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Catarina Alipio XXIIB Receptores ativados por tirosina quinase: FATORES DE CRESCIMENTO: - Rita Levi Monalcinin (1953) → Fator de crescimento neural (NGF - nerve growth factor). • IdenCficou um fator secretado de células tumorais de camundongos que potencializava crescimento de processos neuronais em embriões de frango. - Cohen (1962) → Fator de crescimento epidermal (EGF - epidermal growth factor) - proliferação das células epiteliais. • Isolou e caracterizou uma proteína secretada das glândulas salivares que induziam a abertura precoce da pálpebra e erupção precoce do dente quando injetada em camundongo recém nascido. FATOR EPIDERMAL DE CRESCIMENTO (EGF): - Graham (1975) uClizou EGF marcado com 125I → presença de sí#os de ligação (receptores) para o EGF na super9cie de várias células. - Cohen (1978) → demonstrou que o receptor de EGF era uma proteína de 170kD (aumento da incorporação de 32P em resposta ao tratamento com EGF) = EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico). • Essa fosforilação ocorreria no resíduo de Crosina. • Percebeu-se que a geração de sinal através da fosforilação da Crosina não ocorreria apenas no EGFR, mas também no receptor de insulina e no receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR) → ou seja, eram receptores acoplados à #rosinas quinases que podiam ser a#vados pelos seus respec#vos ligantes agonistas (ex: EGF aCva o receptor ligado à Crosina quinase EGFR). Resumindo… - Rita Levi Montalcini → fator neural (NGF). - Cohen → fator epidermal (EGF). - 1986 → Nobel para Rita e Cohen. - 1975 Cohen idenCficou o receptor para EGF e que este é acoplado à Crosina quinase. - A família do EGFR é com posta de 4 membros: • EGFR. • HER2 (neu/ERBB2). • HER3 e HER4 (receptores c/ quinase alterada). - A super expressão do EGFR em vários tumores epiteliais confirmaram a hipótese que alterações da regulação da via do EGFR teria um papel importante no câncer. TIROSINA QUINASES (TQ): - No genoma humano, existem 90 genes que codificam TQ: • 58 TQ acopladas à receptores → 20 sub famílias. • 32 TQ não acopladas à receptores → 10 sub famílias. - As TQ transfere o fosfato G do ATP para os grupos hidroxila da Crosina nas proteínas alvos (→ aCvadas). RECEPTORES TIROSINA QUINASE (RTQ): - Tirosina quinases acopladas à receptor (receptores de Crosina quinase) → localizados na membrana celular e controlam processos celulares (ciclo celular, migração, metabolismo, proliferação e diferenciação celular) • Domínio extracelular → fica no N-terminal (síCo ligante extracelular geralmente glicosado). - Possuem aminoácidos parCculares que conferem especificidade para os ligantes no síCo de ligação. • Hélice transmembrância. • Domínio citoplasmáRco (intracelular) → domínio conservado da TQ com sequências regulatórias adicionais (resíduos de Crosina), disCngue dos demais Cpos de receptores. - Sujeito a fosforilação e autofosforiação. - Todos os RTQ (exceto receptores de insulina) são monômeros na membrana celular, a ligação do agonista causa dimerização desses receptores resultando em autofosforilação do domínio citoplasmáRco. Página de 1 11 Os RTQ são nomeados de acordo com seus ligantes naturais. Catarina Alipio XXIIB • *receptores de insulina são dímeros conectados por pontes de dissulfeto de 2 cadeias polipep=dicas, formando um heterodímero a2b2. A insulina quando se liga ao domínio extracelular induz um rearranjo da estrutura 4ª levando ao aumento da autofosforilação do domínio intracelular (citoplasmáLco). - Quando ocorre a ligação do ligante (ex: EGF) no domínio extracelular