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AVALIAÇÃO-DO-IDOSO-1

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 SAÚDE E ENVELHECIMENTO .................................................................. 4 
3 CONCEITO DE FUNCIONALIDADE NO IDOSO CLASSIFICAÇÃO 
CLÍNICO-FUNCIONAL ................................................................................................ 6 
4 AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO ........................................ 7 
5 AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO ....................................................... 8 
6 DIAGNÓSTICO GERIÁTRICO-GERONTOLÓGICO................................. 13 
7 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO 
QUE INTERFEREM NA CAPACIDADE FUNCIONAL E MOTORA ........................... 15 
7.1 Tecido Muscular ................................................................................. 15 
7.2 Sistema Cardiorrespiratório ................................................................ 16 
7.3 Propriocepção .................................................................................... 17 
7.4 Degeneração das estruturas articulares ............................................. 19 
7.5 Perda da massa óssea ....................................................................... 19 
7.6 Sistema nervoso central e periférico .................................................. 21 
7.7 Visão .................................................................................................. 21 
8 MARCHA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO ............................... 22 
9 Alterações da marcha na terceira idade ................................................... 23 
9.1 Treinamento da marcha ..................................................................... 25 
9.2 Orientação corporal ............................................................................ 26 
10 AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL .................. 27 
10.1 Avaliação do equilíbrio em idosos ................................................... 29 
10.2 Capacidade funcional ...................................................................... 31 
11 FATORES ASSOCIADOS AO BAIXO PESO EM IDOSOS ................... 32 
12 PLANO DE CUIDADOS COM IDOSOS ................................................ 32 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 37 
 
3 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 SAÚDE E ENVELHECIMENTO 
O rápido envelhecimento da população brasileira, aliado a uma maior 
expectativa de vida dos idosos, traz grandes consequências para a estruturação das 
redes de atenção, com maior carga de doenças crônicas e incapacidades funcionais. 
Resultando então em novas demandas e na utilização de serviços médicos mais 
especializados. No entanto, embora as doenças sejam mais comuns nessa faixa 
etária, nem sempre são acompanhadas de dependência funcional. Assim, o 
envelhecimento não é sinônimo de deficiência e dependência, mas sim de aumento 
da suscetibilidade. (MORAES et al. 2018). 
Não se deve confundir presença de doenças ou idade avançada com 
ausência de saúde. Define-se saúde como uma medida da capacidade 
individual de realização de aspirações e da satisfação das necessidades, 
independentemente da idade ou da presença de doenças. (PEREIRA et al. 
2018). 
Nos dias de hoje, envelhecer sem alguma doença crônica é mais uma exceção 
do que regra. A maioria dos idosos sofre com alguma doença ou ou disfunções 
orgânicas, na maioria das vezes, não estão relacionadas à limitação de suas 
atividades ou restrição de participação social. Portanto, mesmo com algum tipo de 
adoecimento, o idoso pode continuar cumprindo seu papel social. Portanto, a 
informação não a torna mais passível de alteração e é por isso que um novo indicador 
de saúde, a capacidade funcional, foi introduzido, a capacidade funcional. A ênfase 
na saúde diz respeito ao funcionamento geral dos indivíduos, definida como sua 
capacidade de administrar suas próprias vidas. Uma pessoa é considerada com boa 
saúde quando consegue realizar suas atividades por conta própria, sem grandes 
dificuldades, mesmo que seja idosa ou doente. (MORAES et al. 2018). 
Bem estar e funcionalidade se completam, representam a presença de 
autonomia (capacidade dos indivíduos de decidir e dirigir ações, de estabelecer e 
seguir suas próprias crenças e independência (capacidade de realizar determinada 
tarefa). Por seus próprios meios), permitindo que os indivíduos cuidem de si e de sua 
vida. É importante ressaltar que, independência e autonomia estão relacionadas, 
 
5 
 
porém com conceitos diferentes. Existem pessoas que são fisicamente dependentes, 
que podem decidir atividades que lhes interessam. Por outro lado, há pessoas que 
têm condições para realizar certas tarefas cotidianas, mas não tem condição de 
decidir e escolher como, quando realizar essas atividades e onde. (Moraes. et al, 
2018). 
Segundo a Classfiicação Internacional da Funcionalidade - CIF (Organização 
Mundial da Saúde, 2003), o comprometimento funcional é a perda da indepedência 
e/ou atonomia, limitando a participação social do indivíduo. Por sua vez, a 
independência e autonomia estão relacionadas ao funcionamento integrado e 
harmonioso das seguintes áreas funcionais: 
 
 
 
 
6 
 
3 CONCEITO DE FUNCIONALIDADE NO IDOSO CLASSIFICAÇÃO CLÍNICO-
FUNCIONAL 
A funcionalidade geral do indivíduo é sempre essencial para qualquer 
classificação de idosos. Segundo MORAES, (2018) em 1943, Marjory Warren, 
considerada a “mãe da geriatria” propôs uma classificação fundamentada na presença 
de diversos tipos de limitações, como imobilidade, instabilidade postural, incapacidade 
cognitiva e incontinência urinária. Esta classificação pioneira de idosos internados em 
enfermaria permitiu o planejamento de recursos humanos e materiais necessários 
para implementar ações específicas para cada faixa etária. Em 1963, Katz (Katz et al., 
1963. apud. MORAES, 2018) desenvolveu um índice de capaz de estratificar os 
indivíduos por grau de dependência em atividades diárias relacionadas aos cuidados 
pessoais. Com este índice, verifica-se uma diferença extensa entre idosos 
independentes e dependentes para as atividades básicas da vida diária (AVD), 
associada a uma hierarquia clara entre os idosos. Assim, os idosos podem ser 
classificados em: (MORAES et al., 2018) 
 
 
 
 
7 
 
 
4 AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO 
 
 
A Avaliação Geriátrica Multidimensional, também conhecida como Avaliação 
Geriátrica ampla (AGA) é considerada o padrão ouro para o manejo da fragilidade em 
idosos. Várias evidências demonstraram sua eficácia em termos de custo e em termos 
de resultados em relação a saúde do paciente. O ideal é que essa avaliação seja 
realizada por profissionais especializados em geriatriae gerontologia e sua duração 
média varia de uma hora a uma hora e 30 minutos. (MORAES. et al, 2018) 
A Avaliação Multidimensional do Idoso permite o reconhecimento das 
necessidades fisiológicas de um indivíduo, ou seja, o diagnóstico de suas condições 
de saúde crônicas e/ou agudas. Este diagnóstico clínico funcional deve ser capaz de 
reconhecer deficiências, tanto na independência e autocontrole em atividades da vida 
diária (funcionamento geral), quanto na presença de deficiências de sistemas 
 
