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Atenção Primária á Saúde e Estratégia e Saúde da Família PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS Universalidade- saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas Integralidade- cuidar das pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades Equidade- tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS Regionalização- processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos Hierarquização- divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso Descentralização e comando único- é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Participação popular NÍVEIS DE ATENÇÃO Primário- APS e ESF Secundário – especialidades- média complexidade Terciário- hospitais → alta complexidade NÍVEIS DE PREVENÇÃO Prevenção primária- pré patogênica Ações focadas em impedir a ocorrência das doenças antes que elas se desenvolvam. Dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica. Ex. Vacinação e imunização de doenças transmissíveis, ações de incentivo à educação alimentar, prática de atividade física e campanhas educativas, por exemplo, contra uso de cigarro ou bebidas alcoólicas. Prevenção Secundária Objetivo- detectar um problema de saúde em estágio inicial. Dois níveis: Diagnóstico precoce e Limitação da incapacidade. Ex. PCCU, mamografia, exames de rotina Prevenção Terciária Esse nível de atenção é a evolução do nível anterior. Conjunto de ações que objetivam reduzir a incapacidade do paciente, de forma a permitir sua rápida e melhor reintegração na sociedade. Trata-se, assim, da busca pela reabilitação de pacientes com doenças clinicamente detectáveis. Ex. paciente com AVC- fisioterapia Prevenção Quaternária Iatrogenia- conjunto de ações realizadas com o objetivo de evitar danos relacionados a intervenções médicas e de outros profissionais de saúde. Evitar intervenções invasivas desnecessárias, evitar hiper medicalização. Prevenção Quinquenária Esse conceito surgiu recentemente, em 2014, com foco em prevenir o dano no paciente, atuando no médico. Ou seja: é preciso cuidar de quem cuida. LINHA DO TEMPO Antes- modelo flexineriano (americano) • Curativo • Reducionismo biológico- não valia outras questões como emocional, ambiental... • Atenção individual • Medicina com foco na doença • Uso indiscriminado de tecnologia- muitos exames • Baixa resolutividade Relatório Dawsaon- 1920 • Preventivo • Integralidade do indivíduo • Atenção familiar e comunitária • Medicina centrada na pessoa • Baixa densidade de recursos- não precisa de tantos exames para diagnostico • Alta resolutividade Relatório que influenciou o NHS modelo britânico que o SUS também se baseia 1978- 1 conferência internacional sobre cuidados primários de saúde em Alma- Ata- realizada pela OMS e Unicef no Cazaquistão antiga URSS Propuseram um acordo e uma meta entre seus países membros para atingir o maior nível de saúde possível até o ano 2000 através da APS- ‘’Saúde para todos no ano 2000’’ Compromisso dos países para trazer a saúde para todos 1986- Conferência de Ottawa- discutir o futuro da saúde pública e introduzir o conceito de promoção á saúde Carta de OTTAWA- objetivos • Estabelecer políticas saudáveis • Criar ambientes favoráveis a saúde • Desenvolver competências pessoais • Reforçar a ação comunitária • Reorientar os serviços de saúde ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE (ATENÇÃO BÁSICA) Babarbara Starfield (2002) APS é o primeiro contato da assistência continuada centrada na pessoa, de forma a satisfazer suas necessidades de saúde, que só refere os casos muito incomuns que exigem atuação mais especializada. A APS coordena, ainda, os cuidados quando as pessoas recebem assistência em outros níveis de atenção. PNAB 2017- APS é o primeiro nível de atenção em saúde. Se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades - 80% dos problemas são resolvidos na APS ATRIBUTOS DA APS • Acesso ou primeiro contato- deve ser o serviço de saúde mais acessível • Integralidade- organiza os fluxos dos atendimentos de saúde, seja nesse ou em outros níveis de prevenção • Longitudinalidade- assistência prestada de maneira regular e contínua • Coordenação do cuidado- coordenar e integrar os cuidados de saúde dos diferentes níveis de atenção - Atributos derivados • Orientação familiar • Orientação comunitária • Competência cultural ESTRATÉGIA E SAÚDE DA FAMÍLIA Iniciada em 1994 Principal estratégia para organização da APS de acordo com os preceitos do SUS Visa a ampliação da cobertura populacional e a regionalização da atenção Aprofunda os processos de territorialização e adscrição de clientela Deve ser a porta de entrada do sistema *Territorialização e adscrição de clientela- saber quem é a população- importante para receber verba também COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES ESF CARACTERÍSTICAS DA ESF Territorialização- conhecer o território, território específico, com área geográfica de abrangência da unidade/equipe de saúde Adscrição de clientela- conhecer a população- cada equipe deve ser responsável por no máximo 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição Campo de atuação- promoção da saúde, prevenção de doenças, agravos e complicações; tratamento e reabilitação Lida com problemas de alta complexidade (necessário muito conhecimento), com baixa densidade de recursos (equipamentos reduzidos com máxima resolutividade) NASF-AB NÚCLEO DE APOIO A SAUDE DA FAMÍLIA Criado pelo Ministério da Saúde em 2008 Objetivo: ampliar abrangência e o escopo das ações da APS Diferentes profissionais da área da saúde que buscam dar suporte (clínico, pedagógico e sanitário_ as eSFs e eABs Atua em conjunto com essas equipes- realiza apoio matricial OBS: ESF X EAB (não tem ACS) MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA Termo surgiu no Canadá Paciente como centro do cuidado (não a doença) PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR Ferramenta de organização do cuidado voltada para um indivíduo, família ou coletividade Geralmente é dedicado a situações mais complexas É composto por um conjunto de propostas que buscam o cuidado integral ao paciente É construído entre equipe de saúde 4 FASES Diagnóstico- pensar sobre a situação para ter o diagnóstico Definir metas- objetivo para resolver os problemas Divisão de responsabilidades- profissional para dar seguimento e dividir tarefas, inclusive com a família Reavaliação Outras ferramentas- genograma, ecomapa QUESTÕES ANEXOS