ocorre uma dimerização/ oligomerização levando a aRvação da TQ citoplasmáRca e fosforilação dos resíduos de Rrosina. • O s res í d u o s a u to fo sfo r i l a d o s fa zem o recrutamento e reconhecimento de um grupo de proteínas responsáveis pela transdução de sinais que modulam processos na célula. Embora todos os RTQ são aCvados pela dimerização, diferentes ligantes u#lizam estratégias diversas para induzir o estado dimétrico a#vo. Exemplos: ‣ GH e EPO em seus receptores → 1 l i g a n t e s e l i g a s i m u l t a n e a m e n t e à 2 moléculas de receptores para formar o complexo ligante- receptor (1:2). ‣ E x i s t e m f a t o r e s d e crescimento homodímeros (VEGF, PDGF) que fazem a ligação de 1 ligante em 1 receptor. ‣ Família dos receptores dos FGF (21 fatores de crescimento) n ã o s ã o c a p a ze s d e s e aCvarem sem uma molécula acessória (ex: sulfato de heparina). INIBIDORES DA VIA DE SINALIZAÇÃO: - São moléculas sintéCcas que inibem as vias de sinalização de oncogenes (principalmente Crosina quinases) → tratamento do câncer. • O maior sucesso foi o inibidor de BCR-ABL Rrosina quinase → mesilato de imaRnib. - Inibidores de Lrosina quinase: • Tipo 1 → reconhecem a conformação aRva da enzima, se ligam onde se liga o ATP. • Tipo 2 → reconhecem a conformação inaRva da enzima, e se ligam em síRo adjacente ao ATP. • Inibidores covalentes → se ligam à cisteínas presentes em síCos específicos da quinase. INIBIDORES DA BCRL-ABL TIROSINA QUINASE: - Translocação do cromossomo Filadélfia (Ph) é uma anormalidade citogenéCca vista em 95% dos pacientes com leucemia mielóide crônica (LMC) e 15 a 30% dos pacientes com leucemia linfoblásRca aguda (LLA). • Essa translocação resulta na formação do oncogene BCR-ABL → fusão do gene BCR do cromossomo 22 + gene da #rosina quinase ABL do cromossomo 9. • Essa fusão resulta na expressão de 2 formas da Crosina quinase → p190 e p210. • Gera aumento da capacidade proliferaRva e resistência a apoptose das células tronco, levando a um aumento massivo das células mielóides (→ leucemia). - IMATINIB: a proteína BCR-ABL é o alvo do imaCnib → ele mata todas as células proliferarias contendo a proe=na BCR-ABL e apresenta toxicidade mínima para as células normais. • * a proteína BCR-ABL é única das células leucêmicas. • Indicação → tratamento de pacientes com: - LMC Ph+. - LLA com BCR-ABL +. - DESATINIB: é a 2ª geração dos inibidores da BCRL- ABL Crosina quinase e foi feito para ser eficaz em pacientes que a TQ tenha se tornado resistente ao imaLnib. • Respostas hematológicas e citogenéCcas do desaCnib são mais completas e duradouras e que ele é 325x mais potente que o imaCnib. • Indicado para tratamento de: - LMC recém diagnosRcada. - LMC resistente ao tratamento co imaRnib. - NILOTINIB: liga-se à conformação inaRva do receptor BCR-ABL TQ. • Possui aCvidade inibitória contra a forma selvagem (inaCva) do BCR-ABL TQ (manCda mesmo nas 32 mutações mais comuns - que geram a resistência ao imCnib). - Mutação T3151 torna a BCR-ABL TQ resistente ao imaCnib e aos inibidores de 2ª geração (niloCnib, desaCnib e bosuCnib). - PONATINIB: representante da 3ª geração dos inibidores da BCR-ABL TQ e (diferente dos já citados) ele consegue superara a resistência à mutação T3151 (presente em ~ 16%). • Só deve ser usado em pacientes adultos com LMC ou LLA que apresentem a mutação. INIBIDORES DA TQ DE BRUTON (BTK): - A TQ de Bruton é um componente essencial do receptor da célula B e está envolvida na diferenciação celular e proliferação/ sobrevivência do linfócito. • Importante na patogênese de várias neoplasias dos linfócitos B. Página de 2 11