8 
 
funcionais principais, representados por cognição, humor, habilidades motoras, e 
comunicações. 
As síndromes geriátricas, que se manifestam por comprometimento cognitivo, 
instabilidade postural, imobilidade e incapacidade de comunicação, devem ser 
reconhecidas. Além disso, deve ter um diagnóstico de deficiências ou disfunções dos 
sistemas fisiológicos principais, como alterações no sono, saúde bucal, órgãos e 
sistemas (doentes) e nutrição. Outros aspectos relevantes do diagnóstico são suporte 
social, suporte familiar e segurança ambiental. Portanto, está identificação dos 
problemas de saúde e do nível clínico / funcional a que pertencem é fundamental para 
a definição das intervenções a serem propostas, bem como dos objetivos e 
prioridades de tratamento. (MORAES. et al, 2018). 
Assim, nem todos os idosos devem ser avaliados indiscriminadamente pela 
AGA. Ao contrário, sua indicação deve ser precisa, devendo incluir idosos em 
risco ou com algum grau de fragilidade. Torna-se, portanto, fundamental a 
utilização de instrumentos de triagem rápida, aplicados por profissionais de 
nível médio, como os agentes comunitários de saúde e/ou técnicos de 
enfermagem, capazes de reconhecer o idoso em risco de declínio funcional. 
(MORAES. et al, 2018) 
A multidimensionalidade da saúde do idoso deve estar incluída em todas as 
avaliações, independentemente de quem a realiza. No entanto, o nível de 
especialização na investigação de vários aspectos de saúde podem variar, 
dependendo das especialidades do avaliador e do estado de saúde do indivíduo. 
5 AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO 
A avaliação funcional é a observação e medição da capacidade de realizar 
tarefas básicas da vida diária. Muitas vezes é usado em um sentido mais limitado, 
para se referir a uma medida da capacidade de uma pessoa de cumprir as 
responsabilidades do dia-a-dia e realizar as atividades diárias e autocuidado. Em 
geral, a competência funcional pode ser classificada em graus ou níveis, de 
descomprometido ou independente para mais comprometido ou completamente 
dependente, dependendo da avaliação funcional usada. 
A avaliação funcional tem como objetivo identificar e quantificar a atividade 
funcional antes, durante e após a intervenção terapêutica; detectar antecipadamente 
os indivíduos que apresentam fragilidades; o que leva a quedas e incapacidades e 
 
9 
 
observar os déficits de mobilidade. Esses dados podem ser usados como 
comunicação da equipe multidisciplinar e como parâmetros para admissões e altas de 
serviços de reabilitação. 
Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais de Vida 
Diária (AIVD): 
Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais 
de Vida Diária (AIVD): 
 
 
 
ABVD: Tarefas de autocuidado, tais como: arrumar-se, vestir-se, comer, fazer 
higiene facial e corporal, transferências e locomoção. 
AIVD: Tarefas da vida prática. Fazer compras, pagar contas, manter compromissos 
sociais, usar meio de transportes, cozinhar, comunicar- se, cuidar da própria saúde 
e manter a própria integridade e segurança. 
 
 
Modelos de avaliação funcional 
Os modelos são criados e selecionados para categorias com as mesmas 
propriedades específicas, por exemplo, indivíduos mais ou menos dependentes 
patologia específica, institucionalizados, hospitalizados, (AVE, Parkinson, 
osteoartrite...). 
A avaliação funcional pode incluir diversos itens, porém os mais citados na 
literatura incluem questões relacionadas à mobilidade, ABVD. E AIVD, além de 
algumas avaliações que contemplam o desempenho do indivíduo no trabalho, no 
ambiente social e no lazer. 
 
10 
 
Fonte:slideplayer.com.br 
 
ÍNDICE DE BARTHEL 
 
A escala de avaliação funcional de Barthel é utilizada para mensurar a 
capacidade de um indivíduo realizar 10 (dez) atividades em sua rotina diária, 
observando seu nível de dependência. Muito usados por fisioterapeutas, pois 
ajudam a desenvolver programas de reabilitação e desenvolver habilidades motoras 
na hemiplegia após o AVC. 
O Índice de Barthel (IB) avalia a função do paciente, em várias atividades da 
vida cotididana indicando a capacidade de uma pessoa para realizar as tarefas 
diária (AVDs). Os valores atribuídos a cada item são baseados no tempo real e na 
quantidade de suporte físico necessário e se o paciente é incapaz de realizar a 
atividade. Foram avaliadas as atividades relacionadas a vestuário, alimentação, 
higiene pessoal e transporte, cada uma recebendo pontuação de 0, 5, 10 ou 15, 
para um total de 100. 
 
 
11 
 
 
 
ÍNDICE DE BARTHEL 
 
A escala de avaliação funcional de Barthel é utilizada para mensurar a 
capacidade de um indivíduo realizar 10 (dez) atividades em sua rotina diária, 
observando seu nível de dependência. Muito usados por fisioterapeutas, pois 
ajudam a desenvolver programas de reabilitação e desenvolver habilidades motoras 
na hemiplegia após o AVC. 
O Índice de Barthel (IB) avalia a função do paciente, em várias atividades da 
vida cotididana indicando a capacidade de uma pessoa para realizar as tarefas 
diária (AVDs). Os valores atribuídos a cada item são baseados no tempo real e na 
quantidade de suporte físico necessário e se o paciente é incapaz de realizar a 
atividade. Foram avaliadas as atividades relacionadas a vestuário, alimentação, 
higiene pessoal e transporte, cada uma recebendo pontuação de 0, 5, 10 ou 15, 
para um total de 100. 
 
MEDIDA DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL 
 
A Escala de Independência Funcional (MIF) é uma ferramenta 
multidimensional que avalia o desempenho de uma pessoa nos domínios motor e 
cognitivo / social nos seguintes aspectos: higiene pessoal, banho, uso do sanitário, 
alimentação, vestir, controle da urina e fezes, transferência para leito, cadeira, 
banheiro ou chuveiro, locomoção em escadas, interação social, memoria e 
resolução de problemas. 
Cada item é diferente em sete níveis com as respectivas mensurações, 
sendo o nível sete totalmente independente e o nível um totalmente dependente. 
Nos valores intermediários tem independência modificada (pontuação seis), 
dependência moderada com necessidade de supervisão ou preparação (pontuação 
cinco) ou assistência direta (pontuação de um a quatro). Na escala total, uma 
pessoa sem limitação alcança o escore de 126 pontos e uma pessoa totalmente 
dependente obtém 18 pontos. Quanto mais dependente uma pessoa for, menor será 
 
12 
 
a pontuação. O MIF mede exatamente o que a pessoa estava fazendo no momento 
da avaliação. 
 
