisterona
Noretisterona 5 a 10 mg, cada quatro horas, até parar o 
sangramento
Após a cada seis horas, durante quatro dias
Após a cada oito horas, durante três dias
Após a cada 12 horas, durante dois dias, seguida por um 
comprimido diariamente
Progestagênio isolado:
megestrol
Megestrol 80 a 160 mg/dia até parar o sangramento (pelo menos 
dois dias)
Após 40 a 80 mg/dia, durante três a seis semanas
Ácido tranexâmico Ácido tranexâmico oral (comprimidos de 250 mg), 15 a 25 mg/kg 
(dose usual de 500 mg, de 8/8 h), por, no máximo, sete dias. 
Ácido tranexâmico endovenoso (50 mg/ml), em doses de 500 a 
1.000 mg, de 8/8 h, por, no máximo, três dias. Se mais de três dias, 
passar para o oral (total máximo de sete dias). 
Ácido épsilon-
aminocaproico
Ácido épsilon-aminocaproico oral (comprimidos de 500 mg), dois a 
quatro comprimidos, de 8/8 h ou de 6/6 h, por até sete dias. 
Ácido épsilon-aminocaproico endovenoso 1 g, de 8/8 h ou 6/6 h 
(dose máxima: 4 g/dose). 
Fonte: Traduzido e adaptado de Munro MG; Southern California Permanente Medical Group’s Ab-
normal Uterine Bleeding Working Group. Acute uterine bleeding unrelated to pregnancy: a Southern 
California Permanente Medical Group practice guideline. Perm J. 2013;17(3):43-56.(38)
Recomendações finais
• Na avaliação etiológica do SUA, seguir o acrômio PALM-COEIN.
• Para diagnóstico do SUA, inicialmente excluir gravidez em mu-
lheres em idade fértil, avaliar parâmetros de frequência, duração 
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e volume menstrual, realizar exames físicos geral e ginecológico 
completo e avaliação ultrassonográfica pélvica para investigar 
SUA de etiologia estrutural ou não.
• O tratamento do SUA depende da etiologia. 
• O SUA agudo com repercussão hemodinâmica requer estabiliza-
ção clínica da mulher antes da investigação etiológica.
• Em geral, a primeira linha de tratamento do SUA é medicamen-
tosa, destinando-se o tratamento cirúrgico a falha ou contrain-
dicação a tratamento clínico ou a casos de instabilidade hemo-
dinâmica importante. Curetagem uterina auxilia a interromper 
o sangramento agudo e fornece material para estudo histológi-
co do endométrio. É relevante a mulheres com mais de 50 anos, 
obesas e hipertensas. Na decisão terapêutica, considerar, além 
da etiologia, medicamentos e recursos tecnológicos disponíveis 
e o desejo reprodutivo e de preservação do útero da mulher. 
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