 
GET UP AND GO E TIMED GET UP AND GO TEST 
 O teste Timed Up and Go foi desenvolvido por Podsiadlo e Richardson (1991) 
que tinha como proposta designada o Get-up and Go test elaborado por Mathias, 
Nayak, Isaac em 1986. O teste foi inicialmente baseado na avaliação clínica 
de equilíbrio dinâmico em pacientes idosos durante a execução da tarefa 
que envolvia sentar, ficar em pé e caminhar por uma certa distância, analisando o 
risco de quedas e tendo como forma de análise o tempo em segundos para 
completar a tarefa. 
O teste é pontuado da seguinte forma: 1 (normal); 2 (anormalidade leve); 3 
(anormalidade média); 4 (anormalidade moderada); 5 (anormalidade grave). 
Pacientes com 3 ou mais unidades apresentam maior risco de queda. 
Posteriormente esse teste passou a ser mensurado pelo tempo necessário que o 
indivíduo levava para completar todas as tarefas sugeridas, passandoa se chamar 
timed get up and go test. Pacientes adultos independentes sem alterações no 
equilíbrio completam o teste em 10 segundos ou menos; Paciente independente na 
transferência do núcleo realizada em 20 segundos ou menos; Pacientes que 
realizam o teste em 30 segundos ou mais são dependentes em muitas AVD’s e na 
habilidade da mobilidade. 
 
BERG TEST 
O berg test avalia o equilíbrio do indivíduo em 14 situações: assentado sem 
suporte, transferências, passando de assentado para de pé, de pé sem suporte em 
tempo progressivo até 2 minutos, de pé sem suporte com os pés juntos, pegar um 
objeto ao chão, girar 360°, um pé à frente, passar de pé para assentado, ficar de pé 
com os olhos fechados, estender-se para frente, rodar o tronco e olhar para trás, 
colocar o pé no tambor, ficar de pé com apoio unipodálico com tempo progressivo 
até 10 segundos. Cada tarefa é subdividida e pontuada de 0 a 4 pontos dependendo 
do grau de dificuldade. 
 
 
13 
 
PERFORMANCE-ORIENTED MOBILITY ASSESSMENT – POMA 
Criado em 1986 por Tinetti, como parte de um procedimento para detectar 
fatores de risco de quedas em idosos tendo como parâmetro o número de 
incapacidades crônicas. O protocolo é dividido em duas partes, uma parte que 
avalia o equilíbrio e outra que avalia a marcha. Os testes funcionais de equilíbrio 
reproduzem os padrões de mudanças de posição corporal do sistema vestibular 
durante a realização das AVD, enquanto a avaliação funcional da marcha reflete a 
segurança e a eficiência do seu deslocamento no ambiente. Os exercícios de 
equilíbrio incluem 13 posições em situações de instabilidade do centro de gravidade. 
As manobras de marcha incluem 9 itens realizados por meio de atividades 
sequenciais em um pequeno percurso de marcha, com critérios simples de 
pontuação com três níveis de respostas qualitativas para as manobras de equilíbrio 
e dois níveis para as manobras de marcha. A pontuação total pode ser interpretada 
qualitativamente como normal, adaptativa e anormal para tarefas de equilíbrio e 
normal e anormal para tarefas de caminhada de marcha. 
 
6 DIAGNÓSTICO GERIÁTRICO-GERONTOLÓGICO 
O diagnóstico geriátrico multidimensional considera a definição de todas as 
exigências socias e fisiológicas de cada indivíduo, o que nada mais é do que o 
diagnóstico das condições de saúde, agudas e/ou crônicas. Este diagnóstico clínico 
funcional deve ser capaz de reconhecer deficiências, tanto na independência quanto 
na autonomia nas atividades da vida diária (função geral) e na presença de 
deficiências dos sistemas funcionais. Função primária, expressa pela percepção, 
humor, capacidade motora e comunicação. Devem ser observadas as síndromes 
geriátricas que apresentam comprometimento cognitivo, instabilidade postural, 
imobilidade, incontinência esfincteriana e incapacidade de comunicação. Além disso, 
deve conter um diagnóstico de deficiências ou disfunções dos principais sistemas 
fisiológicos, como alterações na nutrição, sono, saúde bucal e órgãos / sistemas 
(doenças). Outros aspectos relevantes do diagnóstico são o lazer, o suporte familiar, 
suporte social e a segurança ambiental, como pode ser visto no quadro abaixo. 
(MORAES, 2018). 
 
14 
 
 
 
De acordo com MORAES, (2018) a definição da classificação clínica funcional 
do idoso é fundamental para a definição dos objetivos e prioridades do tratamento. 
Recomenda-se o uso da Escala Analógica de fragilidade, ue facilita a estratificação 
 
15 
 
de risco e o prognóstico do paciente. A mesma doença terá diferentes abordagens de 
tratamento, de acordo com essa escala. Assim, um idoso diabético classicado no 
estrato 3 (robusto) teria um objetivo de tratamento completamente diferente daquele 
idoso, da mesma idade, classicado no estrato 10 (dependência completa em AVD 
básicas). 
 
7 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO QUE 
INTERFEREM NA CAPACIDADE FUNCIONAL E MOTORA 
7.1 Tecido Muscular 
Após os 60 anos, a taxa de perda de fibras musculares acelera, levando à 
atrofia e perda de força muscular. Perda da elasticidade do tecido, devido à diminuição 
das fibras musculares do tipo II, de condução rápida, aumento do tecido adiposo e 
presença de ligações aleatórias de colágeno, alterando assim as unidades motoras 
funcionais. O diâmetro transverso do quadríceps sofre uma redução de 25% a 35% 
dos 30 aos 70 anos (Vandervoort, 1998 apud. MOREIRA, 2017). 
A força muscular é essencial para a saúde e função fisiológica adequadas, pois 
está intimamente relacionada ao equilíbrio, função muscular, movimento e 
desempenho das tarefas diárias básicas. (Subir e descer escadas, sentar e levantar, 
entre outros) um fator predisponente a quedas. Além da força muscular, a potência 
muscular desempenha um papel importante em situações de queda iminente, pois 
normalmente restaurar o equilíbrio depende da ação rápida da musculatura dos 
membros inferiores que é a mais acometida durante o processo do envelhecimento, 
favorecendo a ocorrência de quedas (BRANDON et al., 2000, apud. MOREIRA, 2017). 
 
16 
 
 
Fonte:physioclem.com 
 
Junto com às alterações musculares e cardiorrespiratórias, ocorre também 
alteração dos receptores proprioceptivos, principalmente nas informações 
proprioceptivas inconscientes dos movimentos articulares, as quais influenciam a 
capacidade de controle da precisão, da agilidade e do automatismo dos movimentos 
corporais (LEWIS, 1994. apud. MOREIRA, 2017). 
Com o avanço da idade, os componentes articulares e periarticulares tornam-
se menos flexíveis, favorecendo a ocorrência de quedas no idoso, sobretudo 
em função de perda de mobilidade de quadril, joelhos, tornozelos e coluna 
vertebral. Assim, gerando alterações no padrão de marcha e dificuldades no 
desempenho de tarefas cotidianas, como utilizar transportes públicos, 
transpor desníveis no solo (calçadas, escadas, entre outros) ou até mesmo 
caminhar. A flexibilidade por provocar uma diminuição acarreta para 
articulação a sua calcificação, diminuição da viscosidade e da vascularização 
das cartilagens. Estas alterações gerando desestabilização biomecânica da 
marcha e desajustes da mobilidade articular pela incongruência de seus 
compartimentos (GOMES, 2004 apud. MOREIRA, 2017). 
7.2 Sistema Cardiorrespiratório 
Além das alterações musculares com o envelhecimento, a capacidade aeróbia 
tende a diminuir em 1% ao ano, contribuindo também para o declínio funcional que 
pode ser agravado pela redução da atividade física e estilo de vida sedentário, 
proporcionando maior debilidade e fadiga da musculatura do idoso. Esse 
 
17 
 
sedentarismo torna-se um ciclo vicioso, que, também, contribui para um declínios na 
função cardiorrespiratória, que tem como consequência o declínio funcional e da 
mobilidade. (MOREIRA, 2017). 
 
Fonte:www.efdeportes.com 
7.3 Propriocepção 
 
 
Fonte:otoneurologia.org.br 
http://www.efdeportes.com/
 
18 
 
Com o avanço da idade, também há uma alteração dos receptores 
proprioceptivos, principalmente nas informações proprioceptivas inconscientes dos 
movimentos articulares, as quais influenciam a capacidade de controle da precisão, 
da agilidade e automaticidade dos movimentos corporais. 
A propriocepção pode ser definida como o interesse no sistema nervoso central 
por diferentes tipos de receptores sensoriais presentes na estrutura corporal. É a 
entrada sensorial dos músculos, tendões e eixos articulares para difundir a posição e 
o movimento articular, inclusive a direção, amplitude e a velocidade de movimento, 
bem como a tensão relativa sobre os tendões. Essas mudanças levam à diminuição 
do comprimento e da altura dos passos, diminuição da flexão do joelho e do tronco, 
perda da sincronização das extremidades superiores e aumento da base de apoio. 
Tudo isso está relacionado a mecanismos de compensação da marcha, mas pode 
resultar em quedas. (ANTES et al., 2008 apud SILVA et al., 2012). 
Alémde todas essas alterações fisiológicas no organismo do idoso existe um 
fator de risco que diminui ainda mais a independência funcional dos idosos, que é o 
sedentarismo que este é definido com a falta ou grande diminuição da prática de 
atividades físicas. De acordo com SILVA (2013), pesquisas apontam que a falta de 
atividade física contribui ainda mais para a tendência à queda, por acelerar o processo 
de envelhecimento, pois algumas alterações fisiológicas e psicológicas em idosos 
podem ser em parte atribuídas ao estilo de vida sedentário. 
 
19 
 
7.4 Degeneração das estruturas articulares 
 
 Fonte:www.samarilar.com.br 
Componentes articulares e periarticulares tornam-se menos flexíveis, pois 
ocorre calcificação, diminuição da vilosidade e da vascularização das cartilagens. 
Essas alterações podem gerar desestabilização biomecânica da marcha e distorção 
da mobilidade articular devido a não semelhança de seus compartimentos (YAMBA, 
2017). Com o envelhecimento, nas articulações ocorre diminuição do líquido sinovial 
e da espessura da cartilagem, assim como os ligamentos podem ficar mais curtos e 
menos flexíveis. Com a degeneração progressiva da cartilagem articular e outras 
alterações, é observado o início da osteoartrite e uma diminuição na amplitude de 
movimento das articulações afetadas. 
7.5 Perda da massa óssea 
A massa óssea é variável, aumentando na infância, adolescência e idade 
adulta, atingindo um pico entre os 13/35 anos de idade, sendo mais densa no sexo 
masculino do que no feminino. Com a idade, a perda de massa óssea ocorre mais 
cedo nas mulheres que, a partir dos 35 anos de idade apresenta um índice de 
http://www.samarilar.com.br/
 
20 
 
aproximadamente 1% ao ano, enquanto os homens começam a perder essa massa 
por volta dos 55 anos, perdendo dos 10 a 15% aos 72 anos. 
A redução da massa óssea está ligada à redução nas concentrações de 
hormônios (estrogêneo, hormônios de paratireóide, calcitonina, costiesteróides e 
progesterona); fatores nutricionais (deficiência de vitamina D, e de cálcio); imobilidade 
devido ao estilo de vida sedentário (doenças, fraturas, problemas articulatórios) e 
status da massa óssea na maturidade (biótipo baixo, magro e caucasiano) a perda de 
massa óssea não está apenas associada ao envelhecimento, mas também à genética, 
ao estado nutricional e ao nível de atividade física do indivíduo. (PEREIRA, 2006) 
 
Fonte:pt.slideshare.net 
Silva (2019) define a sarcopenia como síndrome de fragilidade, com alta 
prevalência em idosos, que aumenta significativamente o risco de quedas, fraturas e 
maior dependência para realização de suas tarefas. 
Os parâmetros para diagnóstico da sarcopenia são o músculo e sua função 
muscular. Isso porque, a força muscular não depende única e exclusivamente 
da massa muscular para se ter um bom diagnóstico e nem sempre a relação 
entre força e massa é linear. Contudo, se faz necessário mensurar as 
variáveis de massa muscular, força muscular e performance física (CARLI, 
2017). 
 
21 
 
7.6 Sistema nervoso central e periférico 
A função cerebral varia normalmente com a passagem dos indivíduos da 
infância à fase adulta, e depois à velhice. Durante a infância, a capacidade de pensar 
e raciocinar aumenta constantemente, permitindo que a criança aprenda coisas cada 
vez mais complexas. Durante a maior parte da idade adulta, a função cerebral é 
relativamente estável. 
Depois de uma certa idade, que varia de acordo com cada pessoa a função do 
cérebro vai diminuindo gradualmente. Algumas regiões do cérebro diminuem de 
tamanho em até 1% ao ano em algumas pessoas, mas não há perda de função. Por 
exemplo, mudanças relacionadas à idade na estrutura do cérebro nem sempre levam 
à perda da função cerebral. No entanto, o declínio da função cerebral causado pelo 
envelhecimento pode ser o resultado de muitos fatores, que incluem alterações em 
substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores), alterações nas próprias 
células nervosas, substâncias tóxicas que se acumulam no cérebro ao longo do tempo 
e alterações herdadas. (MAIESE, 2021) 
 
Aspectos distintos do funcionamento do cérebro podem ser afetados 
em ocasiões diferentes 
• A memória a curto prazo e a capacidade de aprender coisas novas são 
afetadas de forma relativamente precoce. 
• As habilidades verbais, incluindo vocabulário e uso das palavras, podem 
começar a decair mais tarde. 
• O desempenho intelectual (capacidade de processar informações, 
independentemente da velocidade) é geralmente mantido na ausência de 
problemas neurológicos ou vasculares subjacentes. 
 
 
 
7.7 Visão 
Na idade adulta, a lente se torna menos flexível, menos capaz de aumentar em 
espessura e, portanto, menos capaz de focar em objetos próximos, criando o que é 
 
22 
 
conhecido como presbiopia. De acordo com Garrity (2019) na idade avançada, ocorre 
algumas alterações nos olhos incluem o seguinte: 
Amarelamento ou escurecimento causado por muitos anos de exposição à 
luz ultravioleta, vento e poeira; Manchas aleatórias de pigmento (mais 
frequentes em pessoas de pele escura); Afinamento da conjuntiva; um tom 
azulado causado pelo aumento de transparência da esclera; 
 
 
 
8 MARCHA NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
Estudo já realizados anteriormente, mostram que o processo de 
envelhecimento está associado também a mudanças nos padrões de marcha e 
equilíbrio. A análise dessas funções motoras pode auxiliar na identificação de 
situações de risco potencial para quedas, evento que representa um grave problema 
de saúde pública, dependendo da frequência e das consequências físicas, 
psicológicas e sociais que pode acarretar. 
Andar é deslocar um pé do solo para colocá-lo adiante. A marcha é um ato 
motor complexo que exige a coordenação do tronco, dos membros, músculos 
e articulações. A ação é executada pelos membros inferiores e pela pelve, 
agindo de forma coordenada. Para se locomover, é necessário propulsionar 
o corpo para frente ou para trás; manter o equilíbrio em condição estática e 
dinâmica; e coordenação entre postura, equilíbrio e locomoção com 
adaptação. A primeira ação é o desvio lateral da pelve. Antes de tirar o pé do 
solo é necessário deslocar a pelve para levar a projeção do centro de 
gravidade no solo acima do centro do calcanhar de apoio. (BIANCHI, 2015) 
 
23 
 
Segundo BIANCHI, (2015) para descrever a marcha, é utilizado um ciclo da 
marcha, que começa quando o calcanhar do membro de referência entra em contato 
com o solo e termina quando esse calcanhar volta a tocar o solo novamente. O ciclo 
de caminhada, é dividido em duas fases, uma fase de apoio, que constitui 60% do 
ciclo, e corresponde ao equilíbrio sobre um único pé, com o peso do corpo na vertical 
do pé de apoio. Durante essa fase, os esforços musculares, de suporte e de equilíbrio 
são concentrados. A segunda fase é de oscilação ou equilíbrio, correspondendo a 
40% do ciclo, com atividade mecânica mínima, referindo-se à atividade de procurar o 
solo a sua frente para avançar. 
A idade do indivíduo é muito importante quando se visualiza a 
marcha normal. Durante a infância o amadurecimento é lento e somente aos sete anos 
os componentes da marcha estarão totalmente desenvolvidos. Por outro lado, os 
adultos apresentam normalização de todos os parâmetros. Já o idoso apresenta uma 
baixa tolerância para situações imprevistas pois com as mudanças de idade, como 
diminuição no comprimento do passo e das rotações da pelve. (BIANCHI, 2015). 
 
9 ALTERAÇÕES DA MARCHA NA TERCEIRA IDADE 
 
Fonte: portaldoenvelhecimento.com.br 
 
24 
 
 
Muitas alterações no padrão de marcha ocorrem com o envelhecimento e essas 
alterações são multifatoriais e por isso não são totalmente esclarecidas na literatura. 
As mudanças na marcha dos idosos ocorrem em fatores fisiológicos e emocionais, e 
podem ser percebidas por mudanças no movimento, pois interferemna execução de 
tarefas específicas. Além disso, essas mudanças também induzem modificações 
qualitativas nos componentes básicos do sistema psicomotor que regem as diferentes 
fases da marcha. (BIANCHI, 2015). 
O envelhecimento fisiológico leva a mudanças na postura e no equilíbrio, 
mobilidade articular, prejudicando a velocidade da marcha e largura dos passos, 
aumentando a base de apoio e diminuindo o tempo de permanência na fase de 
balanço. 
Com o envelhecimento, ocorre a sarcopenia e perda de força muscular. A 
redução da força muscular que ocorre no idoso pode acarretar a diminuição da 
velocidade da marcha, porém ela pode estar associada também a uma compensação 
para assegurar a permanência. Essas perdas geram maior inatividade, que leva a um 
ciclo vicioso, diminuindo ainda mais a capacidade funcional do idoso. (BIANCHI, 
2015), reduzindo a integração sensorial impulsos, prejudicando a rotação pélvica e a 
avaliação da marcha. 
A dificuldade de marcha é uma das funções que mais restringem as atividades 
diárias do idoso, por isso a avaliação da marcha é muito importante. A avaliação 
permite identificar alterações ou instabilidades e seus possíveis diagnósticos; orientar 
o idoso e sua família sobre o risco de quedas; definir métodos de treinamento ou 
reeducação. Na literatura encontram-se vários métodos de avaliação da marcha, tanto 
quantitativa quanto qualitativamente. Entretanto a avaliação mais básica e simples é 
analisar o tempo que uma pessoa leva para caminhar em uma determinada distância. 
(SANTOS et al., 2014). 
Para BIANCHI, (2015) o método mais comum para avaliação da marcha é a 
observação, que requer pouca ou nenhuma instrumentação, não demanda 
custos e é possível obter descrições gerais, qualidade da marcha e desvios 
comuns. Porém, esse método é subjetivo, dependente da observação 
individual de cada avaliador, por isso tem confiabilidade moderada. Para uma 
análise quantitativa da marcha, podem ser utilizados dados cinéticos e 
eletromiográficos, que fornecem parâmetros que podem ser utilizados no 
planejamento de tratamentos e avaliação da evolução do indivíduo. Esses 
dados são objetivos e confiáveis, porém seus custos são mais elevados. 
 
25 
 
A avaliação da marcha do idoso envolve uma visão sindrômica e multidisciplinar 
que permite a identificação e acesso às alterações fisiológicas e patológicas do idoso. 
Por outro lado, serve como parâmetro na evolução clínica do paciente, bem como na 
predição de risco e prevenção de quedas. 
 
9.1 Treinamento da marcha 
O objetivo dos métodos de treino de marcha é melhorar a capacidade funcional, 
independência e segurança do indivíduo. Um declínio nas habilidades funcionais 
devido ao envelhecimento que são fundamentais para um bom desenvolvimento da 
marcha, como força, equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade e potência podem 
ser melhoradas com o exercício físico. Entretanto não há exercício físico mais eficaz 
para uma melhora significativa da marcha do que o a prática da própria marcha. 
A prática regular de atividades físicas proporciona ao idoso maior segurança 
nas atividades de vida diária, reduz o risco de quedas, melhora o equilíbrio e maior 
velocidade da marca. 
 
 
 
 
26 
 
Fonte: br.pinterest.com 
9.2 Orientação corporal 
Orientação corporal é a habilidade de manter o alinhamento dos segmentos 
corporais entre si e em relação ao ambiente. A definição da imagem corporal pode ser 
definida como a imagem do nosso próprio corpo representado na mente, ou seja, a 
forma como vemos o nosso corpo. Posteriormente esta definição foi sofrendo 
alterações, sendo introduzidos ainda outros elementos conscientes ou inconscientes 
e muitas variedades de sensações corporais, que provêm das várias partes da 
superfície corporal, tais como, sensações tácteis, térmicas, dolorosas, musculares e 
articulares, fazendo parte de uma unidade corporal, ou seja, o esquema corporal. O 
esquema corporal representa assim uma imagem tridimensional que cada indivíduo 
tem de si mesmo, mencionando que se trata mais de uma "unidade percebida" do que 
uma "percepção". 
As primeiras reflexões da imagem corporal surgem entre os neurologistas e são 
provenientes do seu confronto diário com os seus pacientes, que apresentavam 
lesões neurológicas e comportamentos estranhos relativamente à sua imagem 
corporal. As vastas alterações apresentadas constavam de distorções, negligências 
de várias áreas corporais, dificuldades de distinção de esquerdo e direito e na 
nomeação das diferentes estruturas. 
A imagem corporal está fortemente associada ao aspecto físico do indivíduo, 
transportando informações básicas a seu respeito, tais como: o sexo, o grupo etário, 
o estatuto sócio económico, ou a profissão, determinando a formação de estereótipos 
corporais. 
 
27 
 
10 AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL 
Fonte:www.efdeportes.com 
Os procedimentos para a avaliação da imagem corporal têm proliferado nos 
últimos anos. A grande maioria das técnicas de avaliação focam alguns aspectos da 
aparência física da imagem corporal. Existem duas categorias básicas de 
instrumentos de avaliação da percepção da imagem corporal, a percepção das partes 
corporais (distâncias entre dois pontos) e a percepção do corpo inteiro (fotografias, 
silhuetas e desenhos do corpo). 
Para avaliação das medidas perceptivas do corpo inteiro, geralmente são 
efetuadas representações de imagens do corpo, por retroprojetores, por vídeos (as 
imagens do tamanho real do corpo são apresentadas e depois são modificadas 
progressivamente, aumentando ou diminuindo as mesmas, pedindo ao sujeito que 
identifique a imagem que se assemelha mais à sua) e por fotografias (silhuetas, 
desenhos). 
http://www.efdeportes.com/
 
28 
 
 
Fonte:slideplayer.com.br 
 
Para avaliação da percepção das partes corporais surgem outro tipo de 
instrumentos. Um dos primeiros instrumentos desenvolvidos para avaliação da 
percepção das partes corporais foi desenvolvido por Slade e Russel em 1973 citado 
por GOMES, (2010). Os autores denominaram esse instrumento de compasso móvel 
- Movable Caliper Technique (MCT), que consiste numa barra horizontal com dois 
pontos luminosos montados num carreto. É pedido ao sujeito que aproxime ou afaste 
os pontos luminosos, para identificar o tamanho da parte corporal solicitada. Este 
método de avaliação foi aplicado essencialmente em mulheres, contrastando as 
anoréxicas com as que nunca tinham sofrido tal doença. 
A partir desta técnica surgiram uma série de outros instrumentos de avaliação 
do tamanho corporal, sendo um dos mais usados o Image Marking Procedure (IMP) 
desenvolvido por Askevold (1975). Este instrumento implica que o sujeito em pé, 
marque numa folha de papel colocada numa parede, o tamanho da parte corporal 
solicitada. Este instrumento foi essencialmente utilizado na população feminina com 
alterações alimentares. Posteriormente surge o Body Image Detection Device (BIDD), 
desenvolvido por Ruff e Barrios (1986), e que consiste na projeção de uma luz numa 
parede, a partir da qual se pede ao indivíduo, que ajuste o tamanho da luz com o 
tamanho das partes corporais solicitadas. Este método foi utilizado em mulheres com 
alterações alimentares, nomeadamente bulimia. 
 
29 
 
O Body Size Estimation Method (BSEM), desenvolvido por Kreitler e Kreitler 
(1988), consiste em perguntar ao sujeito, com os olhos fechados, os tamanhos de 
várias partes corporais. Este, com a ajuda das suas mãos ou dedos delimitando um 
determinando espaço entre elas ou eles respectivamente. 
Em todos estes métodos é feita uma análise das diferenças entre o real e o 
percepcionado. As propriedades psicométricas destes instrumentos revelaram uma 
grande variedade de consistência interna e fiabilidade teste reteste. 
Um fator a considerar na seleção do instrumento de avaliação da percepção da 
imagem corporal, especialmente emmulheres, é o confronto com instrumentos do 
corpo inteiro, que algumas vezes se tornam intimidantes, por distorcerem a imagem 
corporal. Para contornar este problema utilizam-se instrumentos da avaliação das 
partes corporais. 
10.1 Avaliação do equilíbrio em idosos 
Fonte:www.scielo.br 
http://www.scielo.br/
 
30 
 
 
O equilíbrio em idosos é fundamental pelo fato de ser um fator essencial na 
autonomia do indivíduo, independência nas atividades de vida diária, contribuindo 
para uma melhor qualidade de vida neste escalão etário. 
A escolha de um instrumento de avaliação do equilíbrio torna-se assim 
essencial, na medida em que deverá medir aquilo que se propõe medir, ser apropriado 
à população alvo, de fácil administração, menor custo e ter propriedades 
psicométricas. 
Várias escalas têm proliferado no sentido de avaliar o equilíbrio e mobilidade 
em idosos. No entanto só iremos referir algumas que nos pareceram mais usadas. 
Means et al. (1996), realizaram um estudo de validação, de modo a avaliar o 
equilíbrio e mobilidade em idosos. Os autores utilizaram um percurso de obstáculos, 
que consistia numa série de doze tarefas funcionais simuladas. Os resultados 
sugeriram que o percurso de obstáculos é uma ferramenta útil para a avaliação do 
equilíbrio em idosos, uma vez que foi encontrada uma relação entre equilíbrio e 
quedas em idosos. 
O índice de Barthel (Mobility Scale of the Barthel Index) avalia os níveis de 
independência nas atividades básicas de vida diária, a continência da bexiga e a 
mobilidade. Esta é uma escala muito global e utilizada por um grupo profissional 
especifico. 
A escala de Berg (s.d., cit. Berg et al. 1992) (Berg Balance Scale) avalia o 
equilíbrio, medindo a capacidade de o indivíduo manter a posição, os ajustes posturais 
ao movimento voluntário e a reação a perturbações externas. É constituída por 14 
itens, avaliados segundo uma escala ordinal de 5 pontos (0= incapaz de executar e 4 
= independente) e baseia-se, por um lado, na capacidade de completar a tarefa e por 
outro, no tempo gasto para a sua execução. Os pontos dos 14 itens são somados 
variando de 0 a 56 pontos, em que o valor mais alto corresponde a uma melhor 
performance. 
O Functional Reach Test é uma medida dinâmica de estabilidade, durante a 
execução de um movimento voluntário. É de fácil execução e consiste na medição da 
distância máxima que o indivíduo consegue chegar à frente sem mover os seus pés 
 
31 
 
do chão. Existem, contudo, opiniões divergentes na capacidade deste instrumento 
avaliar realmente o equilíbrio (Van Swearingen e Brach, 2001). 
O teste Timed "Up and Go" (TU e GT) é uma modificação da versão do teste 
Timed "Get-Up and Go", avaliando o tempo que o indivíduo demora a levantar-se de 
uma cadeira, percorrer uma distância de 3 metros, virar-se, voltar e sentar-se. Avalia 
ainda a mobilidade funcional em idosos na comunidade. 
A escala de Tinetti {Balance Test of Performance Oriented Assessement of 
Mobility Problems) é um teste de equilíbrio e marcha orientada, utilizando manobras 
normais de atividades de vida diária. Esta escala foi desenvolvida para avaliar e 
identificar o risco de queda em indivíduos institucionalizados. 
10.2 Capacidade funcional 
 
Fonte: ufmg.br/boletim/bol1600/3.shtml 
A OMS (Organização Mundial de Saúde, 1997), realça a importância da 
capacidade funcional e independência do idoso, como fatores preponderantes para 
seu diagnóstico de saúde física e mental. O desempenho desejado de uma tarefa 
envolve o envolvimento total das funções cognitivas, motoras e psicológicas. Portando 
é importante a manutenção da independência e autonomia do idoso. A 
independência funcional pode ser definida como a capacidade de realizar suas 
próprias atividades. Autonomia é a capacidade de decidir e direcionar seu 
 
32 
 
comportamento, independência moral e a capacidade de satisfazer sua liberdade 
necessidade. 
11 FATORES ASSOCIADOS AO BAIXO PESO EM IDOSOS 
As alterações fisiológicas e metabólicas que ocorrem no organismo com o 
envelhecimento, afetando a saúde e o estado nutricional dos idosos, que se reflete na 
relação entre peso e altura, e na composição corporal. Tais alterações tornam os 
idosos mais suscetíveis à desnutrição e deficiências nutricionais. A desnutrição está 
associada à síndrome de emagrecimento, fraqueza, redução da resistência e fadiga, 
levando ao aumento da mortalidade, aumento da suscetibilidade a infecções e 
redução da qualidade de vida em idosos. (ASSUMPÇÃO, 2016). 
Entre os fatores que favorecem o desenvolvimento do baixo peso nos idosos 
destacam-se o isolamento social, o menor consumo de alimentos em face de 
limitações físicas, doenças crônicas, uso de medicamentos que causam 
inapetência, deterioração cognitiva, depressão, dificuldades de mastigação, 
alterações do paladar, além dos fatores socioeconômicos e psicológicos que 
incluem o viver sozinho, a viuvez e a perda da identidade e do papel social. 
(ASSUMPÇÃO, 2016). 
A literatura tem chamado a atenção para a ocorrência de perda de massa 
magra associada à diminuição da força muscular, fenômeno caracterizado como 
sarcopenia, condição importante para a definição da síndrome da fragilidade, 
considerada um desafio para as políticas públicas, por acarretar aumento do risco de 
ocorrência de quedas, fraturas, incapacidades, dependência, hospitalização e 
mortalidade. A síndrome da fragilidade é descrita como um estado clínico de 
vulnerabilidade aumentada, que se manifesta pela diminuição da resposta 
compensatória e pela capacidade de manter a homeostase diante de estressores. 
(FERREIRA, 2011. apud. ASSUMPÇÃO, 2016) 
 
12 PLANO DE CUIDADOS COM IDOSOS 
Um Plano de Cuidado é uma estratégia usada para organizar o cuidado, em 
que os problemas de saúde do paciente são visivelmente identificados, e as 
 
33 
 
intervenções mais apropriadas para melhorar sua saúde, as justificativas para as 
mudanças e quais profissionais e equipamentos de saúde são indispensáveis para a 
realizar as intervenções. No idoso fragilizado, todas essas perguntas são complexas 
e multifatoriais e devem ser respondidas por uma equipe multidisciplinar, capaz de 
pensar de forma interdisciplinar. Devem levar todas as decisões clínicas em 
consideração as melhores evidências científicas disponíveis e aplicáveis a um 
determinado caso e, sobretudo, levar em consideração as preferências, 
necessidades, desejos e valores dos idosos e suas famílias, ou seja, a 
individualização do atendimento. Entretanto o plano de cuidados, inclui todas as 
informações necessárias para executar e planejar as ações necessárias para manter 
ou restaurar a saúde do idoso. (MORAES, 2018) 
Infelizmente, a literatura científica não apresenta evidências da eficácia das 
intervenções aplicadas a pessoas muito idosas (≥ 80 anos) ou com comorbidades e / 
ou deficiências múltiplas. O consenso disponível geralmente é direcionado a uma 
doença ou condição de saúde isolada. No entanto, eles devem ser usados como um 
“ponto de partida” para decisões clínicas, não um objetivo. Daí a importância de 
priorizar o cuidado, incluindo decidir quais intervenções devem ser aplicadas em curto, 
médio e longo prazo, com o parâmetro de melhorar a independência e autonomia do 
paciente e de sua família (MORAES, 2018). O objetivo da intervenção geriátrica é 
melhorar o funcionamento do indivíduo, não apenas sua sobrevida. Outro aspecto 
relevante é o desenvolvimento geral dos objetivos do tratamento, com forte 
envolvimento do paciente e de seus familiares nas decisões clínicas. 
O plano de cuidado deve incluir todas as intervenções que podem melhorar a 
saúde do indivíduo. Deve, portanto, funcionar em diferentes estágios da história 
natural da doença, desde os fatores predisponentes ou fatores de risco até nas 
complicações e incapacidades resultantes do tratamento inadequado da doença. As 
intervenções clínicas podem prevenir, curar,controlar, reabilitar ou confortar, 
dependendo do paciente individual. 
As intervenções propostas podem ser categorizadas em ações preventivas / 
incentivas, curativas / paliativas ou reeducativas. (MORAES, 2011. apud MORAES, 
2018): 
• AÇÕES PROMOCIONAIS E/OU PREVENTIVAS: Envolve o estabelecimento 
de cuidados prognósticos capazes de modificar a história natural da doença e evitar 
 
34 
 
futuros declínios da saúde. A produção de saúde ou promoção da saúde pode ser 
definido como um conjunto de medidas destinadas a desenvolver a saúde ideal, 
reduzir a vulnerabilidade e os riscos para a saúde associados aos determinantes e às 
suas limitações, melhorar a qualidade de vida - condições de trabalho, habitação, 
estilo de vida, ambiente, entretenimento, educação, cultura, acesso a bens e serviços 
essenciais. As intervenções preventivas usam quatro abordagens: aconselhamento 
ou mudanças no estilo de vida, triagem e intervenções químicas (usando 
medicamentos que comprovadamente reduzem o risco da doença e / ou outras 
intervenções) complicações da doença e vacinação. O clínico, ao final de cada 
consulta, deve prescrever as intervenções preventivas indicadas ou contra elas, 
quando o dano supera o benefício ou quando a relação custo-benefício das 
intervenções é inadequada, independente do motivo da consulta. (Russel et al., 2011). 
 
• AÇÕES CURATIVAS E/OU PALIATIVAS: incluem ações que visam 
problemas específicos identificados durante a consulta médica. A ênfase deve estar 
no diagnóstico correto dos problemas crônicos de saúde e na prescrição correta das 
intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Deve-se estar atento ao risco de 
iatrogenia medicamentosa, que é considerada a maior síndrome geriátrica, 
principalmente em idosos e frágeis que fazem uso de múltiplos medicamentos. Por 
sua vez, as ações paliativas são reservadas para situações que dificilmente curarão 
ou modificarão a história natural da doença. Nestes casos, os cuidados paliativos têm 
como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família frente a 
doenças que ameaçam continuamente a vida. O foco da intervenção não deve ser 
somente o alívio impecável da dor, mas do conjunto de todos os sintomas de natureza 
física, emocional, espiritual e social. 
 
 
35 
 
 
Fonte: suportebasicodevidaefab3/accao-paliativa 
• AÇÕES REABILITADORAS: é um conjunto de procedimentos aplicáveis às 
pessoas com algum tipo incapacidade (limitação de atividades e deficiências), com o 
objetivo de manter ou restaurar as funções do corpo, atividades e participação, 
elevando ao máximo sua independência e autonomia. As ações de reabilitação 
requerem o envolvimento integrado de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, 
terapeutas ocupacionais, psicólogos, serviço social, nutricionistas, entre outras 
atividades, caso a caso e assumindo o estabelecimento de metas e a organização das 
atividades é realizada em um cronograma viável para as necessidades do paciente e 
a realidade do serviço. A qualidade do trabalho, o alcance dos resultados e o tempo 
de execução refletem o nível de comunicação entre seus integrantes. Esta 
comunicação aborda não só aspectos relacionados ao paciente e seu 
desenvolvimento, mas também os avanços tecnológicos em cada área, novos 
métodos, abordagens e estratégias de tratamento. 
O principal objetivo das intervenções propostas é a manutenção da 
independência e autonomia dos idosos, caso os idosos sejam classificados 
como robustos (estrato 1 a 3). Nestes idosos, as intervenções promocionais, 
preventivas e curativas são as mais importantes. O objetivo maior para com 
esse grupo é manter sua independência e autonomia. (MORAES, 2018) 
Para os idosos em risco de fragilização deve-se ter extremo cuidado para 
identificar as condições que predizem resultados indesejáveis e intervir rapidamente, 
 
36 
 
para que os idosos não apresentem comprometimento funcional e não sejam 
afetados. Devem ser criteriosamente avaliados e, quando necessário, encaminhados 
para avaliação em departamentos específicos, de acordo com os diagnósticos 
funcionais e órgãos específicos. O objetivo principal do monitoramento desse grupo é 
tentar restaurar e manter a funcionalidade. 
Para os idosos fragilizados, devem ser acionadas todas as medidas 
necessárias para a recuperação de sua autonomia e independência. As medidas 
identificadas no plano de cuidados devem ter precedência, principalmente quando se 
trata de medidas que indiquem a reversão da doença. No entanto, deve-se ter cuidado 
para não iniciar o processo diagnóstico sem uma boa hipótese diagnóstica e 
recomendação de tratamento sólida, evitando assim esgotar a equipe médica, o 
tempo e o sofrimento dos pacientes, e de seus familiares e, principalmente, perda de 
oportunidade de se tomar medidas simples e em tempo adequado. As intervenções 
mais eficazes para o ganho funcional são por ordem de prioridade: 
1. Redução da iatrogenia e suspensão de “drogas fúteis”; 
2. Definir metas de tratamento personalizadas e prioridades de 
atendimento; 
3. Intervenções terapêuticas em problemas de saúde não diagnosticados 
e / ou tratados; 
4. 4. Reabilitação; 
5. 5. Prevenção secundária; 
6. 6. Prevenção primária. 
 
Nos idosos frágeis em fase final de vida, onde não há possibilidade de cura ou 
modificação da história natural da doença, intervenções voltadas para medidas 
paliativas têm o potencial de aliviar o sofrimento do paciente, reduzir a ansiedade dos 
familiares e evitar intervenções e internações desnecessárias, além de fornecer 
suporte e assistência aos familiares e cuidadores. O foco principal não é apenas o 
alívio da dor, mas todos os possíveis sintomas físicos, emocionais, mentais e sociais. 
 
 
 
 
 
37 
 
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